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Panorama dos últimos 60 anos da Construção Civil

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MAURÍCIO SOARES DE OLIVEIRA
ELIZAMA FREITAS
PANORAMA DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL
FOZ DO IGUAÇU-PR
2017
MAURÍCIO SOARES DE OLIVEIRA
ELIZAMA FREITAS
PANORAMA DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL
Trabalho desenvolvido através de pesquisa para matéria de APS. Professor Dirceu Machado.
FOZ DO IGUAÇU-PR
2017
1. LINHA DO TEMPO
O desenvolvimento da construção civil brasileira nos últimos 60 anos apresenta importantes transformações. Enquanto a sociedade brasileira passava dos domínios rurais para ser predominantemente urbana e de base industrial, a construção tradicional cedia lentamente espaço à racionalização dos canteiros, em rumo à industrialização. No atravessar desses anos, o projeto da Pini, iniciado no pós-guerra, com o objetivo de criar uma empresa de serviços de referência em fornecimento de preços de materiais e de insumos da construção, se consolidou, em todo o território nacional, consagrando-a como parceira da construção civil.
É esse cruzamento de histórias que será apresentado. O levantamento traz os principais empreendimentos da indústria da construção brasileira no século XX.
Desse confronto, percebe-se que a arquitetura e a engenharia estavam em franco processo de desenvolvimento quando o Informador Profissional - A Construção em São Paulo (primeiro produto da PINI) foi lançado, em 1948. Na época, o País, que havia uma década embrenhara-se num esforço estatal de integração das economias regionais, investia num ciclo industrial de substituição de importações que avançou até os anos 90. 
Na época, o noticiário da PINI, então produzido pelos próprios fundadores Roberto Luiz Pini e Sérgio Pini e enviado em boletins rodados em um mimeógrafo, divulgava informações sobre as importações (principalmente bens de consumo e de máquinas) que chegavam ao porto de Santos. Os construtores ansiavam por informações sobre a chegada de cimento da Polônia ou da Dinamarca, visto que o Brasil não detinha tecnologia própria para fabricação.
Mas essa situação duraria por pouco tempo. Em 1942, Getúlio Vargas negociou a entrada do Brasil no bloco de países Aliados na II Guerra Mundial e adquiriu infra-estrutura norte-americana para construção da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), dando início à indústria de base brasileira composta por aço, cimento, petróleo e energia.
Mesmo com o desenvolvimento da época, uma década depois, 60% da população nacional ainda residia no campo. Juscelino Kubitschek assume o poder com o objetivo de dar um salto na industrialização do País, promovendo mais investimentos em energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação e - a meta principal - na nova capital, Brasília.
O Brasil passa a fabricar automóveis, eletrodomésticos, máquinas pesadas, o que cria uma forte demanda por novas vias de tráfego. O País, que até a década de 50 possuía apenas 126 mil km de estradas, assiste a uma proliferação de obras-de-arte, com rodovias transregionais que cortam e interligam o território nacional de fora a fora. Só na década de 50 são lançados a Via Dutra, o Aeroporto do Galeão, a segunda pista da Rodovia Anchieta, entre outros.
É um momento significativo em todos os aspectos. Os anos 60 anunciam um período de mudanças na arquitetura, engenharia e construção: os empregos ofertados pelos setores produtivos atraem os brasileiros para os pólos industriais e a população urbana definitivamente ultrapassa a rural; com uma mão-de-obra relativamente barata e farta e algum desenvolvimento em ciência e tecnologia, o Brasil vira referência mundial no desenvolvimento de tecnologia do concreto armado; a população urbanizada constitui demanda social e mercado para obras de infra-estrutura.
No entanto, todo esse impulso de urbanização e de industrialização, cujos símbolos principais são a construção de Brasília e a implantação da indústria automobilística, é financiado prioritariamente por investimentos estrangeiros, criando um ambiente favorável para o boom inflacionário.
Investimentos estrangeiros
Em março de 1964, o regime militar inaugura uma nova era estadista e impulsiona o chamado "milagre econômico", igualmente capitaneado por altos investimentos estrangeiros à custa do desequilíbrio das contas nacionais e de aumento da dívida externa. No campo da construção civil, o período é marcado por forte planejamento estatal e uma explosão de obras públicas (estádios, sedes de edifícios, escolas e instituições bancárias), de construção de conjuntos habitacionais, e de novos empreendimentos nas áreas de energia, telecomunicações e transporte. 
Com incremento de obras públicas, já nos anos 70, notadamente vias expressas e o metrô, a área de avaliação e perícia de empreendimentos de engenharia cresce expressivamente no Brasil e a PINI, para atender essa nova demanda, lança uma verdadeira biblioteca sobre o tema. A área de livros da empresa decola. É nesse período também que surge a PINI Sistemas, especializada na prestação de serviços de informática para o setor da Construção. No começo, a empresa produzia os Relatórios de Custos, com atualização mensal das composições do TCPO. Uma década depois, quando os primeiros microcomputadores adentraram nas empresas de engenharia, a área lançou ao mercado seu primeiro software para elaboração de orçamentos: o SICC (Sistemas Integrados da Construção Civil), em linguagem DOS, e acesso ao TCPO atualizado.
O País ingressa na chamada "década perdida" - 1980, caracterizada pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB, pelo aumento do déficit público, ampliação da dívida externa e interna e pela ascensão inflacionária. Dada a drástica redução dos financiamentos, as construtoras são obrigadas a assumir o papel de financiadores de suas unidades. O setor também protagoniza uma forte crise do emprego, com aumento da informalidade.
Com o segundo choque do petróleo e a alta dos juros externos, há o desgaste político do regime ditatorial e de mais de 80 anos de uma economia regida pelo Estado. O governo opta pela cartilha neoliberal e, a partir de 89, as grandes oportunidades de desenvolvimento industrial do Brasil despontam nos campos de biotecnologia, papel e celulose e siderurgia.
Em plena abertura da democracia, o Brasil rompe barreiras comerciais e inicia um processo de modernização com aquisição de sistemas construtivos, tecnologias e materiais estrangeiros. No setor da construção, começam a surgir certificações ISO e conceitos como qualidade, industrialização e lean construction.
2. HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL
A Engenharia Civil juntou seus primeiros tijolos, no Brasil, no período colonial, com a construção de fortificações e igrejas. Somente em 1808, com a chegada da família real e a fundação da Real Academia Militar do Rio de Janeiro nasceu a primeira escola de engenharia brasileira. Quem fazia trabalhos nessa área, naquela época, era denominado engenheiro militar, embora não exercesse a carreira militar.
É tarefa do engenheiro civil construir casas, prédios, pontes, barragens, abrir estradas e canalizar rios e córregos. Atuando sempre em parceria com outros profissionais, como o arquiteto, o topógrafo, o geólogo e o engenheiro de agrimensura, o engenheiro civil precisa também de conhecimentos técnicos de hidráulica, eletricidade, telefonia, transporte, entre outros, além de habilidade para administração e gerenciamento.
Sua rotina inclui o corre-corre diário entre a obra e o escritório, horas de desenho sobre a prancheta ou na tela do computador. Além dos cálculos, ele também deve dominar o universo de materiais, produtos, equipamentos e técnicas usados em obras civis. Conhecido por atuar em construções, o engenheiro civil tem espaço, ainda, nos setores auxiliares: drenagem, concretagem, pintura, topografia, dragagem e montagens industriais – construções para equipamentos industriais.
Na área urbana, o déficit habitacional do Brasil, que chega adez milhões de unidades, mantém a construção de moradias entre as opções mais atraentes – mesmo nos grandes centros urbanos e em especial para a população de baixa renda. Mas um dos setores mais prósperos é o de auto-estradas, por conta das recentes privatizações. “O Brasil tem aproximadamente 100 mil km de rodovias pavimentadas, o que representa um déficit de 900 mil km”, informa João Virgílio Merighi, da Escola de Engenharia Civil da Universidade Mackenzie.
Como nos demais ramos da engenharia, a Civil se potencializa cada vez mais em virtude dos avanços tecnológicos. Portanto, é fundamental que, tanto o aluno quanto o profissional em início de carreira façam cursos de atualização. Wilson Lang, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), ressalta que as escolas brasileiras ainda estão muito atreladas ao ensino convencional. “Hoje, o aluno deve ter noções de marketing, sociologia e comunicação, para atender às exigências do mercado”, conclui Lang. Os veteranos também ensinam que, ainda que seja tentador permanecer somente na produção, o profissional não deve se contentar em ser apenas um “tocador de obras”, pois no espaço de cinco anos estará totalmente ultrapassado e terá grandes chances de ser substituído por outro iniciante. O salário inicial da categoria varia entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil.
3. CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL | HISTÓRIA
O primeiro grande crescimento na Construção Civil brasileira aconteceu na década de 1940, durante o governo de Getúlio Vargas. O forte investimento estatal no desenvolvimento de estrutura para Construção Civil e militar fez com que a década fosse considerada o auge da Construção Civil no Brasil. O Brasil de então era um importante conhecedor de tecnologia de concreto, para a atividade militar e Civil. A partir da década de 50 a Construção Civil no Brasil passou a receber menos incentivo do Estado, ficando sob o domínio maior da iniciativa privada. Na década de 1970, durante o regime militar, tal presença estatal voltou a acontecer com mais força, e as construtoras particulares passaram a construir somente os prédios de apartamentos e escritórios comerciais. Na década de 1980 começa a haver um retorno do capital privado na Construção Civil e, em 1990, já começava a haver uma preocupação maior com a qualidade do produto final, passando as construtoras a qualificar mais a mão de obra de suas equipes. Percebemos que, no decorrer da história da Construção Civil no Brasil, os papéis do Estado e da iniciativa privada se revezaram no topo da lista de investidores. Tal fenômeno é um reflexo da constante mudança de paradigmas que a política do Brasil viveu do meio do século XX até hoje.
Construção Civil no Brasil | Atualmente
O momento atual da Construção Civil no Brasil deixa animados os profissionais da área. A parcela emergente da classe C fez com que um aquecimento constante tomasse as rédeas do mercado imobiliário nacional, fazendo com que o setor de Construção Civil fique cada vez mais requisitado. Em 2011, o nível de emprego no setor teve uma alta de 7,4%, o equivalente a mais de 200 mil contratações em todo o Brasil. A política desenvolvida pelo governo federal, através de projetos como o Minha Casa Minha Vida, foi uma das responsáveis por tal aquecimento, e a presença de grandes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos fazem surgir uma grande oportunidade para que o poder público e a iniciativa privada investisse (e lucrasse) ainda mais com a Construção Civil no Brasil.
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4. FUTURO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL
A construção civil contribui para alavancar a economia de um país. Esse setor é capaz de absorver um grande número de mão de obra. Suas atividades movimentam diversos setores da indústria – com a produção de materiais para a realização de seus empreendimentos imobiliários, mas para isso é preciso incentivos financeiros que impulsionem o setor econômico.
Período de crescimento do setor imobiliário
O período de crescimento do setor da construção civil teve seu “boom” entre 2010 e 2012. Atualmente, nota-se uma acentuada queda do setor imobiliário no país.
Impulsionadores do crescimento
Facilitadores no financiamento imobiliário.
Redução dos juros.
Investimentos em programas habitacionais.
Incentivo ao crédito.
Programas de acelerarão do crescimento.
Aumento das obras de infraestrutura.
 
Obstáculos para o crescimento
Estagnação do setor econômico.
Redução das atividades no setor da construção civil.
Falta de confiança na economia.
Insatisfação com a margem de lucro operacional.
Dificuldades no acesso ao crédito.
Recuo dos empresários na intenção de investir em novos empreendimentos.
 
5. DEMANDA DO MERCADO
A grande demanda na área construção civil deve-se, em grande parte, a procura por empreendimentos imobiliários, e, principalmente, aos relacionados à moradia. O desequilíbrio ocorre quando há um descompasso entre o aumento da população e a produção da construção civil. Essa situação tem sido verificada nas últimas décadas no Brasil.
Déficit de engenheiros no Brasil 
        
O Brasil apresenta uma grande insuficiência de engenheiros atuantes no mercado. De acordo com as últimas pesquisas sobre o setor, o país apresenta um déficit de pelo menos 50 mil engenheiros a cada ano. Esse número chega a ser alarmante levando-se em consideração o número de alunos ingressantes nos cursos de engenharia – todos os anos.
 
Possíveis causas para a carência de engenheiros no mercado
Aumento da procura pelo setor imobiliário.
Grande número de desistências de alunos de engenharia nas universidades.
Pesquisas que mostram que somente um terço dos graduados em engenharia atua na área de formação.
Deficiências na educação básica de muitos estudantes ingressantes no curso de engenharia.
Número de faculdades inferior em relação aos cursos de outras áreas.
Dificuldades apontadas pelos alunos de conciliar trabalho e faculdade, devido a um maior tempo de dedicação que os estudantes de engenharia devem dispor para realizarem os trabalhos exigidos pelo curso.
6. PROGNÓSTICOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS NO RAMO DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL
A expectativa é de que nos próximos anos haverá uma carência de pelo menos 300 mil engenheiros em todas as áreas do mercado de trabalho. O ramo da engenharia civil é um dos que mais sofrem com a carência desses profissionais.
O Brasil precisará do triplo de engenheiros que dispõe atualmente. Estima-se também que nos próximos anos a falta de experiência profissional resultante de cursos de formação de baixa qualidade também se tornará um entrave para o aumento no quadro desses profissionais.
CONCLUSÃO 
Mesmo diante desse quadro, os prognósticos são positivos para o crescimento da área da engenharia civil no país. Já que, para o crescimento do setor, levam-se em consideração, principalmente, os aspectos relacionados ao bom andamento da situação econômica do país
REFERENCIAS
http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/85/artigo281409-1.aspx
http://blogdaengenharia.com/a-construcao-civil-no-brasil/
http://www.rwengenharia.eng.br/futuro-da-construcao-civil-no-brasil/

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