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SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 1 Nos primórdios (1746) eram usados instrumento feitos a partir de uma corda de piano para se trabalhar dentro do canal radicular. Durou-se cerca de 160 anos usando corda de relógio para a instrumentação. Em 1956, foi o ano em que houve a padronização dos instrumentos endodônticos. Essas normas que foram feitas para os instrumentos, foram baseadas na anatomia interna do dente. Essas normas baseiam-se em: - Tipos de instrumentos; - Partes dos instrumentos; - Características mecânicas; - Cinemática EXTIRPA NERVOS É um instrumental que tem a função de retirar a polpa de dentro do canal. É uma haste metálica e cilíndrica de onde partem farpas pontiagudas que quando introduzidas no canal, e feito o seu giro, ele apreende e quando se traciona ele remove a polpa. Ele existe em vários tamanhos, e é muito pouco usado pois se ele tiver muito justo, suas farpas podem se prender a dentina e ao tracionar ocorrer a fratura da raiz. O ideal, para quem usa, é sempre ter o instrumental menor que as dimensões do canal radicular. A partir de 1958 com a padronização, os instrumentos que antes eram fabricados em aço carbono, passam a ser fabricados em aço inoxidável. São classificados em: PRIMEIRA GERAÇÃO (onde começam as melhohrias dos instrumentos). SÍMBOLO ISO - Alargador ( ): Apenas alarga. Feito com movimento de rotação com um ou mais giros, ou com rotação parcial ou rotação alternada (direito e esquerdo). - Lima Hedstroem ( ) : Apenas lima. A limagem é feita com movimentos de raspagem de encontro com as paredes do canal. - Lima K ( ): lima e alarga. FABRICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS Todos os instrumentos partem de uma haste de aço inoxidável cilíndrica que dependendo do instrumento ao qual ele virá a ser, passa pelo processo de usinagem ou torção. LIMA DE HEDSTROEM Feita pelo processo de usinagem. É feito com uma máquina específica que dá a forma (usinar) de cones superpostos à base. Foi elaborada pelo Dr. Gustav Hedstroem. A parte que não tem as hélices nas de usinagem, é lisa e nas torcidas possuem faces. É usada introduzindo a lima no canal radicular, e tracionando de encontro contra as paredes do canal para raspar a dentina. A cinemática é: introdução e tração de encontro com as paredes. Não se faz o movimento de giro. Deve ser usada em um canal radicular maior que seu diâmetro e não deve ser usada em canais com curvatura devido a sua baixa flexibilidade. Ela é o instrumental que mais corta (ângulo de ataque positivo). Ângulo de ataque positivo: ocorre quando a lâmina está na mesma direção da força aplicada fazendo com que a lâmina tenha a sua máxima ação. SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 2 LIMA TIPO K E ALARGADORES São feitos pelo método da torção. O cilindro em aço inoxidável passa por uma máquina onde serão feitas faces (forma facetada). Receberá a forma facetada de uma pirâmide quadrangular ou triangular e depois é feita a torção do instrumento, a qual é feita em sentido anti-horário, mas o instrumento corta dentro do canal radicular no sentido horário. O instrumento terá em sua parte ativa o fio de corte, as canaletas (canal da hélice ou helicoidal). Este mesmo processo dá origem aos alargadores e as limas K. - LIMA TIPO K: facetada em quatro lados. É mais torcida que os alargadores, tendo mais hélices por unidade de comprimento. Tem um fio de corte com uma certa angulação que permite tanto fazer o alargamento quanto a limagem (ângulo de ataque negativo, que é quando o sentido da lâmina de corte é contrário a força). Cinemática: como ela faz limagem e alargamento, introduz ela no canal radicular, gira no sentido horário (não é um giro completo, mas sim ¼ de volta) e traciona contra as paredes (introduz => gira => traciona). - ALARGADORES: facetadas em três lados. É menos torcido que a tipo K, tendo menos espiras por unidade de comprimento e as canaletas são maiores. Seu fio de corte tem uma certa angulação que só permite fazer o alargamento. Tem seu ângulo de ataque negativo. Ângulo agudo de inclinação da hélice Longo eixo do instrumento Quanto menor for o ângulo maior a ação por alargamento, e quanto maior for o ângulo, menor será a ação por limagem. Os de ângulo de ataque positivo exige menor esforço para se remover do que os negativos. Porém, os de ângulo de ataque negativo, faz a remoção da dentina de uma forma menos agressiva, mais suave, sendo a maioria dos instrumentos em endodontia com o ângulo negativo. São poucos os que têm um ângulo de ataque positivo como: lima redstroem, broca Gates Glidden e lima K-3 que é um instrumento rotatório. INDICAÇÕES - LIMA TIPO K ( ) É indicada para canais atrésicos ou largos, retos ou curvos. Pode ser usada justa ao canal radicular, sem ser menor que ele pois ela tem uma maior flexibilidade que uma lima redstroem, por isso ela é indicada para canais curvos. Ela trabalha alargando, por isso é que suas hélices têm que estarem em contato com as paredes do canal para poder fazer o alargamento. - ALARGADOR ( ): Faz o alargamento e não a limagem. Praticamente não é usado, uma vez que a lima K já faz o alargamento. Cinemática: faz um giro e travam as hélices na dentina, e quando gira em sentido contrário a lima destrava e o que cortou de dentina sai pelo canal helicoidal. O movimento é de meia volta a uma volta => recua um pouco sem tracionar => avança mais. Se tiver dificuldade de avançar, deve- se trocar o instrumento pois ele não é adequado para o canal e assim evitar iatrogenias. Tem menos flexibilidade que os instrumentos do tipo K, indicados para canais retos pois só realizam movimentos de alargamento por rotação. Como ele é de SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 3 aço inox, portanto muito rígido, não se consegue trabalhar na parte curva. PARTES DO INSTRUMENTO - CABO - CORPO: Intermediário : parte lisa que não tem as lâminas Haste helicoidal Ponta ou guia de penetração - COR DO CABO: branco, amarelo, vermelho, azul, verde e preto. - COMPRIMENTO: depende do tamanho do comprimento do dente. Existe de 21 mm, 15 mm e 31 mm. - DIÂMETRO: vem escrito no cabo o seu valor, e representa o diâmetro da ponta ativa do instrumento e é variável pois a cada milímetro vai aumentando em direção ao cabo. -CONICIDADE (TAPER): o diâmetro aumenta sempre 0.02 centésimos de milímetros (respeitando a anatomia). Se a ponta do instrumento é 10, então 1 mm acima o diâmetro é 12, depois 14, 16, 18... Ex.: TAPER 4: significa que o instrumento tem a conicidade 0,04 a partir da sua ponta. Ex.:lima 25 com taper 6, significa que sua ponta é 25 e que a cada milímetro foi aumentando 0,06 centésimos de milímetros. SÉRIE ESPECIAL São instrumentos não padronizados, dependendo então do fabricante. São inúmeros instrumentos, de formas diversas, designes diferentes e lâminas diferente e conicidades diferentes. As cores vão da cor mais clara para a mais escura (isso acompanha também o seu aumento de diâmetro). Existem nas cores: lilás (06), tem 0,06 centésimos de mm de diâmetro na ponta, rosa (08),tem 0,08 centésimos de milímetros de diâmetro na ponta e cinza (010), tem 0,010 centésimos de milímetro de diâmetro na ponta. RESUMINDO 1° SÉRIE: 15 – 40 : Os diâmetros dos instrumentos da primeira série, são compostos por seis números (15, 20, 25, 30, 35 e 40) de instrumentos que começa da cor mais clara (branco) e cuja a ponta corresponde ao número que está escrito no instrumento, como: 15 – tem 0,15 centésimos de milímetros de diâmetro na ponta. Utilizada para a maioria dos canais. 2° SÉRIE: 45 – 80. Utilizados para canais mais amplos. 3° SÉRIE: 90 – 140. Utilizados para casos de risogênese excessiva. São para canais bastante amplos. O comprimento desses instrumentos das três séries podem ser de 21 mm (para molares), 25 mm (até pré-molares) ou 31mm (para canino). SÉRIE ESPECIAL: 06, 08 e 010 06 08 010 Lâmina ou Parte ativa SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 4 PADRONIZAÇÃO - COMPRIMENTO X LÂMINA ATIVA As coroas dentárias medem cercas de 7 mm a 8 mm e as raízes também tem em torno disso, ou seja, o tamanho da hélice, o comprimento da lâmina da parte ativa deveria ser padronizado apesar dos instrumentos serem mais curtos ou mais longos (21, 25 ou 31), a parte ativa sempre continua do mesmo tamanho (16 mm), por isso o que apenas muda é o intermediário, mas o diâmetro continua o mesmo. - CONICIDADE Todos os instrumentos padronizados possuem uma conicidade de 0,02 começando da ponta até o final da parte ativa que corresponde a 16 mm. D0: diâmetro da ponta do instrumento. D16: diâmetro onde termina a parte ativa (termina em 16 mm). PARA SABER O DIÂMETRO EM QUALQUER PARTE (Dx): D0 = Diâmetro da ponta D1 = Diâmetro da ponta + 0,02 (0,02 x 1) D2 = Diâmetro da ponta + 0,04 (0,02 x 2) D3 = Diâmetro da ponta + 0,06 (0,02 x 3) ... D15 = Diâmetro da ponta + 0,30 (0,02 x 15) D16 = Diâmetro da ponta + 0,32 (0,02 x 16) SEGUNDA GERAÇÃO - AUMENTO DE FLEXIBILIDADE Começaram a fazer melhorias para poder trabalhar em canais curvos. Os instrumentos padronizados não são tão eficazes em fazer curvaturas. Os materiais de aço inoxidável tiveram algumas modificações para ficarem mais flexíveis sendo o seu material permanecendo o mesmo. Essas modificações são feitas para que o instrumento pudesse trabalhar na parte curva do canal. O que fizeram? as limas k tiveram um formato triangular, e não quadrangular (o instrumental continua facetado e torcido, só que com três faces ele tem menos metal e fica mais flexível). A lima k da primeira geração (quadrangular) ainda é fabricada, mas a de segunda (triangular) é mais flexível e ideal para canais curvos. Todas de aço inoxidável com maior flexibilidade tem algum indicativo como: K-Flex, Flex-R, Flexofile, etc. As limas que não têm esses nomes significa que têm a secção transversal quadrangular e não são indicadas para canais curvos. O uso inadequado de instrumentos em canais curvos, pode retificar e deformar a anatomia do dente e ainda mais drasticamente causar perfurações e atingir o ligamento periodontal. - lima K alargador ( ) - Flex lima K alargador ( ) - Hedstroem ( ) - k – Flex ( ) QUANTIDADE DE METAL: Y < X X Y Y tem menos metal que X. Y é mais flexível que X. SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 5 90° 60° Y 4 3 ÂNGULO INTERNO DA ERESTA LATERAL DE CORTE X CAPACIDADE DE CORTE A lima K-flex (triangular) tem muito mais vantagens sobre e lima K convencional (quadrangular). Em um corte transversal observa-se que a forma triangular tem um ângulo no fio de corte igual a 60° e a quadrangular tem 90°. Quanto mais agudo for o ângulo do fio de corte, maior o poder de corte. ESPAÇO LIVRE X PROFUNDIDADE DO CANAL HELICOIDAL Quanto maior e mais profundo for o canal helicoidal maior será o espaço para se depositar raspas de dentina e polpa. Para saber se ainda tem polpa, faz um giro e observa se no canal helicoidal ainda vem com polpa. X ÁREAS DE CONTATO DO INSTRUMENTO COM AS PAREDES Quanto maior for a área de contato do instrumento com as paredes do canal, maior será o esforço de corte para girar o instrumental e penetrá-lo no canal radicular. EXTREMIDADE DO INSTRUMENTO - SEGUNDA GERAÇÃO (CLASSIFICAÇÃO DE INÊS JACYNTO INOJOSA) A ponta cônica do instrumento pode ser lisa, facetada, trincada. A ponta tem um diâmetro virtual, o diâmetro real só tem início quando começa a hélice. Existe na extremidade a ponta, base da ponta e o ângulo de transição entre a ponta e o início de hélice, formando um ângulo obtuso (bem aberto). Esse ângulo é bem agressivo e avança muito dentro do canal radicular. Hoje em dia esse ângulo foi removido e arredondado, para que essa ponta servisse de guia e que em canais curvos ela fosse mais passiva e sem ter capacidade de corte e com menos capacidade de ficar retido no canal. Hoje se chama curva de transição e proporciona o instrumento a desviar melhor. FORÇA BALANCEADA: A maioria dos instrumentos possuem essa força balanceada. É a cinemática dos instrumentos. Até então só se trabalhava no canal radicular da seguinte forma: girava para direita (prendia o instrumento) e tracionava. Hoje gira para a direita e para liberar o instrumento (liberar as hélices e retirar o instrumento do canal) basta girar para a esquerda. O correto é fazer um giro para direita e outro maior para a esquerda para poder liberar o instrumento. Y > X X e Y são espaços para liberação de debris SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 6 TERCEIRA GERAÇÃO São todos os instrumentais feitos de níquel e titânio (NiTi), que confere ao instrumental alta flexibilidade e efeito de memória de forma (após a aplicação de uma força no instrumento, ele volta a ter a mesma forma de antes). Teve sua introdução na endodontia na década de 90. Ele tem uma deformação elástica (volta ao que era) e os de aço inoxidável tem deformação plástica (deforma com a força). - Capacidade de corte: é um pouco menor que a do aço inoxidável, devido a ser mais flexível e o aço inox ser mais duro e resistente. Mas a vantagem é que eles não desviamdos canais curvos e alarga bem os canais, ou seja, sua grande vantagem está em causar muito poucas iatrogenias. - Cinemática: por ter uma super- elasticidade e ser usado em canais curvos, pode ser trabalhado com rotação para alargamento de canais. Pode-se fazer rotação contínua (quantas voltas forem necessárias) e pode tracionar ou não, e pode ainda trabalhar com rotação alternada (direita e esquerda). QUARTA GERAÇÃO - Não padronizados: surgem com a era automatizada. Facilita o trabalho, e o torna mais rápido, tem a mesma eficiência da manual, e limpa tão bem quanto. A desvantagem é o alto custo, não pode ser usada de forma repetida pois pode fraturar a lima principalmente em canais curvos onde o instrumento sofre forças compressivas e trativas, causando a fratura por fadiga. Quanto maior a curvatura e o diâmetro do instrumento, mais rapidamente ele fratura. - Conicidades variáveis - Designes variáveis da secção transversal - Diferentes comprimentos da parte ativa: surgem da dificuldade na instrumentação de canais curvos e/ou atrésicos => taper com 0,02. - Diferentes desenhos da secção transversal: As formas na secção transversal não são mais triangular ou quadrangular apenas. Hoje existem inúmeros designes. Na parte ativa do instrumento, a maioria tem 16 mm de comprimento, mas eles variam de comprimento em alguns instrumentos. Quando várias partes das lâminas de corte do instrumento estão em contato com as paredes do canal durante a instrumentação, o instrumento fica submetido a um maior carregamento e que aumenta o esforço de corte que possibilita ocorrer a fratura. Por isso que se deve usar instrumentos de conicidade maiores para ampliar os terços cervicais e médios e só depois trabalhar especificamente no terço apical. A partir que se amplia com um instrumento de menor comprimento o terço cervical e médio, deve-se trabalhar mais especificamente com a hélice tocando o terço apical, cortando com menor esforço e submetendo o instrumento a menos estresse, diminuído a possibilidade de fratura. O nome desse processo é o pré- alargamento cervical do canal radicular e é muito importante esse método para se trabalhar o terço apical liberando primeiramente a região cervical e média. SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 7 Os instrumentos de NiTi, tem diferentes diâmetros , possuindo um ponta diminuta, é cônico (simula o canal radicular, e essa conicidade é bem maior). Ex.: existem limas 35 (na ponta) e de conicidade 0,12 (muito maior que 0,02), possuem comprimento da parte ativa muito curtos, possuem taper: 8, 10, 12 . e diâmetro da ponta ativa pequeno: 20, 25 e 30. Lembrando que todo esse objetivo é alargar o canal radicular no seu terço cervical e médio (pré- alargamento cervical), conferindo um bom acesso ao terço apical e diminuído o risco de fratura do instrumental. Todo esse processo é pacificar a fase final da instrumentação do canal radicular. A grande novidade hoje em dia é justamente o uso de materiais de NiTi, e não a técnica do pré – alargamento cervical que já era mencionada desde 1974: “Os instrumentos de maior calibre usados nos terços coronários e médios preparam o canal radicular para receber e para direcionar a ponta de instrumentos mais finos no terço apical” O NiTi permitiu que hoje existissem as várias formas de secção transversal. Hoje algumas limas não têm fio de corte, mas sim, superfície de corte (radial-land), cuja função é manter o instrumento o mais centralizado possível na parte curva do canal radicular. São exemplos de radial- land: profile, Gates Glidden. O seu ângulo de ataque é negativo. Todos eles não tem ângulo de transição e sim curva de transição. A versão manual é a Protaper manual. Ela é muito boa pois em um mesmo instrumento existem diferentes conicidades como; 0,02; 0,03; 0,04 .... A fadiga do instrumento ocorre por uma ralação entre tempo e velocidade de uso, e é maior no contra-ângulo e sendo mais segura na forma manual. A lima S-X (que temos que comprar), varia, sendo de: 6 mm , 7 mm, 8 mm e 9 mm. Que possuem um diâmetro respectivamente de: 50 mm, 70 mm, 90 mm, 110mm. Isso existe por um único motivo: as brocas Gates de n° 1, 2, 3 e 4, têm um diâmetro respectivamente de: 50 mm, 70 mm, 90 mm e 110 mm. Então, ao invés de usar as Gates de números 4, 3, 2 e 1, usa só esse instrumento que substitui as quatro brocas. Os instrumentos chamados de SHAPER, são utilizados para modelar o terço cervical e médio. O Shaper 1 é para o terço cervical e o 2 para o terço médio. Os instrumentos chamados de FINISH, são os instrumentos utilizados para fazer o acabamento do terço apical. Tem o número 1, 2, 3 e 4. Brocas no preparo de canal: Gates Glidden, cuja ponta ativa não é cortante. Hoje pode ser substituída pelo instrumental S-X da Protaper. A grande vantagem da Gates é que elas não têm a ponta cortante. A área de concordância é a área de menor contato da broca e isso facilita sua re3tirada do canal em caso de fratura da broca além de que, como ela é de aço inoxidável, ela não entrará em áreas de curvatura, o que irá facilitar a sua retirada. Os equipamentos ultra-sônicos são utilizados para retirar cálculos e desgastar interferências no canal, remover pinos e ajudar na irrigação do canal, é muito usado em retro-instrumentação em cirurgias para- endodônticas (feitas pelo ápice). Marcio SARMENTO, J. H. A. Áudio transcrito da aula de Endodontia de Laboratório. Universidade Federal de Alagoas – UFAL /Faculdade de odontologia – FOUFAL. PREPARO DO CANAL Página 8 CONCLUSÕES - Instrumentos endodônticos tem que ser novos, quando deformados de forma plástica, não devem ser usados pois a possibilidade de fratura é muito grande. “A ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS VAI VARIAR DE ACORDO COM A ANATOMIA E AS PROPRIEDADES DO INSTRUMENTO PARA QUE SE TRABALHE SEM ALTERAR, SEM DESVIAR, SEM PERDER O CANAL E SEM OBSTRUIR O FINAL DO CANAL, NÃO SE TRABALHANDO DE FORMA RÁPIDA”. Inês Jacynto Inojosa “ENDODONTIA NÃO É FÁCIL” Inês Jacynto Inojosa
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