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A identidade sexual da pessoa advém do Princípio da dignidade da pessoa humana

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A identidade sexual da pessoa advém do Princípio da dignidade da pessoa humana, pois é algo que predomina da manifestação dos sentimentos e na expressão voluntária de que pertence ao sexo masculino ou feminino, independente da forma física o qual nasceu. Essa vontade e expressão vem através da mente, que é a máquina que comanda o corpo humano. Quando ocorre um desajuste quanto ao corpo físico e a mente em relação ao sexo, é necessário a intervenção cirúrgica para essa correção, para evitar transtornos psicológicos e sociais quanto a identidade sexual, além de estar intimamente ligado a liberdade de escolha do indivíduo.
Nesse sentido, quando uma pessoa resolve fazer essa cirurgia de transgenitalização, atendendo os requisitos físicos, psicológicos e jurídicos, deve requerer judicialmente a correção de seu nome que evidenciava outro sexo, o substituindo pelo nome social, pelo qual é conhecido publicamente, bem como requerer também a alteração de seu gênero sexual no assento de nascimento.
Contudo, quando uma pessoa transexual não realiza essa cirurgia, também pode requerer através de um processo judicial, a alteração de nome e gênero sexual em seu assento de nascimento, demonstrando através de provas, a sua condição e identidade sexual, como se comporta socialmente, além de análises psicológicas, já que o transexual é um indivíduo que se comporta e tem convicção de que pertence ao sexo oposto ao que é registrado em sua certidão de nascimento, fazendo com que haja um enorme conflito íntimo e pessoal, prejudicando sua vida, relacionamentos, trabalho e socialização.
Geralmente, esses indivíduos que não realizam a cirurgia de transgenitalização tem enorme vontade e expectativa em fazê-la, porém, por motivos financeiros, burocráticos ou outros, não conseguem rapidamente, e por isso, não devem ser prejudicados, podendo os mesmos requererem judicialmente a alteração de seu nome e gênero. É notável que a cirurgia realizada é mais uma prova que evidencia a transexualidade, contudo, na falta desta, o conjunto de provas lícitas, como laudos psicológicos, provas testemunhais, dentre outros, comprovam a seriedade do pedido e a real transexualidade, através da inadequação psíquica e física em relação ao sexo de sua morfologia e a identificação com o gênero oposto, pois, a identidade sexual deve obrigatoriamente refletir a verdade vivenciada e que se demonstra na sociedade.
É uma decisão que deve ser amadurecida, e o transexual necessita provar a sua condição publicamente conhecida e de que tem a responsabilidade de adequação, tendo o direito de postular as alterações de nome e gênero, mudanças essas que irão apenas confirmar a realidade e corrigir algo que ficou ultrapassado durante a vida do transexual, já que o mesmo possui o direito de viver dignamente, exercendo completamente seus direitos civis e constitucionais, não sofrendo quaisquer exclusões sociais e discriminatórias, corroborando assim com os Princípios Constitucionais da dignidade da pessoa humana e da isonomia.

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