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Notas sobre o Direito Constitucional Israelense A Revolução Constitucional e a Constituição Escrita do Estado de Israel Prof. Vicente Riccio Sistema Jurídico Sistema jurídico misto: Origem de Israel Sec. XX a.C ao sec. I (ascensão do Cristianismo) Império turco-otomano 1° Guerra Mundial “Terra sem povo, para povo sem terra.” (final do sec. IX) Prof. Vicente Riccio Origem de Israel Mandato Britânico Carta da Liga das Nações 2° Guerra Mundial Plano de Partilha da ONU 52% - 1/3 Exigência de uma Constituição 1- A Constituição de Israel: Da Constituição Oral à Constituição Escrita Ausência de um documento consolidado; Inércia do Poder Legislativo; Desenvolvimento autônomo; Ativismo judicial da Suprema Corte. 1.1- Status Normativo da Declaração de Independência Declaração de criação do estado de Israel (1947) Declaração de independência do estado de Israel (Pós guerra de independência - 1948) Declaração de independência não possui força de lei Ausência de consenso público X Assembleia constituinte ( criação de uma constituição) Prof. Vicente Riccio 1.2- Leis Básicas: origens e funções Conselho Provisório Judaico transfere o poder constituinte originário para o primeiro Knesset Lei de transição 1949 (fonte formal do poder constituinte israelense) Declaração de Harari 1950 (proposta de uma constituição) Leis básicas (evolução do direito constituinte) 1°- Primeira barreira formal para o legislativo 1958 Status normativo superior 1995 1.3- Há necessidade de uma Constituição para o Estado de Israel? Declaração de partilha que cria o Estado de Israel- Resolução 181; Argumentos Favoráveis: Necessidade em estabelecer obrigações e deveres às instituições; Respeitar a Resolução 181 da ONU; Valor simbólico de uma constituição, como representação de um Estado Democrático; A constituição como elemento chave para processos de integração do povo Judeu; Prof. Vicente Riccio 1.3- Há necessidade de uma Constituição para o Estado de Israel? Argumentos Contrários: Ideia que de que a constituição é um documento ultrapassado e, portanto, desnecessária para se consolidar uma democracia; O exemplo do Reino Unido; O fato de apenas uma minoria de judeus estar em Israel; Perigo da “Guerra Cultural” A elaboração de uma constituição não é uma causa prioritária para o Estado de Israel; 1.4- Knesset como Poder Legislativo e Poder Constituinte A autorização do poder constituinte Jurisprudência minoritária Essência do poder Pressupõe procedimento legal específico 2- Modelos de Controle de Constitucionalidade Limites aos Poderes do Estado; Incorporação de leis do Mandato Britânico; Controle de constitucionalidade sobre os atos administrativos; Limite formal ao Knesset; Regulamentação dos Direitos Humanos. 2.1- Modelo Kol há Am (1953) Marca o início do controle de constitucionalidade exercido pela Suprema Corte de Israel. Foca nos atos administrativos, controlando indiretamente as decisões. Decisão Kol ha Am, HCJ 73/53 Ministro do Interior suspende publicações de jornais comunistas, alegando ameaça a paz pública. 2.1- Modelo Kol há Am (1953) Após recurso dos jornais a Suprema Corte, esta admite haver violação do Direito de Liberdade de Expressão e abuso de poder por parte do Ministro, suspendendo a censura. Suprema Corte valida sua decisão nos fundamentos democráticos do regime, devido a ausência de constituição escrita. O precedente inaugura o ativismo jurídico da Suprema Corte e sua preferência pelo Direito natural, assim como hierarquia jurídica. 2.2- Modelo Bergman (1969) Inaugura obstáculos legais, baseados na interpretação da Lei Básica “O Knesset” (1958). Os artigos 4 e 46 da Lei Básica referida delimitam que, respectivamente, as eleições devem ser iguais, gerais, nacionais, diretas, secretas e proporcionais; sendo qualquer alterações somente possíveis por decisão de maioria absoluta do Knesset. Em 30 de Abril de 1969, a Suprema Corte emite uma ordem contra o Ministro da Fazenda e o Controlador do Estado, fundamentada pelo modo como foi aprovada a lei de Financiamento dos Partidos. Devido ao financiamento dos partidos eleitorais, a igualdade das eleições e dos candidatos é questionada. 2.2- Modelo Bergman (1969) Quórum não respeitado. A Corte foi flexível sobre a possibilidade de alterações ao artigo 4 da Lei Knesset, caso houvesse maioria absoluta no parlamento, porém sua preferência pela lei de igualdade é clara. “(...) que preferimos a construção que preserva a igualdade de todas as pessoas perante a lei sobre uma que reduz a nada. Isso fortalece a nossa construção da provisão de igualdade constante no artigo 4.” Suprema Corte mais uma vez demonstra preferência por leis superiores e princípios norteadores, típicos de constituições escritas. 2.3- Modelo Banco Mizrahi Controle de constitucionalidade Banco Mizrahi Vs Lei Gal Lei básica - Topo da pirâmide normativa do direito constitucional israelense Crítica ao ativismo judicial 2.4- A revolução Constitucional Declaração de Harari; Leis Básicas de 1992 e 1994 1992: “Dignidade da pessoa humana e sua liberdade.” 1994: “Liberdade de Ocupação.” Hierarquia normativa superior das leis Básicas; Reações heterogêneas da sociedade; 2.4- A revolução Constitucional Pontos Polêmicos: Ausência de uma Assembleia constituinte; O fato da Revolução constitucional começar justamente quando se elaborou a Lei básica sobre propriedades, mostra um caráter tendencioso em se priorizar Direitos econômicos em detrimento de Direitos Sociais; Novo modelo de controle de constitucionalidade; Considerações Finais Banco Mizrahi Neguev Revolução Constitucional Integrantes Brener Guilherme de Oliveira Machado Hallyson Waynner de Oliveira Tranquilino Júlia Junqueira Guimarães Nathan Silva Coutinho Vanderlúcio de Oliveira Júnior Professor Vicente Riccio Referências Notas sobre o Direito Constitucional Israelense: A Revolução Constitucional e a Constituição Escrita do Estado de Israel – TATIANA WAISBERG Há 67 anos, a ONU proclamou a criação do Estado de Israel - YOUTUBE
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