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Design Magazine 12

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Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 1 |
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 2 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
Editorial
É com muito orgulho que apresentamos a vocês o nosso novo pro-
jeto gráfico!
Desde seu lançamento em 2013, a Design Magazine Brasil já teve 
três projetos gráficos diferentes, com apenas pequenas mudanças entre 
eles. Pela primeira vez desde a edição zero refazemos por completo o 
visual da revista.
Nós sentimos que o projeto anterior já estava ficando obsoleto e por isso 
decidimos nos adiantar e criar algo que pudesse ser mais atemporal.
Queríamos um toque moderno e jovem, mas sem deixar de lado a ele-
gância, a maturidade e o estilo simples da versão original.
Em termos de conteúdo, a principal mudança que isso traz é que não 
ficamos mais limitados a apenas seis matérias por edição, como ocorria an-
teriormente. A quantidade aumenta e a qualidade também.
Esse ano foi ótimo, repleto de eventos de alta qualidade. Poderia ter sido 
melhor se não fosse pelo veto à regulamentação da nossa profissão, mas 
bola para frente. Faremos o possível para que 2016 seja ainda melhor.
Esperamos que gostem, tanto do visual novo quanto do conteúdo.
Bom final de ano para todos.
Lucas Fernandes
Diretor
De cara nova
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Total do prêmio: 40.000€
 
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www.ifdesign.de
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DESIGN PRIZE 2016
Patrocinadores GOLD 2016
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Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 3 |
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| 4 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
Diretor e editor
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Redes Socias
Designers
Lucas Fernandes
Tiago Krusse
André Reis
Danielli Wal
Eduardo Madeiro
Eliezer Santos
Lucas Fernandes
Mayara Wal
Thiago Seixas
Juliana Teixeira
Lourrane Alves
Douglas Silva
Gilberto Ferreira
Guilherme Dantas
designmagazine.com.br
contato@designmagazine.com.br
Ano II - Edição 12 - Dezembro 2015
i3c3.com.br
A Design Magazine Brasil é uma projeto de 
Lucas Fernandes e do Grupo I3C3.
O conteúdo aqui publicado pertence aos seus 
respectivos autores e não pode ser reproduzido 
sem prévia autorização.
/revistadesignmagazine.br
@DMBr_Oficial
Douglas Silva
Hebert Tomazine
Leandro Siqueira
Lucas Fernandes
Créditos
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 5 |
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 6 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
Sumario
O design cidadão e irreverente de Fabio Lopez
Sywork, uma rede social de ilustradores
Corian: material da vez, matéria prima do futuro
08
38
32
14
42
20
28
O diário de uma designer
Resenha: Before They Pass Away
Entrevista com Silvia Grilli
Resenha: Gramática Visual
DESIGN
ARTE
ARQUITETURA
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Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 7 |
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 8 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
DESIGN
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 9 |
Se você está entrando, cursando, ou 
saindo da faculdade de Design, muitas dú-
vidas devem estar passando por sua cabe-
ça criativa. Como está o mercado de tra-
balho? É melhor saber um pouco de tudo, 
ou se especializar em algo? Trabalhar em 
agência, ou tentar a carreira freelancer? 
Corel ou Illustrator?
Essas e muitas outras perguntas inspira-
ram Thalita Lefèr, uma designer mineirinha, 
muito carismática e extrovertida, a criar um 
canal no Youtube para compartilhar suas ex-
periências, seus conhecimentos e, também, 
suas frustrações.
de uma designer
 O diário
A menina que queria desabafar sobre as mazelas 
de sua profissão e hoje possui um dos canais mais 
importantes sobre design no Brasil
O começo
Texto: Thiago Seixas | Imagens: Amarelo Criativo
Thalita já trabalhava em uma empresa 
de comunicação visual antes mesmo de en-
trar na faculdade, o que lhe proporcionou a 
oportunidade de adquirir um pouco de co-
nhecimento sobre a área de criação. Logo, 
ela decidiu se dedicar a isso. Começou 
pela Faculdade de Publicidade e Propagan-
da, mas no terceiro período, descobriu que 
odiava aquilo. Porém, acabou se encontran-
do dentro de atividades como brainstormin-
gs, desenvolvimento de projetos visuais, en-
tre outras coisas. Durante esse período, que 
ela chamou de “o que fazer na faculdade?”, 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 10 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
O diário de uma designer
Thalita foi parar, segundo ela por ironia do 
destino, em uma agência de publicidade, 
onde um de seus chefes lhe sugeriu que fa-
zer design gráfico seria algo que se encaixa-
ria melhor a ela. E foi aí que tudo começou.
errado pontuar as coisas erradas que temos 
que passar.” E então, no começo de 2011, 
Thalita criou o canal Diário Dum Designer, 
que servia como um desabafo e, segundo 
ela, era mais imaturo e não focado tanto em 
conteúdo para tentar ajudar a resolver essas 
situações. Após alguns vídeos, e já criando 
uma boa audiência, ela teve que dar uma 
pausa no canal, que acabou se extendendo 
por 4 anos, segundo ela “por consequência 
de vida mesmo, todo mundo passa por um 
período na vida que precisa se adaptar em 
situações diversas e essa é uma das coisas 
mais legais em viver”. 
Os primeiros passos
do canal
Após um tempo, quando a frustração co-
meçou a tomar conta da sua profissão, Tha-
lita teve a ideia de criar um canal. “Me via 
(e via muitos amigos) totalmente frustrada 
com as situações que essa profissão causa, 
e ninguém falava sobre isso porque parece 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 11 |
Contudo, durante esse período longe da 
produção de conteúdo, Thalita recebia mui-
tas mensagens na fan page do canal, com 
diversos pedidos para sua volta. Isso a mo-
tivou a retornar com tudo agora em 2015. 
O canal Diário Dum Designer deu lugar ao 
canal Amarelo Criativo, que também con-
ta com um blog e uma fanpage, e virou a 
marca de Thalita. Pautas mais maduras, as-
suntos mais relacionados à área do Design, 
entrevistas com profissionais, cobertura de 
eventos, entre outros, fizeram em pouco 
tempo de retorno o canal bombar, se tor-
nando hoje uma das principais referências 
sobre o assunto no YouTube. As brincadeiras, 
desabafos e (in)diretas para os clientes con-
tinuam em pauta, mas o objetivo principal 
agora é informar e mostrar os pontos positi-
vos da profissão de Designer Gráfico.
Thalita vê o canal tomando cada vez 
mais forma, e em apenas seis meses de re-
torno ela conseguiu criar uma rotina e cons-
tância na produção de vídeos, formou uma 
equipe e também conquistou importantes 
parcerias. O trabalho nas pautas é intenso e, 
segundo ela, o canal ainda não dá o sustentonecessário, e conciliar seu trabalho particular 
com o projeto do canal é uma das maiores 
dificuldades. “Dá muito, muito trabalho. Mas 
eu amo fazer isso e quero que o canal ajude 
o máximo de pessoas possíveis”, diz ela.
A volta e a criação do
Amarelo Criativo
Os próximos passos
Quando questionada sobre seus pla-
nos futuros para o canal, Thalita diz: “Me 
pergunto isso todo dia, de como podemos 
sempre manter um conteúdo relevante 
pro pessoal e passar isso da maneira mais 
agradável possível. Estamos entrando na 
terceira temporada agora e vamos mudar 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 12 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
um pouco a forma de comunicar, teremos 
review de alguns produtos da área, para 
mostrar pro pessoal como cada produto 
funciona, temos projetos com grafiteiros, 
artistas, designers pra poder espalhar um 
pouco de cor pela cidade. Entrevistados 
super conceituados pra dar um monte de 
conselho pra gente. Confesso que o melhor 
de trabalhar com isso é que eu aprendo 
coisa nova todo dia e fico mega feliz. E tem 
mais um pouco de novidade que eu não 
vou contar porque é spoiler hahahahaha”. O 
negócio é ficar ligado no canal e aguardar 
o que vem por aí.
O diário de uma designer
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Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 13 |
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| 14 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
DESIGN
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Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 15 |
Designer de Produto com especialização 
em Design de Interiores na Scuola Lorenzo 
de Médici(Florença), consultora de diversas 
empresas do setor móveis/decoração e pro-
jetos para organizações públicas e privadas. 
Trabalhou em empresas como Arrendamen-
to, Vogue e Forma Design, fundou seu pró-
prio escritório, o Studesign Projetos, espe-
cializado no Desenvolvimento de produtos 
e gestão do Design para indústria moveleira. 
É tambem Sócia-diretora do portal TrendMo-
vel, site dedicado à pesquisa de tendências 
para a indústria moveleira.
Nesta edição convidamos a designer Sil-
via Grilli a falar um pouco sobre seu trabalho 
com o portal TrendMovel, e discutir sobre o 
design brasileiro, a área moveleira e tecnolo-
gias e é claro sua visão sobre as tendências.
Para abrir a entrevista, queremos saber 
um pouco mais sobre o portal TrendMovel, 
como surgiu e o porquê.
“TrendMóvel surgiu da minha percepção 
sobre a falta de informação qualificada nos 
meios de comunicação do setor moveleiro. Ge-
ralmente as matérias sobre design e produção 
de móveis são escritas por jornalistas com pou-
Silvia Grilli
Entrevista com
Uma conversa sobre o design brasileiro e o 
conceito de tendências.
Texto: Mayara Wal | Fotos: Cortesia TrendMovel
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| 16 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
Entrevista com Silvia Grilli
co ou nenhum conhecimento técnico. Os veícu-
los de design de interiores tendem a falar para 
um público leigo, portanto a informação pode 
ser superficial, mas quando esses conteúdos 
chegam às revistas dedicadas a quem produz 
móveis, então temos um problema. Além disso 
os jornalistas escrevem suas matérias a partir 
do material das assessorias de imprensa, mui-
tas vezes com um viés marqueteiro.
Trabalhando há 30 anos na criação e de-
senvolvimento de móveis, numa certa altura 
da carreira comecei a prestar consultorias em 
análise de mercado e pesquisa de tendências. 
Então em 2011 decidir iniciar o portal Trend-
Móvel para compartilhar conteúdos incríveis 
que recebo do mundo todo, em matérias es-
critas por especialistas como eu. O objetivo 
do TrendMóvel é auxiliar empresários e de-
signers na tomada de decisões estratégicas 
para seu negócio a partir dos conteúdos pu-
blicados, promovendo a cultura da inovação 
na indústria e no varejo brasileiro de móveis.”
Aproveitando o assunto de tendências, 
queremos saber qual a importância delas e 
a forma de utilização na produção industrial.
Coleção Duo - rack e buffet em compensado de freijó tingido 
em 2 tons. O diferencial inédito no mercado é a aplicação de 
peças removíveis cerâmica nas portas e frentes de gaveta. 
Este recurso permite customização dos produtos.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 17 |
“Por mais absurdo que possa parecer eu 
não acredito nas tendências. Pelo menos não 
nesse tipo de “tendência” que se prega nas 
revistas de moda e design. Desde o início do 
portal TrendMóvel nossa equipe se esforça 
em distinguir o que é ‘tendência estratégica’ e 
‘tendência de senso comum’. Eu sempre digo: 
o que está na capa das revistas de design e 
nas feiras de móveis ao redor do mundo não 
é uma tendência, é o produto final, executado. 
Tendência é, na verdade, informação estraté-
gica para desenvolvimento de produtos.”
2016 batendo na porta, e para matar a 
curiosidade sobre o assunto, queremos sa-
ber quais as tendências em voga.
“O lançamento do Anuário de Tendências 
2016, produzido pela revista Casa Claudia, é um 
daqueles momentos de reflexão sobre os rumos 
do design. De acordo com o diretor de redação 
da revista, Alexandre Ferreira, no percurso desta 
pesquisa ficou clara “a preocupação de arquite-
tos e designers com o engajamento pelo uso da 
tecnologia em benefício da qualidade de vida e 
da preservação do meio ambiente”. O conteúdo 
do Anuário de Tendências 2016 revela projetos de 
arquitetura surpreendentes baseados em novos 
conceitos de morar, ora destacando as novas 
maravilhas tecnológicas, ora refletindo nossa ne-
cessidade de aproximação com a natureza.”
Sobre o setor moveleiro, ficamos curio-
sos para saber da Silvia Grilli sobre a apli-
cação das impressoras 3D. Será possível as 
pessoas estarem de fato imprimindo seus 
próprios bens de consumo?
“As impressoras 3D são o presente. No cam-
po da moda, por exemplo, muitos designers já 
utilizam este recurso como meio de produção, 
em séries pequenas. Se os fabricantes derruba-
rem os preços dessas impressoras (como deve 
acontecer), todos teremos uma em casa para 
imprimir produtos. Mas será que vale a pena? 
Afinal os desenhos/arquivos deverão ser produ-
zidos por designers preparados e a tendência 
é que busquemos arquivos abertos na internet 
para imprimir commodities...
 No mercado moveleiro a coisa é um pou-
co mais complicada se você pensar em volu-
me, mas como acessório do móvel, o objeto 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 18 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
impresso em 3D pode ser uma alternativa 
interessante, pois dispensaria o investimento 
em moldes, permitindo a oferta de inúmeras 
opções de customização aos consumidores.”
Queremos saber sobre um dos novos lan-
çamentos da designer, o livro “Signos da Bra-
silidade no Design de Móveis”e a pergunta foi, 
como podemos definir o design brasileiro?
“Como disse no prefácio do meu recém lan-
çado livro ‘Signos da Brasilidade no Design de 
Móveis (Ed. Senai): 
O tema Brasilidade, tão antigo quanto a 
nossa Nação, vem ganhando uma importância 
jamais vista devido à necessidade de definir-
mos uma identidade para o design brasileiro. 
Por outro lado, o design brasilis é tão comple-
xo quanto a definição de brasilidade. Por que é 
tão difícil imprimir nossa essência em produtos? 
Provavelmente porque não somos feitos de uma 
única essência, mas de várias. Como num per-Carrinho de chá Multi - fabricado em cedro maciço 
envernizado/pintado com aplicação de couro na bandeja 
superior. Recebeu prêmio IBAMA no ano 2000 por utilização 
de madeira certificada e voltou a ser fabricado em 2012.
Entrevista com Silvia Grilli
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 19 |
fume que reúne notas variadas, o design brasi-
leiro conta com um vasto arsenal de elementos 
culturais prontos para serem combinados.”
Finalizando, é claro que pedimos uma 
dica!Sobre o mercado para o ano que vem, 
como os profissionais podem aproveitar essa 
fase de “crise”?
“A crise é sempre uma oportunidade de 
crescimento. Para nós designers é hora de 
procurar as empresas que consomem nossos 
serviços e mostrar como o design pode ser 
um diferencial competitivo nestes tempos de 
corrida por preços baixos. Para a indústria, 
é hora de buscar designers preparados para 
coordenar equipes multidisciplinares a fim de 
traduzir os desejos da clientela em produtos 
com valor perceptível.”
Silvia Grilli, foi um grande prazer poder 
trocar algumas ideias contigo, muito obriga-
da pela sua atenção.
Fiquem ligados no Portal TrendMovel e 
acompanhem a designer Silvia Grilli.
Mesa e BancoTC - fabricados com 
painel de Teca maciça. Ambos 
apresenta um nicho para colocação 
de vasos e cachepôs.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 20 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
DESIGN
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 21 |
A vida às vezes parece um jogo, não é 
verdade? Cheia de regras e questões físicas 
e comportamentais que nos desafiam conti-
nuamente. Quando se vive numa metrópole 
como o Rio de Janeiro então, onde somam-
-se aos problemas do cotidiano o caos so-
cial que a cidade vive há décadas, estas re-
gras parecem muito mais rígidas.
Talvez esta tenha sido a mesma percep-
ção do Designer, professor e mestre Fabio 
Lopez. Carioca e acostumado com o cotidia-
no da cidade, Fabio costuma se inspirar nos 
eventos do dia a dia para desenvolver seus 
projetos, e num certo momento, inconfor-
mado com a situação cada vez mais caóti-
ca da segurança pública da cidade maravi-
lhosa, decidiu criar dois projetos polêmicos: 
War in Rio e Bando Imobiliário.
Trata-se de dois projetos de ID visual 
para jogos de tabuleiro, inspirados em dois 
famosos jogos desse gênero, que fez a ca-
beça de muita gente: War, da Grow, e Banco 
Imobiliário (Monopoly), da Estrela.
“War sempre foi meu jogo de tabuleiro 
preferido, desde criança{...}. A ideia de criar 
uma paródia com o jogo passada na cidade 
do Rio de Janeiro era antiga, mas não me 
lembro agora precisamente quando ou que 
fagulha me fez concebê-la - provavelmente 
algum episódio mais chocante do cotidia-
O design cidadão
e irreverente de
 Fabio Lopez
Conquistar favelas inimigas, acabar com a facção rival 
ou comprar serviço de moto-táxi com arregos. Já pen-
sou se o submundo do Rio de Janeiro fosse um jogo?
Texto: Eliezer Santos | Fotos: Cortesia Fabio Lopez
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 22 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
O design cidadão e irreverente de Fabio Lopez
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 23 |
no de violência da cidade, ou a frequência 
com que estes episódios aconteciam. No 
meio do meu mestrado, sufocado pelos ex-
cessos teóricos da pesquisa, resolvi tirar a 
ideia da gaveta, pegando carona nas polê-
micas oriundas do filme ‘Tropa de Elite’. Foi 
o timing certo, acompanhado por uma exe-
cução refinada e um bom texto.”- disse ele.
Ao desenvolver o War in Rio, Fabio usou 
e abusou de um humor ácido e sarcástico 
para adaptar todas as características do jogo 
original para a realidade carioca. Como se 
bem sabe, no War, o tabuleiro é um mapa-
-múndi, onde cada continente possui uma 
cor, bem como cada exército tem suas cores 
específicas. Fabio buscou referências nos 
mapas online da cidade para compor o ta-
buleiro do War in Rio, dividindo a cidade em 
seis áreas distintas, cada uma com uma cor 
específica: Zonas Sul, Norte, Oeste, Central, 
Baixada Fluminense e Avenida Brasil.
Os “objetivos” do jogo seriam semelhan-
tes ao do jogo original, que consiste na to-
mada de territórios e destruição de exércitos 
inimigos. No caso aqui, conquista de favelas 
e destruição de facções inimigas. Os “exérci-
tos” também merecem uma atenção à parte: 
os jogadores teriam à sua escolha o Bope, 
Comando Vermelho, Terceiro Comando, Po-
lícia Militar, Amigos dos Amigos e Milícia, 
ambos brigando entre si por territórios. Dife-
rente da vida real?
Mas Fabio não parou por aí. O projeto fi-
cou tão legal que ele decidiu ir além, e criou 
o Bando imobiliário: “Aconteceu de forma 
muito natural como sequência do projeto 
‘War in Rio’, no mesmo momento em que a 
saga ‘Tropa de Elite’ também me alimentou 
- ou perturbou - com sua sequência, abor-
dando o problema das milícias.”
Mais uma vez, ele conseguiu trazer a 
realidade carioca para as características do 
consagrado jogo de forma brilhante e ir-
reverente. Como o próprio site do projeto 
define, trata-se de um “passatempo fora da 
lei”, onde o jogador percorre o tabuleiro con-
quistando imóveis ou serviços. Nesse caso, 
“desserviços” prestados pelas “empresas” 
milicianas, tais como gatonet, venda de gás, 
moto táxi, caça níqueis, etc. 
Mas o que mais chama a atenção nes-
se jogo é a moeda corrente: o que move 
o jogo aqui (e na vida real, nesse mesmo 
contexto) são os “Arrêgos”, ou seja, a versão 
de moeda corrente inspirada nas cédulas 
do jogo original.
Mas se você gostou da ideia e já esta-
va se animando pra saber se o jogo está 
à venda e aonde poderia compra-lo, sinto 
dizer que essa nunca foi a ideia de aplica-
ção do projeto de Fabio. Segundo ele, “Am-
bos os projetos foram forjados para serem 
plataformas de discussão e não produtos 
comerciais {...}. O design gráfico é uma 
profissão que municia seus praticantes à 
construção de imagens e narrativas. Não 
está escrito em nenhum lugar que estas 
imagens e narrativas devem servir apenas 
a finalidades práticas ou comerciais (na 
realidade, talvez isso ainda conste de al-
gumas definições bastante obsoletas da 
profissão). O projeto foi aplicado à vida, ao 
mundo, e ao ambiente de discussão que o 
Design permite fomentar.”
Quando o assunto é a segurança pública 
da cidade (ou a falta dela), Fabio é bem sério 
e sucinto em suas opiniões. Perguntei quais 
as políticas que, em sua opinião, poderiam 
ser aplicadas pelas autoridades para ofere-
No caso aqui, conquis-
ta de favelas e destruição de 
facções inimigas.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
| 24 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
cer uma melhor sensação de segurança à 
população carioca, e ele me respondeu que 
“Uma falsa sensação de tranquilidade pode 
ser obtida pela propaganda de que os pro-
blemas de violência da cidade se resolvem 
apenas pela segurança pública, com forte 
aparato militar, vigilância e controle das áre-
as de risco. Isso foi o que vivenciamos no 
começo do projeto de instalação das UPPs, 
muito festejado pela imprensa privada e 
pelo grande capital {...}’. Mas enquanto não 
reduzirmos o grande fosso da desigualda-
de social, viveremos numa cidade violenta, 
onde ações de segurança pública servem 
apenas para sanar os efeitos colaterais de 
problemas muito mais estruturaise profun-
dos. Devemos começar pensando na intran-
quilidade vivenciada pelas populações mais 
pobres, que vivem em situação de risco, e 
não em ‘sensação’ de risco: sem acesso aos 
serviços sociais básicos, educação, cultura, 
saneamento, etc. Comece atacando a raiz 
do problema se pretende resolvê-lo de fato, 
e não suas consequências finais.”
Segundo ele, a falta de políticas públicas 
eficazes é o grande problema enfrentado 
pela população, pois “Não existe pensamen-
to holístico, sistêmico e cíclico na adminis-
tração pública: tudo é pontual, fragmentado 
e aplicado sem continuidade. Não existe 
projeto, apenas execução orçamentária, grá-
ficos e balancetes.” - diz.
“É um problema de design, no sentido 
mais amplo da palavra: não na concepção 
de um produto ou solução, mas na for-
mulação de enunciados mais complexos 
e num esforço propositivo inteligente, de 
desconstrução de paradigmas, inovação 
O design cidadão e irreverente de Fabio Lopez
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Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 25 |
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| 26 | Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015
na administração pública e ousadia nas 
ações. O maior problema é o próprio go-
verno, e seus quadros sem capacitação 
técnica para fornecer respostas adequa-
das à complexidade do mundo em que vi-
vemos.” Complementa.
Fabio, além de desenvolver estes proje-
tos pessoais, também trabalhou em gran-
des projetos para agências de Design.” Ele 
integrou, por exemplo, a equipe que de-
senvolveu o emblema dos Jogos Olímpicos 
e Paralímpicos Rio 2016. Além disso, há um 
outro projeto pessoal dele também muito 
interessante, dessa vez, com uma aborda-
gem mais light, mas também a serviço da 
cidade: é o MiniRio:
“O projeto mini Rio constitui uma extensa 
coleção de pictogramas e ilustrações cria-
das com o objetivo de homenagear e apre-
sentar visualmente o patrimônio cultural da 
cidade do Rio de Janeiro.
  O trabalho é uma iniciativa indepen-
dente, levou cerca de 17 meses para ficar 
pronto e foi uma excelente oportunidade 
para pesquisar novas histórias e ferramen-
tas profissionais.”
São 100 miniaturas, das mais diver-
sas, e todas com a cara da cidade. Vale a 
pena conferir!
Se você curtiu as ideias do Fabio atra-
vés da matéria e quer conhecer o trabalho 
dele mais a fundo, seguem abaixo os links 
dos projetos mencionados, assim como o 
flicker e o Behance dele, onde você pode 
acompanhar mais de perto seus outros 
trabalhos. No mais, é esperar o início dos 
Jogos do Rio para curtir um pouco mais 
desse cara genial. Não só nós vamos curtir, 
mas o mundo inteiro! 
Bem, não sei se agora você concorda 
comigo quanto a vida parecer ser um “jogo”, 
mas a do Fabio, com certeza é!
O design cidadão e irreverente de Fabio Lopez
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DESIGN
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Projetos visuais, sejam artísticos ou de 
design, possuem diversos elementos e pro-
priedades em suas composições. O que o 
livro “Gramática visual” faz é apresentar um 
compilado de praticamente todos os termos 
que podem ser usados para descrever cada 
elemento desses projetos.
A intenção não é ditar regras, mas sim 
reunir vários conceitos que, de uma forma 
ou de outra, já estão definidos e organizá-
-los de forma simples e de fácil entendi-
mento, seja para os que estão entrando nes-
se mundo ou que já possuem experiência.
Christian Leborg é um designer e con-
sultor de branding norueguês, especializado 
em construir estratégias e identidades de 
marcas. Possui grande experiência na área 
de comunicação visual. Atualmente leciona 
na Westerdals School of Communication em 
Oslo, na Noruega, além de ser editor da De-
sign a Company, onde fala sobre empreen-
dedorismo voltado para marca.
A versão original do livro, escrita em 
norueguês, foi publicada em2004 e possui 
alguns trechos mais antigos copiados e/ou 
adaptados de outros lugares. Mas a menos 
Gramática visual
Resenha: 
O guia definitivo da linguagem visual
Texto: Lucas Fernandes | Imagens: Cortesia GG Brasil
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Resenha: Gramática Visual
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Dados Técnicosque as definições de ponto, linha, cor, tex-
tura, rotação e equilíbrio tenham mudado, 
todo o conteúdo continua 100% atemporal.
O livro é dividido em quatro capítulos: 
Abstrato, Concreto, Atividades e Relações. 
Em cada um vemos vários itens – todos 
acompanhados de exemplos imagéticos – e 
suas respectivas definições, como ponto, li-
nha, distribuição visual, tamanho, cor, repeti-
ção, rotação, equilíbrio, espaço, angulação e 
diversos outros.
Embora alguns desses termos pareçam 
óbvios, é importante ressaltar que até então 
não havia de forma tão técnica (mas ainda as-
sim prática), organizada e sintetizada, um ma-
terial que reunisse todas essas informações e 
as dispusesse de forma coesa e unitária.
Esse livro não é apenas um guia, mas pra-
ticamente um tratado da linguagem que pode-
mos (e devemos, talvez) utilizar para melhor ex-
pressar e entender todos os conceitos listados.
Gramática visual
Christian Leborg
publicado por Editora Gustavo Gili
18 x 21,5 Cm
96 páginas
ISBN: 9788584520077
Capa: Brochura
2015
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ARQUITETURA
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material da vez, matéria 
prima do futuro
Corian:
Além de ser tendência mundial, 
é o desejo de muitos arquitetos e designers. 
Texto: Danielli Wal | Fotos: Cortesia Avitá Design
Mas o que é Corian?
É um material sintético composto por re-
sina e minerais naturais. Sua plasticidade e 
funcionalidade sem concorrência permitem 
possibilidades diversas de expressão estéti-
ca e pode substituir materiais como granito, 
aço inox, madeira, dentre outros.
Foi lançado na década de 60 pela Dupont 
e hoje é expoente no Design brasileiro, já ga-
rantiu prêmios importantes devido à excep-
cional maleabilidade e plasticidade. Alem dis-
so, segue o certificado LEED, pois permite a 
renovação e o reaproveitamento do material.
Sua maleabilidade permite curvaturas e 
emendas invisíveis, sua versatilidade permite 
a modelagem em extensões de superfícies 
onduladas e o torna um dos expoentes do 
marketing sensorial. A temperatura amena de 
suas faces transmite sensação aveludada e 
de conforto, muito agradável ao toque.
O material é destaque internacional em 
projetos de visual merchandising, como a 
fachada arrojada da Sportalm Fashion Store 
Vienna, a loja conceito Issey Miyake em Pa-
ris, que utiliza o Corian translúcido na vitri-
ne, os biombos texturizados da Louis Vuitton 
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Corian: material da vez, matéria prima do futuro
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Paris, o design de interior da Chantal Tho-
mass Paris e a Melissa Flaship de Soho NYC, 
com displays modernos.
A matéria prima do futuro é destaque 
também no Brasil. Arquitetos renomados 
como MW Arquitetura, Márcio Kogan, Dé-
bora Aguiar, Patrícia Anastassiadis, entre ou-
tros, já sabem do potencial do material e o 
utilizam em alguns de seus projetos.
A arquiteta Moema Wertheimer acredita 
que o Corian é um dos materiais mais atra-
entes para realizar projetos complexos, e que 
a excelente performance, garantia de manu-
tenção e higienização são vantagens perfeitas 
para resultados de design arrojados. Ela diz 
ainda que temos, no nosso país, muito espaço 
para o Corian, mas que falta conhecimento e 
divulgação entre os profissionais da área.
A Avitá Design é uma das principais pro-
cessadoras do material no Brasil e possui a 
maior certificação da Dupont. Ela assegura 
produção de alta qualidade. Fernando Co-
tait, diretor da empresa, diz que técnicas 
especiais, materiais e maquinário especiali-
zado são itens essenciais para produção de 
qualidade, e que poucas empresas conse-
guem atender as exigências de qualidade e 
prazos do varejo.
Temos exemplos de trabalhos no Brasil 
com o material que está roubando a cena.
O projeto da fachada da Loja Le Lis 
Blanc, no shopping Cidade São Paulo, é um 
deles. Neste projeto de design moderno e 
de alta performance foi utilizado o Corian 
translúcido combinado com a Iluminação.
A Avitá Design foi a empresa escolhida 
para executar o projeto, Fernando Cotait 
disse acreditar que o Corian admite acaba-
Corian: material da vez, matéria prima do futuro
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mento perfeito e de luxo, e que a qualida-
de que a marca transmite deve ser refleti-
da na fachada.
A primeira loja da marca dinamarque-
sa Pandora, no Brasil, segue o conceito 
visionário existente nas franquias espa-
lhadas mundo a fora. O conceito de fitas 
entrelaçadas que “embalam” a loja como 
um presente só foi possível pela exclu-
siva modelagem do Corian, que brincou 
com faces foscas e lisas e passa a idéia 
de tridimensionalidade de uma caixa de 
presente. A Avitá Design possibilitou a 
ideia das fitas entrelaçadas do projeto di-
namarquês e o executou com excelência 
no shopping Morumbi.
O retrofit do centro cultural FIESP prova 
que o visual merchandising pode ir além do 
varejo. O ousado design geométrico de MW 
Moema Wertheimar utilizou o Corian desde 
a recepção até a biblioteca.
Além de elegante e higiênico, a matéria 
prima do Corian garante durabilidade de dez 
anos e sua alta resistência demanda baixo 
custo de manutenção. A Avitá Design detém 
todo o conhecimento técnico e oferece so-
luções criativas junto à equipe de arquitetos 
e especialistas que viabilizam diferentes ti-
pos de projetos.
Se ainda estiver curioso sobre este mate-
rial acesse o site da Avitá Design e inspire-se!
O retrofit do centro cul-
tural FIESP prova que o vi-
sual merchandising pode ir 
além do varejo. O ousado 
design geométrico de MW 
Moema Wertheimar utili-
zou o Corian desde a recep-
ção até a biblioteca.
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Sywork,
uma rede social
de ilustradores
Uma plataforma de multifuncionalidades
em favor de profissionais e curiosos que buscam
expandir seus conhecimentos.
Texto: Eduardo Madeiro | Imagens: Cortesia Sywork
Uma nova ferramenta em favor do 
aprendizado virtual. Nascido das ideias 
de dois amigos brasileiros: Marcelo Eche-
verria e Felipe Mechailech, a Sywork, 
um termo que vem da abreviação “Show 
Your Work”, surgiu com uma proposta de 
ser uma plataforma grátis de troca de in-
formações entre designs, ilustradores e 
curiosos, que buscam o conhecimento e 
a troca de experiências. Com uma inter-
face fácil de manusear, o primeiro conta-
to se torna agradável, pois o site tem uma 
aparência visual bem simples e limpa, sem 
publicidade de grande aparência.
A princípio, mesmo não sendo a propos-
ta principal do site, o mesmo apresenta uma 
característica que estimula o aprendizado 
de crianças e adolescentes, que em sua 
maioria não sabem e nem possuem informa-
ções necessárias de qual carreira profissio-
nal seguir. Através da Sywork aqueles que 
necessitam de uma orientação acharão in-
formações sobre que direcionamento seguir. 
Essa ferramenta de compartilhar trocas de 
experiências pode ser um divisor de águas 
na carreira de algumas pessoas. 
Perguntamos a um dos criadores, Mar-
celo Mechailech, se quando eles desenvol
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veram o site tinham essa noção educa-
cional que o site poderia oferecer, e ele nos 
respondeu: “Sim, pensamos a respeito da 
parte educacional. Na verdade, ainda esta-
mos descobrindo qual é a principal função 
da Sywork. Por um lado é um entretenimen-
to, pois é muito interessante ver artistas ta-
lentosos trabalhando ao vivo. Por outro, é 
educacional, pois você pode aprender téc-
nicas e principalmente o processo desses 
artistas. E ainda tem outra face da Sywork, 
que é a interatividade e as conexões pes-
soais. Os artistas geralmente trabalham so-
zinhos, porém, quando estão fazendo uma 
transmissão ao vivo eles tem companhia e 
podem interagir diretamente com os seus 
seguidores e amigos.”. 
O site se mostra com potencial além 
do entretenimento. Para conferir os víde-
os, o usuário só precisar acessar o site. Ele 
também pode se cadastrar gratuitamente 
para se inscrever nos canais, assim, caso 
algum artista se encontre online, o usuário 
será notificado. Dentro dos canais, é possí-
vel assistir os vídeos antigos. O ponto forte 
do Sywork fica por conta dessa interface de 
armazenamento dos trabalhos, que se pode 
partir de um processo inicial, de um trabalho 
de esboço ou até a elaboração final de uma 
arte, uma espécie de “YouTube” do Design 
voltada para as artes e suas derivações, a 
opção de participar ao vivo pelo chat, faz a 
experiência de ideias, uma troca de inspira-
ções criativas.
Felipe Mechailech e
Marcelo Echeverria
Sywork, uma rede social de ilustradores
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O papel educacional se faz presente, 
lembrando que: “nós só aprendemos o que 
temos interesse”. O site demonstra que o au-
toaprendizado está cada vez mais presente 
em nossas vidas fragmentadas, ou melhor, 
no bombardeio de informações que recebe-
mos diariamente. A busca de conhecimento 
educativo é transferida de forma bem natu-
ral, quase que espontânea.
Prova de que essa plataforma veio 
para ficar, são seus resultados em núme-
ros de acessos, onde a maioria dos usu-
ários é norte-americana. E nós brasileiros, 
já ocupamos o segundo lugar. A caracte-
rística multifuncional de educar e ser in-
terativa ao mesmo tempo faz com que 
artistas anônimos explorem o máximo de 
sua capacidade criadora na forma de troca 
de críticas, em sua maioria construtivas, 
contribuindo para o pontapé inicial na vida 
de quem busca ir além dos seus conheci-
mentos individuais.
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“Antes que eles deixem de existir”
Texto: André Reis | Fotos: Jimmy Nelson / teNeues
Ir muito além de um simples “click” e 
conseguir transpor a figura na imagem es-
tática foi o que o fotografo Britânico Jimmy 
Nelson realizou ao conviver com tribos de 
diferentes lugares ao redor do planeta. Uma 
verdadeira obra de arte, digna de estar entre 
as coleções dos grandes mestres retratis-
tas. Essa maravilha de 424 páginas 30x38cm 
está em três línguas: Francês, Alemão e In-
glês. É praticamente um portal, onde você 
pode se transportar para diversas regiões 
do globo terrestre e conviver com pessoas 
incríveis, de culturas e costumes totalmente 
diferentes do seu.
Jimmy Nelson iniciou sua carreira aos 20 
anos de idade após voltar de uma viagem 
do Tibete, ele levou uma pequena câmera 
e registrou fotos incríveis que ganharam no-
toriedade. O curioso dessa viagem é o mo-
tivo pelo qual ela aconteceu. Quando tinha 
16 anos contraiu malária na África, durante 
uma visita aos seus pais. Devido a uma re-
ação alérgica ao medicamento ficou com-
pletamente careca. Muito transtornado com 
Before They
Pass Away
Resenha: 
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Resenha: Before They Pass Away
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sua aparência, assim que terminou o colé-
gio, com 18 anos, resolveu ir a um país onde 
ele se parecesse com as pessoas locais e 
não fosse julgado por seu aspecto físico. Os 
monges o fizeram se sentir tão a vontade 
que ficou por lá cerca de um ano.
Em 2009, Nelson planejou visitar 31 tribos 
isoladas e únicas. Seus sonhos eram testemu-
nhar suas tradições consagradas pelo tem-
po, observar seus rituais e descobrir como o 
mundo exterior poderia estar ameaçando a 
sobrevivência das tribos, a fim de tentar im-
pedir que isso acontecesse. Ele queria um 
registro ambicioso que sobrevivesse ao tem-
po. Deveria ser tão precioso ao ponto de ser 
insubstituível em um mundo onde tudo está 
desaparecendo rápido demais.
Usou uma câmera grande 4x5 para fazer 
fotos como para um porta-retrato elegante, 
Como o próprio titulo já 
diz Before They Pass Away 
ou em português “Antes que 
eles deixem de existir”
mostrando uma visão extraordinária sobre o 
emocional espiritual dos últimos povos indí-
genas do mundo, exaltando a diversidade e 
criatividade cultural de cada tribo, seus ros-
tos e corpos pintados, cabelos únicos, jóias 
e rituais além de seu idioma. Esses foram os 
relatos de algumas entrevistas dadas pelo 
Fotografo Jimmy Nelson a veículos de co-
municação. Sua visão diferenciada nos pre-
senteou com esse acervo incrível.
Para conseguir realizar a captura dessas 
fotografias, ele teve que se socializar com as 
tribos, beber, comer e conviver até ganhar a 
confiança de seus habitantes, isso levou 3 
anos para ser concretizado. Visitou monta-
nhas, lagos, desertos, florestas e etc.
Ele detalha a origem, tradições, crenças, 
cotidiano e dieta de seus anfitriões, além de 
algumas curiosidades de bastidores, seus 
imprevistos e superações para terminar o 
projeto. Histórias fantásticas que nos emo-
cionam e outras para dar muitas gargalha-
das, mostram que mesmo sem saber falar 
a língua desses povos, mas muitas vezes, 
apenas com a comunicação corporal, um 
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belo sorriso bastou para conseguir registrar 
essas magníficas e deslumbrantes imagens!
Como o próprio titulo já diz Before They 
Pass Away ou em português “Antes que 
eles deixem de existir”.
Sua missão foi encontrar a essência do 
ser humano, de como ele vive desde os 
primórdios. Para isso ele visitou 15 países e 
fotografou 29 tribos. Cada tribo tinha costu-
mes culturais únicos, e mantinham os seus 
valores passados dos seus ancestrais, res-
peitando seu deus, família e a natureza. A 
perfeita harmonia um com o outro, assim 
como descrito que era no Éden. Essa rela-
ção de respeito fora preservada durante 
milhares de gerações, mas pode acabar a 
qualquer momento.
Registrar essas tribos que mantém seus 
costumes e captar a pureza humana, antes 
que se perca, foi o que levou Jimmy Nelson 
a realizar esse belíssimo trabalho, não dei-
xem de conferir.
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Design Magazine Brasil #12 - Dezembro 2015 | 47 |
Dados Técnicos
Before They Pass Away
Jimmy Nelson
publicado por teNeues
29 x 37 Cm
424 páginas
ISBN: 9783832797591
Capa: Dura com sobrecapa
2014
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