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Respostas Caderno ENADE Responsabilidade Civil

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RESPONSABILIDADE CIVIL
QUESTÃO 1: 
SUGESTÃO DE GABARITO: É típico caso de responsabilidade da Administração Pública pela culpa anônima ou falta do serviço. Cabe ao Município a preservação da via pública de modo a mante- la segura,confiável para quem por ela trafega. Não é caso de responsabilidade objetiva prevista no art. 37 § 6º da CF, porque aqui trata-se de omissão genérica da Administração. Foi a falta do serviço de manutenção da via pública que ensejou as condições de não se evitar o evento. Paulo poderá pleitear indenização por danos emergentes (prejuízo com a destruição do veículo, despesas médicas), lucro cessante (tempo que ficou sem trabalhar) e dano moral. 
 QUESTÃO 2: 
SUGESTÃO DE GABARITO: O Banco tinha obrigação de devolver o veículo a Antônia tal como o recebeu. No tempo que o teve como depositário tinha o dever de conservar o veículo, o que não ocorreu. Pode Antônia pleitear indenização por dano material, na modalidade de dano emergente correspondente à quantia necessária para o conserto do veículo - valor das peças, acessórios, mão de obra etc, e lucro cessante, aquilo que razoavelmente deixar de ganhar enquanto o veículo não for consertado. Se Antônia provar que não pôde fornecer as quentinhas, deixando assim de ganhar R$ 120,00 diários, esse será um critério razoável para se estabelecer a indenização pelo lucro corrente. Dano moral poderá ser pleiteado, mas não será certo o seu deferimento.
 QUESTÃO 3: 
SUGESTÃO DE GABARITO: A previsibilidade é o limite mínimo para a ocorrência da culpa. Previsibilidade é possibilidade de previsão. O agente não representa mentalmente o resultado mas poderia fazê-lo se tivesse o cuidado necessário. Não previu o resultado porque não teve a diligência devida. Se o resultado não é previsível mesmo para aquele que não falta com o dever de cuidado (resultado imprevisível), não há que se falar em culpa porque esta, repita-se, tem por limite mínimo a previsibilidade. No caso, a responsabilidade de Antônio (motorista jovem) é subjetiva, fundada na culpa. Esta tem por elemento mínimo a previsibilidade. O fato imprevisível não pode ser evitado, por maior que seja a conduta do agente. Só por ter 75 anos de idade não importa dizer que a pessoa pode morrer por algum dissabor ou aborrecimento. José morreu porque tinha um problema cardíaco, e se Antônio não tinha conhecimento, não pode ser responsabilizado pela morte de José. Em suma, embora Antônio tenha dado causa ao evento morte, por ele não responde porque não houve culpa de sua parte.
 QUESTÃO 4: 
SUGESTÃO DE GABARITO: O motorista que age em estado de necessidade e causa dano em terceiro que não provocou o perigo deve a este indenizar, com direito regressivo contra o que criou o perigo (arts.188, II e 929 do CC). Apesar da absolvição na esfera criminal por excludente de ilicitude, na seara cível Marcos deverá indenizar João, fundada na responsabilidade civil por ato lícito de acordo com o Parágrafo Único do art. 188, inciso II c/c 929 do CC. Tal reparação é fundada na equidade para recompor o estado originário, pois, não é justo deixar a vítima lesionada para que o agente exerça o seu próprio direito. Ementa ¿ RESP 209062 - RJ RESPONSABILIDADE CIVIL. Estado de necessidade. Ônibus. Freada que provoca queda de passageiro. - A empresa responde pelo dano sofrido por passageira que sofre queda no interior do coletivo, provocada por freada brusca do veículo, em decorrência de estilhaçamento do vidro do ônibus provocada por terceiro. - O motorista que age em estado de necessidade e causa dano em terceiro que não provocou o perigo, deve a este indenizar, com direito regressivo contra o que criou o perigo. Arts. 188 c/c 929 e 930 do CC 
QUESTÃO 5: 
SUGESTÃO DE GABARITO: Temos no caso típico fato do produto. O que causou o trágico acidente foi o defeito do ralo ou filtro (produto) da piscina por não ter oferecido a segurança legitimamente esperada. Não é previsível, nem concebível que o ralo de uma piscina sugue a água com tal intensidade que deixe uma pessoa presa pelos cabelos. A ação indenizatória deverá ser ajuizada contra o fabricante do filtro com base no art. 12 do CDC. Pode também ser admitida como correta a resposta do aluno que entender ser o condomínio responsável pela atividade perigosa (art. 927, parágrafo único do C.Civil) se sustentar que o ralo (ou filtro) da piscina não foi corretamente instalado e que o condomínio não exerceu o devido e necessário controle para o seu normal funcionamento. Ver RESP 1081432/SP Ementa: CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AFOGAMENTO. CRIANÇA. PISCINA DE CONDOMÍNIO EDILÍCIO. SUCÇÃO DOS CABELOS DA VÍTIMA PELO SISTEMA DE DRENAGEM E FILTRAGEM DA PISCINA. ESTADO VEGETATIVO PERMANENTE. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. CULPA CONCORRENTE DA GENITORA. DESCUIDO QUANTO AO DEVER DE VIGILÂNCIA. INEXISTÊCIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. CUMULATIVIDADE. DOTE. ART. 1.538, § 2º, DO CC/1916. ACÓRDÃO ASSENTADO EM FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. RESPONSABILIDAE DA EMPRESA FABRICANTE DO SISTEMA DE FITLRAGEM INSTALADO DE FORMA INADEQUADA PELO CONDOMÍNIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. REEXAME DO 29 CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 07/STJ. RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA DO CONDOMÍNIO PELOS DANOS MORAIS DECORRENTES DA MORA NA INDENIZAÇÃO DA VÍTIMA. COMPENSAÇÃO DE VERBAS INDENIZATÓRIAS DE DANOS MATERIAIS E VERBAS ALIMENTARES. IMPOSSIBILIDADE. 1. Ação indenizatória por danos materiais e morais, promovidas por mãe e filha menor em decorrência do afogamento desta última ¿ que lhe impôs condição de vida em estado vegetativo permanente ¿ em decorrência da sucção de seus cabelos pelo sistema de dreno/filtragem super dimensionado e indevidamente instalado no fundo da piscina condominial. 
QUESTÃO 6: 
SUGESTÃO DE GABARITO: No caso não se aplica o artigo 37, § 6º da CRFB/88 (responsabilidade objetiva do Estado) porque a pneumonia não foi causada pela atividade estatal (agentes do Estado). É caso de responsabilidade por omissão. O Estado só responderá se deixou de prestar ao prisioneiro os cuidados médicos devidos. Também não se pode falar em omissão específica porque não há prova de que o Estado teria criado, por sua omissão, situação propícia para a ocorrência da pneumonia, tal como ocorre no caso de morte de detento por ação de outro detento. No caso, o Estado só poderá ser responsabilizado por culpa (culpa anônima), se resultar provada a falta do serviço. Por exemplo, que tendo se manifestada a doença, o Estado se omitiu quanto ao atendimento médico necessário.

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