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Design Magazine 00

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Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
2
Editorial
Lucas Fernandes
Diretor
lucasfads.com.br
fb.com/lucasfads.designer
@lucasfads
 Eu sou Lucas Fernandes, graduado em Design 
Gráfico e diretor dessa revista que vocês estão lendo.
 No começo desse ano eu entrei em contato com 
Tiago Krusse, o diretor da Design Magazine de Portugal, 
e começamos então a discutir sobre a possibilidade da 
criação de uma edição especial brasileira, mas fora da 
linha principal da revista. Depois de trocarmos alguns 
e-mails, a ideia foi evoluindo até que ele sugeriu a criação 
de uma versão brasileira, não simplesmente como uma 
edição especial, mas sim como uma publicação periódica. 
 A já consolidada versão portuguesa da revista é 
focada principalmente em design, arquitetura e outras 
formas de expressão artística. A brasileira pretende trazer, 
além dessas, uma abordagem mais ampla de design e 
também de outras áreas relacionadas, como comunicação 
e cultura. Sendo assim, as duas versões seriam parceiras, 
coexistindo e complementando uma à outra.
 Com isso em mente, uma equipe foi formada com 
escritores, diagramadores, ilustradores, entre outros. 
Cobrimos alguns eventos e preparamos matérias bem 
interessantes e úteis para esses nossos primeiros passos.
 Espero que essa parceria e que esse projeto possam 
crescer e que vocês leitores aproveitem bem a primeira 
edição da DMB.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
3
Design Magazine Brasil
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
4
Sumário
O brasileiro não leva o Design a sério 8
Design, jogos e cultura 12
Me associar? Eu? 16
O tal do cartão de visita 22
A importância de sketchbooks 30
Propriedade intelectual e direitos autorais 34
Eu não consigo encontrar um emprego como designer! 38
Como se dar bem como freelancer? 42
Dica de Mestre: O Mercado de Design 46
FILE Games Rio 54
CG Extreme 64
Portfólio dos Leitores 82Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
5
Design Magazine Brasil
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
6
Créditos
Lucas Fernandes
Diretor
Hugo Limarque
Editor Chefe
Estúdio Camaleão
Projeto Editorial
Alvaro Vitorio
Canha Berg
Eliezer Santos
Kevin Oliveira
Ricardo Gonçalves
Thiago Scramignan
Colaboradores
Douglas Lopes
Leandro Siqueira
Diagramação
Gabriel Mikalauskas
Gilberto Ferreira
Ilustrações
Renan Sergio
Sergio Willian
Fotografia
Diego Gomes
Supervisor de Design
# 00 - Edição Especial
designmagazinebrasil.com.br
Publicação criada em 2013
Design Magazine Brasil é uma parceira da Design Magazine de Portugal
O logotipo da Design Magazine Brasil foi desenvolvido pela Elementos À Solta
Apoio
http://designereffects.com.br/
http://design.blog.br/
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7
Design Magazine Brasil
Um excelente conteúdo de design ao 
alcance de suas mãos!
ASSINE / SUBSCREVA
designmagazinebrasil.com.br/assine
Brasil
revistadesignmagazine.com/subscreva
Portugal
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
8
 Existe uma música da banda Charlie Brown Jr., 
chamada “Não é Sério” que diz a seguinte frase: “[…] o 
jovem no Brasil nunca é levado a sério.” Na verdade, muito 
pouca coisa no Brasil é levada a sério.
 O que falar então da frase que dá título à matéria, 
dita por Paolo Pininfarina numa matéria publicada pelo 
jornal O Estado de São Paulo, em 22 de outubro de 
2012, quando o mesmo se mostrou desanimado em 
montar um escritório de sua empresa, a Pininfarina, na 
cidade de São Paulo?
 Pininfarina é um nome conhecido em todo 
mundo por se tratar de um escritório de design que é 
responsável por nada menos do que projetar carros de 
marcas mundialmente conhecidas, como Ferrari, Alfa 
Romeo, Porsche, entre outras, fora um leque variado de 
outros projetos menores que a empresa assinou, como 
embalagens de perfumes famosos, aparelhos domésticos, etc.
 O desânimo de Paolo se deu por conta de uma falta 
de interesse por parte dos brasileiros em associar-se a 
ele, já que ele esteve no Brasil procurando parcerias para 
instalar-se aqui, como bem descreve a matéria.
 
 A maioria dos brasileiros ainda desconhece o termo 
“DESIGN”, muito por causa da ampla gama de serviços e/
ou produtos oferecidos por quem segue esta profissão, 
O brasileiro não leva o Design a sério
Eliezer Santos fb.com/eliezer.j.santos
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
9
Design Magazine Brasil
mas também por total desconhecimento, e ainda uma ideia 
errônea sobre a atividade deste profissional, classificado 
muitas vezes como “desenhista”.
 Sim, o desenho é a alma do design, mas, muitas 
vezes, se torna apenas um esboço do produto final que é 
confeccionado pelo designer.
 O designer, na verdade, é um projetista, e sua 
profissão consiste em criar soluções ou alternativas para 
as necessidades humanas, e aí se inclui uma vasta gama 
de opções e carreiras que o designer pode seguir dentro 
da mesma profissão, tais como a de veículos automotores 
(designer projetista, como Paolo Pininfarina), confecção de 
embalagens (designer de produtos), até chegar nos meios 
de propaganda (webdesigner, designer gráfico, etc). Ou 
seja, hoje em dia, tudo o que você compra, consome ou 
usa passou pelas mãos de um designer. É o designer quem 
primeiro discute a forma, o nome, o conteúdo de cada 
produto, apresentando ideias e definindo assim as cores, 
o formato da embalagem, a aparência exterior do veículo, 
a maneira como ele será apresentado ao consumidor final, 
as estratégias de marketing, e por ai vai.
 Toda empresa que se preze hoje em dia conta 
com os serviços dos designers para quase todas as 
operações em que a empresa atua, principalmente nas 
áreas de produção e marketing. Os comerciais que você 
vê na TV também passam pelas mãos de designers, que 
são os designers de mídia, responsáveis pela elaboração 
de campanhas publicitárias, atuando junto com os 
responsáveis pelos setores de marketing das empresas.
 A área é tão extensa e as possibilidades de emprego 
são tantas que muitos designers preferem seguir “carreira 
solo”. São os freelancers. Quem trabalha como freelancer 
pode atuar em várias (senão em todas) áreas da profissão, 
cobrando e recebendo de acordo com cada serviço 
prestado, em formas de pagamento e valores combinados 
diretamente com os contratantes, ou seja, as pessoas que 
solicitam os serviços prestados pelo designer, que variam 
de acordo com o conhecimento técnico de cada um. 
Aliás, o conhecimento técnico do designer é outro fator 
de destaque. Com a evolução da informática, o designer 
Fonte: Wikimedia Commons
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
10
Salão de Genebra 2013. Modelo faz homenagem ao 
mestre do design de carros Sergio Pininfarina.
O brasileiro não leva o Design a sério
Fonte: Wikimedia Commons
hoje necessita ter um amplo conhecimento técnico em 
softwares dos mais variados. Porém, há aqueles que são 
comuns a maioria dos designers, que são os “softwares de 
edição”. Os mais comuns entre estes são: de vetor (Adobe 
Illustrator, Corel Draw), de image (Adobe Photoshop), de 
vídeo (Adobe After Effects, Adobe Premiere Pro, Autodesk 
Smoke, Sony Vegas, Final Cut Pro), de áudio (Adobe 
Soundbooth), e, dependendo da área, vários softwares 
de manipulação 3D (Autodesk AutoCAD, Autodesk Maya, 
Autodesk 3DS Max, Google Sketch Up, Pixologic ZBrush).
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
11
Design Magazine Brasil
 Concluindo, é uma profissão que exige muito estudo, 
habilidades específicas e variadas, tempo, dedicação, 
e claro, disponibilidade financeira, já que os cursos e 
faculdades da área não são baratos. Em contrapartida, é 
uma área emque o profissional pode ser independente, 
como os freelancers, ou pode trabalhar como empregado 
de carteira assinada, mas em ambos os casos, geralmente 
é muito bem pago pelo que faz. Sendo assim, se você é 
um empresário que quer expandir seus negócios e surge 
um italiano querendo formar uma parceria, avalie muito 
bem se não vale a pena abraçar a ideia do sujeito, pois vai 
que ele seja um Paolo Pininfarina e, como bonificação pela 
parceria, ele queira te “agraciar” com uma Ferrari novinha?
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12
Design, jogos e cultura
Ricardo Gonçalves
Design na Criação de Jogos
 A partir da mudança de século, e do avanço estupendo tomado pela tecnologia, os jogos começaram a ganhar 
seu espaço no mundo, deixando de ser apenas um pequeno passatempo sem sentido e tornando-se uma obra de arte, 
esbanjando novos conhecimentos e culturas, e passaram a ser conhecidos como, para algumas pessoas, trabalho, seja 
criando, divulgando, ou administrando. Jogos agora requerem uma pesquisa maior, sobre onde o jogo vai se passar, sua 
história, quem vai estar lá, o porquê, entre outros aspectos, uma maneira interessante de divulgação e maior dedicação 
aos gráficos e a mecânica.
 O que faz o designer gráfico? O designer gráfico 
pode atuar em várias áreas, desde a criação de logotipos 
e sites até o visual de periódicos e outros. E como que o 
design gráfico pode ser utilizado dentro da área de jogos 
eletrônicos? Nas áreas de criação de interface, edição de 
cutscenes (vídeos in-game), comerciais, teasers, trailers, 
design de embalagens. Portanto, ao contrário da crença 
da maioria das pessoas, para se trabalhar na indústria 
de games, não são apenas necessários profissionais 
capacitados na área de criação de jogos, mas também na 
área de comunicação visual, onde designers gráficos estão 
no topo da lista. No Brasil, oportunidades não faltam, onde 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
13
Design Magazine Brasil
Cultura Implementada 
nos Jogos
Fonte: Reprodução/Flickr
a indústria de games vem se expandindo, oferecendo maior 
destaque aos profissionais mais habilidosos e inovadores.
 
 Com os consoles de nova geração trazendo aos 
jogadores e criadores novas possibilidades em gráfico e 
textura, a parte artística dos jogos se expande de maneira 
grandiosa, abrindo portas para os que desejam trabalhar 
na parte de concept art, 3D fundamental, entre outros, 
onde formados em design gráfico podem se aplicar para 
várias funções. Em outras áreas, como as mencionadas 
anteriormente, o design se aplica criando uma embalagem 
que facilita e torna a leitura mais atrativa e dinâmica, ou na 
edição de vídeos, para que o jogo tenha uma comunicação 
e propaganda mais chamativas e convidativas.
 No dia 19 de fevereiro desse ano, a Ministra da 
Cultura Marta Suplicy apresentou o Vale-Cultura, que tem 
como principal objetivo possibilitar o acesso à cultura 
à classe trabalhadora. Porém, entre todos os itens que 
poderiam ser aproveitados pelo Vale, a Ministra deixou 
o setor jogos eletrônicos de fora, o que gerou grande 
descontentamento. Ela, durante a assembleia, deixou 
claro que, apesar de não aceitar games como forma de 
cultura, se lhe fosse apresentado algo mostrando que 
jogos eletrônicos são uma forma de cultura, poderiam, 
então, ser incluídos no programa.
Trazendo uma combinação 
de golpes, armas e 
veículos rápidos, Sleeping 
Dogs é narrado em 
Hong Kong, uma cidade 
vibrante e exótica que 
abriga as Tríades, uma 
poderosa organização 
criminosa. A trama relata 
a vida de Wei Shen, um 
policial disfarçado que 
tem como missão se 
infiltrar na máfia Sun On 
Yee e dissolver o crime 
organizado de toda região. 
Com ótimas animações e 
uma mecânica simples, 
Sleeping Dogs é uma 
ótima pedida para quem 
curte jogos do gênero com 
muitos tiros, perseguições 
e bastante ação.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
14
Design, jogos e cultura
 Assim como nem todos os livros, filmes e outras 
formas de entretenimento e arte podem trazer algum 
tipo de cultura às pessoas, nem todos os games também 
o proporcionam. No entanto, em sua maioria, os jogos 
de hoje trazem consigo diversos tipos de cultura, como, 
por exemplo, Sleeping Dogs, da produtora de jogos 
Square Enix, mostrando de perto os hábitos, costumes e 
comportamentos da sociedade chinesa de hoje, ou a série 
de jogos Assassin’s Creed da Ubisoft, em que o jogador 
é levado a diversos lugares e períodos históricos, onde 
é possível aprender sobre todo o contexto cultural da 
sociedade em sua respectiva época.
Fonte: Reprodução/Flickr
Trazendo uma combinação de golpes, armas e veículos 
rápidos, Sleeping Dogs é narrado em Hong Kong, uma 
cidade vibrante e exótica que abriga as Tríades, uma 
poderosa organização criminosa. A trama relata a vida 
de Wei Shen, um policial disfarçado que tem como 
missão se infiltrar na máfia Sun On Yee e dissolver o 
crime organizado de toda região. Com ótimas animações 
e uma mecânica simples, Sleeping Dogs é uma ótima 
pedida para quem curte jogos do gênero com muitos 
tiros, perseguições e bastante ação.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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Design Magazine Brasil
Fonte: Reprodução/Square Enix Latin America
 Apesar da medida 
tomada pela Ministra da 
Cultura ter seus pontos 
de razão, a decisão pode 
ter sido tomada um pouco 
antes da hora e com pouca 
ou errônea avaliação de 
conteúdo. A produtora 
Square Enix, como 
resposta a declaração de 
Marta Suplicy, enviou uma 
carta contendo a cópia de 
um artbook assinado por 
Yoshitaka Amano e também 
o CD Distant Worlds: Music 
from Final Fantasy, com 
grandes temas da série 
em versões orquestradas. 
A carta tem o objetivo 
de esclarecer que games 
não são apenas arte, mas 
extremamente importantes 
como fator cultural.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
16
Me associar? Eu?
Eliezer Santos fb.com/eliezer.j.santos
 Se você é um designer ou estudante de uma das 
várias vertentes da profissão, certamente já ouviu dizer 
que os designers são egocêntricos, não compartilham 
o que sabem e, muito menos, se ajudam. Associação 
portanto é um substantivo que a maioria dos Designers 
desconhece, certo?
 
 Pois é, há alguns anos atrás, quando o design 
ainda era um termo que remetia ao amadorismo (pois 
só agora, em pleno 2013, é que a profissão está sendo 
regulamentada), o quadro geral era exatamente esse: 
Os designers não se ajudavam, e poucos eram os que se 
associavam, até porque haviam poucas e desconhecidas 
Associações voltadas para a profissão.
 A primeira associação de design no Brasil só surgiu 
em 1987, a Associação dos Profissionais em Design do 
Rio Grande do Sul (APDesign), e como o próprio nome 
já deixa claro, foi criada para os designers residentes 
daquele estado. A primeira associação de abrangência 
Nacional só seria criada dois anos depois, a Associação 
dos Designers Gráficos, ou ADG, que foi criada em 1989 e 
é reconhecida hoje como a principal associação do ramo. 
Isso fez com que aqueles que “largaram na frente”, ou 
seja, os pioneiros da profissão no Brasil, motivados pelo 
fato de que o design é uma profissão extremamente 
rentável (ou foi, um dia) desenvolvessem uma cultura de 
supervalorização de seus conhecimentos em relação a um 
mercado que já dava sinais de uma ascensão meteórica.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
17
Design Magazine Brasil
Fonte: Reprodução/FreeDigitalPhotos.net
 Desde a criação das primeiras Associações, porém, 
este idealismo dos designers começou a mudar, pois as 
Associações se multiplicaram e hoje contam com milhares 
de associados! O fato é que, hoje, o designer que prefere 
ainda se arriscar sozinho no verdadeiro “oceano” de 
oportunidades queo ramo se transformou pode acabar 
“morrendo afogado”. Com a popularização da informática 
e, principalmente, o boom das redes sociais, os designers 
de modo geral passaram a ser exigidos em habilidades 
que antes eram específicas e hoje se mesclam, e o 
conhecimento técnico que hoje é exigido dele passou a ser 
quase desumano. Por exemplo: Um Programador que há 
uns anos atrás era o nerd, ou seja, o cara que sentava na 
cadeira e passava horas só trabalhando com as linguagens 
de programação, se hoje em dia não souber fazer um 
mísero layout “basicão”, com cabeçalho, conteúdo e 
rodapé, por exemplo, pode se considerar fora do mercado. 
O mesmo pode se dizer de um webdesigner, que antes 
só desenhava e hoje precisa entender de HTML e CSS. 
Isso sem esquecer de PHP, linguagem hoje indispensável 
para qualquer programador, e, num futuro próximo, o Web 
designer que não quiser aprendê-la corre o sério risco de 
vender bala no trem ou tentar a sorte no Big Brother.
 A saída para tantas exigências? Reconhecer que 
você não sabe tudo, que o seu colega também tem talento 
e pedir ajuda, ou, em outras palavras, associar-se e dividir 
tarefas, de acordo com a habilidade e a capacidade de 
cada um. Parafraseando Barack Obama, “Sim! Você pode!”.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
18
Vantagens de se associar
 Claro que estamos falando basicamente de 
networking, mas, se você pensar bem, tudo se encaixa no 
mesmo contexto. Muitas associações de design oferecem 
suporte dos mais variados aos seus associados, inclusive, 
networking ou colaboração em trabalhos. Além das 
vantagens de permitir que o designer se aperfeiçoe cada 
vez mais em uma determinada disciplina, e poder assim 
oferecer um produto com muito mais qualidade aos seus 
Fonte: Reprodução/Pixabay
clientes, as associações oferecem tantas outras, como 
descontos em taxas de inscrição em palestras, isenção 
de taxas de inscrição em alguns concursos, workshops, 
premiações, cursos, livros, material de estudo, etc. Toda 
uma variedade, serviços e opções para que o associado se 
aprimore e se torne cada vez mais apto e conhecido.
Me associar? Eu?
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
19
Design Magazine Brasil
 Listamos cinco das principais associações do país e uma breve descrição de sua importância e área de atuação, 
bem como os valores, exigências e as vantagens oferecidas ao associado: A AsBEA se propõe a defender os interesses 
de escritórios de arquitetura em todo o país.
ADG - Associação dos Designers Gráficos do Brasil
 
 Como dito antes, foi fundada em 1989 e tem como objetivo congregar os 
profissionais da área com o intuito de fortalecer o design gráfico em caráter nacional.
• Fundação: 1989
• Para de associar:
- R$ 350,00 para Profissionais formados ou atuantes
- R$ 245,00 para Juniores (até 2 anos de formado) e professores
- R$ 150,00 para estudantes.
• Oferece: workshops, concursos, cursos, descontos em faculdades e uma série de outros 
benefícios aos associados.
• Site: www.adg.org.br
 
 A ADP representa os designers de produto em todo o Brasil, oferecendo palestras, 
workshops, exposições, concursos e seminários, entre outras atividades, com o intuito de 
aproximar os designers e convidá-los a discutir sobre os mais variados temas da profissão.
• Fundação: 2002
• Para de associar:
- R$ 300,00 (anuidade) para Profissionais
- R$ 150,00 (anuidade) para Professores, estudantes e juniores
• Oferece: descontos em eventos próprios, descontos em outros eventos, suporte, etc.
• Site: www.adp.org.br
ADP - Associação dos Designers de Produto
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
20
Me associar? Eu?
 
 A ABRAWEB não diz quando foi fundada e tem como principal objetivo defender 
os interesses dos profissionais de web.
• Para de associar: Inscrição gratuita através do site.
• Oferece: descontos em planos de saúde e seguros, certificação, assessoria contábil, 
plano odontológico, entre outros. Não cobra taxas de anuidade.
• Site: www.abraweb.com.br
ABRAWEB - Associação Brasileira de Web Designers e 
Desenvolvedores
ABD - Associação Brasileira de Designers de Interiores
 
 Desde 1980, a ABD se propõe a colaborar, formar, acompanhar e inspirar designers 
de interiores em todo o Brasil, e já conta hoje com mais de 5 mil inscritos.
• Fundação: 1980
• Para de associar:
- Profissionais: R$ 77,00 de inscrição + anuidade de R$ 616,00
- Estudantes: R$ 20,00 de inscrição + R$ 128,00 anuidade
- Professores: R$ 20,00 de inscrição + R$ 0,00 anuidade (isento)
• Oferece: banco de vagas, assessoria, parcerias, intercâmbio cultural dentre outros 
benefícios.
• Site: www.abd.org.br
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
21
Design Magazine Brasil
 
 A AsBEA se propõe a defender os interesses de escritórios de arquitetura em todo 
o país.
• Fundação: 1973
• Sede: São Paulo
• Para de associar: Telefone (11) 3168-4982
• Oferece: networking, capacitação técnica, gestão, desenvolvimento de melhorias na 
profissão, descobrimento de novas tecnologias, entre outros.
• Site: www.asbea.org.br
AsBEA- Associação Brasileira dos Escritórios de 
Arquitetura
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
22
 Uma parte do design em que muitos têm dúvidas é 
em como criar um cartão de visitas. Dentro deste assunto 
a dúvida se ramifica em muitas outras menores: o que se 
deve colocar no cartão, o que não teria tanta importância, 
quais cores e tipografias podem ser utilizadas, qual formato 
deve ser aplicado... E existem muitas outras a se levantar. 
por exemplo, dispõe de liberdade para ter um cartão 
mais criativo e, quem sabe, um pouco mais colorido, ao 
contrário de quem segue a carreira de advocacia.
 
 Mesmo sendo um profissional mais liberal, é 
preciso tomar alguns cuidados; não é aconselhável ter 
um cartão com exagero de cores, curvas e “firulas”. 
 Tente imaginar: você está em uma festa, 
conversando numa roda de colegas/amigos que você não 
vê há anos, você lógico, entrega um cartão para este seu 
amigo de infância, ele olhará seu cartão todo colorido e 
bonito, ficará deslumbrado, claro, mas quando olhar sua 
profissão abaixo de seu nome verá advogado, talvez ele 
Um tipo de cartão para um 
tipo de profissional
 A carreira deve combinar com o grau de 
formalidade da profissão. Um profissional que possui seu 
próprio escritório e é uma pessoa extrovertida e liberal, 
O tal do cartão de visita
Kevin Oliveira
Matéria cedida por Designer Effects
designereffects.com.br
kevinoliveira.com.br
@kvnol
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
23
Design Magazine Brasil
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Pixeden
Fonte: Reprodução/Pixeden
Fonte: Reprodução/Flickr
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
24
não fale nada, mas pode ter pensado que você estivesse 
em uma carreira completamente diferente.
 Portanto, levar os fatos em consideração 
antes de criar a arte é um importante passo para 
evitar possíveis incoerências.
 Telefone: um elemento que faz toda a diferença 
no cartão, pois hoje em dia todos têm telefones celulares 
nos bolsos. Se a pessoa está na rua com um cartão seu e 
precisar de um serviço imediato ela irá ligar para você, e 
não esperar para chegar em casa para mandar um e-mail. 
 E-mail: outro tipo de contato importante, só que 
secundário. Porque, ainda que os smartphones tenham 
como mandar e-mails, a forma mais rápida ainda é 
telefonar, mas isso depende de cada um. Tem gente que 
acha melhor escrever ao invés de telefonar, por isso e-mail 
também é importante e não podemos deixá-lo de fora.
 Site/blog/portfólio: muitos acham um link para 
a web importante para se adicionar em um cartão, mas 
outros não ligam para isso; vai de cada um e de que 
tipo de serviço você faz.Se você é designer, ilustrador, 
fotógrafo, etc., e quiser colocar um link para seu portfólio 
no Behance, Flickr, DeviantART, é legal para a interação do 
público mais ativo nas redes, mas isso não é obrigatório.
Fonte: Reprodução/DeviantArt
Quais informações devem 
estar em seu cartão?
O tal do cartão de visita
 
 Algumas informações são importantíssimas em um 
cartão de visitas, mas outras não precisam ser postas lá. 
Para não ocupar espaço e fazer a pessoa que receber o 
cartão simplesmente olhar e jogar fora, devemos utilizar 
menos informações, só que estas poucas informações 
devem ter mais relevância; isso fará a pessoa ler todo 
o breve conteúdo do cartão sem ela mesma querer ler. 
Mas isso dependerá também do layout, das cores e 
do contraste aplicados. Veja abaixo uma lista do que é 
importante conter em um cartão de visitas.
 Nome: deve estar sem dúvida no cartão, afinal é 
seu cartão, pois se você entrega o cartão para alguém 
desconhecido, a primeira coisa que a tal pessoa irá ler é 
seu nome, ou você pretende que ele pergunte seu nome 
com seu cartão na mão?
 Profissão: um dos itens mais importantes, se 
não for o mais importante, este elemento deve ir abaixo 
de seu nome, informando o que você faz, para quando 
alguém pegar seu cartão e ler poder saber se você pode 
ou não ajudá-la em algo. Se a pessoa está precisando de 
um ilustrador e perceber que você é um ilustrador, com 
certeza entrará em contato na hora, para poder fazer um 
orçamento. Mas se você for, por exemplo, um advogado, 
e no momento ela não estiver precisando de um, talvez 
não jogue fora e guarde seu cartão para quando precisar 
de um advogado, ou para indicar a amigos e familiares 
que precisam de um serviço similar. Entretanto, se seu 
cartão não especificar quais serviços você presta, é quase 
certeza de que jogue seu cartão fora, pois a pessoa não 
irá ligar só para perguntar o que você faz.
 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
25
Design Magazine Brasil
Fonte: Reprodução/Flickr Fonte: Reprodução/Wikimedia Commons
Fonte: Reprodução/DeviantArt
Fonte: Reprodução/Flickr
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26
O tal do cartão de visita
 Os programas mais recomendados e utilizados são 
o Adobe Photoshop e o Adobe Illustrator, mas há aqueles 
que prefiram trabalhar com o Adobe Fireworks ou o Corel 
Draw (esse, embora seja um software bem conhecido, 
não agrada a muitos, por não ser tão confortável de se 
trabalhar). Na internet você pode encontrar facilmente 
diversos tutoriais para todos eles e ver qual mais lhe agrada. 
 Endereço: um elemento importante, mas 
depende do caso. Se você tem um escritório é 
importantíssimo você colocar o endereço do mesmo no 
cartão, mas se você é freelancer e trabalha em casa não 
é legal ficar disponibilizando seu endereço residencial 
para qualquer pessoa.
O que não precisa estar 
no cartão?
Como criar meu cartão?
 
 Depois destes tópicos acima é bem possível que 
uma anotação ou um esboço de como ficará o cartão de 
visita já tenha sido feito. Então vamos para a prática. 
Muita gente se pergunta sobre quais são os softwares que 
devem ser utilizados na construção do cartão. Isso vai 
depender muito do gosto de cada um e de qual programa 
se demonstra mais habilidade; é possível encontrar na 
internet alguns vídeos ensinando a fazer cartões de visita 
até mesmo no Microsoft Word!
 Os programas que eu recomendo e utilizo são, 
o Adobe Photoshop e o Adobe Illustrator, mas você 
consegue fazer também no Adobe Fireworks e no Corel 
Draw, um software bem conhecido, mas que não me 
agrada e que eu não acho confortável de trabalhar. Mas 
se você está começando agora, indico o Corel Draw, pois 
ele tem diversos tutoriais na internet que certamente lhe 
ajudarão. Abaixo listei alguns pontos para você começar a 
criar seu cartão de visitas:
Fonte: Reprodução/Pixeden
 Do mesmo jeito que há elementos que não podem 
faltar em seu cartão, há elementos que não precisam 
estar no mesmo: quanto menos informações melhor. 
Considerando um cartão de 9x5cm, não seria adequado 
enchê-lo de informações “inúteis”. Se você é um designer 
gráfico, por exemplo, não precisa colocar no cartão que 
faz: banners, folders, cartões de visita, logotipos, etc.. 
Apenas diga sua ocupação e indique seu portfólio, site ou 
blog para que as pessoas possam acessar e lá ver que tipo 
de trabalhos presta no ramo de design gráfico.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
27
Design Magazine Brasil
Abaixo estão listados alguns pontos para se começar a criar 
um cartão de visitas.
 A orientação: quando buscamos por inspiração, 
vemos que a criatividade faz com que alguns designers 
criem diversos tipos de cartões. Embora suas formas 
diferenciadas sejam impressionantes, o tipo de cartão mais 
comum é o horizontal. Se o objetivo for deixar um possível 
cliente boquiaberto, imaginação, criatividade e liberdade 
são qualidades indispensáveis na elaboração do cartão.
 As cores: antes de criar qualquer coisa, é preciso 
estudar, pelo menos, o mínimo de psicologia das cores, 
para não ter um resultado bizarro. Mas se você tiver bom 
senso já é o suficiente. O esquema de cores de cada cartão 
deve se adaptar à profissão, por isso não se pode ser muito 
exagerado ou limitado no uso das mesmas.
 
	 O	uso	da	tipografia	correta: escolher a tipografia 
certa é um passo importante, mas complicado. Do mesmo 
modo que deve-se agir com o uso das cores, deve-se agir 
com o uso da tipografia. Se a escolha feita combinar com 
a ocasião, é quase certeza de sucesso. Uma boa tipografia 
é aquela que faz um bom contraste e faz as pessoas lerem 
sem mesmo querer ler. O contraste na tipografia e no layout 
em si podem ser as partes mais interessantes do projeto, se 
forem feitos da maneira correta.
 O tamanho e o papel: como dito anteriormente, 
o tamanho padrão é o de 9x5cm. Embora se possa ousar e 
sair desse modelo, não é qualquer gráfica que imprime em 
dimensões diferentes ou com facas especiais. E o material 
mais comum é o couché, que pode ter laminação fosca 
ou algum revestimento especial, como verniz. Algumas 
gráficas oferecem outras opções de materiais.
 
 Linhas de corte: também chamadas de “área de 
segurança” são uma parte muito importante da criação 
do cartão, pois não se quer perder nenhuma informação 
quando o arquivo for impresso pela gráfica. Alguns designers 
costumam utilizar uma margem entre 3 e 5 milímetros, da 
borda para o centro.
 
 Não há lugar para a timidez no mundo do design. 
Buscar inspirações leva ao criar. A criação deve ser livre 
de quaisquer formas de impedimento. A ideia circula 
na cabeça do designer deve se manter crua, e não ser 
remodelada por conta de palpites presentes em outras 
ideias ou artigos como esse. A imaginação e a criatividade 
devem seguir juntas e tomar a frente.
Fonte: Reprodução/Flickr
Conclusão
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Design Magazine Brasil
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A importância de sketchbooks
Canha Berg
Matéria cedida pelo Design.Blog
design.blog.br
canha.net
 Muitos designers concordam em algo: é importante 
ter um sketchbook. Mas o que é isso? Para que serve? 
Quais os melhores tipos para se comprar? Isso quer dizer 
que o designer precisa saber desenhar? 
 Um sketchbook (ou sketch-book, ou até mesmo 
“caderno de rascunhos”) é o que significa: um caderno 
para sketches (“rascunhos”). Estes cadernos servem para 
rascunhar todo e qualquer tipo de coisa: desde ideias que 
vêm à sua mente durante o café a exemplos de um logo 
para cliente. Muitos cadernos não seguem nenhum tipo 
de lógica: são desenhos e textos diversos, sem separação 
por categoriae em uma desordem caótica que pode ser 
apenas entendida pelo próprio autor do caderno.
 Cadernos de rascunho são para bons pensadores. 
Existem infinitas variações desses cadernos: desde 
o tradicional Moleskine até cadernos mais simples e 
comuns. O ideal são cadernos pequenos, de tamanho 
A5 ou menor (148 por 210 mm), capa dura para um 
melhor apoio em qualquer superfície e sem pauta (ou 
seja, sem linhas). No entanto, alguns designers preferem 
cadernos com pautas claras e discretas, quase invisíveis 
para seguir de guia na hora do desenho. Neste caso, 
existem cadernos com linhas, pontos e quadrados que 
são excelentes para servir de referência.
 É preciso ser um artista para ser um bom 
designer? Não. Como mencionou o designer 
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Design Magazine Brasil
gráfico Jason Santa 
Maria recentemente, 
“Cadernos de rascunho 
não são apenas para 
bons artistas, são para 
bons pensadores“. 
O objetivo destes 
cadernos é de rascunhar 
ideias, independente de 
quais sejam e quão bem 
sejam rascunhadas.
 
 Muitas pessoas das 
áreas criativas (publicidade, 
jornalismo, etc.) carregam 
consigo algum tipo de 
caderno para rascunhar 
ideias. São cadernos que 
cabem no bolso e são 
portáteis. A qualquer hora 
que lhes ocorrer uma 
ideia, sacam o caderninho 
e um lápis (ou caneta) e 
começam a rabiscar. Muitos 
podem achar que eles são 
loucos, mas vale lembrar 
que uma ideia pode 
facilmente desaparecer se 
não registrada (quantas 
vezes você teve uma ideia 
genial para fazer mais tarde 
e no final esqueceu-se o 
que era?). 
 
 Não é só pra isso que 
o caderno serve: às vezes, 
escrevemos uma frase que 
achamos interessante, 
ou fazemos um pequeno 
desenho de algo que vimos 
na rua. Eventualmente, 
quando falta inspiração, 
o melhor local para se 
procurar é no seu caderno.
Fonte: Reprodução/Flickr
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A importância de sketchbooks
Fonte: Reprodução/Flickr
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Fonte: Reprodução/DeviantArt
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Design Magazine Brasil
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Flickr Fonte: Reprodução/Flickr
 Muitas vezes as 
pessoas demoram a achar o 
caderno de rascunhos ideal. 
É perfeitamente normal. 
Eu já tive vários cadernos 
diferentes – com um papel 
de outra cor, capa mole, 
capa dura, menor que uma 
folha A5, maior que esta e 
por aí vai.
 
 Teste diferentes 
cadernos até achar 
um ideal para você e 
sempre o carregue no 
seu bolso ou mochila. 
Assim, nenhuma ideia 
irá lhe escapar e quando 
você estiver procurando 
inspiração, é só folhear 
seu caderno. Ah, e não 
esqueça de levar também 
uma caneta ou lápis.
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 Há muito se discute sobre os direitos autorais com 
relação ao trabalho de designers no Brasil, e quase nunca 
se chega a um senso comum. Na maioria das vezes é 
o profissional que sai perdendo por conta das empresas, 
melhor preparadas nesse quesito, que acabam a induzir o 
designer ao erro ou acabam se aproveitando por pura e 
simples falta de informação por parte do profissional.
 
 O começo do problema é que o profissional em 
design se encontra em um grande buraco! Nem todo 
designer tem formação suficiente pra ser um desenhista 
industrial, mas também não é um mero técnico em 
modelagem ou um reles funcionário de gráfica que 
sabe mexer em um programa de vetorização ou edição 
de imagens. O designer é um profissional que sabe o 
suficiente pra ser um respeitado ilustrador e o dono da 
gráfica ao mesmo tempo!
 
 Alguns publicitários, em muitas das vezes, preferem 
recorrer a um produtor gráfico para a reprodução perfeita 
da imagem em sua imaginação, que lutar intensamente 
com três ou quatro programas pra produzir a arte final que 
quer, seja um logotipo, uma embalagem e tudo mais que 
envolver a área de atuação de um designer, às vezes um 
breve esboço é tudo que um profissional da área precisa.
 Mas mesmo com tudo isso esses profissionais caem 
no mesmo problema de sempre: “Até onde vai o meu 
Propriedade intelectual e direitos autorais 
Thiago Scramignan
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35
Design Magazine Brasil
direito sobre a obra que crio?”, “Então questionaremos 
sobre o que?”. Pois é! Muitas dúvidas. Então vamos à 
parte que interessa.
O desenho industrial é regido sobre o registro de patentes! 
Muito diferente da lei que protege a criação autoral de 
cunho intelectual, mas o direito autoral vai muito além do 
que se imagina.
 
 O direito autoral é de cunho intelectual, ou seja, 
vem da criação e execução da “arte”, e a patente é mais 
direcionada ao desenho industrial. Mas como assim? Com 
o simples fato de patente ser para criação industrial, 
invenções e modelos industriais, obviamente um desenho 
que será usado como identidade de uma empresa não se 
enquadrará em nenhuma dessas descrições. E é ai que 
entram os direitos autorais.
 
 O direito autoral não é passível de registro para que 
se possa valer. Mas um desenho criado para ser uma marca 
deve sim ser registrado dentro de três opções para que ele 
seja protegido como tal. O designer é muito mais que um 
“cara” que sabe o que está fazendo, ele é praticamente 
um artista de uma era completamente diferente da qual 
as leis foram criadas. E o designer tem que fazer valer 
seus direitos patrimoniais.
 
 Uma das opções de registro é o figurativo, que 
é composto unicamente por um desenho (mesmo que 
esse desenho seja composto por letras, essas letras 
devem formar uma figura). Nesse caso o registro é sobre 
o aspecto estético; o nominativo, constituído por letras. 
Nesse o registro será sobre o aspecto fonético e o misto, 
que é composto por ambos, tendo o registro caindo sobre 
os dois aspectos.
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Propriedade intelectual e direitos autorais 
 Existem dois tipos de propriedade sobre uma 
criação, o direito autoral moral e o direito autoral 
patrimonial. E qual a diferença entre os dois? Embora 
pareça simples a resposta ela dá um nó na cabeça de 
muita gente. O direito moral é a ligação do criador do 
trabalho com a obra; é como a ligação de um pintor a 
um quadro, não importa o tempo que passe a criação 
vai continuar sendo do artista; mesmo que ela caia em 
patrimônio público a pintura permanecerá sendo sua. E 
o direito patrimonial é o direito negociável, é esse direito 
que você vende, cede, negocia...
 O direito patrimonial é negociável e o moral não! 
E esse é o grande problema! É comum achar que a 
criação pertence ao criador independente do contrato 
que e assina, mas é um doce e inocente erro. O CCDA 
(Contrato de Cessão de Direitos Autorais) pode o fazer 
ceder os direitos da obra por completo. E na cessão de 
Direitos Patrimoniais de forma definitiva o autor perde 
completamente os direitos sobre a obra! A não ser 
que ele compre de volta os direitos. O profissional não 
tem seu trabalho roubado, mas sim passado por livre e 
espontânea vontade.
Como garantir seus 
direitos como autor?
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Design Magazine Brasil
 Em alguns casos a cessão dos direitos é quase que 
uma necessidade. Um logotipo é praticamente a identidade 
da empresa, e cobrar pela utilização da mesma por todas 
as vezes que ela for utilizada é praticamente inviável. 
Nesse caso a cessão deve sim ser feita, se não houver 
uma opção melhor. A assinatura de contrato também 
pode garantir os seus direitos. O estabelecimento de 
tempo para a utilização e a não cessão da obra garantem 
que você não perca o controle sobre a sua criação. Caso 
o prazo não estejaprevisto no contrato o tempo padrão 
para utilização é de cinco anos, depois desse período a 
marca não pode mais utilizar sua obra.
 Mas não se esqueça de ler muito bem o contrato 
e atentar a três pontos: a finalidade do trabalho, o 
território dessa utilização e o prazo de utilização e se há 
possibilidade de renovações.
 
 A inovação constante é uma ótima forma de 
se proteger. Atualizar constantemente a sua criação 
pode garantir que ela não seja copiada ou modificada 
por outros profissionais. Se você não leva adiante 
uma ideia ela poderá ser copiada. Mesmo colocando 
a reputação em risco, copiar sem autorização a 
obra de um autor é um problema de proporções tão 
semelhantes quanto às do criador ao ver seu trabalho 
veiculado contra a própria vontade.
 
 Uma boa opção também é abrir uma empresa. Com 
ela você pagará menos impostos e ainda terá um registro 
e um controle melhor sobre seus trabalhos. 
A melhor opção é você se informar! Você sendo um 
profissional e tendo estudado muito para isso, não deve 
se deixar a mercê dos outros pelo simples fato de não 
querer saber sobre seus direitos. Procure um advogado, 
leia as leis de registros e direitos autorais... Informação 
nunca é demais!
Como me protejo de 
possíveis aproveitadores do 
meu trabalho?
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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 Imagine quem acabou de se formar e está 
procurando onde trabalhar. Será que o mercado está 
saturado? Ou será que o problema está no portfólio? 
Talvez o motivo pelo qual não se encontre emprego como 
designer não seja nenhum destes.
 
 Esse é o pior pesadelo dos recém-formados: 
quatro anos de curso, quantias incalculáveis de dinheiro 
investidas no aprendizado e as únicas vagas encontradas 
são as de lanchonetes de fasf food. Desperdício de tempo, 
não é? Mas o problema não é sempre uma saturação no 
mercado do design gráfico ou um portfólio com poucos 
trabalhos. Talvez o problema seja a maneira como se 
caça por empregos.
 Recebi um e-mail recentemente de um leitor que 
estava com este problema: meses sem encontrar nenhum 
emprego, mesmo entrando em contato com dezenas de 
empresas. Ele pediu para que eu analisasse o portfólio 
dele, enviado em anexo, para saber se o problema era 
com a qualidade do trabalho. Várias bandeiras vermelhas 
se levantaram, mas nenhuma relacionada a qualidade 
Eu não consigo encontrar um 
emprego como designer!
Canha Berg
Matéria Cedida por Design.blog 
Ilustração de Gilberto ferreira
desig.blog.br
canha.net
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Design Magazine Brasil
 Quando se procura um emprego como designer, há 
o desejo de facilitar a vida do possível futuro empregador. 
Para isto, envia-se um e-mail com o portfólio em anexo. 
Não existe nada de errado com isto, e muitas vezes até é 
requerido por parte do responsável por contratações. Mas 
aí que passamos por uma linha tênue.
 A primeira coisa importante a se notar é o formato: 
nunca envie um arquivo que não seja em formato PDF. 
O PDF é um formato universal, ao contrário do DOCX, 
por exemplo, que só abre no Microsoft Word – e muitas 
empresas não utilizam o Word.
 Mas a principal dica é em relação ao tamanho do 
seu PDF. Um arquivo de até 1 MB é aceitável, mas o ideal 
é ser um arquivo menor ainda. Afinal, nem todos possuem 
uma alta taxa de transferência. Imagine então quando 
uma empresa abre vagas e recebe centenas de e-mails de 
pessoas com portfólios em anexo de 3MB ou mais!
 Comprimir o PDF ao máximo sem perder muito 
da qualidade é uma solução segura. Se isto ainda não 
for o suficiente, uma saída é manter apenas os trabalhos 
pelos quais se tem mais apego e informar um link do seu 
portfólio online, onde o empregador pode visualizar mais 
caso ele deseje.
 Outra solução é não enviar um anexo. Envie 
um e-mail, perguntando sobre a vaga e fornecendo o 
endereço do portfólio online. Se o empregador desejar, 
deve constar no e-mail a disposição de enviar um PDF 
com os melhores trabalhos e currículo. Assim, a caixa de 
e-mail do seu empregador não fica lotada e facilita a vida 
dele. Claro que se o anúncio dizia “envie seu portfólio em 
anexo”, essa dica deve ser ignorada.
Evite anexos grandes
do trabalho em si (que era digna): o que me chamou a 
atenção foi como ele entrou em contato. E talvez você 
possa se relacionar com algo aqui.
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Eu não consigo encontrar um emprego como designer!
Tenha um portfólio online
Tenha um e-mail 
profissional
 Além de aumentar a visibilidade, é mais fácil de 
manter atualizado. Se uma empresa recebeu seu portfólio 
algum tempo atrás mas optou por outro profissional pode 
acabar guardando o link de seus trabalhos para quando 
precisarem abrir mais vagas, por exemplo. Portanto, não 
ter dinheiro ou conhecimento para montar um portfólio 
online não é desculpa.
 
 Colocar o currículo para download em um arquivo 
PDF ou esconder os trabalhos em um link obscuro 
dificultarão a vida do futuro empregador. Mesmo se linkar 
o LinkedIn ou Behance, já é mil vezes melhor do que forçar 
alguém a ter que baixar um arquivo que pode ser pesado. 
Os concorrentes estão apenas a um clique de distância, e 
o empregador sabe disto. Ele provavelmente terá centenas 
de e-mails para visualizar de jovens designers procurando 
emprego e não vai hesitar de ignorar o seu.
Tenha um e-mail profissional
 Nada grita a palavra “AMAAAADOOORR!” tão bem 
quanto aquele endereço de e-mail que foi criado em 
2006: joselito_escorpiao17@hotmail.com. Até mesmo 
um e-mail mais profissional como “jose_dg@hotmail.
com” não é tão impactante, especialmente se já houver 
um domínio próprio. Se o endereço de contato tiver a 
sua idade no ano em que foi criada, números e letras 
aleatórios ou for simplesmente impossível de pronunciar 
ao telefone, como fazer jus à minuciosidade descrita no 
currículo para o empregador?
 Dizer que “é muito caro ter um domínio e e-mail 
próprio” é pura bobagem. Existem serviços de hospedagem 
e registro de domínio viáveis no mercado, como a, criticada 
por alguns, Locaweb, que cobra a partir de R$ 33,20 
mensais (hospedagem R$ 29,90 por mês + domínio de R$ 
40 por ano) e a Brasilserv, que vai mais longe ainda: R$ 
18,30 mensais (hospedagem de R$ 15 por mês + domínio 
de R$ 40 por ano), com o bônus de prestar um serviço 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
41
Design Magazine Brasil
excelente. É impossível ir ao mercado mais próximo para 
fazer as compras do mês e gastar menos de R$ 20.
 Comprar um domínio próprio e mandar 
redirecionar para um portfólio no Behance, por exemplo, 
e configurar um e-mail seunome@seudominio.com, já 
significa estar na frente de milhares de outros designers 
se candidatando a vagas na área que ainda possuem 
um @gmail.com, @hotmail.com, etc.
 O mesmo vale para endereço de Skype, ou outras 
formas de contato anunciados no seu site. Que imagem vai 
ser passada para o futuro empregador com um nick como 
“gatinha.manhosa” no Skype profissional? Uma coisa é ter 
e-mails pessoais para ter contato com os amigos, outra é 
para contatos profissionais.
Concluindo
 Não há 100% de certeza de conseguir um emprego 
assim, mas as chances de ser notado são maiores.
 Boa sorte e sucesso!
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Como se dar bem como freelancer?
Kevin Oliveira
Matéria cedida pelo Designer Effects
designereffects.com.br
kevinoliveira.com.br
@kvnol
 Para muitas pessoas freelance é uma carreira fácil 
de seguir, pois você pode trabalhar em casa, no conforto... 
Mas o que ninguém imagina é que o freelancer também 
passa por apuros nesta carreira; se ele não tiver um nome 
a zelar e amizades para o divulgar, poderá ser difícil.
 Ultimamente, todos sonham em ser freelancers, 
pensandoque é uma carreira fácil e de rápido retorno 
financeiro, mas estão totalmente errados. Para ter 
sucesso na carreira (tanto em design, quanto nas 
outras citadas acima) você primeiramente precisa ter 
reconhecimento onde atua, bons relacionamentos e, 
claro, clientes satisfeitos.“Freelancer é o termo inglês para denominar o profissional 
autônomo, que se autoemprega em diferentes empresas 
ou, ainda, guia seus trabalhos por projetos, captando e 
atendendo seus clientes de forma independente. É uma 
tendência muito em voga no mercado de jornalismo, 
design, propaganda, web, tecnologia da informação, 
música e muitos outros.” Wikipédia
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
43
Design Magazine Brasil
 Pare e pense em como se dar bem na 
carreira de freelancer:
 Quando você começa a fazer trabalhos mais 
sérios, com certeza receberá vários contratos - seja 
por email ou por outras formas de contato -, e você 
deve ler todo este contrato. Parece chato e é mesmo, 
mas é bom ler e entender todo o contrato para não 
sofrer futuramente. Se não entender algumas coisas 
que estão escritas, procure em sites que possam tirar 
suas dúvidas, mas se ainda estiver confuso, busque 
conselhos com pessoas próximas, profissionais da área 
ou vá a uma organização de aconselhamento jurídico, 
para que tudo possa ser esclarecido.
 
 Nada é mais 
importante do que um 
portfólio forte. É a partir 
dele que pode-se atrair 
novos contatos. Por 
isso, mantenha o acervo 
atualizado com seus 
trabalhos mais recentes 
e de melhor qualidade. 
Outra dica é fazer versões 
impressas de seu portfólio, 
para entregar a empresas.
Entenda os contratos
Construa 
um forte 
portfólio
Fonte: Reprodução/Stock.Xchng
Fonte: Reprodução/Flickr
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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Como se dar bem como freelancer?
 
 Ultimamente a febre são as redes sociais, como o 
Facebook, Twitter, LinkedIn, etc.. Você pode usá-las para 
divulgar seus trabalhos mais facilmente e até conseguir 
contato com empresas. Dominando estas ferramentas 
que a web lhe oferece, você já dará um longo passo para 
o sucesso, e o importante é que fará muitas amizades.
Seja Social
Fonte: Reprodução/DeviantArt
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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Design Magazine Brasil
Deixe seus clientes felizes 
e satisfeitos
Sempre aprenda coisas 
novas
Fonte: Reprodução/Stock.Xchng
 
 Agradar seus clientes é uma boa foram de divulgar 
mais seus trabalhos. Mostre para eles seus esboços, 
deixe-os bem informados, os envie algumas notícias sobre 
sua área (mas não muitas)... Assim, eles entenderão 
mais sobre ela. Corresponder ou superar a expectativa 
do cliente poderá te fazer ser indicado, o que o torna um 
excelente meio de divulgação.
 
 Renovando sempre suas habilidades ficará 
mais fácil conseguir clientes, pois agora você já possui 
capacidade para atender a pedidos antes impossíveis de 
serem levados adiante. Procure tutoriais na internet, leia 
e converse sobre o assunto com profissionais da área; 
assim, você irá adquirir mais bagagem.
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Dica de Mestre: O Mercado de Design
Alvaro Vitorio
Ilustrações de Alvaro Vitorio
 O ano de 2012 testemunhou o nascimento de 
cerca de 51 milhões de novos sites ao redor do globo. 
144 bilhões de e-mails foram enviados. No Brasil, uma 
média de 86.000 posts foram publicados mensalmente no 
Facebook. Em um universo tão vasto (e, em grande parte, 
inútil) de informação, é cada vez mais instigante o desafio 
da promoção profissional. Não que ela permaneça, de 
forma exclusiva, no mundo virtual. Muito pelo contrário. 
Promover seu trabalho é, acima de tudo, promover quem 
você é como designer.
 Embora não haja receita de bolo, um designer em 
formação deve se preparar para responder a algumas 
questões pessoais sobre a construção de sua carreira: 
em que área(s) específica(s) de design quero atuar? Em 
que atividades eu mais me destaco? Com quem e para 
quem quero trabalhar? Quanto tempo de trabalho quero 
disponibilizar? Quanto quero ganhar?
 A vantagem de se atuar em uma atividade 
tão dinâmica das ciências humanas é o número de 
possibilidades a serem exploradas. Mas não se pode 
ignorar o autoconhecimento e a busca por objetivos 
claros, definidos. Alguns designers se perdem no meio do 
caminho, pois não conseguem demonstrar a relevância de 
seu trabalho. Quem irá pagar por algo que, de fato, não 
vale o que se espera valer?
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Design Magazine Brasil
Ser designer é assumir a posição de alguém que se propõe 
a solucionar problemas. Como e de que maneira isso é 
feito depende da sua filosofia projetual, sua formação e 
talentos particulares. Ao cliente interessa a solução. E ela 
não reside na arte final, no upload do website ou na faca 
da embalagem e, sim, no relacionamento de trabalho, 
medido pelo compromisso com a tarefa, a parceria e a 
dedicação aos resultados.
 Voltemos às questões: profissional realizado é aquele 
que trabalha com o que, de fato, considera ser importante, 
relevante, como havia dito anteriormente. Quantas vezes 
ouvimos de alguém que só está em determinado emprego 
porque precisa pagar as contas? O quanto de talento é 
desperdiçado porque falta a ousadia e a paixão necessárias 
para se exercer uma atividade com sucesso? A busca pela 
identidade dos talentos individuais começa bem antes da 
graduação em nível superior. As preferências pessoais, o 
conhecimento empírico e o autodidatismo fazem parte 
deste processo. Nas grades curriculares dos cursos de 
design, encontram-se disciplinas que albergam conteúdo 
dos mais distintos segmentos de mercado (identidade 
visual, embalagem, ilustração, editoração eletrônica, 
design de interfaces, animação, videografismo, etc). É 
certo que cada aluno nutrirá interesse maior por umas e 
deixar outras em segundo plano, realizando uma triagem 
que reflete a escolha de sua especialização, intimamente 
ligada ao desempenho e à empatia pelo tema.
 Ilustro a segunda questão com um exemplo 
pessoal. Nunca fui bom no futebol, mesmo sendo 
admirador do esporte. Em parte, admito, pela falta da 
prática. De tanto ser o último a ser escolhido na partilha 
dos times (um dos primeiros processos seletivos da 
vida!), resolvi, então, assumir o ingrato ofício de goleiro. 
Debaixo das traves, não há meio termo: a glória da 
defesa decisiva ou a vergonha do frango. Mas não era 
exatamente isso que me impulsionava, e sim o prazer de 
jogar em uma posição mais reativa. Na minha cabeça, 
prever uma jogada do adversário era mais desafiador 
do que construir uma. Eu era bom nisso, e dessa forma 
fechei o círculo: aliei habilidade pessoal e importância 
em grupo. Fiz-me relevante.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
48
 É comum que muitos profissionais insistam em 
exercer posições com as quais, na verdade, não têm a 
afinidade necessária para que possam fazer das mesmas 
o norte condutor de suas carreiras. É inevitável que, 
em variadas ocasiões, seja preciso dar conta de tarefas 
múltiplas. Faz parte da natureza de mercado atual. 
Ninguém, todavia, pode ser bom em tudo. Reconhecer 
as vocações é primordial. Não insista em querer entender 
aquele código HTML quando seu tato é com os pinceis e 
as tintas. Além do mais, é preciso compreender a dinâmica 
entre aptidões e demandas. Não é raro nos depararmos 
com pessoas que possuem talentos especiais e, ao mesmo 
tempo, permanecem à margem da sociedade produtiva. 
Ou investem no lugar errado, ou suas habilidades não 
possuem mais o valor necessário dentro do contexto.
Dica de Mestre: O Mercado de DesignDica de Mestre: O Mercado de Design
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Design MagazineBrasil
 A terceira questão é sobre, essencialmente, as 
relações sociais de trabalho. E a primeira palavra que vem 
à mente de muitos sobre este tema é o tal networking. 
Se há um modismo bobo relacionado às literaturas sobre 
gestão e negócios é dar nome a bois que já existem. 
Fazemos networking desde sempre. A discussão deve ficar 
em torno mesmo é do aspecto qualitativo da atividade. 
Networking, não podemos esquecer, é trabalho. Uma 
das tarefas mais delicadas, diga-se de passagem. Lidar 
com pessoas é o que move (e às vezes destrói) o mundo. 
E para que o tempo dispensado nas ocasiões propícias 
ao networking seja mais producente, é preciso que o 
profissional desenvolva seu senso de observação às 
afinidades em potencial, aliando-se com quem realmente 
preza pelo compromisso de um trabalho bem feito e 
rentável, unindo interesses e objetivos em comum. E para 
não confundirmos afinidade com afetividade, vale a lição: 
um bom amigo nem sempre será um bom sócio
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 As duas últimas 
questões estão conectadas 
e o argumento aqui dado 
conclui a discussão deste 
artigo. Se tempo é dinheiro, 
quanto vale, então, a minha 
hora de trabalho? Esta 
pergunta já foi, de outras 
maneiras, respondida aqui. 
Há uma relação notória 
entre a importância da 
atividade profissional e a 
respectiva remuneração. 
Mesmo que as mudanças 
socioeconômicas exerçam 
um impacto considerável, 
ao fim, são as ações 
individuais que definem o 
perfil de atuação. Considero 
o segmento ”indie” (do 
inglês independent) um 
exemplo. Em vez de os 
criadores de jogos, revistas 
em quadrinhos e toda 
a sorte de produtos do 
mercado do entretenimento 
baterem às portas das 
grandes publicadoras, 
são eles mesmos, através 
de ferramentas até 
então inexistentes (o 
financiamento coletivo é 
uma delas) que produzem 
diretamente o que intentam 
em seus projetos. Ou seja, 
mesmos objetivos, mas 
com meios diferentes. A 
conjuntura se altera, mas 
a relevância permanece. E 
não há coisa mais relevante 
para nós que o design.
Dica de Mestre: O Mercado de DesignDica de Mestre: O Mercado de Design
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Design Magazine Brasil
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(Tempastade de ideas)
BRAINSTORM
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 A palavra pode parecer difícil de se pronunciar, 
mas é um desafio bem mais simples do que encarar 
o seu significado. A palavra ganha mais poder por 
ser também chamada de “tempestade de ideias”, 
mas é possível enfrentar toda essa grandiosidade 
quando há uma orientação a seguir. Através de 
alguns conceitos básicos se pode chegar à solução 
ideal no design, e assim dissipar as pesadas nuvens 
que antecedem a bonança da finalização do processo 
criativo de um projeto em menos tempo.
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Design Magazine Brasil
FILE Games Rio
Ricardo Gonçalves
Fotografia de Lucas Fernandes
“O evento mostrou a todos presentes que além 
de um modo de arte, jogos também podem ser 
vistos como cultura”
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 De 26 de março até 28 de 
abril a Oi Futuro Flamengo recebeu 
a terceira exposição da FILE Games. 
O objetivo do evento neste ano é 
mostrar a conexão existente entre 
games, animação e artes. Intitulado 
de Game Lover (um trocadilho com 
a expressão game over), o evento 
trouxe ao espectador diversos 
novos jogos, que prometem fazer a 
diversão dos jogadores mais casuais 
até a dos addicted players.
 Logo no início estavam expostos dois interessantes jogos: o 
Buildasound, da espanhola Mónica Rikić, cujo objetivo é criar sons através 
de cubos, montando imagens de pássaros, gatos e cachorros, e De Novo, 
uma instalação sonora onde o jogador experimenta novos padrões sonoros 
pela interação de seu corpo com os elásticos da obra.
FILE Games Rio
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Design Magazine Brasil
 Também houve espaço para os jogos brasileiros, como, por exemplo, 
o Xilo. O game narra a história de Biliu, um nordestino que, para salvar a 
sua família de uma doença grave, deve derrotar figuras do folclore brasileiro 
(como Mula-Sem-Cabeça, Curupira e Boto-Cor-de-Rosa). O jogo, que é 
totalmente em 2D, tem sua história contada a partir de rima de cordéis, 
baseada totalmente na cultura nativa do nordeste brasileiro. Quando ainda 
estava em sua fase beta, venceu pela categoria júri popular como o melhor 
jogo do SBGames em 2011.
Fonte: Reprodução/FILE
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 Journey, da produtora 
thatgamecompany, foi destaque na 
exposição. O jogo já é vencedor de 
vários prêmios, incluindo o de melhor 
realização artística pela Bafta Games 
de 2013, por seu cenário mágico e 
áudio impecável. A dinâmica do jogo é 
a seguinte: em um deserto, o jogador 
Fonte: Reprodução/FILE
Fonte: Reprodução/FILE Fonte: Reprodução/FILE
deve alcançar uma montanha, que 
fica ao longe. Para realizar tal feito, 
ele deve atravessar o deserto com 
sua personagem. No percurso a ser 
feito, podem aparecer viajantes a 
qualquer momento, controlados por 
outros jogadores online. No entanto, 
os meios de comunicação entre 
FILE Games Rio
eles são limitados apenas a sons e 
movimentos da personagem. Com 
um estilo diferente do violento da 
maioria dos jogos de hoje, Journey 
propõe uma solitária e mágica 
viagem por um mundo desértico.
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Design Magazine Brasil
 Também foram mostrados 
outros jogos, como o Kaleidoscope, 
no qual o jogador é capaz de criar, 
transformar e alterar texturas e 
composições através de simples 
blocos de madeira; já em Efecto 
Mariposa, simula-se um mundo de 
cinzas vulcânicas em tempo real. 
Neste game, o jogador, usando as 
suas mãos, é capaz de modificar a 
atmosfera do cenário, manipulando 
a areia. Em Shadows, sombras 
do próprio jogador são gravadas e 
reproduzidas em sequência na tela.
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FILE Tablet
 Com muita lógica, UltiMaze é 
um jogo que se deve vencer longos 
e complexos labirintos 3D. A intenção 
deste game é fazer com que uma 
bola seja guiada por uma correta 
sequência de números até o final do 
labirinto. Entretanto, o jogador não 
conduzirá a bola, mas sim o labirinto! 
Isso mesmo. Através do acelerômetro 
do dispositivo móvel deve-se calcular 
cada pequena mudança. A façanha 
deve ser realizada dentro de um 
tempo estabelecido. 
FILE Games Rio
 Conheça e faça parte da 
história de Fadas - O Despertar do 
Caos, que narra o início de um grande 
conflito entre as maiores civilizações 
das "Terras Conhecidas". Dando inicio 
à trilogia "Fadas", o aplicativo explora 
os recursos singulares que as mídias 
digitais proporcionam.
 Seja um alien enquanto joga 
Kosmo Spin, devendo percorrer 
a superfície de vários planetas 
diferentes, com o objetivo de reunir 
itens de um pequeno almoço. Porém, 
isso não será fácil: um alienígena 
malévolo com uma nave espacial 
tentará atrapalhá-lo, capturando 
tais itens antes de você e, se vacilar, 
você também. Os desafios são muito 
interessantes e o ponto forte do jogo.
 O festival de arte eletrônica contou com diversas exposições de jogos para diferentes plataformas. Resultado 
de uma grande expansão na sua utilização, os tablets ganharam uma variedade de aplicativos para sua plataforma, 
com muitos jogos dedicados especialmente para eles. Starry Night, por exemplo, se baseia na obra-prima “A Noite 
Estrelada”, de Van Gogh, e permite dar movimento e vida à pintura ao simples toque natela.
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Design Magazine Brasil
 Após a conclusão do FILE e 
de tudo o que foi exibido e debatido 
no evento, jogos eletrônicos podem 
realmente ser considerados um tipo 
de arte? Segundo algumas opiniões, 
apenas uma interação direta do 
jogo com o jogador pode não ser o 
suficiente para julgá-lo como tal. Para 
que isto ocorra, um produto deve 
proporcionar ao seu usuário uma 
reflexão sobre o mundo, ou seja, 
todo jogo deve ser elabrado de forma 
capaz de fazer com que o jogador 
venha a aplicar aquilo no mundo real.
 Ficou comprovado nos jogos 
em exposição no FILE que o modo 
pelo qual se revelam os qualificou 
como arte, levando o jogador a pensar 
sobre a realidade do mundo em que 
vive, e não apenas o fazendo interagir 
com o mundo virtual.
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FILE Anima+
 O FILE ANIMA+ demonstra no evento a parceria entre o universo dos jogos e da animação. De todas as obras 
que estiveram no FILE de São Paulo apenas algumas delas estiveram presentes no FILE carioca. Dentre elas temos:
The Lost Thing
 Enquanto catava tampas de garrafa na praia, um menino encontra 
um ser de aparência bizarra. Com o pensamento de que a criatura devia 
estar perdida, parte em busca de seu dono. Após a busca o garoto termina 
simpatizando com o ser, e procura um lar para ele (vencedor do Oscar de 
Melhor Curta-Metragem em Animação de 2011).
Fonte: Reprodução/FILE
The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
 Inspirado no furacão Katrina e em Buster Keaton e O Mágico de Oz, 
o curta de Morris Lessmore mostra a importância da leitura fazendo uma 
homenagem aos livros. É narrada a história de pessoas que dedicam todo o 
seu tempo aos livros e de como são retribuídas (vencedor do Oscar de Melhor 
Curta-Metragem de Animação em 2012).
Fonte: Reprodução/FILE
The Silence Beneath the Bark
 Em uma floresta coberta por um manto gigantesco, criaturas pequenas 
e engraçadas descobrem a neve (indicado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem 
de Animação em 2010).
Fonte: Reprodução/FILE
FILE Games Rio
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Design Magazine Brasil
 Deixando claro ao 
espectador, o FILE Game Rio 2013 
mostrou que, além de uma forma 
de arte, jogos também podem ser 
vistos como cultura.
Fonte: Reprodução/FILE
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CG Extreme
Ricardo Gonçalves
Fotografia de Lucas Fernandes, Renan Sergio e 
Sergio Willian
“O evento trouxe aos alunos um conhecimento 
que será lembrado e posto em prática sempre”
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CG Extreme
União Seven & Full Sail
 A Seven, originada em 2009, 
conta hoje com doze unidades 
espalhadas pelo Brasil, formando 
alunos em diversas áreas, como 
computação gráfica, game art e game 
development e produção musical. O 
Grupo Seven também abriu a primeira 
escola de jogos em Brasília, e agora, 
em 2013, abrirá mais cinco unidades 
de computação gráfica: três em São 
Paulo, uma em Goiânia e mais uma 
no Rio de Janeiro.
 A Full Sail University está há 
30 anos no mercado e ao longo desse 
período construiu uma consolidada 
reputação, ao ponto de ser 
considerada uma das maiores escolas 
de entretenimento do mundo em 
2011. Foi nomeada pela Associação 
de Escolas e Faculdades da Flórida 
(FAPSC) a “Escola / Faculdade do 
Ano” e contemplada pela The New 
Media Consortium como “Centro 
de Excelência”. A Full Sail também 
conta com vários cursos online, 
possibilitando que estudantes de todo 
o mundo conheçam melhor o sistema 
de ensino da faculdade. 
Marcelo Hodge Crivella (presidente do Grupo Seven) e Garry Jones (presidente 
da Full Sail University) falando sobre a parceria das duas empresas.
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Design Magazine Brasil
 E nos dias 27 e 28 de abril, 
para selar essa união, ocorreu o 
CG Extreme, um espetáculo do 
entretenimento digital. Grandes 
nomes do Hall da Fama da Full Sail 
University estiveram presentes, 
compartilhando um pouco de suas 
experiências e conhecimentos com 
o público. O evento contou também 
com a participação das empresas 
Joox, We do Logos, Unity, SEBRAE, 
Abra Games, Character Ink e Wacom.
 Após perceberem a magnitude 
do espetáculo, os professores 
da Seven Game Thiago Menezes 
(concept art) e Anna Luiza Soares 
(3D) informaram que com essa 
união surgiriam oportunidades de 
intercâmbio de alunos e melhoras, 
tanto na qualidade destes quanto 
na de seus respectivos trabalhos, 
além de uma mudança na grade 
curricular e uma aproximação do 
mercado internacional.
 E agora, a Full Sail University 
tem planos para instalar uma sede 
no Rio de Janeiro. “A vontade da 
Full Sail em vir para o Brasil não é 
segredo, a universidade já vinha 
estudando essa possibilidade”, diz 
Marcelo Crivella Filho, presidente da 
Seven. E, ao que tudo indica, ainda 
em 2013 a Full Sail irá anunciar onde 
será a sua unidade no estado.
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O Evento
 Ao entrar no evento e passar 
pela calorosa recepção, havia 
o Pavilhão de Carreiras, espaço 
reservado a oferecer vantagens junto 
a grandes e pequenas empresas, 
como o SEBRAE (Serviço Brasileiro 
de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas), We Do Logos, Joox, 
Wacom, Abra Games, Unity, HON 
(Heroes of Newerth), Character 
Ink, entre outras. Exposições de 
esculturas de alunos e professores da 
Seven, além de exposições virtuais, 
incluindo showreels, jogos prontos 
e outros tipos de trabalhos, também 
compunham esse cenário. Para 
completar, contamos com a presença 
de celebridades, como os irmãos 
Castro, os irmãos Piologo (Mundo 
Canibal) e alguns cosplayers (de Star 
Wars, Dragon Ball Z, Metroid, etc).
CG Extreme
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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Design Magazine Brasil
As Palestras
 O evento teve de tudo para não ficar de fora do noticiário. Com direito 
a apresentador, não poderiam ter escolhido personalidade melhor que Luciano 
Amaral. No mercado dos jogos desde 2003, ele é hoje o responsável pelo 
comando de MOK, Go!Game, e High#Tag, programas da PlayTV. Luciano 
também já cobriu eventos conhecidos mundialmente, como a Comic-Con e a 
E3 (Electronic Entertainment Expo), que acontecem anualmente na Califórnia.Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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Laurie Brugger
CG Extreme
 Graduada pela Full Sail University em 2000, Laurie é uma senior 
character rigger, há mais de uma década no mercado de trabalho. Trabalhou 
em filmes como: Fúria de Titãs, Capitão América: O Primeiro Vingador, Onde 
Vivem os Monstros e Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1.
 Durante a infância seu hobby 
era desenhar quadrinhos e, em 
2000, quando tinha apenas 19 anos, 
formou-se em animação digital, tendo 
uma paixão imensa pela Pixar, cujos 
filmes lançados até o dia de sua 
graduação foram, segundo Laurie, os 
principais motivos para a escolha de 
sua profissão.
 Brugger inaugurou a série de 
palestras no sábado comentando 
sobre sua vida profissional. Como 
exemplo, durante a palestra sobre 
facial rigging, mostrou Dobby, o elfo 
doméstico de Harry Potter. Para fazer 
com que o personagem ficasse com 
uma aparência realista, o estudo 
sobre anatomia foi imprescindível 
para conferir uma representação 
segura da musculatura, dos membros 
corporais e das expressões. Laurie 
também dedicou um pouco de seu 
tempo para mostrar as diferenças 
entre Dobby e Monstro (outro elfo), 
destacando as mudanças dos olhos, 
principalmente; mostrando como eles 
deveriam estar caídos e marcados 
pela idade. Comentou tambémsobre 
as rugas e movimentação.
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Design Magazine Brasil
Tom Isaksen
 Com dez anos no mercado, 
Tom, dinamarquês, 36 anos, 
formou-se em animação digital pela 
NCCA Bournemouth University do 
Reino Unido e iniciou sua carreira 
trabalhando com programas de TV. 
Após três meses no ramo, se tornou 
lead artist. Durante seu tempo livre, 
Isaksen criava personagens, e assim 
descobriu que estava mais interessado 
em modelagem do que em animação.
 Em 2003, Tom começou a 
trabalhar na IO Interactive, em 
Hitman: Contracts. Um ano após o 
lançamento de Hitman: Blood Money 
(2006), ele já tinha se tornado lead 
artist de personagens. Hoje, Tom 
é dono da Character Ink e trabalha 
com a Seven, preparando cursos de 
criação de personagens 3D.
 Durante sua palestra no CG Extreme, o profissional trouxe ao público 
uma de suas criações, o Undead King, feito pelos programas ZBrush, Photoshop 
e 3ds Max. Enquanto o vídeo era mostrado, Tom expôs detalhadamente o 
processo, como as pequenas coisas que deviam chamar atenção - por exemplo, 
como o personagem agiria se quisesse tirar a roupa/armadura e sua aparência 
em contraste com o cenário e o desgaste do corpo e da armadura pelo tempo. 
Em seguida, Isaksen abordou a pintura digital em personagens 3D, o que é 
algo de grande importância, para dar ao personagem um aspecto orgânico e, 
no caso do Undead King, deixá-lo de acordo com o cenário ao qual pertence.
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CG Extreme
ESPN – Stela Spironelli
 A diretora de arte da ESPN Brasil apresentou ao público um pouco sobre 
o funcionamento da CG (Computação Gráfica) na televisão e as diferenças 
de como é tratada dentro e fora do Brasil. Também alertou para o leque de 
opções nessa área, enfatizando que se pode ter mais de um foco. Enquanto 
isso, havia na tela demonstrações de CG usadas pela ESPN.
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Design Magazine Brasil
Jayson Whitmore
 Após a apresentação de Stela Spironelli subiu ao palco Jayson Whitmore, 
formado pela Full Sail University e diretor de criação de sua própria empresa, 
a Royale. Jayson abriu as portas da Royale em 2007, aos 27 anos de idade, 
e hoje a organização é conhecida por seus trabalhos para empresas como 
McDonald’s, MTV, Nike e Apple.
 Durante sua apresentação Jayson falou um pouco sobre sua vida 
pessoal, relembrando que, aos 19 anos, em busca de seu primeiro emprego, 
teve seu portfólio ridicularizado por uma das empresas que procurara. Hoje, 
porém, a Royale é simplesmente concorrente da empresa que o caçoou e, 
segundo Whitmore, a sua empresa raramente perde.
 Jayson também comentou sobre insistência, inspiração e também em 
“acreditar”. Por meio de um discurso motivador e usando a história sobre a 
busca de seu primeiro emprego ele disse que o importante para alguém que 
busca seguir carreira no ramo da computação gráfica é sempre seguir em 
frente, não importa o que aconteça.
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 Em um ponto da apresentação, 
Whitmore mostrou um de seus 
trabalhos para a Apple. Contou que 
certa vez foi a uma festa na praia onde 
havia “bastões de luz” e, a partir desta 
inspiração, criou um comercial que 
recebeu altos elogios de Steve Jobs. A 
história serviu para o diretor mostrar 
à plateia de onde vem sua inspiração 
no geral: do mundo exterior, das 
viagens e lugares que vai, das coisas 
que experimenta. Jayson esforçou-se 
por mostrar ao público que sair de 
casa e buscar inspiração “do lado de 
fora” quase sempre é a melhor opção.
 Parte de sua palestra foi 
dedicada a mostrar aos presentes no 
CG Extreme que a única diferença 
entre ele e os que lá estavam era o 
tempo de trabalho; Jayson esclareceu 
que o importante não é o quão bom 
você é, mas o quão você quer ser.
 Para finalizar, ele mostrou um 
pouco de seus trabalhos, tais como 
Nike Free 5.0, The Bell Ringer, MTV 
Pulse e McDonald’s Fortune, seguidos 
por perguntas dos fãs.
CG Extreme
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Design Magazine Brasil
Sebastian Krys
 Fechando o dia esteve no 
palco o argentino Sebastian Krys, 
que já trabalhou com Shakira, Black 
Eyed Peas, Will Smith e Rick Martin. 
Foi premiado com quatro Grammy 
Awards e outros nove na edição latina 
e em 2009 entrou para o hall da fama 
da Full Sail.
 Em sua apresentação Krys 
direcionou seu primeiro tópico ao 
foco, onde mencionou que em sua 
experiência profissional, embora 
não fosse o mais criativo, sempre 
foi o mais focado. Por isso, por 
mais talentosa que a pessoa seja, a 
preguiça e a falta de foco não a farão 
chegar a lugar algum.
 Coberto por muitos aplausos, 
o produtor deu continuidade à sua 
palestra. Falando sobre o inicio de 
sua carreira como produtor: começou 
trabalhando para a Nickelodeon, 
fazendo a mixagem dos programas 
do canal. Ele comenta: “Não era o 
que eu queria, mas antes de ser 
o produtor musical é preciso ser o 
assistente. Vocês têm que traçar um 
objetivo. Aprendam a fazer o que a 
maioria não quer, porque você terá 
a oportunidade e, a partir daí, seus 
horizontes se abrem.”.
 E há alguns instantes de fechar 
sua palestra, Sebastian relatou que, 
durante sua infância, por influência 
de seu pai, foi apresentado às 
músicas de Chico Buarque, Milton 
Nascimento, Gal Costa e outros. 
Porém Krys também criticou de 
modo negativo a cultura musical do 
Brasil: "O Brasil tem músicas mais 
bonitas do que as de qualquer país 
do mundo, mas tenho a impressão 
de que as coisas ficam velhas muito 
rápido aqui. Muitas vezes a música 
daqui é mais admirada no exterior, 
e os brasileiros não preservam a 
memória musical. Se um país não 
sabe de onde vem, também não sabe 
para onde está indo.".
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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CG Extreme
Nathaniel Howe
 Abrindo a sessão de palestras de domingo (28 de abril) estava 
Nathaniel Howe, designer e diretor criativo, com mais de dez anos no ramo 
de branding, publicidade e televisão. Já trabalhou com a divulgação de 
Red Dead Redemption (da Rockstar Games), em canais de televisão, como 
Discovery Channel e Nickelodeon e também já foi contratado por marcas 
famosas. A extensa lista inclui nomes como Universal Pictures, Microsoft, 
Ford, NBA e MTV.
 Acompanhado por lideres de torcida e jogadores de futebol americano, 
Howe fez uma entrada dinâmica com tal temática. O assunto de sua palestra 
foi criatividade. Nathaniel mostrou aos estudantes como sempre estar criativo, 
usando técnicas de meditação e busca de respostas dentro de si mesmo e 
sempre colocando o que está sentindo em uma imagem. 
 Após mostrar um pouco sobre como ser criativo, Nathaniel falou sobre sua jornada profissional, para auxiliar 
os alunos a traçar a jornada deles. Howe mostrou aos alunos que, para se tornar um bom profissional o importante é 
ser maleável, aprender a gostar de críticas e vê-las como uma oportunidade de se aprimorar, ir atrás de respostas e 
opiniões e saber se o trabalho transmite o que deveria... Estes são atributos que um artista deve seguir.
 Terminando a palestra, o designer falou sobre a importância da marca. Todo artista deve colocar sua marca em 
seu trabalho, para que tudo o que fizer tenha seu estilo.
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Design Magazine Brasil
Cordy Rierson
 Produtora e especialista em efeitos visuais. E em games tais como: 
Silent Hill: Homecoming.
 A segunda palestrante de domingo, produtora executiva da Microsoft, 
já participou de trabalhos na indústria do entretenimento, principalmente no 
ramo cinematográfico, com efeitos visuais em Missão Impossível e Waterworld 
- O Segredo das Águas e na produção dos jogos The Da Vinci Code e Star

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