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Fraude Contábil na WorldCom

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Disciplina: Governança Corporativa e Ética Empresarial
Curso: Gestão Financeira e Controladoria
Fraude Contábil na WorldCom
Resumo
Em 21 de julho de 2002, o WorldCom Group, uma empresa de telecomunicações com faturamento superior a $30 bilhões em ativos e 60.000 funcionários, requereu proteção contra a falência conforme o Capítulo 11 do Código Americano de Falência. Dezessete mil funcionários perderam seus empregos, a empresa também prejudicou 20 milhões de clientes de varejo, dentre outros.A origem da Worldcom remonta à divisão da AT&T, em 1983. A LDDS começou com cerca de $650.000 em capital, mas logo acumulou $1.5 milhões em débitos, a empresa voltou-se para Bernard J. (Bernie) Ebbers, um dos nove investidores originais. Ele levou menos de um ano para tornar a empresa lucrativa. 
Ebbers focou a jovem empresa no crescimento interno, essa estratégia proporcionou economias de escala, a LDDS cresceu rapidamente através de aquisições no Sul e no Oeste estadunidenses e se expandiu internacionalmente mediante aquisições na Europa e na América Latina. No fim de 1993, a LDDS era a quarta maior operadora de longa distância nos Estados Unidos. Em 1996, a WorldCom entrou no mercado de serviços locais comprando a MFS Communications Company, Inc.,$12,4 bilhões, comprou a segunda maior operadora do país por $42 bilhões representou naquele momento a maior oferta pública na história do País.Em 1999, a WorldCom tentou adquirir a Sprint, mas em julho de 2000 o departamento de justiça dos EUA, se recusou a permitir a fusão. 
O crescimento da WorldCom com as aquisições conduziu a uma miscelânea de pessoas e culturas. Nós tínhamos escritórios em lugares que nem conhecíamos. O departamento de Recursos Humanos estava na Flórida e o departamento jurídico em Washington D.C. Cada departamento tinha suas próprias regras e estilo de gerência. Ninguém falava a mesma língua. A WorldCom incentivou uma atitude sistemática, conduziu de cima para baixo, de que os funcionários não deviam questionar seus superiores, e sim fazer simplesmente o que lhes fosse dito. Na rápida expansão dos anos 1990, a WorldCom focou-se na geração de receitas e na aquisição de capacidade suficiente para assegurar o crescimento esperado. A pressão pelo crescimento da receita incentivava os gerentes a gastar tudo que fosse necessário para obtê-la, as condições da Indústria começaram a se deteriorar em 2000, devido à maior competição, Companhias de comunicação em declínio e novos entrantes reduziam drasticamente os preços, a relação D/R da WorldCom era aproximadamente 42% no primeiro trimestre de 2000, Ebbers sofrendo pressão fez um discurso pessoal e emocionado ao alto escalão.
Ao longo de 1999 e 2000, Sullivan orientou a sua equipe de funcionários a reverter provisionamentos que ele considerava altos demais em relação aos pagamentos futuros, em certa ocasião, Myets pediu a David Scheneeman, CFO para reverter provisionamentos relativos às linhas de sua unidade de negócios, os empregados do departamento de Contabilidade Geral também fizeram reversões de provisionamentos de alguns departamentos sem consultar os gestores sêniores desses departamentos. Sobraram poucos provisionamentos para reverter então Sullivan planejou uma solução criativa, mandou identificar os custos do excesso de capacidade da rede. Ebbers ouviu as preocupações dos contadores, então falou com Vision e Normand sobre seus planos de demissão, se viram em uma posição difícil pois as receitas no trimestres eram as piores do que esperavam.
Sendo assim, a Cooper começou uma auditoria operacional de rotina nos gastos de capital da empresa, com isso decidiram também expandir o escopo de auditoria interna e conduzir uma auditoria financeira. O auditor externo independente era Arthur Andersen, ele fazia a auditoria à moda antiga, com isso adotou medidas mais eficientes e mais sofisticadas. A Andersen focou principalmente no risco de que as receitas da WorldCom fossem incorretamente apuradas por causa de erros ou de registros imprecisos, não por erro deliberado de informação, sendo que o programa de software avaliou como cliente de alto risco, sendo que não mudaram sua abordagem analítica de auditoria. A WorldCom reteve informações, adulterou documentos, omitiu informações, etc.
Além do seu tempo integral, Ebbers tinha adquirido e controlava diversos negócios, quando as ações começaram a declinar ele recebeu ligações de banqueiros para cobrir as diferenças, começou então a vender ações para cobrir essas diferenças, os diretores afim de ainda salvar a empresa de um colapso financeiro pediram explicações a Ebbers sobres os empréstimos tomados junto a empresa. A decadência da empresa começou em julho de 2002, a auditoria da Cooper descobriu $3 bilhões em despesas e mais $500 milhões em despesas de computadores, tinham feitos vários lançamentos sem ter embasamentos. Os lucros da empresa tinham sido inflados por quatro trimestres em $3,8 bilhões, sendo que as ações da empresa despencaram, com isso a SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a WolrdCom. O Departamento de Justiça dos EUA indiciou Bernie Ebbers, Betty Vision, David Myers e Buford Yates, foram julgados e sentenciados e Cynhia Cooper permaneceu como executiva sênior de Auditoria Interna da WorldCom sendo que mais tarde ela deixou a empresa para se tornar consultoria e palestrante sobre liderança e ética e moral.
Análise 
Uma Empresa no ramo de telecomunicações nos EUA, começou por baixo como qualquer outra dentro da sua realidade financeira, tomou gosto pelos negócios, começou a enxergar um horizonte viável, contratou então um executivo, no início teve prejuízos mas quando a empresa tomou forma os negócios começaram a prosperar, mais tudo tem seu preço no meio empresarial. A Governança dentro de uma empresa tem que se tomar um cuidado que pode acarretar tanto no sucesso quanto no fracasso, o que houve com a WorldCom o que ela quis apresentar para o mercado os balanços financeiros, com lucros capazes de enganar o investidores que na verdade se baseava em dados maquiados pelos contadores funcionários da WorldCom, fazendo lançamentos fictícios. Os executivos da empresa tentava distorcer dados afim de obter ganhos imensuráveis a cada trimestre, sendo assim tomaram gosto de maquiar dados, formando uma bolha financeira que podia estourar a qualquer momento. 
Claro que se tratando de Ética Profissional ali se passava longe, aonde todos estavam se preocupando o que fazer para se ter ganho acima do lucro realmente obtido. Mas muito se pergunta o porque de não enfrentar esse tipo de problema quando ocorre dentro da Empresa, pode ser que sua análise crítica pode acarretar em pontos que pode levar a sua demissão ou até a sua promoção, mas temos que tomar esse cuidado porque os contadores nada fizeram para reverter e assim a cada balanço apresentado maquiavam números para o mercado financeiro afim de ter ganhos, toda empresa ela precisa de transparência seja ela qual for.
 Uma forma de mostrar para o mercado é contratar uma auditoria, somente ela pode dizer aonde você pode melhorar para crescer ou até pode mostrar aonde está errando para reverter. A WorldCom como ela tinha um esquema de corrupção dentro da empresa afim de coagir cada um dentro da sua função, ela tinha que apresentar documentos que comprovasse a sua idoneidade, vimos que uma auditoria interna não ia mostrar ao mercado o que realmente estava acontecendo, números maquiados, pessoas ligadas ao coração da empresa afim de se auto beneficiar. Então foi contratada uma auditoria independente, aí sim podemos ver como é um profissional competente que mostra a todos aonde o erro estava acontecendo, foram feitas inúmeras correções contábeis, o mundo das telecomunicações desabou, ações da empresa pulverizaram dentro da realidade dos balanços apresentados. Uma empresa até ontem solúvel, hoje nada era pois as dívidas aumentaram se mostrando impagáveis, investidores sumiram pois quem ia investir em uma empresa que apresentava balanços que nada tinha a ver com a realidadeapresentada. 
Podemos ver quando pessoas sérias trabalham podendo mostrar que pode fazer a diferença mesmo com pressão, apresentando resultados reais que foi o caso de Cynthia Cooper uma mulher de garra e competência pois trabalhar na WorldCom como Auditora Independente, não se vendendo à dados fictícios soube mostrar a realidade financeira da empresa que nada mais fez um trabalho honesto, eficaz e ainda continuou trabalhando mesmo com a indiferença profissional.

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