Os primórdios da ciência na Grécia Clássica

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PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO II
Aula 3: Os primórdios da ciência - o contexto histórico da Grécia Clássica.
Tema da Apresentação
 Aula 3 Os primórdios da ciência - o contexto histórico da Grécia Clássica.
PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO II
Objetivos desta aula:
Compreender o contexto histórico que marcou o surgimento do pensamento filosófico-científico;
Entender o sentido do conceito de ciência, do conhecimento científico, no pensamento dos grandes filósofos - Sócrates, Platão, Aristóteles e Mundo Helenístico;
	
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Um longo período de transição e transformação da sociedade grega:
alteram o papel do pensamento mítico; 
 geram a perda de seu poder explicativo;
 tornam possível o surgimento do pensamento filosófico-científico no séc. VI a.C. - cuja referência fundante é Tales de Mileto.
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O contexto histórico de transformações: O surgimento do pensamento filosófico-científico.
 
. Decadência da civilização micênico-cretense na Grécia (séc XII a.C.); decadência da estrutura baseada numa monarquia divina (poder da classe sacerdotal, poder político hereditário, aristocracia militar, economia agrária);
. Invasão da Grécia pelas tribos dóricas vindas da Ásia Central (900/750 a.C.); surgimento das cidades-Estado; participação política dos cidadãos, secularização da sociedade; religião tem seu papel reduzido  nova ordem econômica centrada em atividades comerciais e mercantis;
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O pensamento mítico (apelo ao sobrenatural e ao mistério) vai deixando de satisfazer às necessidades da nova organização social, mais preocupada com a realidade concreta, com a atividade política mais intensa e com as trocas comerciais  nasce o pensamento filosófico-científico (Tales de Mileto). 
Mileto - colônia grega, importante porto comercial; cidade onde conviviam diferentes culturas … devio aos interesses comerciais; cidades cosmopolitas onde reinava um certo pluralismo cultural - diversas línguas, tradições, cultos e mitos; 
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As bases do pensamento filosófico-científico e suas principais contribuições
 
Conjunto de noções que tentam explicar a realidade / as raízes da nossa tradição filosófico-científica que rompem com a narrativa mítica (6 noções):
 
a physis - a natureza; o objeto de investigação dos primeiros filósofos é o mundo natural; a chave da compreensão da realidade natural encontra-se nesta própria realidade e não fora dela (ex: não no sobrenatural); 
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a causalidade - explicar é relacionar um efeito à uma causa que o antecede e o determina; é tomar um fenômeno como efeito de uma causa que também acaba gerando a necessidade de se estabelecer uma causa primeira - um princípio, a arqué;
a arqué (elemento primordial) - um princípio básico que permeia toda a realidade, que a unifique e que seja um elemento natural, um caráter geral, que inaugura a ciência;
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o cosmo - para os gregos liga-se às idéias de ordem, harmonia, beleza que se opõe ao caos, a falta de ordem; a ordem do cosmo é uma ordem racional (razão como existência de princípios de leis que regem, organizam essa realidade); é a racionalidade deste mundo que o torna compreensível ao entendimento humano;
o logos - significa discurso, uma explicação em que razões são dadas; é um discurso racional, argumentativo, em qua as explicações são justificadas e estão sujeitas à crítica e à discussão - daí o termo lógica; a correspondência entre razão humana e a racionalidade do real possibilitando um discurso racional sobre o real;
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o caráter crítico - em se tratando de construções do pensamento humano, de idéias - e não de verdades reveladas, de caráter divino - estão sempre abertas à discussão, à reformulação, a correções.
“Em lugar de uma transmissão dogmática da doutrina (na qual todo o interesse consiste em preservar a tradição autêntica) encontramos uma tradição crítica da doutrina. Algumas pessoas começam a fazer perguntas a respeito da doutrina, duvidam da sua veracidade, de sua verdade. (…) o que é novo é que a dúvida e a crítica tornam-se agora parte da tradição da escola.” (Popper apud Marcondes, 1997; p. 27)
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Abrindo o baú: de Olho na Imagem.
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Os sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles. 
A base da continuidade do pensamento filosófico-científico. 
os sofistas - concepção filosófica que entende que o conhecimento é relativo à experiência humana concreta do real e que a verdade resulta apenas das nossas opiniões sobre as coisas e do consenso que se forma em torno disso; a verdade é, portanto, múltipla, relativa e mutável;
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Sócrates - se opõe aos sofistas - defende a necessidade do conhecimento de uma verdade única sobre a natureza das coisas, afastando-se das opiniões e buscando a definição das coisas; a verdade pode ser alcançada pelo método da maiêutica;
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Platão - sua concepção filosófica tem como núcleo a teoria das idéias ou formas; a filosofia é uma forma de saber que possui um caráter essencialmente ético e político (missão político-pedagógica do filósofo -… que não se contenta em atingir o saber devendo motivar as pessoas a alcançá-lo).
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Aristóteles - rejeita Platão e cria sua própria Metafísica; valoriza o saber empírico e a ciência natural, desenvolvendo uma concepção fortemente sistemática de saber; valoriza as questões metodológicas e desenvolve uma lógica que vai gerar influências até o período moderno;
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O processo de conhecimento para Aristóteles é um processo cumulativo, cada estágio pressupondo o anterior:
 1. sensação  2. memória  3. experiência  4. arte (técnica)  5. teoria/ciência. 
 sensação ou sentidos - pontos de partida do conhecimento;
 memória - capacidade de retenção dos dados para que o conhecimento vá adiante;
 experiência - tipicamente humana; é o conhecimento prático baseado na repetição … um saber fazer;
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arte ou
técnica - não há distinção entre o trabalho do sapateiro e o do escultor; é só no nível da técnica que temos a possibilidade de ensinar, já que o ensinamento envolve a determinação de regras e de relações causais, que transmitimos quando ensinamos (ex. da cozinheira);
ciência / teoria (a episteme) - conhecimento do real no sentido mais abstrato e genérico, conhecimento dos conceitos e princípios (as leis da natureza ou do cosmo); é um saber gratuito … que satisfaz uma curiosidade natural do homem: o desejo de conhecer (=/ da técnica que visa um fim específico);
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A expansão do Império Macedônico (336 a.C.)
 
. domínio do território grego - fusão da cultura grega com a cultura oriental / Período Helenístico, Mundo Helenístico.
. separação entre ciência e filosofia: escolas filosóficas em Atenas / desenvolvimento das ciências em Alexandria 
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Nesta aula, você foi capaz de:
Compreender o contexto histórico que marcou o surgimento do pensamento filosófico-científico;
Entender o sentido do conceito de ciência, do conhecimento científico, no pensamento dos grandes filósofos - Sócrates, Platão, Aristóteles e Mundo Helenístico;
	
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