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DAMÁSIO EDUCACIONAL ÉTICA E ESTATUTO DA OAB MATERIAL DE APOIO EXAME DA OAB CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, ao instituir o Código de Ética e Disciplina, norteou-se por princípios que formam a consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua conduta, tais como: os de lutar sem receio pelo primado da Justiça; pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo respeito à Lei, fazendo com que esta seja interpretada com retidão, em perfeita sintonia com os fins sociais a que se dirige e as exigências do bem comum; ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais; proceder com lealdade e boa-fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu ofício; empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização prática de seus legítimos interesses; comportar-se, nesse mister, com independência e altivez, defendendo com o mesmo denodo humildes e poderosos; exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material sobreleve à finalidade social do seu trabalho; aprimorar- se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da sociedade como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal; agir, em suma, com a dignidade das pessoas de bem e a correção dos profissionais que honram e engrandecem a sua classe. Inspirado nesses postulados é que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos arts. 33 e 54, V, da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, aprova e edita este Código, exortando os advogados brasileiros à sua fiel observância. TÍTULO I DA ÉTICA DO ADVOGADO CAPÍTULO I DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral individual, social e profissional. Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. Parágrafo único. São deveres do advogado: I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade; II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; III – velar por sua reputação pessoal e profissional; IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional; V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; Publicado no Diário da Justiça, Seção I, do dia 01.03.95, pp. 4.000/4004. VI – estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; VIII – abster-se de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue; c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana; e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste. IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade. Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos. Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, integrante de departamento jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência. Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de pretensão concernente a lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada anteriormente. Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé. Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela. CAPÍTULO II DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE Art. 8º O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das conseqüências que poderão advir da demanda. Art. 9º A conclusão ou desistência da causa, com ou sem a extinção do mandato, obriga o advogado à devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, e à pormenorizada prestação de contas, não excluindo outras prestações solicitadas, pelo cliente, a qualquer momento. Art. 10. Concluída a causa ou arquivado o processo, presumem-se o cumprimento e a cessação do mandato. Art. 11. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. Art. 12. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo justo e comprovada ciência do constituinte. Art. 13. A renúncia ao patrocínio implica omissão do motivo e a continuidade da responsabilidade profissional do advogado ou escritório de advocacia, durante o prazo estabelecido em lei; não exclui, todavia, a responsabilidade pelos danos causados dolosa ou culposamente aos clientes ou a terceiros. Art. 14. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente prestado. Art. 15. O mandato judicial ou extrajudicial deve ser outorgado individualmente aos advogados que integrem sociedade de que façam parte, e será exercido no interesse do cliente, respeitada a liberdade de defesa. Art. 16. O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, desde que permaneça a confiança recíproca entre o outorgante e o seu patrono no interesse da causa. Art. 17. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar em juízo clientes com interesses opostos. Art. 18. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e não estando acordes os interessados, com a devida prudência e discernimento, optará o advogado por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional. Art. 19. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex- empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissionale as informações reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas. Art. 20. O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer. Art. 21. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. Art. 22. O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo. Art. 23. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Art. 24. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa. § 1º O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. § 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente. CAPÍTULO III DO SIGILO PROFISSIONAL 1 Art. 25. O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito, salvo grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa. Art. 26. O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte. Art. 27. As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo constituinte. Parágrafo único. Presumem-se confidenciais as comunicações epistolares entre advogado e cliente, as quais não podem ser reveladas a terceiros. CAPÍTULO IV DA PUBLICIDADE 2 Art. 28. O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade. Art. 29. O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição na OAB, podendo fazer referência a títulos ou qualificações profissionais, especialização técnico-científica e associações culturais e científicas, endereços, horário do expediente e meios de comunicação, vedadas a sua veiculação pelo rádio e televisão e a denominação de fantasia. § 1º Títulos ou qualificações profissionais são os relativos à profissão de advogado, conferidos por universidades ou instituições de ensino superior, reconhecidas. § 2º Especialidades são os ramos do Direito, assim entendidos pelos doutrinadores ou legalmente reconhecidos. § 3º Correspondências, comunicados e publicações, versando sobre constituição, colaboração, composição e qualificação de componentes de escritório e especificação de especialidades profissionais, bem como boletins informativos e comentários sobre legislação, somente podem ser fornecidos a colegas, clientes, ou pessoas que os solicitem ou os autorizem previamente. § 4º O anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar clientela. 1 Ver arts. 7 o , II e XIX, 34, VII, e 72, § 2 o , do Estatuto. 2 Ver arts. 1º, § 3 o , 14, parágrafo único, 33, parágrafo único, 34, XIII, e 35, parágrafo único, do Estatuto e Provimento n. 94/2000. § 5º O uso das expressões “escritório de advocacia” ou “sociedade de advogados” deve estar acompanhado da indicação de número de registro na OAB ou do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem. § 6º O anúncio, no Brasil, deve adotar o idioma português, e, quando em idioma estrangeiro, deve estar acompanhado da respectiva tradução. Art. 30. O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimensões, sem qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de outdoor ou equivalente. Art. 31. O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, cores, figuras, desenhos, logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia, sendo proibido o uso dos símbolos oficiais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados do Brasil. § 1º São vedadas referências a valores dos serviços, tabelas, gratuidade ou forma de pagamento, termos ou expressões que possam iludir ou confundir o público, informações de serviços jurídicos suscetíveis de implicar, direta ou indiretamente, captação de causa ou clientes, bem como menção ao tamanho, qualidade e estrutura da sede profissional. § 2º Considera-se imoderado o anúncio profissional do advogado mediante remessa de correspondência a uma coletividade, salvo para comunicar a clientes e colegas a instalação ou mudança de endereço, a indicação expressa do seu nome e escritório em partes externas de veículo, ou a inserção de seu nome em anúncio relativo a outras atividades não advocatícias, faça delas parte ou não. Art. 32. O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou de qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações a promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista. Art. 33. O advogado deve abster-se de: I – responder com habitualidade consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social, com intuito de promover-se profissionalmente; II – debater, em qualquer veículo de divulgação, causa sob seu patrocínio ou patrocínio de colega; III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; IV – divulgar ou deixar que seja divulgada a lista de clientes e demandas; V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas. Art. 34. A divulgação pública, pelo advogado, de assuntos técnicos ou jurídicos de que tenha ciência em razão do exercício profissional como advogado constituído, assessor jurídico ou parecerista, deve limitar-se a aspectos que não quebrem ou violem o segredo ou o sigilo profissional. CAPÍTULO V DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS 3 Art. 35. Os honorários advocatícios e sua eventual correção, bem como sua majoração decorrente do aumento dos atos judiciais que advierem como necessários, devem ser previstos em contrato escrito, qualquer que seja o objeto e o meio da prestação do serviço profissional, contendo todas as especificações e forma de pagamento, inclusive no caso de acordo. § 1º Os honorários da sucumbência não excluem os contratados, porém devem ser levados em conta no acerto final com o cliente ou constituinte,tendo sempre presente o que foi ajustado na aceitação da causa. § 2º A compensação ou o desconto dos honorários contratados e de valores que devam ser entregues ao constituinte ou cliente só podem ocorrer se houver prévia autorização ou previsão contratual. § 3º A forma e as condições de resgate dos encargos gerais, judiciais e extrajudiciais, inclusive eventual remuneração de outro profissional, advogado ou não, para desempenho de serviço auxiliar ou complementar técnico e especializado, ou com incumbência pertinente fora da Comarca, devem integrar as condições gerais do contrato. Art. 36. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os elementos seguintes: I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas; II – o trabalho e o tempo necessários; III – a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; IV – o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para ele resultante do serviço profissional; V – o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente avulso, habitual ou permanente; VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou não do domicílio do advogado; VII – a competência e o renome do profissional; VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos. Art. 37. Em face da imprevisibilidade do prazo de tramitação da demanda, devem ser delimitados os serviços profissionais a se prestarem nos procedimentos preliminares, judiciais ou conciliatórios, a fim de que outras medidas, solicitadas ou necessárias, incidentais ou não, diretas ou indiretas, decorrentes da causa, possam ter novos honorários estimados, e da mesma forma receber do constituinte ou cliente a concordância hábil. Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos de honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas em favor do constituinte ou do cliente. Parágrafo único. A participação do advogado em bens particulares de cliente, comprovadamente sem condições pecuniárias, só é tolerada em caráter excepcional, e desde que contratada por escrito. Art. 39. A celebração de convênios para prestação de serviços jurídicos com redução dos valores estabelecidos na Tabela de Honorários implica captação de clientes ou 3 Ver arts. 21 a 26 e 34, III, da Lei n. 8.906/94 e arts. 14 e 111 do Regulamento Geral. causa, salvo se as condições peculiares da necessidade e dos carentes puderem ser demonstradas com a devida antecedência ao respectivo Tribunal de Ética e Disciplina, que deve analisar a sua oportunidade. Art. 40. Os honorários advocatícios devidos ou fixados em tabelas no regime da assistência judiciária não podem ser alterados no quantum estabelecido; mas a verba honorária decorrente da sucumbência pertence ao advogado. Art. 41. O advogado deve evitar o aviltamento de valores dos serviços profissionais, não os fixando de forma irrisória ou inferior ao mínimo fixado pela Tabela de Honorários, salvo motivo plenamente justificável. Art. 42. O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo, seja de sociedade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro título de crédito de natureza mercantil, exceto a emissão de fatura, desde que constitua exigência do constituinte ou assistido, decorrente de contrato escrito, vedada a tiragem de protesto. Art. 43. Havendo necessidade de arbitramento e cobrança judicial dos honorários advocatícios, deve o advogado renunciar ao patrocínio da causa, fazendo-se representar por um colega. CAPÍTULO VI DO DEVER DE URBANIDADE Art. 44. Deve o advogado tratar o público, os colegas, as autoridades e os funcionários do Juízo com respeito, discrição e independência, exigindo igual tratamento e zelando pelas prerrogativas a que tem direito. Art. 45. Impõe-se ao advogado lhaneza, emprego de linguagem escorreita e polida, esmero e disciplina na execução dos serviços. Art. 46. O advogado, na condição de defensor nomeado, conveniado ou dativo, deve comportar-se com zelo, empenhando-se para que o cliente se sinta amparado e tenha a expectativa de regular desenvolvimento da demanda. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 47. A falta ou inexistência, neste Código, de definição ou orientação sobre questão de ética profissional, que seja relevante para o exercício da advocacia ou dele advenha, enseja consulta e manifestação do Tribunal de Ética e Disciplina ou do Conselho Federal. Art. 48. Sempre que tenha conhecimento de transgressão das normas deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral e dos Provimentos, o Presidente do Conselho Seccional, da Subseção, ou do Tribunal de Ética e Disciplina deve chamar a atenção do responsável para o dispositivo violado, sem prejuízo da instauração do competente procedimento para apuração das infrações e aplicação das penalidades cominadas. TÍTULO II DO PROCESSO DISCIPLINAR 4 CAPÍTULO I DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA Art. 49. O Tribunal de Ética e Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, respondendo às consultas em tese, e julgar os processos disciplinares. Parágrafo único. O Tribunal reunir-se-á mensalmente ou em menor período, se necessário, e todas as sessões serão plenárias. Art. 50. Compete também ao Tribunal de Ética e Disciplina: I – instaurar, de ofício, processo competente sobre ato ou matéria que considere passível de configurar, em tese, infração a princípio ou norma de ética profissional; II – organizar, promover e desenvolver cursos, palestras, seminários e discussões a respeito de ética profissional, inclusive junto aos Cursos Jurídicos, visando à formação da consciência dos futuros profissionais para os problemas fundamentais da ética; III – expedir provisões ou resoluções sobre o modo de proceder em casos previstos nos regulamentos e costumes do foro; IV – mediar e conciliar nas questões que envolvam: a) dúvidas e pendências entre advogados; b) partilha de honorários contratados em conjunto ou mediante substabelecimento, ou decorrente de sucumbência; c) controvérsias surgidas quando da dissolução de sociedade de advogados. CAPÍTULO II DOS PROCEDIMENTOS 5 Art. 51. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação dos interessados, que não pode ser anônima. § 1º Recebida a representação, o Presidente do Conselho Seccional ou da Subseção, quando esta dispuser de Conselho, designa relator um de seus integrantes, para presidir a instrução processual. § 2º O relator pode propor ao Presidente do Conselho Seccional ou da Subseção o arquivamento da representação, quando estiver desconstituída dos pressupostos de admissibilidade. § 3º A representação contra membros do Conselho Federal e Presidentes dos Conselhos Seccionais é processada e julgada pelo Conselho Federal. Art. 52. Compete ao relator do processo disciplinar determinar a notificação dos interessados para esclarecimentos, ou do representado para a defesa prévia, em qualquer caso no prazo de 15 (quinze) dias. § 1º Se o representado não for encontrado ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção deve designar-lhe defensor dativo. § 2º Oferecida a defesa prévia, que deve estar acompanhada de todos os documentos e o rol de testemunhas, até o máximo de cinco, é proferido o despacho saneador e,4 Ver arts. 43, 58, III, 61, parágrafo único, “c”, 68, e 70 a 74, da Lei n. 8.906/94, arts. 89, V e VII, 120, § 3 o , 137-A e seguintes do Regulamento Geral e Provimento n. 83/96. 5 Ver Provimento n. 83/96 e o Manual de Procedimentos do Processo Ético-Disciplinar, editado pela Segunda Câmara do Conselho Federal. ressalvada a hipótese do § 2º do art. 73 do Estatuto, designada, se reputada necessária, a audiência para oitiva do interessado, do representado e das testemunhas. O interessado e o representado deverão incumbir-se do comparecimento de suas testemunhas, a não ser que prefiram suas intimações pessoais, o que deverá ser requerido na representação e na defesa prévia. As intimações pessoais não serão renovadas em caso de não- comparecimento, facultada a substituição de testemunhas, se presente a substituta na audiência. (NR) 6 § 3º O relator pode determinar a realização de diligências que julgar convenientes. § 4º Concluída a instrução, será aberto o prazo sucessivo de 15 (quinze) dias para a apresentação de razões finais pelo interessado e pelo representado, após a juntada da última intimação. § 5º Extinto o prazo das razões finais, o relator profere parecer preliminar, a ser submetido ao Tribunal. Art. 53. O Presidente do Tribunal, após o recebimento do processo devidamente instruído, designa relator para proferir o voto. § 1º O processo é inserido automaticamente na pauta da primeira sessão de julgamento, após o prazo de 20 (vinte) dias de seu recebimento pelo Tribunal, salvo se o relator determinar diligências. § 2º O representado é intimado pela Secretaria do Tribunal para a defesa oral na sessão, com 15 (quinze) dias de antecedência. § 3º A defesa oral é produzida na sessão de julgamento perante o Tribunal, após o voto do relator, no prazo de 15 (quinze) minutos, pelo representado ou por seu advogado. Art. 54. Ocorrendo a hipótese do art. 70, § 3º, do Estatuto, na sessão especial designada pelo Presidente do Tribunal, são facultadas ao representado ou ao seu defensor a apresentação de defesa, a produção de prova e a sustentação oral, restritas, entretanto, à questão do cabimento, ou não, da suspensão preventiva. Art. 55. O expediente submetido à apreciação do Tribunal é autuado pela Secretaria, registrado em livro próprio e distribuído às Seções ou Turmas julgadoras, quando houver. Art. 56. As consultas formuladas recebem autuação em apartado, e a esse processo são designados relator e revisor, pelo Presidente. § 1º O relator e o revisor têm prazo de dez (10) dias, cada um, para elaboração de seus pareceres, apresentando-os na primeira sessão seguinte, para julgamento. § 2º Qualquer dos membros pode pedir vista do processo pelo prazo de uma sessão e desde que a matéria não seja urgente, caso em que o exame deve ser procedido durante a mesma sessão. Sendo vários os pedidos, a Secretaria providencia a distribuição do prazo, proporcionalmente, entre os interessados. § 3º Durante o julgamento e para dirimir dúvidas, o relator e o revisor, nessa ordem, têm preferência na manifestação. § 4º O relator permitirá aos interessados produzir provas, alegações e arrazoados, respeitado o rito sumário atribuído por este Código. § 5º Após o julgamento, os autos vão ao relator designado ou ao membro que tiver parecer vencedor para lavratura de acórdão, contendo ementa a ser publicada no órgão oficial do Conselho Seccional. 6 Ver Proposição n. 0042/2002/COP (DJ, 03.02.2003, p. 574, S.1). Art. 57. Aplica-se ao funcionamento das sessões do Tribunal o procedimento adotado no Regimento Interno do Conselho Seccional. Art. 58. Comprovado que os interessados no processo nele tenham intervindo de modo temerário, com sentido de emulação ou procrastinação, tal fato caracteriza falta de ética passível de punição. Art. 59. Considerada a natureza da infração ética cometida, o Tribunal pode suspender temporariamente a aplicação das penas de advertência e censura impostas, desde que o infrator primário, dentro do prazo de 120 dias, passe a freqüentar e conclua, comprovadamente, curso, simpósio, seminário ou atividade equivalente, sobre Ética Profissional do Advogado, realizado por entidade de notória idoneidade. Art. 60. Os recursos contra decisões do Tribunal de Ética e Disciplina, ao Conselho Seccional, regem-se pelas disposições do Estatuto, do Regulamento Geral e do Regimento Interno do Conselho Seccional. Parágrafo único. O Tribunal dará conhecimento de todas as suas decisões ao Conselho Seccional, para que determine periodicamente a publicação de seus julgados. Art. 61. Cabe revisão do processo disciplinar, na forma prescrita no art. 73, § 5º, do Estatuto. CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 62. O Conselho Seccional deve oferecer os meios e suporte imprescindíveis para o desenvolvimento das atividades do Tribunal. Art. 63. O Tribunal de Ética e Disciplina deve organizar seu Regimento Interno, a ser submetido ao Conselho Seccional e, após, ao Conselho Federal. Art. 64. A pauta de julgamentos do Tribunal é publicada em órgão oficial e no quadro de avisos gerais, na sede do Conselho Seccional, com antecedência de 07 (sete) dias, devendo ser dada prioridade nos julgamentos para os interessados que estiverem presentes. Art. 65. As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados e os estagiários, no que lhes forem aplicáveis. Art. 66. Este Código entra em vigor, em todo o território nacional, na data de sua publicação, cabendo aos Conselhos Federal e Seccionais e às Subseções da OAB promover a sua ampla divulgação, revogadas as disposições em contrário. Brasília-DF, 13 de fevereiro de 1995. José Roberto Batochio, Presidente Modesto Carvalhosa, Relator (Comissão Revisora: Licínio Leal Barbosa, Presidente; Robison Baroni, Secretário e Sub-relator; Nilzardo Carneiro Leão, José Cid Campelo e Sergio Ferraz, Membros) Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Ética Aula: 01 | Data: 23/03/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Princípios inter-relacionados 2. Atividades privativas da advocacia 3. Mandato judicial – Procuração 4. Substabelecimento da procuração GUIA DE ESTUDO 1. Princípios inter-relacionados: a) Princípio do sigilo profissional: Quando falamos em sigilo profissional todas as informações que temos conhecimento em decorrência do exercício da atividade são sigilosas. Violar sem justa causa um sigilo profissional enseja um processo disciplinar, neste caso a punição, sanção a ser aplicada é a Censura. Se o advogado for reincidente em infração, ao invés de censura, a punição, a sanção será a de Suspensão. O código de ética e disciplina traz as hipóteses que justificam a quebra do sigilo profissional: Casos de ameaça à vida Casos de ameaça à honra Quando o advogado for afrontado, ameaçado pelo próprio cliente = advogado ameaçado pode quebrar o sigilo até o limite necessário à sua defesa. Obs.: O sigilo profissional não tem prazo de validade Advogado intimado a depor: deve comparecer e diante da autoridade levanta a questão que está amparada pelo sigilo profissional. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Podemos utilizar informações sigilosas do cliente desde que, seja na defesa do cliente e o cliente autorize. b) Princípio da confiabilidade – lembra confiança. Temos que guardar que a confiança recíproca é condição para o exercício da atividade de advogado. c) Princípio da pessoalidade – buscamos a confiança que é condição do exercício da atividade através de uma consulta pessoal. Principio da exclusividade: em uma sociedade de advogados não pode misturar atividades estranhas à advocacia, não podemos numa publicidade de um escritório misturar com atividades estranhas à advocacia. Principio da não mercantilização: não podemos adotar no exercício da advocacia características mercantis, características típicas de um comércio. 2. Atividades privativas da advocacia Artigos 1º e seguintes do Regulamento Geral e do EOAB a) Assessoria e consultoria na área jurídica: quando falamos desse ponto, lembramos que a atuação é extrajudicial do advogado. Consultoria na área jurídica envolve a elaboração de um parecer. Diretoria jurídica: é necessário ser advogado, porque gerencia-se, direciona-se outros advogados. Gerência jurídica: atividade privativa da advocacia. b) Visar atos constitutivos de pessoas jurídicas: ato privativo de advogado: Não se trata de mera formalidade, mas sim de responsabilidade efetiva de advogado na constituição da pessoa jurídica. Exceções: Microempresas (ME) Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Empresas de pequeno porte (EPP) c) Postular em juízo Exceções Hipóteses de dispensa do advogado a) Habeas corpus: não exige a presença de advogado para impetrar o HC. b) Justiça do trabalho: o Estatuto do advogado somente entrou em conformidade com a CLT. Dispensa advogado. Cuidado! TST – neste caso precisa de advogado – Súmula 425, TST. c) Justiça de paz: lembra casamento. Nunca caiu na prova. d) Juizado Especial: Juizados Estaduais – Lei 9099/95: temos a dispensa de advogado, em causas de até 20 salários mínimos ou desde que não precise ingressar com recurso. e) Exercício efetivo da advocacia: se dá com a prática de pelo menos 5 atividades privativas no decorrer do ano. Isso está no regulamento geral porque no edital aparece que exerce a atividade por determinado período. (Art. 5º). 3. Mandato judicial – Procuração É o instrumento do mandato, é o documento que o cliente assina onde confere poderes para o advogado representá-lo em juízo ou fora dele. 4. Substabelecimento da procuração Temos o substabelecimento com reserva de poderes e o sem reserva de poderes. Com reserva: o advogado continua no processo. Sem reserva: o advogado substabelecente sai do processo. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Obs.: honorários é uma questão de substabelecimento com reserva de poderes: no substabelecimento com reserva de poderes, o advogado substabelecido somente irá receber os honorários com a autorização do advogado substabelecente. O advogado substabelecido não pode cobrar direto do cliente, precisa da autorização do substabelecente. Honorários do substabelecimento sem reserva de poderes: o substabelecido não depende do substabelecente. Os honorários devem ser calculados de forma proporcional. Ex.: ao tempo, ao trabalho de cada um dos advogados. Substabelecimento sem reserva de poderes – sucumbência O advogado quando sai do processo tem direito a receber a sucumbência, pois esta é uma espécie de honorários e recebe de forma proporcional. O cliente deve ser informado do substabelecimento, conforme abaixo descrito: Com reserva de poderes: substabelece mais continua no processo. Neste caso não deverá deve informar o cliente, pois o advogado já substabeleceu com reserva de poderes, e neste caso continua no processo, não tendo a necessidade de informar seu cliente. É um ato pessoal do advogado. Sem reserva de poderes: substabelece mais não continua no processo, sendo assim, será necessário informar o cliente, antes de substabelecer. 5. Renúncia e revogação da procuração Renúncia: é um direito do advogado. Renuncia/dever do advogado: podemos dizer desta forma sim, porque em alguns casos o advogado tem o dever de renunciar a procuração. Temos que deixar o cliente ciente de forma inequívoca. Sendo assim será enviado ao cliente preferencialmente por carta com AR, mais o advogado permanece no processo por 10 dias. Obs.: Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM O advogado permanece responsável por 10 dias a partir da data da notificação e não da data da juntada ao processo. O advogado permanece responsável por no máximo 10 dias, se antes desse prazo outro advogado juntar a procuração, você advogado não tem mais responsabilidade por este processo. Foro íntimo na renuncia: quer dizer que o advogado pode renunciar a procuração, mais não pode em hipótese alguma revelar o motivo da renúncia e juntar a carta no processo. Revogação: é um direito do cliente. O advogado atuou até determinado momento e o cliente resolve revogar a procuração, e tem todo direito, porque é dele, cliente esse direito. O advogado deverá deixar claro para o cliente que a partir do dia seguinte, o advogado não é mais responsável pelo processo. Esse cliente já tem outro cliente previamente contratado, só que o outro advogado propõe acordo em relação aos honorários de sucumbência e não chegaram a um acordo na divisão da sucumbência. Neste caso discussão sobre honorários ou sobre honorários de advogados e sociedade de advogados, neste caso do Tribunal de Ética e Disciplina tem competência para tentar essa conciliação, caso não consiga a conciliação esta será discutida em juízo. O TED orienta para o advogado tentar uma conciliação, caso contrário via judicial. Obs.: Podemos juntar procuração que já tem advogado constituído desde que se trate de um caso urgente, e inadiável. Ex.: o cliente recebe em casa uma intimação que o imóvel será leiloado em 30 dias, o cliente fica apavorado e liga para seu escritório e a secretária diz que o advogado só retornará em 60 dias, sendo assim, poderá constituir outro advogado. No caso da sociedade de advogados, a procuração não é outorgada para a sociedade, será outorgada para o advogado e na procuração será mencionada a sociedade em que ele faz parte. Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Ética Aula: 02 | Data: 30/03/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Inscrição na OAB 2. Inscrição principal 3. Estagiário 4. Cancelamento da inscrição 5. Licenciamento da inscrição 6. Sociedade de advogados GUIA DE ESTUDO 1. Inscrição na OAB - Art. 8º do EA Requisitos do advogado a) Capacidade civil – divide-se em: maioridade e sanidade. b) Diploma ou certidão de conclusão do curso de direito. Se juntar a certidão de conclusão de curso tem que apresentar cópia autenticada do histórico escolar. c) Título de eleitor e quitação do serviço militar d) Aprovação no exame de ordem e) Não exercer atividade incompatível com a advocacia. A incompatibilidade está noartigo 28 EA: é a proibição total para o exercício da advocacia: I – chefe do poder executivo mais os seus vices V – atividade policial direta ou indireta. Ex.: Federal, Estadual e Municipal, Civil e Militar. VIII – gerente ou diretor de banco público ou privado. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Certidão de aprovação do exame de ordem – documento emitido para quem prestou exame de ordem foi aprovado e cumpriu os requisitos para se inscrever. A certidão tem validade perpetua, é para sempre. f) Idoneidade moral: ter idoneidade moral significa não ter sido condenado pela pratica de crime infamante, salvo se, reabilitado judicialmente. Crime infamante é qualquer crime contrário à honra, a dignidade e a boa fama de quem pratica. g) Compromisso perante o conselho seccional da OAB. Características importantes do compromisso: É solene. A cédula é de uso obrigatório. Esses documentos tanto para o estagiário como para o advogado vale como documento de identidade civil em todo território nacional. Formal: tem que passar pela formalidade, cantar o hino nacional, traje forense, etc. Personalíssimo: é só do candidato, do futuro advogado, ninguém pode ir ao seu lugar, nem com procuração. 2. Inscrição principal Será realizada no conselho seccional onde exercerá o domicilio profissional. Inscrição suplementar é obrigatória para o advogado que passar a atuar em um Conselho Seccional diferente de onde tem inscrição principal com habitualidade, ou seja, em mais de 5 causas por ano. 3. Estagiário - art. 9º EA Requisitos de inscrição do estagiário a) Capacidade civil – divide-se em: maioridade e sanidade. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM b) Título de eleitor e quitação do serviço militar c) Não exercer atividade incompatível d) Idoneidade moral e) Presta compromisso perante do Conselho Seccional 4. Cancelamento da inscrição – art. 11EA É a interrupção definitiva da inscrição, ou seja, deixa de ser advogada. Hipóteses: a) Pedido do advogado: é personalíssimo, não pode ser feito por terceiro. b) Quando o advogado sofrer pena de exclusão c) Quando advogado passar a exercer atividade incompatível com a advocacia de forma definitiva Incompatibilidade antes da inscrição = não se inscreve Incompatibilidade depois da inscrição, já é advogado = se for de um cargo definitivo ocorrerá o cancelamento da inscrição daquele advogado; Se a incompatibilidade for de um cargo temporário, licencia a inscrição durante o período de quatro anos. d) Perda de qualquer dos requisitos da inscrição. 5. Licenciamento da inscrição – art. 12 EA É a interrupção temporária da inscrição. Hipóteses: a) Pedido tem que ser justificado pelo advogado. b) Quando o advogado passar a exercer atividade incompatível com a advocacia de forma temporária. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM c) Doença mental curável, se o advogado tiver o laudo pode ser licenciado da OAB durante o período que constar no laudo e também não paga anuidade. Doença mental incurável: é causa de cancelamento da inscrição por perda de requisito, requisito este capacidade civil – sanidade. 6. Sociedade de advogados É a união de dois ou mais sócios para a formação de uma pessoa jurídica. Somente pode ser sócio, pessoa exclusivamente formada por advogado. A sociedade de advogados é uma pessoa jurídica e só adquire personalidade jurídica com o registro dos seus estatutos ou atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB onde ela tem sede. NUNCA se registra a sociedade de advogados na Junta Comercial ou em Cartório de Registro Civil. Se a sociedade de advogados for reduzida a uni pessoalidade de sócios, o sócio remanescente terá 180 dias para indicar novo sócio, sob pena, de dissolução da sociedade. Nome de um dos sócios mais a expressão de uma sociedade de advogados, ou pode ser parte do nome dos sócios, mais a expressão sociedade de advogados. Ex.: Souza, Barros e Mendes. Nome fantasia: é vedado em qualquer idioma para compor a sociedade de advogados. O nome do sócio falecido pode ser mantido na sociedade se o contrato social, assim o autorizava. O falecido tinha que ter deixado escrito no contrato antes de morrer. Sócios de uma mesma sociedade ou unidos em caráter permanente NÃO PODEM defender em juízo clientes com interesses opostos, sob pena, de caracterizar tergiversação (crime de patrocínio simultâneo). O mesmo advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados em Conselho Seccionais distintos, contudo, não poderá integrar mais de uma sociedade de advogados com sede ou filial no mesmo Conselho Seccional. Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal| Disciplina: Ética Aula: 03 | Data: 15/04/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Honorários 2. Incompatibilidade e impedimento GUIA DE ESTUDO 1. Honorários Moderação: Observe a tabela de honorários, que é fixada pelo Conselho Seccional da ordem dos advogados do Brasil. Tabela: Conselho seccional (estado) que tem competência em criar, sendo que cada estado tem sua tabela de honorários. Existe um piso nas tabelas, que é o parâmetro sempre para cima. Levar em consideração o Código de ética e disciplina, que estabelece alguns elementos: Valor da causa; local da sua prestação de serviços; a complexidade do caso; a situação econômica do cliente; competência e renome do profissional. Cuidado: Extrapolar os limites ocorre: Locopletação, enriquecimento ilícito, enriquecimento indevido à custa do cliente, acarreta suspensão. Aviltamento: Cobrar a baixo da tabela será punido com censura. Observação: Não temos tabela de honorários nacional; não temos tabela de honorários federal; cada estado possui sua tabela. Espécies de honorários Convencionados: Contrata com o cliente por meio de contrato escrito. A OAB sugere: 1/3 no início do processo; 1/3 na sentença e 1/3 ao término da ação. Arbitrados: Pelo juiz. Hipóteses Advogado contratado de forma verbal (o juiz determina no processo); Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Casos de beneficiários a assistência judiciária. O pagamento dos honorários é efetuado pelo Estado. Sucumbência: É uma espécie de honorários. São honorários fixados pelo juiz ao término da ação, ao advogado vencedor e que devem ser pagos pela parte vencida. Honorários de sucumbências pertencem aos advogados, salvo contrato, clausula ou dispositivo que estabeleça de forma diversa. Cuidado: Advogado empregado de uma empresa, os honorários são do advogado (artigo 21 do EAOAB); A sucumbência não integra ao salario ou a remuneração do advogado; não é considerado para fins trabalhistas ou previdenciários. Os honorários não excluem os contratados, mas devem levar em consideração no momento da contratação. Os honorários de advogado tem natureza de alimento. Honorários “ad exitum” ou clausulaquota litis Ocorre quando o advogado cobra a título de crédito, uma porcentagem do proveito obtido pelo cliente ao término da ação. Características a) O tratar por escrito; b) Receber em espécie; c) Contrato de risco (não pode receber mais que o cliente), 30% é o teto. Honorários em bens: Em regra não podemos receber honorários em bens, mas pode receber honorários em bens desde que se contrate com o cliente dessa forma e ele não tenha dinheiro para pagar. Prescrição (artigo 25 EAOAB). Prazo cinco anos Cinco anos partir do termino da relação Cinco anos partir do transito em julgado da sentença que fixar os honorários Cinco anos a partir do termino do serviço extrajudicial Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Cinco anos a partir da renúncia ou revogação dos poderes (honorários proporcionais). Cinco anos a partir da desistência ou da transação (acordo). Prescrição do cliente contra o advogado. Prazo de 5 (cinco) anos. Exigir a prestação de contas do advogado. 2. Incompatibilidade X Impedimento (artigo 28 e 30 do EA) O (artigo 29 do EAOAB) trata de exclusividade – Advogado geral da União, Defensores gerais e Procuradores gerais. Incompatibilidade (artigo 28 EAOB): Proibição total ao exercício da advocacia. Não pode exercer sua inscrição na OAB. Obter informação; facilidade ao acesso, captação, trafico de influência. Exercer atividade incompatível com advocacia enseja no cancelamento da inscrição junto a OAB. Agora em caráter temporário decorre licenciamento da inscrição. Impedimento (artigo 30 EAOAB): proibição parcial ao exercício da advocacia. Pode advogar, mas possui uma limitação. Servidores públicos de uma forma geral. Contra a fazenda pública ou contra qual estiver vinculado. Membros do poder legislativo: Contra ou a favor de pessoa jurídica de direito público. Observação parágrafo único do art. 30 EAOAB – Advogado/professor exceção à regra do impedimento. Membro do poder legislativo= Pode, contra ou a favor de PJ público – impedimento. Membro do poder legislativo=incompatibilidade Observação: parágrafo único do art. 30, advogado ou professor do curso de direito é exceção a regra do impedimento. Observação: Mesa do legislativo – incompatibilidade. A incompatibilidade diante do afastamento temporário do cargo incompatível. Observação: Art. 28 EAOAB Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Ética Aula: 04 | Data: 23/04/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Infrações e sanções disciplinares GUIA DE ESTUDO 1. Infrações e Sanções Disciplinares (art. 34 do estatuto da Ordem dos advogados) Censura: É a sanção mais leve prevista, infrações menos graves (não pode ser crime pois e mais serio). Exemplo: Cometeu uma falha na publicidade, esqueceu-se de por a OAB em cartão. Esta não e publicada (não e objeto de publicidade, não ha divulgação da sanção de censura, só você e a OAB sabem). Não será publicada, mas será registrada nos seus assentamentos (prontuário na OAB). Advertência – (art. 40 do EOA) ele trás as circunstancias atenuantes. Conceito: Advertência e uma alternativa a sanção de censura diante de uma circunstancia atenuante. Exemplo: Praticou uma infração, em defesa de uma prerrogativa profissional, do advogado, ou cometeu a infração, mas e primário, aplica-se a atenuante. Advertência também não será publicada, porque e uma atenuante da censura - a advertência não se registra no prontuário, diferentemente da censura. Não e registrada nas anotações do registro do advogado, mas consta em um oficio reservado (livro interno da OAB, você já teve a sua advertência, não ocorrera uma segunda vez). Observação - Advertência - É uma alternativa a sanção. NI - Criar tabela transversal - com estes tipos comparando a gravidade, se ha registro nos assentamentos, Ler art. 34 ao 43 do EOA. Observação: NI - tanto a advertência e a censura - quando o adv. for primário pode ser substituído por um curso de ética dentro de 120 dias. Observação: Não um curso de duração de 120 dias, ele tem 120 dias para apresentar a conclusão do curso. Observação: 120 dias de ética de curso o fulano preferiria ser suspenso ou excluído. O prazo e de 120 para apresentar o curso pode ser de um dia ou dois dias etc. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Observação: Ambas as advertência e censura - violar sigilo profissional sem justa causa, e violar dever passivo de censura. Código de Ética e Disciplina - CED - violar normas do artigo X do Código de Ética - punição será sempre censura. Eles põem o artigo para travar. Suspensão: Regra geral - a suspensão impede o exercício da advocacia por 30 dias a 12 meses. Três Exceções a) Advogados suspenso porque deixou de prestar contas a OAB (pagar a anuidade); b) Advogado suspenso por deixar de prestar contas ao cliente (de quantias recebidas). Para A e B ele e suspenso e vai continuar suspenso - ate que preste contas daquele valor atualizados. Suspensão: Por Erros Reiterados - aparece na prova como inépcia profissional, ou seja, o desconhecimento da técnica jurídica de forma reiterada. - desconhecimento da linguagem - e suspenso por 30 dias a 12 meses, e permanece suspenso ate que preste novas provas de habilitação. Advogado suspenso tem que continuar pagando a mensalidade, se deixar de pagar e nova sanção disciplinar. A suspensão será publicada - a OAB quer que todos saibam que ele esta impedido de atuar. Também e registrada no seu prontuário. Dica: Importante - Suspensão ($$$ lembrar dinheiro) - qualquer artigo ou infração relacionada ao dinheiro à penalidade e suspeição. Dinheiro sempre recai em Suspeição (locupletarão, enriquecimento ilícito... etc... tudo que cita dinheiro). Observação: Outras infrações que são punidas com suspeição. Exemplo: Reter autos de forma abusiva. Exemplo: Extraviar autos. Exemplo: Reincidência em infração e hipótese de suspensão também. Exemplo: Praticar conduta incompatível com a advocacia de forma habitual - embriaguez habitual - toxico mania - Dr. pinguinha e Dr. pozinho - jogos de azar não regulado por lei - não pode imaginar a classe dos advogados. - incontinência publica escandalosa (advogado que toda semana da show na repartição, arma barraco, na defesa do cliente no calor da discussão se exalta na defesa do cliente) Observação: BBB - mulher lá e advogado e fica embriagada, não pode ser suspensa, depois sai do BBB e vai para uma capa de revista, não pode ser suspensa, só se ela ficar no BBB com a bandeira da OAB, ou aparecer na revista com broche da OAB - não pode obter vantagem para obter vantagem competitiva. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Observação: Leia a questão ate o final - se o advogado não for reincidente e censura, se for reincidente e suspensão. Exclusão - É a sanção mais grave que OAB pode aplicar no adv. dois terços do conselho precisa concordar com a sua aplicação. - e tão grave que ela implica n cancelamento da inscrição, eledeixou de ser um advogado. Será Publicada. Registram-se nos assentamentos, quatro hipóteses de exclusão: a) Condenação com base em falsa prova para inscrição; b) Quando o advogado perde sua idoneidade moral (todos na profissão devem ser idôneos). Exemplo: Pratico trair a confiança do cliente e patrocínio infiel, confiança reciproca, perdeu a idoneidade moral; c) Diante da 3ª suspensão; d) Crime - Nestes casos. Precisa-se fazer a Reabilitação, provar idoneidade moral, etc. - não se presta de novas provas de habilitação. Multa - Cada estado tem um valor de anuidade. 1 a 10 anuidades - a multa somente poderá ser aplicada de forma cumulativa. Multa Isolada NUNCA - e algo acessório- Pode ser Multa mais Censura, multa mais Censura. Multa mais exclusão nunca (não paga mais anuidade, cancelou). Observação: - Se no meio da questão ele esta atenuando para o advogado, praticou serviços relevantes para OAB etc... Ele esta lhe dando uma atenuante, se ele esta agravando a situação. Seja logico. Requisitos da inscrição na ordem - certidão de graduação com histórico escolar ou diploma. Exemplo: advogado que faz monografias e pego e excluído. Observação: Provas de habilitação e de reabilitação (restaura a primariedade). Para limpar seus assentamentos tanto na censura, quanto na suspensão e na exclusão. Reabilitação - Infrações e Sanções - Responder processo sujeito a censura - e ele esquecem e obter a reabilitação - Censura, suspensão ou exclusão - sempre limpe seus prontuários um ano depois. - ex. e punido hoje, tem que aguardar um ano para comparecer com provas de bom comportamento na ordem, certidões, documentos de que não fez nada de errado neste ano. Se tudo estiver em ordem irão limpar seus assentamentos (isso e provas de reabilitação). Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Observação: Se for crime exige-se primeiro a reabilitação criminal antes que se requeira a habilitação na ordem Suspensão, depois da 3ª ele e excluído. Prescrição a Punibilidade - 5 anos a partir da data da constatação oficial dos fatos. Prescrição em três anos - e a chamada prescrição intercorrente - e a prescrição que ocorre dentro do processo. Processo parado ou paralisado por três anos, pendente de julgamento ou de despacho. A OAB abre um processo para verificar porque o processo ficou parado por três anos, para evitar o deixa comigo. Publicidade do Advogado Pode realizar a publicidade do advogado, encontra fundamentos no código de ética e disciplina e um provimento do conselho federal – (provimento 94 do CF). Qualquer publicidade precisa adotar essas regras e palavras chaves. Moderação, discrição, publicidade informativa. Afastar alternativas que tenham captação de clientela e captação de causas. O cliente e que tem que te procurar, você não deve sair atrás do cliente. O que deve ter a publicidade do Advogado - O nome do advogado, número da inscrição da OAB. O que pode endereço, físico ou eletrônico, telefone, idiomas. Pode por outro idioma, desde que seja acompanhado de uma tradução. Especialidade, a OAB não exige que tenha pós-graduação concluída para pô-la, tenha lá certo tempo de atuação na área. Títulos podem ser mencionados (especialista, mestre, doutor, pós-doutor). Nada Direta - pode enviar desde que observe as regras, só para clientes, amigos ou quando for solicitada. Informações, mudanças de telefone, mudanças do quadro societário, atualizações de lei, final do ano não iremos atender... Etc. - não pode citar informações sigilosas e casos grandes que ganhou. O que não pode a) Ex: juiz, BBB, promotor, etc. Ex não serve pra nada. e proibido para evitar a captação. Obs.: o que pode fazer e no site por o curriculum, se por em papel timbrado etc. não pode. b) Radio e TV, propaganda não pode. Observação: A participação do advogado em radio ou televisão desde que não seja de forma habitual. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Observação: Advogados que respondem processo administrativo por isso, e sim captação de cliente, o processo e sigiloso, da que a 10 anos ele e condenado e a censura e convertida em advertência se for primário, dai não faz mais, vale a pena faze-lo. c) Desenhos ou símbolos (não pode por o logo tipo da OAB, símbolos privativos da OAB, o brasão da republica). Símbolos que violem a dignidade e a sobreidade da d) Misturar advocacia com outras atividades, plaqueiro na praça da se não pode. e) Local apropriado, tamanho de placa, informações do escritório com adesivo do escritório. f) Não podemos mencionar valores de serviços na publicidade - não pode por tabela no cartão ou publicidade. Não cobramos consulta. Cobrimos orçamento, não pode trazer o valor da concorrência e cobrar mais barato. Observação: É vedado o anonimato - qualquer representação Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Ética Aula: 05 | Data: 18/06/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Processo disciplinar 2. Direitos do advogado 3. Advogado Empregado GUIA DE ESTUDO 1. Processo disciplinar Instauração: 03 formas: Ofício: Presidente Conselho Seccional, Presidente Subsecção, Presidente do Tribunal de ética e disciplina. Representação do interessado. Observação: Não precisa de advogado. Não pode ser anônima. Não pode ser apócrifo (sem assinatura). Representação de qualquer autoridade. Exemplo: Delegado, juiz... Sigiloso: Até o transito julgado. O princípio da publicidade não se aplica. Parte, advogado/estagiário constituídos e autoridade judiciária competente, tem acesso ao processo. Testemunhas é possível arrolar no processo, com número máximo de 5 testemunhas, podendo ser intimada pessoalmente a comparecer, caso a testemunha não compareça, pode levar outra testemunha e solicitar a sua substituição. Revelia: Decretada a revelia do advogado acusado presidente do conselho seccional ou presidente da subsecção deve nomear um defensor dativo ao advogado processado. Revisão de decisão transitado em julgado pode ser revista em duas situações. Decisão com falsa prova e erro de julgamento Regra geral a competência é do conselho seccional do local da infração. Exceção conselho federal em três hipóteses: Quando a infração for praticada perante ao conselho federal; Quando o advogado representando for membro do conselho federal e representando sendo presidente de um conselho seccional. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Observação: Suspensão preventiva no caso de infração muito grave. Compete ao Tribunal de ética e disciplina do conselho seccional do inscrito (art. 70, § 3º do EA). Competência para recurso é o conselho seccional ou conselho federal, com prazo de 15 dias. Conselho seccional recorre de tudo, bem como do presidente do conselho seccional. Só recorre ao conselho federal de decisões do conselho seccional não unânime e unânime desde que afrontem normas da OAB. Efeitos: Suspensão e devolutivo - Condenação com base em falsa prova para a inscrição; eleição, suspensãopreventiva. 2. Direitos do advogado (art. 7º EAOAB) Exercer a função em todo território nacional, podendo atuar em até 05 causas judiciais em outro Estado, desde que adquira inscrição suplementar para mais de 05 causas. Habitual mais de 05 causas judiciais. A imunidade profissional do advogado abrange a injúria e a difamação. Cuidado: Calúnia e desacato. Desacato suspenso por ADIN. Calúnia não faz parte da imunidade. Não vai ser condenado no exercício da profissão. Inviolabilidade do local de trabalho, só pode ingressar no local de trabalho com autorização judicial e a presença do representante da OAB, bem como mandado de busca específico e detalhado; indícios de que a infração tenha sido praticada pelo advogado; acesso somente a informações pessoais do advogado. Departamento jurídico é amparado pela inviolabilidade. Para que tenha acesso à informação de um cliente é necessário que seja investigado como coautor ou participe da infração. Prisão especial e sala de estado maior Prisão especial: Superior completo Sala de estado maior: Advogado. Local não envolto por grades e que contenham instalação de acordo dom o prestigio do advogado. Na ausência desse local responde em casa. Bacharel prisão especial. 3. Advogado empregado Palavras chaves: Isenção técnica: Não perde a sua independência. Quem decide o melhor a fazer é o advogado. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Jornada de trabalho Advogado exclusivo: Há existência de contrato. Terá que ter 8 horas por dia até 40 horas na semana. Advogado não exclusivo: Até 4 horas por dia, 20 horas na semana. Horas extras: 100 % Adicional. O adicional noturno é de 25%. Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Ética Aula: 06 | Data: 24/06/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Órgãos da OAB 2. Eleições GUIA DE ESTUDO 1. Órgãos da OAB A OAB é um serviço público federal que não mantem vinculo hierárquico nem vinculo funcional com nenhum órgão da administração pública, ou seja a OAB é um serviço público absolutamente independente. Essa regra surge do art. 133 da CF que diz que o advogado é indispensável para a administração da justiça, mesmo quando exerce o ministério privado, ou seja, advoga na forma privada, mas mesmo assim exerce função púbica. “Munus Publico” aquele que exerce cargo público, função pública. A natureza jurídica da OAB foi decidida pelo STF através da ADIN 3026, a OAB não é autarquia, a OAB é uma instituição pública “sui generis”, a OAB é uma instituição de caráter ímpar. A OAB tem imunidade tributária total em relação aos seus bens, serviços e rendas (art. 45, §5°), se aplica a todos os órgão da OAB. A contribuição única (art. 47 EA) foi alvo de ADIN que foi julgada improcedente, acontece quando o advogado paga a contribuição anual da OAB está isento de pagar a contribuição obrigatória sindical. A contribuição anual à OAB é obrigatória, pois caso não seja paga pode ocorrer punição disciplinar (art. 34, XXIII) e a pena é de suspensão, esta suspensão tem prazo diferenciado, que varia de 30 dias até o advogado pagar. A OAB também pode ajuizar um processo contra o devedor. A natureza jurídica da anuidade não é tributaria é contratual, a OAB só pode cobrar as 5 ultimas anuidades. Conselho Federal (art. 51 a 55 EA) Conselho Seccional (art. 56 a 59EA) Subseção (art. 60 a 61 EA) CAA (art. 62 EA) Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Conselho Federal Ultimo grau recursal da OAB; Com sede no DF; Representa advogados fora do país; Dispõe sobre identificação dos advogados; Dispõe sobre os símbolos privativos da advocacia; Intervir nas hipótese legais em um Conselho Seccional; Banca de concurso 5º Constitucional: 1/5 dos Tribunais deve ser composto por advogado de carreira. Conselho Seccional Estadual/DF; Deferir/indeferir a inscrição do advogado e do estagiário; Criar a subseção e a CAA; Intervir na subseção e na CAA (o quórum especifico para tomar as decisões mais importantes 2/3); Realizar Exame de Ordem Banca de concursos 5° Seccional: 1/5 dos tribunais estaduais. Subseção Órgão regional: + de 1 município, um município ou até menos que um município (ex.: bairro); A região tem que ter mais de 15 advogados Caixa de Assistência dos Advogados – CCA Órgão social; Criada pelo Conselho Seccional (quando pelo menos tiver 1500 advogados); Se a caixa for instinta o patrimônio dela se incorpora ao patrimônio do Conselho Seccional; Tem personalidade jurídica própria Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM 2. Eleições Data da eleição na CS/Sub/CAA: ocorre na 2° quinzena de novembro do último ano do mandato anterior, o mandato é de 3 anos e é permitida a reeleição sem limites. Voto obrigatório: advogado adimplente com a OAB (se não notar está sujeito a multa de 20% do valor da anuidade salvo se justificar). Voto facultativo: advogado com inscrição suplementar (se quiser exercer avisar com 30 dias de antecedência. Voto proibido: o estagiário e o advogado inadimplente. Posse na CS/Sub/CAA: ocorre dia 01 de Janeiro. Já Conselho Federal ocorre dia 01 de Fevereiro. Eleição direta na CS/Sub/CAA junto com a escolha de 3 representantes e 3 suplentes. Alienação / Oneração Bens imóveis Bens moveis CF – Maioria das delegações CS – Maioria dos membros efetivos Diretoria do órgão DAMÁSIO EDUCACIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL MATERIAL DE APOIO EXAME DA OAB Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Direito Constitucional Aula: 01 | Data: 04/02/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Dicas de Leitura 2. Ordenamento Jurídico 3. Poder constituinte GUIA DE ESTUDO 1. Dicas de Leitura Artigos da Constituição Federal de 1988: a) Artigo 5º (cuidado com o inciso XLVIII – pena de morte em caso se guerra declarada, código penal militar) e inciso XVI: direito de reunião, remédios constitucionais. b) Artigos 12, 14 ao 17; 21 ao 24; 34 ao 36; 50 ao 58; 60 ao 69; 80 ao 88; 93 ao 97; 102 ao 105 e 109. c) Da ordem social – Título VIII da CF: meio ambiente; do idoso; da criança e do adolescente; saúde; educação. d) Leis 9.868/99 – ADI/ADC 9.882/99 – ADPF 12.562/11 – ADI Interventiva Federal e) Lei 12.016/09 – Mandado de Segurança: Individual e Coletivo Dica: quando não cabe liminar, ficar esperto com: Quando não cabe liminar em Mandado de Segurança. Essa Lei 12.016/09 é usada para o Mandado de Injunção artigo 24, parágrafo único da Lei 8.038/90. Dica: O STF admite o Mandado de InjunçãoIndividual e o Coletivo peça típica de Constitucional. 2. Ordenamento Jurídico É o conjunto de normas de um País (Estado). Constituição é a lei fundamental e o limite do Poder do Estado. Exame de Ordem Damásio Educacional 2 de 3 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Normas infraconstitucionais: são normas localizadas abaixo da Constituição e que visam detalhar/regulamentar direitos. Normas supralegais: são normas localizadas acima das leis, mas abaixo da Constituição Federal. São os Tratados de direitos humanos que foram referendados/confirmados/votados pelo Congresso Nacional, como se fossem leis ordinárias. Uma votação em cada casa do Congresso Nacional por maioria simples ou relativa. CF+ Decreto 6.949/09 = EC (Representam o nosso bloco de constitucionalidade) Obs.: Convenção Internacional para proteção das pessoas portadoras de deficiência. Seu protocolo facultativo. O Decreto 6.949/09 (possui 2 Tratados de Direitos Humanos), que foram referendados pelo Congresso Nacional nos termos do § 3º do artigo 5º da CF 3/5 em 2 turnos nas duas casas do Congresso Nacional. Câmara dos Deputados 3/5 = 60% maioria qualificada CN 3/5 = 60% Senado Federal 3/5 = 60% 3/5 = 60% Dica: Tal sistema (maioria qualificada) é o mesmo usado para aprovar uma PEC (art. 60, §2º) Normas supralegais: são todos os demais Tratados de direitos humanos que o Brasil faz parte. Ex.: Convenção Americana de Direitos Humanos; Estatuto de Roma; Convenção de Combate à tortura; Convenção de Combate ao racismo. 3. Poder constituinte Originário, 1º grau, genuíno, primário = é o poder para criar a 1ª ou uma nova Constituição para um Estado (País). Frase: o povo elege a Assembleia Nacional Constituinte para fazer uma Constituição? Exame de Ordem Damásio Educacional 3 de 3 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Características tradicionais: inicial, soberano, absoluto, ilimitado, incondicionado, independente, autônomo (pode fazer tudo juridicamente, tem liberdade para agir). Cuidado! Hoje existe um limite ao Poder Constituinte originário (vedação ao retrocesso). O País ao fazer uma nova Constituição não pode violar direitos previstos em Tratados de Direitos Humanos que o País faz parte, sob pena de sanções no plano internacional, que podem ser advertência, embargo político, embargo econômico. Exemplos: Se o Brasil retirar a pena de morte do seu ordenamento jurídico não poderá restabelecê-la. (Art. 4º, §3º do Decreto 678/92) No Brasil não pode ser restabelecida a prisão civil por dívida do depositário infiel (Art. 7º, §7º do Decreto 678/92). Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Direito Constitucional Aula: 02 | Data: 25/02/2015 MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Poder constituinte Derivado 2. Demais limites da mudança 3. Limites materiais ou cláusulas pétreas 4. Fenômenos ou teorias que surgem com uma nova Constituição 5. Aplicabilidade das normas constitucionais GUIA DE ESTUDO 1. Poder Constituinte Derivado Poder Constituinte derivado de reforma, também chamado de reformador ou 2º grau ou de revisão ou de emendabilidade: tem haver com a mudança da Constituição. Artigo 3º ADCT = dá fundamento à EC de revisão, não pode utilizar, foi um meio de mudança da CF. Decisão do STF na ADI 981, só uma vez, foram feitas seis. Artigo 60 = dá fundamento às EC único meio atual de mudança da CF/88. Procedimentos da mudança a) Iniciativa da PEC – artigo 60, inciso I ao III da CF: 1/3 da Câmara dos deputados e 1/3 da Mesa do Senado. Basta a assinatura do Presidente da República Mais da ½ das Assembleias Legislativas, que podem apresentar uma PEC. b) Votação da PEC – artigo 60, §2º da CF. 3/5 em dois turnos nas duas casas do Congresso Nacional. Obs.: Por conta de tal sistema de votação a nossa CF é classificada como rígida: difícil de ser modificada. c) Promulgação da EC – artigo 60, §3º da CF. Mesa da Câmara dos Deputados e Mesa do Senado Federal. Obs.: Cada mesa tem um Presidente; dois vices e quatro secretários. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM 2. Demais limites da mudança Limites circunstanciais – artigo 60, § 1º da CF: na vigência de certas situações não poderá ser modificada à CF. Intervenção Federal – artigos 34 ao 36. Estado de Defesa – artigo 136. Estado de Sítio – artigo 137 ao 139. Obs.: Tais situações são criadas por Decreto Presidencial; Na vigência do Estado de defesa e do Estado de sítio, pode ser limitado o direito de reunião. Limite temporal para a representação da PEC – artigo 60, § 5º da CF. Sessão legislativa Regra: começo 02/02 22/12 3. Limites materiais ou cláusulas pétreas Artigo 60,§ 4º CF: expressas. São partes da CF que não podem ser modificadas, visando à redução do direito. Obs.: A obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea. a) Poder constituinte derivado decorrente É a autorização para que os entes federativos elaborem suas normas fundamentais. Art. 25: cada estados-membros podem elaborar suas Constituintes Estaduais. Art. 32 – o DF pode elaborar sua respectiva lei orgânica, respeito a CF. Obs.: Alguns autores entendem que os Municípios, seriam entes federativos. Art. 1º e 18 CF e art. 29, CF. 4. Fenômenos ou teorias que surgem com uma nova Constituição Regra: Nova Constituição revoga a Constituição anterior. Recepção: a nova constituição recepciona as normas infraconstitucionais que foram feitas de acordo com constituições anteriores, desde que, não contrariem materialmente (um direito) a nova Constituição. Ex.: Código Penal e Código de Processo Penal os dois códigos foram criados por decreto-lei (artigo 59, CF). Não há decreto-lei. Dica: Tais códigos foram recepcionados como leis ordinárias. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM Desconstitucionalização: a nova constituição recebe a anterior como norma infraconstitucional (rebaixamento). Esse fenômeno entre nós não existe. Repristinação: a nova constituição revigora (revalida) normas infraconstitucionais que a constituição anterior havia revogado. Cuidado! Existe repristinação no plano infraconstitucional. Ex.: o STF julgando ADI declara uma lei revogadora inconstitucional, revigorando a lei revogada. Efeito repristinatório de decisões do STF em ADI. Ex.: lei revogada expressamente revoga lei revogadora e revigora a primeira lei revogada. (§3º do artigo 2º do decreto-lei 4657/42). Prorrogação: um instituto (órgão) continua vigendo até a nova regulamentação. Ex.: Enquanto não criado o STJ continuou julgando o STF as matérias respectivas. 5. Aplicabilidade das normas constitucionais Todas as normas constitucionais tem eficácia no plano abstrato (no papel), o que está escrito na Constituição não poderá ser contrariado. Eficácia das normas constitucionais: a) Eficácia
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