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Em um período marcado pelas incertezas na economia, é importante conhecer a relação entre os juros bancários e o aumento da inadimplência. Ainda que a Taxa SELIC tenha experimentado uma leve redução, o que não acontecia há quatro anos, as empresas continuam sofrendo com o impacto da alta dos juros. Normalmente, os juros bancários acompanham a taxa básica (SELIC), que por sua vez é fixada pelo Banco Central como instrumento de controle da inflação. O que se pode observar, contudo, é que os juros bancários vêm crescendo em uma escala muito maior do que vinha ocorrendo com a SELIC .Bastante contestados até mesmo por economistas internacionais, os elevados juros bancários aplicados no Brasil causam impacto tanto nas empresas quanto nas finanças dos consumidores. Tal cenário, aliado a outros fatores, contribui para o forte aumento da inadimplência. Os juros cobrados pelos bancos no Brasil estão entre os maiores do mundo, o que possibilita a constante alta do “spread bancário”. O “spread” é um índice calculado pela diferença entre o que os bancos pagam de remuneração pelos recursos captados (como a caderneta de poupança – no caso das pessoas físicas) e o que cobram nas operações de crédito. Com a alta dos juros nos empréstimos bancários, aliada ao salto no índice de desemprego, a taxa de inadimplência entre os clientes. Diante de um cenário de incertezas, bancos e empresas buscam medidas para se resguardarem ao máximo. Uma das estratégias adotadas, no caso dos bancos, é justamente o aumento dos juros, o que limita o número de pessoas em condições de contrair empréstimos.
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