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Aula de Bombas

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1. INTRODUÇÃO 
 Quando se deseja conduzir um líquido 
qualquer de um ponto de cota superior para um de 
cota inferior o mesmo já dispõe de energia 
suficiente para que se dê o seu movimento no 
referido sentido. 
 No entanto, quando o movimento 
desejado for o inverso, há necessidade de se 
fornecer ao líquido, por meios mecânicos, uma 
determinada quantidade de energia para que o 
mesmo seja transportado do ponto de cota inferior 
para o de cota superior. 
 Ex i s t em i número s t i p o s de 
mecanismos destinados e utilizados na elevação de 
líquidos, muitos dos quais já vêm sendo aplicados 
desde há muitos séculos. Evidentemente, entre a 
gama de variação desses mecanismos, há 
determinados tipos que melhores se adaptam a 
dadas condições de pressão, vazão, rotação e 
outras características. 
 Dentre os mecanismos existentes no 
mercado, um dos mais difundidos, é a bomba 
centrífuga. 
 O uso e emprego das referidas 
bombas vêm se tornando muito comum, não só no 
meio urbano como no rural, em razão de sua 
grande versatilidade quando comparada aos demais 
sistemas 
 Ex i s t em i número s t i p o s de 
mecanismos destinados e utilizados na elevação de 
líquidos, muitos dos quais já vêm sendo aplicados 
desde há muitos séculos. Evidentemente, entre a 
gama de variação desses mecanismos, há 
determinados tipos que melhores se adaptam a 
dadas condições de pressão, vazão, rotação e 
outras características. 
 Dentre os mecanismos existentes no 
mercado, um dos mais difundidos, é a bomba 
centrífuga. 
 O uso e emprego das referidas 
bombas vêm se tornando muito comum, não só no 
meio urbano como no rural, em razão de sua 
grande versatilidade quando comparada aos demais 
sistemas 
 Tais bombas, no campo agrícola, têm 
sido aplicadas tanto em sistemas de bombeamento 
de água para simples abastecimento de população 
de uma propriedade rural, de estábulos, agro-
indústrias e outras fontes de consumo, como 
também, e principalmente, em sistemas de 
irrigação por aspersão, onde há necessidade de 
que, dada as características do sistema, a água seja 
distribuída com uma determinada pressão. Outros 
sistemas de irrigação, como inundação, sulcos de 
infiltração e etc., podem, também, em muitos 
casos, fazer uso de tais bombas. 
 Os mecanismos elevadores de água, de um 
modo geral, são classificados de acordo com os 
diversos princípios de funcionamento. Essa 
classificação, no entanto, varia de autor para 
au to r, como pode se r obse rvado nas 
classificações citadas. 
 DAKER (1970) adota a classificação proposta 
por Conte: 
 a) Por transporte: 
 - baldes; 
 - corrente; 
 - nora de balde; 
 - nora de rosário; 
 - pá suspensa; 
 - rodas; e 
 - parafuso de Arquimedes. 
 
 b) Por aspiração e recalque: 
 - diafragma (mov. oscilante) 
 - pistão(mov. alternativo) 
 - rotor (mov. circular) 
 c) Por coluna: 
 - carneiro hidráulico 
 - bomba de ar comprimido 
 
 De acordo com ZAMBEL (1969) os vários 
tipos de bombas podem ser agrupadas em duas 
categorias: 
•  alternativas: 
 - de pistão 
 - de diafragma 
 - de êmbolo 
 - de corrente 
 a) rotativas: 
 - de palhetas 
 - de parafuso 
 - tipo vortex 
 - de engrenagens 
 - de lóbulos- 
 - de pistões múltiplos 
 motora e movida 
 - burrinhos 
 - arietes 
 b) bombas dinâmicas ou de fluxo: 
 - radial 
 - axial 
 - mista 
 - especiais – injetoras e – sistema 
 air-lift. (ar comprimido) 
Figura 1 - Corrente Figura 2 – Nora de Baldes 
 As figuras de 1 a 13 mostram alguns exemplos 
dos vários tipos de máquinas elevadoras de água, 
baseadas e diferentes princípios de funcionamento. 
 
 
Figura 3 – Nora de Rosário 
Figura 4 – Pá Suspensa 
Figura 5 – Roda D´Água Figura 6 – Parafuso de Arquimedes 
Figura 7 – Bomba de Diafragma 
Figura 8 – Bomba de Pistão 
Figura 9 – Carneiro Hidráulico. 
Figura 10 – Bomba de Engrenagens 
Figura 11 – Bombas de Palhetas. 
Figura 12 – Bomba de Lóbulos Figura 13 – Bomba de ar comprimido. 
3. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE RECALQUE 
 
 Uma instalação de bombeamento ou 
elevação de um líquido é, basicamente, constituída 
por canalização e conjunto mecânico responsável 
pela transmissão de energia ao líquido a ser 
recalcado. 
 Essa instalação, que normalmente 
recebe o nome de instalação ou sistema de recalque, 
de um modo geral se apresenta formada por três 
partes distintas: 
 a) uma canalização de sucção, que liga 
a fonte de captação à bomba ou mecanismo 
responsável pela elevação do líquido; 
 b) um conjunto motor-bomba 
responsável pela transmissão da energia necessária 
à elevação do líquido. 
 c) uma canalização de recalque que 
conduz o líquido desde a bomba até o ponto de sua 
distribuição ou armazenamento. 
 
3.1. Altura geométrica e manométrica: 
 
 Em uma instalação de recalque a altura 
geométrica pode ser subdividida em altura 
geométrica de recalque e altura geométrica de 
sucção, indicadas na figura 14 por Hr e Hs, 
respectivamente. 
 
Figura 14 - Instalação de recalque. 
 No bombeamento de um fluído, entre os 
níveis A e B o conjunto motor-bomba do sistema tem 
que fornecer energia suficiente para vencer não só o 
desnível Hg, como também as perdas de carga ocorridas 
ao longo da canalização e nas peças especiais existentes. 
À essa altura total, representada pela soma do desnível 
geométrico (Hg) com as respectivas perdas de carga, 
denomina-se de altura manométrica, definida por Hman. 
De modo semelhante à altura geométrica, a 
manométrica também pode ser sub-dividida em altura 
manométrica de recalque (Hman rec.). e altura 
manométrica e de sucção (Hman suc.), dado pela 
equação 1, 2 e 3. 
Hman Total = Hman rec. + Hman suc. + Pres asp. (1) 
Hman rec. = Hr + hr (2) 
Hman suc. = Hs + hs (3) 
 
 Onde: 
hr = perda de carga na canalização de recalque. 
hs = perda de carga na canalização de sucção. 
Pres. asp = pressão nos aspersores. 
 
 Os valores de Hs e Hr são obtidos por 
medições diretas ou topográficas feitas no local da 
instalação. 
 
3.2. Potência absorvida e instalada 
 Para se elevar um fluído de um ponto de 
cota inferior para um de cota superior há necessidade de 
fornecer ao líquido, através dos conjuntos mecânicos, 
energia suficiente para que o mesmo vença ao próprio 
desnível e as perdas de carga existentes. 
 Os valores de η são encontrados nas 
curvas características de cada modelo e tamanho de 
bomba, fornecidas pelos fabricantes. 
 A potência instalada, como norma prática, 
deve apresentar um valor superior ao da potência 
absorvida pela bomba, de modo que haja uma certa 
folga entre a requerida e a fornecida pelo motor. Estes 
acréscimos dados à potência absorvida têm por objetivo 
evitar riscos com relação à precariedade da corrente 
elétrica (no caso de motores elétricos), prevenindo-se 
também das pequenas alterações na relação vazão-
altura. 
 1CV ≅ 736W 
 1HP ≅ 746W. 
 
4 - PERDA DE CARGA 
 O líquido ao se escoar através de uma 
canalização sofre uma certa resistência ao seu 
movimento, em razão do efeito combinado das 
forças devidas à viscosidade e à inércia. Essa 
resistência é vencida pelo líquido em movimento, 
mediante uma dissipação de parte da energia inicial, 
ao que comumente se chama de perda de carga. 
 Essas perdas de carga ocorrem não só ao 
longo da canalização, como também em peças 
especiais, como, por exemplo, registros, tês, 
válvulas, reduções, curvas e outras, normalmente 
existentes em um sistema de recalque.Perdas de Cargas 
•  O escoamento interno em tubulações 
sofre forte inflluência das paredes, 
dissipando energia devido ao atrito. 
•  Essa disipação de energia provoca um 
abaixamento da pressão total do fluido ao 
longo do escoamento, que é denominada 
perda de carga. 
Perdas de Carga 
•  As perdas de cargas podem ser 
distribuidas ou localizadas, dependendo 
do motivo que as causam: 
•  Perdas de cargas distribuidas 
•  Perdas de cargas localizadas 
Perdas de Carga 
•  Perdas de cargas distribuidas: a parede 
dos dutos retilineos causa uma perda de 
carga de pressão distribuida ao longo do 
comprimento do tubo fazendo com que a 
p r e s s ã o t o t a l v á d i m i n u i n d o 
gradativamente ao longo do comprimento 
e por isso é denominada perda de carga 
distribuida. 
Perdas de Carga 
•  Perdas de cargas localizadas: é 
causada pelos acessórios de canalização, 
isto é, as diversas peças necessárias para 
a montagem da tubulação e para o 
controle do fluxo do escoamento, que 
provocam variação brusca de velocidade, 
em modulo e direção, intensificando a 
perda energia. O escoamanento sofre 
perturbações bruscas em pontos da 
instalaçao 
 
 Desse modo, as perdas de cargas 
ocorridas pela condução da água ou um outro fluído 
qualquer em um sistema de recalque, podem ser 
classificadas em: 
 - Perda de carga ao longo das canalizações. 
 - Perdas de carga localizadas, locais ou 
acidentais. 
 Darcy conclui que, em tubos circulares, 
a resistência ao escoamento da água é: 
 - diretamente proporcional ao 
comprimento (L) da canalização; 
 - inversamente proporcional ao 
diâmetro (D), elevado a uma potência (m); 
 - função da velocidade (V) elevada a uma 
potência (n): 
 - variável com a rugosidade das paredes da 
tubulação (K = coeficiente de rugosidade); 
 Observou, ainda, que a perda de energia em uma 
dada canalização independe da posição da tubulação, 
bem como, independe da pressão interna sob a qual o 
líquido escoa. 
 Assim, segundo DARCY, a perda de carga, é dada 
pela equação 5: 
 
 (5) hf K
LV
D
n
m= .
.
 Pela equação (5) verifica-se que quanto mais extensa for a canalização maior será a perda de carga. Da mesma 
maneira, maiores perdas serão observadas quando do 
emprego de maiores velocidades. O coeficiente K mostra que, 
comparando-se duas canalizações, as maiores perdas serão 
verificadas nas tubulações que se apresentam com paredes 
mais rugosas. Por exemplo, tomando-se uma canalização de 
ferro-fundido, ter-se-á, para uma dada condição, uma perda 
de carga maior se tal canalização fosse constituída por tubos 
de PVC, devido, justamente, a maior rugosidade apresentada 
pelo ferro-fundido. 
 A relação entre a perda de carga total e o 
comprimento da canalização é definida como perda de carga 
unitária em m/m, dada pela equação 6. 
J = hf (6) 
 L 
J = perda de carga unitária 
hf = perda de carga total 
L = comprimento da canalização 
 
 
4.1 - Perda de carga ao longo da canalização 
 A determinação da perda de carga ao 
longo da canalização pode ser feita através do emprego 
de fórmulas, ábacos e tabelas definidas por inúmeros 
autores que pesquisaram o assunto. 
No Brasil, uma das fórmulas que foi muito utilizada no 
cálculo de condutores de diâmetros superior a 2” é a de 
Hazen-Williams, podendo ser observada nas equações 7 
e 8. 
 V = 0,355.C.D.0,63.J,0,54 (7) 
 ou 
 Q = 0,2785.C.D2,63.J0,54 (8)
 
 
Onde: 
V ⇒ velocidade média em m/s; 
C ⇒ coeficiente determinado experimentalmente e que 
depende do material empregado na execução das 
paredes da tubulação e do estado das mesmas (Tabela 
1); 
D ⇒ diâmetro da tubulação em m; 
J ⇒ perda de carga unitária 
Q ⇒ descarga ou vazão, em m3/s. 
 Resultados aproximados podem ser obtidos 
através do emprego do ábaco de Hazen-Williams 
mostrado na figura 15 e definido para C = 100. Para 
outros valores de C, recalcula-se os valores obtidos em 
função dos fatores de conversão, também incluídos na 
figura 15. 
 No emprego da fórmula de Hazen-Williams 
deve-se tomar cuidado especial na escolha do coeficiente 
C, principalmente quando se trata de tubulações 
executadas com ferro fundido ou aço. Como pode ser 
observado na Tabela II, os valores de C para ferro fundido 
e aço decrescem com o tempo de uso dos tubos, devido 
ao processo chamado de “envelhecimento” da tubulação. 
 
 
 Desse modo o coeficiente C a ser adotado deve 
estar de acordo com a vida útil esperada para a 
tubulação. 
 
 Outra equação, também empregada, é a de Fair-
Whipple Hisao, estabelecida para encanamentos de aço 
galvanizado de pequenos diâmetros (até 50 mm), 
conforme equação 9. 
J = 0,002021 Q 1,88 (9) 
 D4,88 
 
Figura 15 – Normograma de Hazen-Williams, para C = 100. 
 
TUBOS DE: 
- Aço corrugado (chapa ondulada) ...................................................... 60 
- Aço com juntas “Lock-bar”, novos .................................................. 130 
- Aço galvanizado (novos e em uso) ................................................... 125 
- Aço rebitado, novos ........................................................................ 110 
- Aço rebitado, em uso ...................................................................... 85 
- Aço soldado, novos ........................................................................ 120 
- Aço soldado, em uso ........................................................................ 90 
- Aço soldado com revestimento especial (novos e em uso) ................... 130 
- Chumbo ....................................................................................... 130 
- Cimento-amianto .......................................................................... 140 
- Cobre ........................................................................................... 130 
- Concreto: Bom acabamento ............................................................ 130 
- Concreto: Acabamento comum ...................................................... .. 120 
- Ferro fundido, novos ...................................................................... 130 
- Ferro fundido, em uso .................................................................... 90 
- Ferro fundido, tubos revestidos de cimento ...................................... 130 
- Grês cerâmico vidrado (manilhas) ................................................... 110 
- Latão ........................................................................................... 130 
- Madeira, em aduelas ...................................................................... 120 
- Tijolos, condutos bem executados .................................................... 100 
- Vidro ........................................................................................... . 140 
- Plástico ....................................................................................... 140 
Tabela I - Valores do coeficiente C da equação de Hazen-Williams 
 TABELA II – VALORES DO COEFICIENTE C SEGUNDO OS DADOS 
ANALISADOS POR HAZEN-WILLIAMS 
 4.2 - Perda de carga localizada 
 As perdas de cargas localizadas assumem 
proporções importantes no caso dos condutos forçados por 
recalque, em razão do, normalmente, pequeno 
comprimento da tubulação, em relação às inúmeras peças 
especiais existentes nas canalizações de um sistema de 
recalque. O mesmo não acontece nos casos dos condutos 
forçados por gravidade, onde os valores das perdas de 
carga localizadas são praticamente desprezíveis em relação 
aos valores assumidos pelas perdas de carga aolongo da 
tubulação. Normalmente, as perdas de carga localizadas 
são desprezadas em tubulações que apresentam 
comprimento maior que 4.000 vezes e seu diâmetro. 
 
 
 O cálculo das perdas de carga localizadas, de 
modo semelhante às perdas de carga ao longo da tubulação, 
pode ser feito através do emprego de fórmulas, tabelas, ou 
normogramas próprios para o caso. 
 De maneira mais simples, as perdas de carga 
localizadas podem ser calculadas através do método dos 
comprimentos equivalentes. Neste método, apenas para 
efeito de cálculo, cada peça especial é transformada num 
determinado comprimento retilíneo de canalização, de tal 
modo que a perda de carga apresentada no referido 
comprimento é a mesma que seria causada pela peça em 
questão. 
 
 Desse modo, a perda de carga ao longo 
da canalização é recalculada levando-se em conta não 
só o comprimento real da tubulação como também os 
comprimentos equivalentes devido às peças especiais. 
A tabela III contém os comprimentos equivalentes em 
diâmetros de canalização retilínea em função do tipo de 
peça. 
 Por exemplo, uma válvula de pé com 
crivo, de 4”, ( 0,1m) segundo Tabela III eqüivale a uma 
canalização retilínea de 250 vezes o seu diâmetro: 
 L’= 250 x D 
 L’= 250 x 0,1 = 25m 
 
PEÇA COMPRIMENTOS EXPRESSOS EM 
DIÂMETROS (Nº DE DIÂMETROS) 
- Ampliação gradual 
- Cotovelo de 90o 
- Cotovelo de 45o 
- Curva de 90o 
- Curva de 45o 
- Entrada norma 
- Entrada de borda 
- Junção 
- Redução gradual 
- Registro de gaveta, aberto 
- Registro de globo, aberto 
- Registro de ângulo, aberto 
- Saída de canalização 
- TÊ, passagem direta 
- TÊ, saída de lado 
- TÊ, saída bilateral 
- Válvula de pé e crivo 
- Válvula de retenção 
12 
45 
20 
30 
15 
17 
35 
30 
 6 
 8 
350 
170 
 35 
20 
50 
65 
250 
 
100 
 
 Portanto, de acordo com o exemplo 
dado, uma válvula de pé com crivo de 4” 
proporcionará uma perda de carga equivalente a 
perda de carga que iria ocorrer em uma 
canalização de 25m sem a referida válvula. 
 Assim para efeito de cálculo, as peças 
existentes são transformadas em comprimentos 
equivalentes, acionados ao comprimento real da 
canalização. 
Na figura 16 temos as perdas de cargas localizadas 
 
 
Figura 16 – Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em 
 metros de tubulação retilínea 
 
 
5 - BOMBAS CENTRÍFUGAS 
 
 Não só as bombas centrífugas, como 
também os demais mecanismos aplicados à elevação 
de líquidos, tem por princípio a transferência de 
energia ao mesmo. 
Como o próprio nome indica, as bombas denominadas 
de centrífugas se utilizam da força centrífuga no 
recalque de líquidos. 
 
 Basicamente, elas são formadas por um 
rotor, em forma de disco, dotados de pás ou palhetas, 
girando com uma determinada velocidade quando em 
funcionamento e uma carcaça ou corpo da bomba, 
geralmente em forma de espiral, conforme mostra o 
corte esquemático da figura 17. 
 
 
Figura 17- Corte esquemático de uma bomba centrífuga 
 Desse modo, por ocasião do funcionamento 
da bomba, a água entrando pela parte central do rotor, 
através da tubulação de sucção, é lançada em direção à 
carcaça, com uma determinada energia de velocidade e 
pressão, que a conduz para a canalização de recalque. 
Sendo a água forçada do centro do rotor para a periferia, 
ocorrendo a formação de um vácuo parcial que faz com 
que novas porções do líquido ocupem a parte central do 
rotor, e dessa maneira, estabelece-se um fluxo contínuo, 
que é elevado através da canalização de recalque. 
 Normalmente, a carcaça ou corpo da bomba 
tem uma forma espiral com o objetivo de transformar parte 
da energia cinética fornecida ao líquido em energia 
potencial de pressão. 
 
 As figuras 18 a 21 mostram em corte, a 
bomba com uma completa relação de peças que 
normalmente a constituem. 
 
 
 
Figura 18 – Bomba centrífuga. 
 
 
 
 
 
Figura 19 – Bomba centrífuga. 
 
 
 
Figura 20 – Bomba centrífuga. 
 
 
 
Figura 20 – Bomba centrífuga. 
 
 
 
6 - CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS 
 
 As bombas centrífugas estão agrupadas na 
categoria de bombas dinâmicas ou de fluxo. Segundo 
aquela classificação elas podem ser do tipo radial, axial, 
ou mista, conforme o sentido de escoamento do líquido 
através do rotor. 
 As bombas de fluxo radial são as 
centrífugas propriamente ditas, dando-se o escoamento 
do líquido no sentido do raio do rotor quando por ocasião 
de sua passagem através do mesmo. Nas bombas de 
fluxo misto, também denominadas de turbinas ou ainda 
propulsoras o sentido do fluxo é diagonal, ou seja, com 
um determinado ângulo em relação ao eixo de 
acionamento. 
 
 
 
 Neste tipo de bomba a energia é 
transmitida à água pela ação da força centrífuga e 
também pela propulsão das pás do rotor sobre a mesma, 
isto é um caminhamento da água helicoidal. São 
conhecidas como bombas turbinas, em razão da 
semelhança do rotor com certos tipos de turbina, ou 
também bomba helicocentrífuga. Geralmente aplicadas 
na elevação da água em poços profundos e dotadas de 
eixo prolongado com vários rotor. Exemplo figuras 22, 23 
e 24. 
 
 
 
 As bombas de fluxo axial "propeller 
pumps", o movimento do líquido é feito no sentido do 
eixo de acionamento do rotor, isto é: a energia 
transmitida à água provém de força centrífuga, a maior 
parte dela é proveniente da propulsão das pás sobre o 
líquido, fazendo com que o mesmo saia do rotor direção 
axial aproximadamente. Este tipo de bomba é 
freqüentemente aplicado na elevação de grandes vazões 
contra pequenas alturas manométricas, caso muito 
comum em sistemas de irrigação de arroz, por inundação 
em várzeas ou em sistema de drenagem. Exemplo figura 
25 e 26. 
 
 Temos ainda as bombas especiais que 
incluem as injetoras e as "air-lift" (ar comprimido). 
 Nas bombas injetoras, figura 28, há um 
retorno de uma certa quantidade de água da tubulação 
de recalque até o injetor existente na extremidade da 
canalização de sucção. Pela figura 28.A, pode ser 
observado que a parte inicial da canalização de sucção 
tem a forma de um tubo de venturi (injetor), no qual a 
água que retorna é injetada com elevada energia 
cinética, proporcionando a criação de certo vácuo acima 
do injetor. Desse modo o vácuo formado acrescentando à 
alta velocidade da água injetada permite elevar o limite 
da altura de sucção para valores superiores a 100 
metros, que, no caso das bombas centrífugas comuns, é 
de apenas poucos metros. O rendimento de tais 
bombas é, no entanto, relativamente baixo. 
 
 
Figura 22 – Bomba vertical 
tipo turbina. 
 
 
Figura 23 – Bombas de 
eixo vertical. 
 
 
Figura 24 – Bomba Worthington 
vertical com eixo prolongado 
 
 
 
Figura 25 – Bomba axial. 
 
 
Figura 26 – Bomba axial. 
 
 Quanto a posição do eixo, as bombas 
centrífugas podem ter eixo de acionamento na posição 
horizontal, que são as mais comuns e eixo na posição 
vertical, ou eixo prolongado cuja aplicação é mais 
comum nos casos de poços profundos. 
 As bombas de eixo vertical incluem ainda 
as bombas submersas. Ex. figura 27. 
Figura 27 – Bomba vertical tipo turbina. 
 
 As bombas de ar comprimido tem por 
princípio a mistura do ar com água, tornando tal mistura 
mais leve que a própria água em seu estado natural. A 
água pura existente no poço causa uma pressão sobre a 
mistura leve, água e ar,fazendo com que a mesma flua 
através da canalização. Esse tipo de bombeamento é 
muito utilizado na elevação da água de poços profundos. 
Ex. figuras 28 e 29. 
Figura 28-A – Esquema de ejetor. 
 
 
Figura 28-B – Bomba injetora. 
 
 
 
Figura 29 – Bomba ar comprimido. 
 
 7 - CURVAS CARACTERÍSTICAS da BOMBA: 
 
 Em uma bomba centrífuga, para 
determinados valores de rotação e diâmetro do 
rotor, há uma relação definida entre as condições 
de vazão e a altura manométrica, cuja função 
pode ser expressa graficamente através do que se 
denomina de "curva característica da bomba". 
Essas curvas, quando completas, permitem inter-
relacionar não só as condições de vazão e altura 
manométrica, como também potência absorvida, 
eficiência e altura manométrica máxima de sucção, ou 
ainda NPSH. 
 Tais curvas, normalmente são fornecidas 
pelo fabricante, para cada modelo de bomba e são 
obtidas através de ensaios diretos em laboratórios. A 
sua forma de apresentação pode variar de fabricante 
para fabricante. 
 
 Na Figura 30 tem-se, como exemplo, a 
curva característica da Bomba KSB modelo ETA 
40-20 válida para uma rotação de 3.470 rpm. 
 Observa-se através dessa curva que para 
uma altura manométrica de 60 m com um rotor de 
190 mm o modelo em questão é capaz de bombear 
32 m3/h, com uma eficiência de 60%, consumindo 
12 CV de potência e permitindo 4m como altura 
manométrica máxima de sucção. Através desta 
curva verifica-se ainda que, para uma altura 
manométrica máxima tem-se uma vazão igual a 
zero, ou seja, a bomba recalca contra uma vedação 
completa, que pode ser obtida pelo total 
fechamento do registro, localizado à saída da 
bomba, na canalização de recalque. 
 
 
 À medida que abrimos esse registro, a 
vazão aumenta, caindo-se o valor da altura 
manométrica e elevando-se o da potência absorvida. O 
rendimento cresce até um ponto máximo, decaindo 
novamente após o referido ponto, com o contínuo 
aumento da vazão. 
 No entanto, para uma mesma bomba, se 
forem alterados os valores do diâmetro e rotação do 
rotor, as condições de vazão, altura manométrica e 
potência absorvida são também alteradas de acordo 
com as seguintes expressões: 
 
 
;.
2
1
2
1
2
1
D
D
N
N
Q
Q
=
Onde: 
Q ⇒ vazão; 
H ⇒ altura manométrica; 
N ⇒ rotação do rotor; 
P ⇒ potência; 
D ⇒ diâmetro do rotor. 
 
 Para um mesmo rotor, ou seja D1 = D2, pode 
estabelecer-se as seguintes relações, muito utilizadas nos 
ensaios de bombas: 
 
 
 
 Através das referidas expressões e 
conhecendo-se a curva característica de uma bomba para 
uma determinada rotação ou diâmetro do rotor pode-se 
recalcular as novas condições de funcionamento quando 
da alteração da rotação ou do diâmetro do rotor em 
questão. 
 Assim sendo, alguns fabricantes 
apresentam para um determinado modelo de bomba, as 
suas características de operação para certas variações de 
rotação e diâmetro do rotor, como pode ser observado 
através da figura 30, onde se tem as características de 5 
diferentes diâmetros de rotor. 
3
2
1
2
1
2
2
1
2
1
2
1
2
1 ; ⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
=⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
==
N
N
P
Pe
N
N
H
H
N
N
Q
Q
 
 
 Como pode ser observado, pelos gráficos 
apresentados, o rendimento de uma bomba cai muito 
quando a mesma opera fora de sua faixa de trabalho. É 
portanto conveniente escolher um modelo de bomba, de 
acordo com as condições de vazão e altura manométrica, 
que trabalhe no ponto de máximo rendimento ou próximo 
deste, o que acarretará uma economia de potência 
necessária ao motor. Nas figuras 31 a 38, tem-se outras 
formas de apresentação de curvas características. Segundo 
algumas empresas, a faixa de atuação de uma bomba, 
referindo-se a vazão, pode variar de 20% em relação ao 
ponto de máximo rendimento . 
 Portanto a utilização de uma bomba não é 
definida para um único ponto de trabalho, mas sim para 
uma determinada faixa de variação de altura manométrica e 
vazão. 
 
 
Figura 30 – Exemplo de 
curva característica de 
bomba centrífuga. 
 
 
Figura 31 – Exemplo de curva 
característica de bomba 
centrífuga (KSB). 
 
 
Figura 32 – Tipos de Bomba. 
 
 
Figura 33 – Exemplo de curva 
característica de bomba 
centrífuga. 
 
 
Figura 34 – Exemplo de curva 
c a r a c t e r í s t i c a d e b o m b a 
centrífuga. 
 
 
 
Figura 35 – Tipos de Bomba. 
 
 
Figura 36 – Exemplo de 
curva característica de 
Bomba. 
BOMBAS CENTRÍFUGAS MONOESTÁGIO – 3500 rpm 
 (Mark Peerless) 
 
 
Figura 37 – Tipos de Bomba. 
 
 
Figura 38 – Bombas centrífugas 
monoestágio – 1750 rpm 
Normalizadas (Mark Peerless). 
 
 
8 - ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS 
 Em muitas situações é conveniente a 
associação de bombas em série ou paralelo para 
realizar um determinado serviço, seja por razões 
técnicas ou econômicas. Considera-se uma razão 
técnica quando é inviável o projeto, por ex: um 
desnível elevado vai acarretar um rotor de alta 
rotação aliado ao grande diâmetro do rotor, levando a 
acelerações centrífugas altas, e as dificuldades para 
especificação de materiais para suportar essas 
acelerações. 
 Critérios econômicos são considerados 
quando o custo de duas bombas menores é inferior ao 
de uma bomba de maiores dimensões para fazer o 
mesmo serviço. 
 
 
 Em qualquer das associações de bombas 
hidráulicas, a potência consumida na associação é igual 
a soma das potências individuais. 
 
8.1 - Associação de Bombas em Paralelo 
 A associação de bombas em paralelo é 
considerada quando é necessário um aumento de vazão 
no sistema. Com um aumento de vazão acarreta 
também, aumento na pressão, devido ao crescimento 
da perda de carga. O acréscimo na vazão não é linear 
com o aumento do número de bombas, isto é, 
dobrando-se o número de bombas em um mesmo 
sistema não vai dobrar a vazão. 
A curva característica de uma associação em paralelo é 
obtida das curvas originais de cada bomba pela soma 
das vazões unitárias para mesma pressão 
 
 
 A figura 39 demonstra a obtenção da curva de 
uma associação paralela de duas bombas distintas. 
Figura 39 – Associação de bombas em paralelo. 
 
 
 A vazão na associação é exatamente a soma das 
vazões de cada bomba com ambas funcionando.(10) 
 
 O rendimento da associação em paralelo é dado 
pela equação 10. 
 
Qt Vazão da associação 
Qa Vazão da bomba A 
Qb Vazão da bomba B 
ηa Rendimento da bomba A 
η b Rendimento da bomba B 
 
 
 
 
b
b
a
a
t
tp QQ
Q
ηη
η
+
=
(10) 
 
 
8.2 - Associação de bombas em série 
 Associação de bombas hidráulicas em 
sistemas de grande desnível geométrico leva ao conceito 
de associação de bombas em série. 
Neste caso a vazão é a mesma e as alturas são somadas. 
 Na figura 40 temos o resultado da 
associação das bombas A e B em série. 
Figura 40 – Associação de bombas em série. 
 
 
 A vazão que atravessa as bombas tem que 
ser a mesma para satisfazer a equação da continuidade. 
As duas bombas apresentam um diferencial de Pressão 
Ha e Hb que se somam para vencer a pressão 
manométrica Hm. 
 A associação em série de bombas é prática 
comum para bombeamento em grandes desníveis. Para 
aplicações em situações como estas existem bombas 
construídas com vários rotores montados em série, 
constituindo uma bomba de múltiplos estágios. 
 Uma aplicação importantede bombas de 
múltiplos estágios é no bombeamento de água de poços 
profundos. Por causa do longo eixo, esta bomba é 
conhecida como bomba de eixo prolongado. 
 
 
 O rendimento da associação de duas 
bombas em série é dado pela equação 11. 
b
H
a
H
t
ts
ba
H
ηη
η
+
=
Ht Altura total a associação 
série 
Ha Altura da bomba A 
Hb Altura da bomba B 
ηa Rendimento da bomba A 
ηb Rendimento da bomba B 
(11) 
 
 
9 - CANALIZAÇÃO DE SUCÇÃO 
 Canalização de sucção é o trecho de uma 
instalação de recalque localizado a montante da bomba. 
 Em razão de certas particularidades que 
ocorrem no referido trecho é evidente a necessidade de 
abordá-lo com maiores cuidados na elaboração de um 
projeto. 
 Exceção feita às bombas que trabalham 
afogadas, (bomba instalada abaixo do nível de sucção) 
isto é, instalações em que não há desnível geométrico de 
sucção, a canalização de sucção necessita ser dotada de 
uma válvula de pé, geralmente acompanhada de um 
crivo. A figura 41 mostra os componentes de uma 
válvula de pé com crivo, que em termos populares, 
recebe o nome de cebolinha. 
 
 A válvula de pé, tem por objetivo manter 
escorvada a bomba e canalização de sucção. É 
empregada em tubos de diâmetro inferior a 400mm. As 
bombas centrífugas antes de serem colocadas em 
funcionamento têm a necessidade de serem escorvadas, 
isto é, de que o ar existente na canalização de sucção e 
bomba seja extraído. O processo de escorva 
normalmente é feito através da introdução de água na 
bomba e tubulação de sucção, e essa água é mantida 
pela válvula de pé. Ao ser colocada em funcionamento, a 
bomba cria no interior da canalização de sucção uma 
pressão inferior à pressão externa de tal modo que a 
válvula de pé se abre, permitindo a entrada do fluxo de 
água a ser recalcado, interrompendo-se o funcionamento 
da bomba, a referida válvula se fecha, mantendo 
escorvada a instalação e em condições de se dar início a 
nova partida. 
 
 
 O crivo, colocado antes da válvula de pé tem a 
finalidade de impedir que determinados objetos, de um 
certo tamanho, penetrem na tubulação de sucção e 
atinjam a bomba, causando danos. 
 É ideal que a tubulação de sucção seja a mais 
curta possível, evitando-se o uso excessivo de peças 
especiais, de tal modo que se tenha o mínimo de perda 
de carga nesta parte da instalação. A mesma deve ser 
executada sempre no sentido ascendente, facilitando a 
expulsão do ar arrastado pela água succionada. Com o 
mesmo objetivo, sempre que possível é de interesse que 
a junção da canalização com a bomba seja feita através 
de uma redução excêntrica conforme mostra a figura 42 
e 43. 
 
 
 Com a finalidade de reduzir as perdas nas 
l inhas de aspiração devem-se adotar valores 
relativamente reduzidos para as velocidades de 
escoamento do líquido. Isto significa que os diâmetros 
podem vir a ser superiores aos das bocas de aspiração e 
de recalque das bombas, sendo necessário intercalar 
peças de redução. 
 
 
 
 A fim de que não haja grande perda de carga 
ou mesmo excessiva liberação de ar, a velocidade na 
canalização de sucção deve ser contida dentro de 
certos limites. Muitos fabricantes apontam como 
sendo de 2m/s o valor máximo admitido para a 
velocidade da água na sucção. 
 Na tabela IV e nas figuras 44 e 45, temos as 
velocidades recomendadas para tubulação de sucção 
e recalque. 
 Em termos práticos a altura manométrica de 
sucção máxima permitida é tida com um valor de 
aproximadamente 7,0m ao nível do mar, diminuindo-
o à razão de 0,10m para cada 100m de altitude. 
 
 
 
Figura 41 – Válvula de pé com crivo. 
Figura 42 – Esquema de instalação da canalização de sucção. 
 
 a ⇒ altura da tubulação de sucção no poço 
h ⇒ 2,5 D + 0,10 
h - distância entre o nível da água e aparte superior 
do crivo 
D - diante da tubulação m 
Figura 43 – Canalização de sucção. 
 
 
DIAMETRO 
(MM) 
LINHA DE ASPIRAÇÃO LINHA DE RECALQUE 
Água Óleos leves Óleos muito 
viscosos água 
óleos 
leves 
Óleos muito 
viscosos 
25 
50 
75 
100 
150 
200 
250 
300 
 
mais de 300 
0,5 
0,5 
0,5 
0,55 
0,6 
0,75 
0,90 
1,40 
1,5 
0,5 
0,5 
0,5 
0,55 
0,6 
0,7 
0,9 
0,9 
0,3 1.0 
0,33 1.1 
0,375 1.15 
0,40 1.25 
0,425 1.5 
0,45 1.75 
0,5 2.0 
0,5 2.65 
 3.0 
1.0 
1.1 
1.15 
1.25 
1.5 
1.75 
2.0 
2.0 
1.0 
1.1 
1.1 
1.25 
1.2 
1.2 
1.3 
1.4 
Tabela IV - Velocidades recomendadas na aspiração e no recalque. 
 
 
 
Figura 44 - Velocidade no recalque m/s. 
 
 
 
Figura 45 – Velocidade no recalque m/s. 
 
 10 - PEÇAS ESPECIAIS: 
 Na maioria das vezes o diâmetro da 
boca de recalque da bomba não é igual ao diâmetro 
escolhido para a tubulação de tal modo que a ligação 
entre um e outro é feita sempre que possível, através 
de reduções concêntricas. Observa-se, ainda, que a 
bitola da canalização não deve nunca ser inferior a 
bitola de saída da bomba. Tal peça tem por finalidade 
não só fazer a ligação em questão, como também 
facilitar a expulsão de ar, que possa ocorrer. 
Tecnicamente, é correto e aconselhável que logo após 
a referida redução seja instalada uma válvula de 
retenção, seguida de um registro de gaveta, conforme 
o esquema da figura 46. 
 
 A válvula de retenção, tem a finalidade de 
proteger a bomba, quando a mesma for desligada ou 
tiver o seu funcionamento paralisado por um motivo 
qualquer. Conforme mostra a figura 46, a portinhola da 
válvula se abre, dando passagem ao fluxo, quando o 
s i s t e m a e s t i v e r o p e r a n d o , e f e c h a n d o - s e 
automaticamente, em caso contrário. Desse modo, a 
válvula de retenção evita que o golpe de ariete atue 
sobre a bomba, com possíveis e conseqüentes danos à 
mesma, evitando-se, ainda, que ela gire em sentido 
contrário ao normal. 
 Com exceção dos casos em que a altura de 
elevação é pequena com descarga livre, nas linhas de 
recalque são instaladas válvulas de retenção ou válvulas 
especiais, com o objetivo de evitar o retorno do líquido 
através das bombas. 
 
 
 A corrente líquida ao retornar para a 
bomba, encontrando a válvula de retenção fechada, 
ocasiona o choque e a compressão do fluido, dando 
origem a uma onda de sobrepressão (golpe de ariete 
positivo). 
 Se a válvula de retenção funcionar 
normalmente, fechando-se no momento preciso, o golpe 
de ariete não atingirá o valor correspondente a duas 
vezes a altura manométrica (teoricamente a elevação 
máxima junto à válvula de retenção iguala a 90% da 
carga estática). 
 
 
 Se o contrário, a válvula de retenção não 
se fechar rapidamente, a coluna líquida retornará, 
passando através da bomba e, com o tempo ganhará 
velocidades mais altas, elevando-se consideravelmente o 
golpe de ariete no momento em que a válvula funcionar 
(podendo atingir a 300% da carga estática, dependendo 
do tempo de fechamento). 
 Com o objetivo de limitar o golpe de ariete 
nas instalações de recalque, podem ser tomadas as 
seguintes medidas de proteção: 
 a) instalações de válvulas de retenção ou 
válvulas especiais de fechamento de boa qualidade; 
 b) emprego de tubos capazes de resistir à 
pressão máxima prevista (geralmente duas vezes a 
pressão estática)". 
 
 
 O registro de gaveta tem como objetivo 
principal auxiliar o conjunto motor-bomba nas ocasiões de 
início ou paralisação do bombeamento.Assim, quando o 
conjunto for colocado em operação, o registro deverá 
estar totalmente fechado, abrindo-o vagarosamente, após 
o motor ter alcançado o regime normal de trabalho. Com 
isso, evidentemente, evita-se uma sobrecarga ao motor, 
fazendo-se com que a potência absorvida pela bomba se 
eleve lentamente desde o mínimo até o ponto de 
funcionamento conjunto. Caso contrário, por ocasião da 
parada do motor, o procedimento se dá de modo inverso, 
isto é, o registro deverá ser fechado vagarosamente, após 
o que o motor poderá ser desligado. Desse modo evita-se 
as variações bruscas ao motor e demais partes do 
sistema, tanto no início ou término do bombeamento. 
 
 
 O registro permite ainda, caso se tenha vazões 
excessivas, por um ou outro motivo, reduzi-las até um 
determinado ponto, de tal modo que a bomba trabalhe 
dentro da faixa de melhor rendimento. Esse fato pode 
ocorrer em casos em que a bomba ou conjunto tenham 
sido mal selecionados, ou mesmo em casos onde irá 
ocorrer o envelhecimento da tubulação, de tal modo que 
nas condições iniciais de operação se esteja trabalhando 
com uma altura manométrica reduzida e no final de um 
determinado período esta altura seja elevada, ou ainda 
em casos que se tenha grandes variações na altura 
geométrica de recalque. 
 
 
 Além das peças citadas, a canalização de recalque, 
possivelmente, poderá apresentar, de acordo com a 
necessidade, determinados tipos de peças, como tês, 
curvas, cotovelos e outras, as quais deverão ser 
considerados no projeto em razão das perdas de carga 
que irão provocar. 
 Como acessórios, é de interesse que se instale 
junto aos flanjes de entrada e saída da bomba um 
vacuômetro e um manômetro, respectivamente, através 
dos quais se tem as condições de operação da bomba 
 
 
 By-PASS - Ligação entre a canalização de recalque 
(acima da válvula de retenção) e a bomba. Esse tubo é 
munido de registro que só é aberto por ocasião da 
escorva. 
 O By-PASS pode também estar ligado a um 
reservatório auxiliar. 
Torneira de Purga é uma torneira colocada na parte mais 
alta da bomba destinada a permitir a saída do ar na fase 
de escorva, a fim de evitar que se forme uma camada de 
ar na parte superior da bomba. 
 Normalmente as bombas apresentam um 
dispositivo, freqüentemente chamado de “copinho”, 
instalado em sua carcaça através do qual se introduz a 
água necessária à escorva. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 46 - Sistema de escorva e válvula e retenção. 
 Para o caso de bombas de grandes capacidades, 
onde o volume da água de escorva é razoável, é comum 
o emprego de bombas de pequenas capacidades para a 
escorva. 
 
 
 
11- GOLPE DE ARIETE 
 Golpe de Ariete (Water-hommer em 
inglês, Coup de bélier em francês) é a variação de 
pressão que ocorre nos encanamentos quando as 
condições de escoamento são alterados pela 
variação da descarga. 
 Assim, o fechamento de uma válvula a 
variação na carga demandada a uma turbina é que 
determina mudança na admissão da água, o 
desligamento da energia que alimenta o motor de 
uma bomba são causas de modificações na 
velocidade de escoamento da água. 
 
 
 
 Essas modificações transforma-se em 
energia de pressão, aumentando a pressão em relação 
à que reinava antes de ter havido a perturbação. 
Esta sobrepressão é o golpe de ariete, um dos 
chamados fenômenos transitórios ou transientes 
hidráulicos, que são ocorrências transitórias no 
escoamento. 
 O desenvolvimento do fenômeno do golpe 
de ariete numa instalação de bombeamento se 
processa da seguinte maneira. 
 
 
 
1ª fase 
 Quando por hipótese o fornecimento da 
energia elétrica é interrompida, a única energia que 
permite o rotor girar por algum tempo é a energia 
cinética, dos elementos rotatórios do conjugado motor 
bomba. Esta energia, porém, pequena comparada com 
a necessária para manter a descarga sob. a altura 
manométrica correspondente à instalação de modo que 
à velocidade angular do rotor decresce rapidamente. 
 
 
 
 
 A redução da velocidade angular acarreta 
diminuição da descarga. A coluna liquida na linha de 
recalque, graças à sua inércia e à energia residual 
comunicada pelo rotor em virtude da inércia do conjunto 
rotatório, prossegue escoando, porém, com a velocidade 
decrescendo até que as forças de inércia referidas sejam 
equilibradas pelo efeito da ação da gravidade e do atrito, 
ou então o líquido escoe num reservatório dissipando sua 
energia pela elevação do seu nível. Nesta fase ocorre 
uma redução de pressão no interior do encanamento 
sendo essa depressão maior, no seu início, na união com 
a bomba, propagando-se ao longo do encanamento no 
sentido da sua saída. 
 
 
 
 É a fase chamada golpe de ariete negativa 
 Cada elemento que se considere do encanamento 
se contrai sucessivamente por uma diminuição elástica 
do diâmetro enquanto a onda de depressão se propaga 
até o reservatório, com uma velocidade ou celeridade C, 
cujo valor pode ser calculado pela equação 12. 
C
K D
e
=
+ ⋅
9 9
48 3
,
,
Onde: 
C - Velocidade ou celeridade m/s 
D - Diâmetro do encanamento m 
e - Espessura do encanamento m 
K - Constante, depende do material 
K - 0,5 aço; K=1 ferro fundido; K=5 concreto; 
K=18 P.V.C. 
(12) 
 
 
 
 Se a distância entre a bomba e o 
reservatório é L, o tempo que a onda leva para chegar 
ao reservatório é L/C. 
Após esse tempo, a tubulação esta em depressão ao 
longo de toda a sua extensão, e o fluído então fica 
móvel. 
 
2ª fase 
 Devido a sua elasticidade, o encanamento 
readquire seu diâmetro primitivo, considerando 
elementos sucessivos a partir do reservatório. A água 
retorna a bomba ao longo do escoamento, e ao fim de 
um novo tempo L/C, isto é 2L/C a contar do início do 
fenômeno, a onda de pressão chega a bomba. 
 
 
 
 Se não houver válvula de retenção fato que 
ocorre em instalação de bombas de grandes descarga, 
o liquido escoa na bomba em sentido inverso, embora, 
durante um certo tempo ainda, pôr sua inércia, 
continue girando no mesmo sentido. Essa é a chamada 
fase da dissipação de inércia. O rotor vai girando cada 
vez mais lentamente, sua velocidade passa pôr zero 
(se anula) e começa a girar no sentido contrário como 
se fosse uma turbina, aumentando rapidamente até 
atingir a velocidade nominal. 
 
 
 
12 - MANÔMETROS E VACUÔMETROS 
 
 Nas instalações de bombeamento é 
necessário a determinação da altura monométrica, a 
qual é real izada part indo-se da leitura dos 
instrumentos que medem a pressão relativa, tais como 
manômetro e vacuômetro. 
 Em instalações elevatórias de água e 
esgoto, utilizam-se um manômetro colocado no 
encanamento de recalque e um vacuômetro na 
tubulação de aspiração (sucção) próximo à boca de 
bomba. 
 
 
 
 Estes instrumentos medem as pressões 
relativas existentes no encanamento, na seção 
horizontal situada na mesma cota que o centro (ou na 
entrada) do aparelho. 
O manômetro fornece a diferença entre a pressão 
absoluta e a atmosférica, de modo que devemos somar 
o valor da pressão atmosférica à leitura do instrumento 
para termos a pressão absoluta, com a qual sempre 
trabalhamos. 
 O vacuômetro mede a diferença entre a 
pressão atmosférica e a absoluta. Para termos a 
pressão absoluta devemos subtrair da pressão 
atmosférica o valor da leitura no vacuômetro. 
 
 
 
 A leitura manométrica (H) é a diferença entre as 
alturas representativas das pressões na saída e na 
entrada da bomba (altura manométrica total) 
H é função das leituras feitas simultaneamentenos dois 
instrumentos, sendo dado pela equação 13: 
 
 H = P’ + P” + m (13)
 γ 
P’ ⇒ leitura no manômtro - encanamento de recalque = mca 
P” ⇒ leitura no vacuômetro - encanamento de sucção = mca 
m ⇒ diferença de cota entre os centros desses instrumentos 
γ ⇒ peso específico do líquido 
 
 
 
 Na prática é comum colocar o manômetro e o 
vacuômetro na mesma altura, onde teremos m = o, H 
se reduz a soma das duas leituras. 
i + i’- i”= m 
i - distância do eixo da bomba até a saída da bomba 
i’ - distância do eixo da bomba até o manômetro 
i” = distância do eixo da bomba até o vacuômetro. 
 
 Os manômetros mais empregados são: 
 a) manômetro de Embolo 
 b) manômetro de Diafragma 
 c) manômetro de Foles 
 d) manômetro tipo Bourdon 
 
 
 
a) Embolo: 
 - Emprega-se onde a pressão var ia 
violentamente, sua precisão não é boa. 
 A pressão do fluído atua sobre um pequeno 
pistão que comprime uma mola (ex: prensa hidráulica). 
 Pode-se medir pressão até 200Kgf/cm2. 
Exemplo figura 47. 
Figura 47 - Manômetro de embolo. 
 
 
 
 
b) Manômetro de diafragma 
 Possui a forma de cápsulas sobre as quais se 
faz agir a pressão a ser medida. A variação da 
forma do diafragma é transmitida por um sistema 
de engrenagens a um ponteiro. 
Pode-se medir pressão até 28kgf/cm2 e vácuos, 
sendo empregados em instalações de bombeamento 
de água, óleo e produtos alimentícios. Exemplo 
figura 48. 
Figura 48 - Manômetro de diafragma. 
 
 
 
 
c) Manômetro de fole 
 É um tubo metálico de paredes delgadas, 
com estrangulamentos sucessivos, podendo 
expandir ou contrair-se. 
Pode medir pressão até 56Kgf/cm2 .e vácuos sendo 
seu maior emprego em ar condicionado. Exemplo 
figura 49. 
 
 
 
Figura 49 - Manômetro de fole. 
 
 
 
 
d) Manômetro de Bourdon 
 Consta de um tubo de secção elítica com forma 
de um arco de circunferência, tendo uma extremidade 
fechada e outra aberta, ligando a pressão que se quer 
medir. São utilizadas para pressão até 1000 Kgf/cm2 e 
para vácuo sendo utilizada para bombeamento de água, 
óleo e outros líquidos. Há tipos especiais desse momento 
que dão diretamente a pressão absoluta. 
 ⇒ Para baixa pressões, até 30Kgf/cm2 o tubo é 
de latão, bronze fósforo, bronze silício e aço inoxidável. 
 ⇒ Para pressão entre 30 e 70 kgf/cm2, usa-se 
cobre Berílio, Ni-Span. 
 ⇒ Para pressões acima de 70kgf/cm2, usa-se 
Inconel-x. Exemplo figura 50. 
 
 
 
 
Figura 50 - Manômetro de Bourdon 
Exemplo: Uma bomba fornece uma descarga de 
1.100m3/h e tem uma tubulação de 
aspiração de 16”e de recalque com 15. O 
manômetro situado a 0,70m acima do eixo 
da bomba indica a pressão de 2,2kgf/cm2 e 
o vacuômetro 0,25m abaixo do eixo acusa o 
pressão de 0,3kgf/cm2. 
 
 
 
Calcular a altura manométrica: 
m
Y
PPH ++= ´´
22 cm
kgf0,3 P" 2,2´ ==
cm
kgfP
3mca P" mca 22´ ==
γγ
P
m = i”+ i’= 0,25 + 0,7 = 0,95m 
H = P’+ P”+ m = (22 + 3) + 0,95 = 25,95m 
 γ γ 
 
 
 
 Nas figuras 51 e 52, temos ligação com 
bombas afogadas e na 52 com manômetro e vacuômetro. 
 
Figura 51 – Bomba afogada. 
 
 
 
 
 
Figura 52 – Ligação com manômetro e vacuômetro. 
 
 
 
 
13 - CAVITAÇÃO 
 
 A cavitação é um fenômeno físico que 
ocorre nos escoamentos ligados à variações convectivas 
de pressão, isto é, as partículas do escoamento sofrem 
variações de pressão ao longo do escoamento. 
Quando as partículas fluídas passam por uma região de 
baixa pressão, da ordem de pressão de vapor do liquido, 
elas sofrem um processo de evaporação à temperatura 
ambiente criando bolhas de vapor ou cavidades, de onde 
deriva o nome “cavitação”, que são arrastadas pelo 
escoamento. 
 
 
 
 Durante a permanência na região de baixa 
pressão as bolhas vão crescendo, retirando energia do 
meio para a evaporação. Ao atingir uma região de pressão 
mais alta a bolha é comprimida tendo o seu volume 
reduzido a dimensões muito pequenas em efeito que é 
conhecido como efeito centrípeto é condensado liberando 
a energia, armazenada na evaporação, em curto intervalo 
de tempo. Essa liberação de energia provoca uma sobre 
pressão localizada, denominada de efeito centrifuga capaz 
de gerar efeitos destrutivos nos materiais rígidos 
próximos. Os efeitos mecânicos observados durante o 
fenômeno da cavitação podem ser ilustrados por: 
 
 
 
 Atualmente ainda há controvérsias sobre a explicação do fenômeno. Alguns pesquisadores afirmam que a 
cavitação induz a vibração à zonas mais externas do metal, 
sendo então os esforços destrutivos oriundos de um fenômeno 
oscilatório durante o qual o líquido é introduzido e expulso dos 
poros do material, dando origem às elevadas pressões 
internas. Outros acham possível o aparecimento de uma 
corrosão química devido a liberação de oxigênio do líquido. 
Uma outra corrente supõe que as bolhas de vapor e a limalha 
erodida da superfície do material penetram nos poros do metal 
afetando-o internamente por vibrações e pressões oriunda do 
colapso. Embora não se tendo conhecimento perfeito do 
mecanismo segundo o qual se processa a cavitação é possível 
se projetar com grande segurança, uma instalação na qual 
todos os pontos de percurso da água, a pressão interna seja 
sempre maior que a pressão de vapor do liquido em uma certa 
temperatura. 
 
 
 
 
 Em geral o ponto mais crítico ocorre na 
entrada do rotor da bomba. A queda de pressão desde a 
superfície do poço de sucção até a entrada da bomba 
depende da vazão, do diâmetro, do comprimento virtual da 
tubulação, da rugosidade do material e principalmente da 
altura estática de sucção, distância vertical do eixo da 
bomba até o nível d’água do poço. Estes são os elementos 
susceptíveis de mudanças por parte do projetista para 
sanar os danosos efeitos da cavitação. 
 
 
 
 
 O fenômeno da cavitação é particularmente danoso 
pois a perda de energia na cavitação tem forte influência 
negativa no rendimento de máquina com o conseqüente 
aumento no gasto de potência. Além disso a corrosão 
provocada pela cavitação intensifica o desgaste das peças 
internas da bomba reduzindo bastante a sua vida útil. 
Como o desgaste do rotor é aleatório, o desbalanceamento 
das peças giratórias é inevitável introduzindo vibração nas 
máquinas, aumentando o ruído e marcha irregular. 
Portanto a cavitação provoca: 
 
 
 
 
 - Queda pronunciada do rendimento 
 - Aumento da potência requerida no eixo 
 - Marcha irregular (rotação desbalanceada) 
 - Vibração excessiva 
 - Aceleração de corrosão química 
 - Ruído 
 Nos escoamentos de líquidos potencialmente 
corrosivos, isto é que tenham afinidades químicas com 
os materiais da bomba ou da canalização, a cavitação 
acelera a corrosão química, intensificando o desgaste 
dos materiais. A atividade química de corrosão da água 
depende da temperatura e atinge maior intensidade para 
valores da temperatura em torno de 45oC. 
 
 
 
 
 O controle dos efeitos da cavitação tem sido 
pesquisado principalmente na busca de materiais mais 
resistentes à corrosão por cavitação, seja ela física ou 
química. A escolha dos materiais para fabricação de 
bombas hidráulicas tem critérios estabelecidos segundo 
uma escala de resistência à corrosão. A baixo temos os 
materiais mais usados em ordem crescente de 
resistência à corrosão. 
 - Ferro fundido 
 - Bronze - Manganês 
 - Aço siemens - Martin 
 - Aço níquel 
 - Aço cromo - (12CR)- Aço inox especiais (18CR, 8 N i ) 
 
 
 
 
•  Não ex i s te nenhum mater ia l conhec ido 
completamente imune à cavitação. As pesquisas 
recentes têm sugerido, o revestimento das partes 
internas do metal, com um elastômeros, o que 
aumenta a vida útil da máquina, Dois elastômeros 
muito usados são o neoprene e o poliuretano, eles 
podem ser usados na forma liquida, e apresentam 
grande aderência ao metal. 
•  Máquinas classificadas por corrosão podem ser 
recuperadas, ou por preenchimento com solda e 
posterior usinagem, ou com preenchimento por 
neoprene. 
 
 
 
 
•  Máquinas classificadas por corrosão podem ser 
recuperadas, ou por preenchimento com solda 
e posterior usinagem, ou com preenchimento 
por neoprene. 
•  Evita-se a presença da cavitação em bombas 
através do projeto adequado da linha de 
sucção minimizando o aparecimento de baixas 
pressões. 
 A Figura 53 mostra a disposição de 
montagem de uma bomba hidráulica em duas 
situações distintas, na montagem apresenta em 
a a bomba está instalada acima do nível da água 
e a distância do eixo da bomba ao nível da água 
h, é referida como altura de sucção positiva, em 
b tem-se a bomba abaixo do nível da água e 
altura de sucção negativa. 
 
 
 
 
 
Figura 53 - Linhas de sucção: a) montagem normal; b) montagem afogada. 
 As pesquisas sobre cavitação, tem 
usado a pressão na entrada da bomba referência 
para a menor pressão permitida na linha de sucção, 
apesar das perdas entre a entrada da bomba e a 
entrada do rotor, que tende a diminuir a pressão até 
atingir a posição nas pás do rotor, onde se inicia a 
transferência de quantidade de movimento 
 
 
 
 
 
 Como a água vaporiza a pressão e 
temperatura constante, ao iniciar a cavitação a 
pressão de vapor do liquido, mesmo que o rotor tente 
impor seu abaixamento, provocando um limite na 
vazão para a qual ocorre a cavitação fazendo com 
que a curva da bomba sofra uma deformação a partir 
daquele ponto. 
 Na Figura 54 temos uma curva de bomba com 
presença de cavitação. 
 
 
 
 
 
Figura 54 – Curva de Bomba Hidráulica apresentando cavitação 
 
 
 
 
N.P.S.H. (Net positive suction head) ou APLS 
(altura positiva líquida de sucção) 
N.P.S.H.d. - disponível 
 É uma característica da instalação, 
definida como a energia que o liquido possui 
em uma ponta imediatamente antes da flange 
de sucção da bomba, acima de sua pressão de 
vapor. Exemplo Figura 55. 
Figura 55 - Esquema de ligação de bomba. 
 
 
 
 
O NPSHd é dado pela equação 14. 
γγ
v
d
P
g
VPNPSH −+=
2
2
2
2
Onde: 
 Pressão de vapor do líquido tabelado em função da 
 temperatura. 
 
 Pressão estática absoluta. 
 
 Energia cinética. 
 
 
 
PV
γ
−
−
γ
2P
−
g
V
2
2
2
(14) 
 
 
 Aplicando a equação de Bernoulli (Figura 55) 
entre o nível d’água no poço de sucção, mantido 
constante, e a entrada da bomba tem-se a equação (15). 
P V
g
Z
P V
g
Z hs1 1
2
1
2 2
2
22 2γ γ
+ + = + + +Δ
(15) 
P Patm1
γ γ
=
leitura barométrica local ,tabelado em função 
da altitude ou dado pela equação (18). 
Onde: 
V
g
1
2
2
0= Nível constante. 
Z1 = 0 Referencial 
Z2 = z Altura estática de sucção (m) 
Δhs Somatória de todas as perdas de carga até 
 a entrada da bomba (perdas na sucção) (m) 
 
 
 
 
Portanto: 
Patm P V
g
Z hs
γ γ
+ + = + + +0 0
2
2 2
2
Δ
Patm
Z hs
P V
gγ γ
− − = +Δ 2 2
2
2
hsZPPatmdHSPN V Δ−−−=
γ
....
 Se a bomba estiver afogada isto é, se seu eixo 
estiver em uma cota abaixo do nível d’água no poço, 
tem-se a equação 17. 
hsZPPatmdHSPN V Δ−+−=
γ
....
(16) 
Bomba AFOGADA (17) 
 N.P.S.Hr ⇒ requerida ou simplesmente da bomba 
é uma característica da bomba, fornecida pelo fabricante, 
definida como a energia requerida pelo líquido para chegar, a 
partir da flange de sucção e vencendo as perdas de carga dentro 
da bomba, ao ponto onde ganhará energia e será recalcada. 
 
 
 
 
 O N.P.S.H.r depende dos elementos de 
projetos da bomba (diâmetro do rotor, rotação, etc.) 
sendo,, em geral fornecido pelo fabricante através de 
uma curva em função de vazão. 
Para o bom funcionamento da bomba, e para que ela 
não entre em cavitação é necessário que a energia 
disponível seja maior que a energia requerida pela 
bomba ou: 
N.P.S.H.d.> N.P.S.H.r * N.P.S.H.d. - 3% a mais 
* ou N.P.S.H.d.≥ N.P.S.r ± 0,5m 
 
 Cálculo de altura máxima de sucção: 
Zmax
Patm P
NPSHr hsV=
−
− −
γ
Δ
⇒ importa no caso o limite 
 NPSHd =NPSHr 
 
 
 
 
 A equação 18 nos dá a relação entre pressão 
atmosférica e altitude. 
 
 Patm h
γ
=
−
13 6
760 0 081
1000
,
( , )
⇒ h - altitude do local em metros 
 h < 2000 m 
 
⇒  h = altitude do local em metros 
⇒  h = < 2000m 
..... mca (18) 
 A pressão de vapor que é função da 
temperatura pode ser tirada da tabela V, a altitude em 
função da pressão atmosférica vista na tabela VI. 
Tabela V – Pressão de vapor em função da temperatura 
 
 
 
 
 
 
Tabela VI – Altitude em função da pressão atmosférica 
 Na equação 19 temos o diâmetro econômico. 
 
 (19) 
K - cte ⇒ 1 a 1,3 
X = nº horas de bombeamento por dia 
 24 
D ⇒ Diâmetro de tubulação m 
Q ⇒ vazão m3/s 
 
D K X Q= .
1
4
 
 
 
 
 
 
 Para sucção adota um diâmetro 
imediatamente superior. 
Exemplo: 
 - Determinar a máxima altura estática de 
sucção, para o seguinte caso: 
vazão recalcada: Q = 100 m3/h = 27,8 l/s 
diâmetro da sucção: 8” 
diâmetro de recalque: 6”. 
“material das tubulações: aço com revestimento especial 
c = 130”. 
 
 
 
 
 
 
Perdas de carga 
- Tubulação de sucção 
Peça comprimento equivalente 
(m) 
Válvula de pé e crivo 52,0 
Curva de 900 R/D = 1 3,3 
Comprimento real 6,0 
Comprimento virtual 61,30 
 Usando a equação de Hazen-Willians 
 Para Q = 27,8 l/s 
 Φ = 8” ⇒ J = 0,44m / 100m 
 c = 130 
Portanto: 
27,030.61.
100
44,0
==Δhs
 
 
 
 
 
 
Tubulação de recalque 
Peça comprimento equivalente (m) 
Válvula de retenção leve 12,5 
Registro de gaveta 1,1 
Curva de 450 (duas) 2,2 
Saída de canalização 5,0 
Comprimento real 80,0 
Comprimento virtual 100,80 
para: 
Q = 27,8 l/s 
φ = 6 " ⇒ J = 1,78 m/100m 
c = 130 
Portanto: 
 
 
a. altura manométrica : 
 Hman = Hgeo +∑ perdas = 23 +0,27 + 1,78= 25,02 m 
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Método de escolha para uma bomba hidráulica 
 Para líquidos cujo peso específico e/ou viscosidade forem 
diferentes da água, consultar a Fábrica. 
 Na seleção de uma bomba hidráulica deve-se levar em 
consideração quatro elementos importantes, a saber: 
•  desnível de sucção 
• desnível do recalque 
• perda por atrito na tubulação de sucção e recalque. 
● perda por atrito nas conexões hidráulicas 
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14 -ACOPLAMENTO 
 Em caso de acoplamento direto, a ligação entre 
o motor de acionamento e bomba é feito por meio de luva 
elástica. Esse tipo de acoplamento é utilizado quando não há 
necessidade de que as rotações da bomba ou do motor não 
precisam ser alteradas, muito comum para motores elétricos. 
 Na transmissão de pequenas capacidades são 
empregadas luvas com disco de borracha, e luvas elásticas 
com buchas e pinos revestidos de borracha em casos de 
maiores capacidades. Ex: Figura 56. 
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Figura 56 – Acoplamentos com disco de borracha. 
 
 
 
 
 
 
 Os eixos das bombas e motores devem estar 
perfeitamente alinhados, para que danos prematuros na 
própria luva, bomba e motor sejam evitados. Alinhamentos 
maus executados causam vibrações aos eixos, com 
conseqüente perda de potência, desgastes dos mancais e 
outros inconvenientes. Exemplo figura 57. 
 Após a montagem do conjunto o mesmo deve 
ser facilmente movimentado pela mão no acoplamento. 
 Quando se tem diferentes rotações, entre 
motor e bomba, o acoplamento é feito indiretamente, 
utilizando-se de correia em V ou planas, caixa de 
engrenagens, transmissões hidráulicas ou ainda por 
acoplamentos especiais. 
 
 
 
 
 
 
 Por exemplo, os tratores na sua tomada de 
potência (TDP) apresenta uma rotação relativamente baixa 
(540 rpm) quando comparada às aquelas compatíveis com 
maior parte da bombas. Essa rotação, portanto, deverá ser 
multiplicada para que haja adequação da mesma. 
 As correias planas, atualmente, estão sendo 
abandonadas tendo -se em vista a grande perda que ocorre 
nesse tipo de transmissão. 
 Nas correias, a relação entre rotações e 
diâmetros das polias motora e movida é dado pela equação 
20. 
 (20) 
 
onde: D = Diâmetro da polia 
( )D motor
D bomba
rpm motor
rpm bomba
( )
( ) ( )
=
 
 
 
 
 
 
 Ao se utilizar de uma correia em V, deve-se 
considerar o seu rendimento ηT, da ordem de 95%. 
 A relação de rotação deve ser relativamente 
reduzida, e no caso de correias em V não deve ultrapassar a 
relação de 1:10. Por ocasião de sua montagem os eixos de 
acionamento do motor e bomba devem estar em plano 
rigorosamente paralelo. Deve-se verificar se a correia não se 
encontra muito esticada, o que sobrecarrega os mancais e 
eixo da bomba, nem muito solta, o que causaria 
deslizamento com perda de potência e diminuição da 
capacidade da bomba (flecha de ± 20 mm, no lado tenso). 
 Dentre os diferentes tipos de acoplamentos 
indiretos, o mais generalizado no meio rural, é sem dúvida a 
correia em V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 - DEFEITOS COMUNS E CAUSAS PROVÁVEIS No início ou durante a operação de um sistema 
de recalque, inúmeros problemas ou defeitos de 
funcionamento podem surgir. Nos quadros a seguir 
apresentamos problemas e as possíveis causas. 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS POSSIVEIS ELIMINAÇÃO 
Contrapressão muito alta Aumentar a rotação. Se isto não é 
possível, em caso de acoplamento 
a motor elétrico, então é 
necessário colocar um rotor de 
diâmetro maior ou escolher uma 
bomba maior. 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMAS CAUSAS 
A bomba não bombeia a) bomba não está escorvada 
b) velocidade da bomba insuficiente. Quando acionada por motor 
elétrico verificar a amperagem e voltagem de cada fase. 
c) a altura manométrica do sistema é maior que aquela 
selecionada. 
d) rotação invertida 
e) altura de sucção excessiva 
Vazão insuficiente a) entrada de ar na bomba 
b) velocidade da bomba insuficiente 
c) altura manométrica do sistema é maior que aquela para a qual a 
bomba foi selecionada (sucção ou recalque) 
d) rotor parcialmente entupido ou danificado 
e) válvula de pé com crivo entupidos 
f) anéis gastos 
15 - DEFEITOS COMUNS E CAUSAS PROVÁVEIS 
 No início ou durante a operação de um sistema de 
recalque, inúmeros problemas ou defeitos de funcionamento 
podem surgir. Nos quadros a seguir apresentamos problemas 
e as possíveis causas. 
 
 
 
 
 
 
 PROBLEMAS CAUSAS 
Altura manométrica 
insuficiente 
a)entrada de ar na linha de sucção 
b)Vapor ou ar na linha de recalque (sifão) 
c)anéis gastos 
Bomba perde escorvamento 
após a partida 
a)entrada de ar na linha de sucção 
b)altura de sucção muito alta ou ar no líquido. 
c)entrada de ar pela caixa de gaxeta (apertar mais as gaxetas) 
Pressão excessiva a) rotação muito alta 
CAUSAS POSSÍVEIS ELIMINAÇÃO 
Contrapressão muito alta Aumentar a rotação. Se isto não é possível, em caso de 
acoplamento a motor elétrico, então é necessário colocar um rotor 
de diâmetro maior ou escolher uma bomba maior. 
Vazão Insuficiente da Bomba 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS POSSÍVEIS ELIMINAÇÃO 
A bomba não é bem 
escorvada 
Escorvar novamente a bomba e a tubulação de sucção e deixar o 
ar sair completamente. 
Formação de bolsas de ar 
nas tubulações 
Modificar a posição dos tubos, eventualmente colocar válvulas de 
escape. 
Pressão de entrada 
insuficiente 
Verificar o nível de água no reservatório; verificar se as perdas de 
carga na tubulação não são excessivas; verificar se os registros 
estão plenamente abertos, bloquear os mesmos, se necessário. 
Altura de sucção muito 
grande 
Limpar a válvula de pé e a tubulação de sucção, eventualmente 
aumentar a secção da tubulação de sucção. Verificar se a válvula 
de pé abre bem. Verificar o nível de água no poço. 
Penetração de ar através 
da gaxeta 
Aumentar a pressão da água de vedação. Verificar se o canal 
desta água não está entupido. Eventualmente aduzir água externa 
para vedação. 
Sentido errado de rotação Inversão das fases do motor. Se a bomba já trabalhou com 
rotação errada, verificar a porca do rotor e eventualmente 
reapertá-la. 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS POSSÍVEIS ELIMINAÇÃO 
Rotação muito baixa 
Se a bomba à plena rotação não fornece a vazão exigida, bastará 
eventualmente colocar um rotor de diâmetro maior. Caso contrário, 
a bomba terá que ser substituída por uma maior. Quando o 
acionamento for por motor de explosão, a rotação do mesmo pode 
ser regulada em certos limites, pela entrada do combustível. No 
acionamento por correia, a rotação insuficiente pode ser acionada 
pelo escorregamento da correia. Neste caso, esticar a correia. 
Eventualmente escolher outras polias. 
Forte desgaste das peças 
internas 
Abrir a bomba e verificar as folgas das peças sujeitas ao desgaste 
(anéis de vedação e rotor). Eventualmente colocar peças novas. 
Rotação muito alta Verificar a rotação 
Pressão Excessiva da Bomba 
 
 
 
 
 
 
 
 Vazamento da Câmara de Resfriamento 
Os parafusos de fixação do corpo da 
bomba ao cavalete dos mancais não 
estão suficientemente apertados. Os 
parafusos da tampa da câmara de 
resfriamento estão mal apertados. 
Parar a bomba, deixá-la sem pressão e depois 
de resfriada apertar bem os parafusos. 
Verificar a guarnição. Desmontar a bomba do 
cavalete dos mancais e apertar os parafusos 
da tampa de resfriamento. Por via das 
dúvidas, verificara guarnição entre a tampa 
de resfriamento e o cavalete. 
 
 
 
 
 
 
 
16 - GLOSSÁRIO DE TERMOS HIDRÁULICOS 
 
1. ALTURA DE SUCÇÃO: Distância vertical em metros, que é 
elevada a água desde seu nível até a bomba. 
 
2. ALTURA DE RECALQUE: Distância vertical em metros, que 
é elevada a água pela bomba, desde esta, até o ponto de 
uso ou depósito (caixa). 
 
3. COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO: Extensão 
linear em metros, dos canos utilizados na instalação, 
desde a bomba, incluindo comprimento das curvas, 
conexões, etc. 
 
4. COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO DE RECALQUE: Extensão 
linear em metros dos canos utilizados na instalação desde 
a bomba, até o ponto de uso ou depósito (caixa), 
incluindo comprimento das curvas, conexões, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
5. PERDA DE PRESSÃO NAS CONEXÕES, CURVAS, ETC, 
(TABELA): Pressão ou carga requerida para se superar o 
atrito exercido nas paredes internas das uniões, conexões 
curvas, etc., quando da passagem da água. Para efeito de 
cálculos, a perda em cada uma dessas peças é comparada 
a uma perda proporcional em metros que haveria numa 
extensão de cano reto de igual diâmetro. 
 
6. PERDA DE PRESSÃO (TOTAL) POR ATRITO NAS 
TUBULAÇÕES (TABELA): Pressão ou carga requerida para 
que a bomba supere o atrito exercido na parede interna 
da tubulação, conexões, curvas, etc., quando da 
passagem da água pelo seu interior. 
 
 7. ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL: Altura total desde o nível 
da água até o ponto de uso, incluindo alturas de sucção e 
de recalque, perdas por atrito nas tubulações, curvas, 
registros, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
8. VAZÃO: Quantidade de liquido bombeado num 
determinado tempo: litros por segundo (L/s); metros 
cúbicos por hora (m3/h), etc. 
 
9. VÁLVULA DE PÉ: Válvula (cebolinha) colocada na 
tubulação de sucção para impedir que a água retorne à 
fonte parada da bomba, evitando que esta fique sem 
água. 
 
10. VÁLVULA DE RETENÇÃO: Válvula colocada na tubulação 
de recalque para evitar retorno da água bombeada cujo 
impacto danificaria, tubulação, conexões e a própria 
bomba (Golpe de Ariete). 
 
11. NÍVEL ESTÁTICO (PARA POÇOS SEMI ARTESIANOS): 
Distância vertical da boca do poço ao nível de água, não 
bombeada. 
 
 
 
 
 
 
 
12. NÍVEL DINÂMICO (PARA POÇOS SEMI ARTESIANOS): 
Distancia vertical da boca do poço ao nível de água 
quando bombeada. 
 
13. SUBMERGÊNCIA: Distancia vertical do nível da água ou 
do nível dinâmico até o ralo, injetor, válvula de pé ou 
sucção da bomba submersa. 
 
14. PRECIPITAÇÃO: Volume de água depositado em mm/m2 
ou litros/m2 , no decorrer de 24 horas. 
Turno de rega: É o espaço de tempo entre duas regas 
subseqüentes. 
 
15. Turno de rega: É o espaço de tempo entre duas regas 
subseqüentes. 
 
 
 
 
 
 
 
17. CONVERSÃO DE MEDIDAS

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