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“As Propriedades Mecânicas são responsáveis pela resposta do material quando submetido à ação de forças externas”, e podem ser divididas em duas categorias: * As Propriedades de Rigidez ou Elasticidade; * As Propriedades de Resistência. Rigidez ou Módulo de Elasticidade Segundo a NBR 7190/97, a rigidez corresponde ao valor médio do módulo de elasticidade determinado na fase de comportamento elástico-linear; A madeira pode ser considerada como material elástico-linear para a maioria das aplicações estruturais; A madeira é um material ortotrópico, suas propriedades de elasticidade são diferentes, variando de acordo com a direção das fibras em relação à direção de aplicação da força; A NBR 7190/97 trabalha com os seguintes valores de módulo de elasticidade: O módulo de elasticidade longitudinal (E0), determinado através do ensaio de compressão paralela às fibras da madeira; O módulo de elasticidade normal (E90 = G), que pode ser determinado através de ensaio ou representado como uma fração do módulo longitudinal através da relação: E90 = E0/20; O módulo de elasticidade à flexão (EM), que pode ser determinado através de ensaios (NBR 7190/97), podendo também pode ser relacionado com o módulo de elasticidade longitudinal: - Coníferas EM = 0,85 E0 - Dicotiledôneas EM = 0,90 E0*- Poisson nenhuma cons. Resistência A norma NBR 7190/97 define resistência como sendo “a aptidão da matéria de suportar tensões”. Esta corresponde a máxima tensão aplicada a corpos de prova isentos de defeito até a ruptura ou deformação especifica excessiva, e são diferentes em relação aos três eixos principais: a) Compressão Existem três tipos solicitações que podem submeter a madeira à compressão, são elas: a paralela; a normal; a inclinada em relação às fibras. Devido à ação conjunta das fibras, a madeira apresenta maior resistência à compressão quando a solicitação é paralela às fibras; No caso da solicitação normal, o que ocorre é o esmagamento das células, e conseqüentemente uma menor resistência para este tipo de solicitação (25% da resistência à compressão paralela); A compressão inclinada às fibras é um misto de compressão normal e compressão paralela, sendo determinados a partir da equação de Hankinson. 290 2 0 900 0 cossen cc cc c ff fff As Figuras a seguir, ilustram de forma simplificada o comportamento da madeira quando solicitada à compressão: Compressão paralela Compressão Normal Compressão paralela Compressão Normal Paralela Normal Inclinada b) Tração Na tração existem dois tipos solicitações que podem ocorrer nas peças de madeira: a normal a paralela As propriedades da madeira p/ estas solici- tações variam signifi- cativamente; A ruptura p/ tração paralela pode ocorrer devido ao deslizamento entre células ou pelo alongamento e poste- rior ruptura da parede celular; A ruptura p/ tração normal ocorre por se- paração ou arranca- mento das células. Em todos os casos a madeira apresenta baixos valores de deform. Paralela Normal c) Cisalhamento Três são os tipos de cisalhamento que podem ocorrer nas peças de madeira: cisalhamento vertical; cisalhamento horizontal; cisalhamento perpendicular Horizontal Perpendicular Vertical * cisalhamento vertical caracterizado pela deformação das células de madeira perpendicularmente ao eixo longitudinal (não é considerado crítico); cisalhamento horizontal refere-se a força aplicada no sentido longitudinal às fibras, conduzindo a peça à ruptura através do escorregamento entre as células madeira (o mais crítico); cisalhamento perpendicular refere-se a força perpendicularmente às linhas dos anéis de crescimento (tendência das células de madeira rolarem transversalmente uma sobre as outras). Vertical Horizontal Cisalhamentos mais comuns em peças Estruturais d) Flexâo Flexão simples, ação conjunta de esforços de compressão para- lela às fibras, tração paralela às fibras, ci- salhamento horizontal e nas regiões de apoio compressão normal. Tipos de Esforços gerados pela Flexão Tipos de caracterização Podem ser divididos em duas categorias: a caracterização da resistência e a caracterização da rigidez (Anexo B da NBR 7190/97). Caracterização da resistência *Na classificação de um lote de madeira p/ a utilização estrutural, a NBR 7190/97 específica três procedimentos q/ podem ser adotados p/ a caracterização das propriedades de resistência da madeira: a) Caracterização Completa; b) Caracterização mínima; c) Caracterização simplificada. a) Caracterização completa da resistência da madeira Recomendada para espécies de madeira desconhecidas: Resistência à compressão paralela às fibras (fwc,0 ou fc,0); Resistência a tração paralela às fibras (fwt,0 ou ft,0); Resistência à compressão normal às fibras (fwc,90 ou fc,90); Resistência à tração normal às fibras (fwt,90 ou ft,90); Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras (fwv,0, ou fv,0); Resistência ao embutimento paralela às fibras (fwe,0 ou fe,0); Resistência ao embutimento normal às fibras (fwe,90 ou fe,90); Densidade básica. b) Caracterização mínima da resistência de espécies pouco conhecidas Este tipo de caracterização é recomendado para espécies de madeira pouco conhecidas, e consiste na determinação das seguintes propriedades: Resistência à compressão paralela às fibras (fwc,0 ou fc,0); Resistência à tração paralela às fibras (fwt,0 ou ft,0); Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras (fwv,0 ou fv,0); Densidade básica; Densidade aparente. c) Caracterização simplificada da resistência Tipo de caracterização utilizado para espécies usuais de madeira. Segundo a NBR 7190/97 esta caracterização pode ser feita a partir dos ensaios de compressão paralela às fibras, adotando-se as seguintes relações para os valores característicos das resistências: 25,0 f f 0,1 f f ff 77,0 f f k,0c k,90c k,0c k,0e k,0tk,tM k,0t k,0c - Para coníferas: 15,0 f f k,0c k,0v - Para dicotiledôneas: 12,0 f f k,0c k,0v Caracterização da rigidez *Pode ser realizada de duas maneiras: a caracterização completa e caracterização simplificada, podendo ainda ser feito através de ensaios de flexão. Geralmente, este tipo de caracterização é realizado juntamente com a caracterização da resistência. a) Caracterização completa De acordo com a NBR 7190/97, este tipo de caracterização deve ser feito através da determinação dos seguintes valores (U = 12%), com a realização de pelo menos dois ensaios: Valor médio do módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras (Ec0,m); Valor médio do módulo de elasticidade na compressão normal às fibras (Ec90,m); Admite-se Ec0,m = Et0,m. b) Caracterização simplificada * Pode ser feita apenas na compressão paralela às fibras: Valor médio do módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras (Ec0,m); Na direção normal vale a relaçãoEc90 =Ec0 /20 c) Caracterização por meio de ensaio de flexão *Na impossibilidade de realização de ensaio de compressão simples, a NBR7190/97 permite avaliar o módulo de elasticidade Ec0,m por meio de ensaio de flexão, admitindo-se as seguintes relações: -Para coníferas: EM = 0,85 Ec0; - Para dicotiledôneas: EM = 0,90 Ec0
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