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ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL

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ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL (AIJ)
Definição: É um processo inflamatório crônico, autoimune, idiopático (desencadeado por causas multifatoriais em crianças com pré-disposição genética), com manifestações extra‑articulares que variam de acordo com o tipo de início. Engloba artrites crônicas (persistência > 6 semanas) com início até os 16 anos de idade.
Epidemiologia: É a doença reumática crônica mais frequente na faixa etária pediátrica
Classificação e Quadro clinico: 
Critério proposto pela International League of Associations for Rheumatology (ILAR) que classifica os 7 tipos de AIJ de acordo com as manifestações clínicas e laboratoriais predominantes nos primeiros 6 meses de doença:
	SISTEMICA
	Ambos os sexos e em qualquer faixa etária, sendo mais frequente entre 1 e 5 anos de idade.
Febre acima de 39°C com duração > 2s, sendo diária por pelo menos 3 dias e um ou mais dos seguintes fatores: 
Exantema
Adenomegalia generalizada;
Serosite, pleurite ou pericardite;
Hepatomegalia e/ou esplenomegalia
ARTRITE: Poliarticular e simétrica, mais frequente em joelho, punho, tornozelo, quadril e coluna cervical. 
LABORATORIO: 
HMG: Anemia, leucocitose e plaquetose; 
PCR e VHS: elevadas; 
FR: negativo;
Anticorpo antinuclear (ANA): negativo.
FATORES DE PIOR PROGNÓSTICO: idade de início abaixo de 6 anos, duração da doença por mais de 5 anos, persistência das manifestações sistêmicas, plaquetose por mais de 6 meses, artrite de quadril, diminuição do espaço articular e erosão óssea.
	OLIGOARTRITE:
PERSISTENTE
[não compromete mais de 4 articulações na evolução da doença]
ESTENDIDA 
[compromete mais de 4 articulações na evolução da doença]
	Predomina no sexo feminino e tem idade de início abaixo de 6 anos, com pico entre 1 e 2 anos.
Artrite em até 4 articulações nos primeiros 6 meses de doença, assimétrica, principalmente em membros inferiores, sendo joelhos e tornozelos as mais acometidas;
Presença de uveíte assintomática (Fazer acompanhamento com oftalmologista);
LABORATORIO: 
PCR e VHS: normais ou pouco elevadas;
ANA: positivo
FR: negativo
FATORES DE PIOR PROGNÓSTICO: artrite de quadril, tornozelo e punho; intenso ou prolongado aumento nas provas de fase aguda e erosão ou diminuição do espaço articular. 
	POLIARTRITE FR -
	Artrite em 5 ou mais articulações durante os primeiros 6 meses de doença com FR negativo.
ARTRITE: assimétrica, afetando joelho, punho, quadril e tornozelo.
	POLIARTRITE FR +
[Maior risco de evoluir para erosão óssea e incapacidade funcional].
	Artrite em 5 ou mais articulações e FR positivo, em 2 dosagens com intervalo de 3 meses, durante os primeiros 6 meses de doença.
ARTRITE: simétrica, afetando qualquer articulação exceto coluna torácica e lombossacral.
MANIFESTAÇÕES EXTRA‑ARTICULARES: Nódulos subcutâneos, vasculite e, raramente, insuficiência aórtica e síndrome de Felty;
FATORES DE PIOR PROGNÓSTICO: artrite de quadril ou coluna cervical e erosão ou diminuição do espaço articular.
	ARTRITE PSORIÁSICA
	Predomínio em meninas, com dois picos de idade de início: pré‑escolar ou adolescência.
Artrite e psoríase ou artrite ou psoríase e pelo menos 2 dos seguintes:
Dactilite;
Edema de um ou mais dedos;
Onicólise ou unha em dedal ou psoríase em parente de 1º grau;
ARTRITE: oligoarticular, em articulações interfalângicas das mãos e pés. Sacroileíte ocorre principalmente nos adolescentes. 
LABORATORIO: 
PCR E VHS: normais ou pouco elevadas;
ANA: positivo (principalmente nos casos de uveíte);
FR: negativo.
	ARTRITE RELACIONADA À ENTESITE
	Predomina no sexo masculino, acima dos 6 anos, com pico de início aos 12 anos.
Artrite e entesite (dor nos pontos de inserção do tendão no osso) ou artrite ou entesite e 2 dos seguintes fatores:
História de dor inflamatória em articulação sacroilíaca e/ou coluna lombossacral;
Antígeno HLA B27 positivo;
Início em meninos maiores de 6 anos de idade; 
Uveíte anterior aguda;
História de espondilite anquilosante, artrite relacionada à entesite, sacroileíte com doença inflamatória intestinal, síndrome de Reiter em parente de 1º grau;
ARTRITE: oligoarticular e assimétrica; compromete inicialmente as articulações periféricas de membros inferiores e, posteriormente, coluna lombossacral e torácica, podendo evoluir para espondilite anquilosante.
MANIFESTAÇÕES EXTRA‑ARTICULARES: doença inflamatória intestinal associada à artropatia; entesite; uveíte anterior aguda sintomática com hiperemia, fotofobia e dor recorrente, em geral unilateral. Quando persistente, pode evoluir com perda da visão. 
LABORATORIO: 
PCR e VHS: normais ou pouco elevadas; 
Antígeno HLAB27: positivo;
ANA: negativo;
FR: negativo.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM): detecta alterações iniciais das articulações sacroilíacas, muitas vezes ainda não visíveis na radiografia simples. 
FATORES DE PIOR PROGNÓSTICO: Erosão ou diminuição do espaço articular nos exames de imagem
	ANTRITE INDIFERENCIADA
	Artrite que não preenche critério de nenhuma categoria ou de mais de um tipo de início.
Diagnóstico: clínico e de exclusão.
Tratamento: 
Anti‑inflamatórios não hormonais (AINH)
 
Efeitos adversos:
Tubo digestivo: Inibidores de Bomba de Protons
Renal: monitoração periodicamente com hemograma, análise de urina e transaminases.
Glicocorticoides 
Drogas modificadoras de doença (usadas quando não há controle por AINH nem glicocorticoides) 
Anti-TNF-alfa
Imunoglobulina endovenosa:
A imunoglobulina por via EV na dose de 2 g/kg é usada ocasionalmente nas manifestações sistêmicas da AIJ sistêmica, sobretudo para tratar a síndrome de ativação macrofágica. 
Tratamento multidisciplinar (Fisioterapia, Psicoterapia, Odontologia)
Tratamento da uveíte (Oftamologista)
Imunização - Devem ser feitas revisão e atualização das imunizações recebidas pela criança por ocasião do diagnóstico antes de iniciar medicação imunossupressora.

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