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MÓDULO 8

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Competência. Conceito.
 A jurisdição como Poder Estatal é una e exercida por todo o território nacional.
 Para o cumprimento desta função, são escolhidos indivíduos para atuar como julgadores, nos moldes das qualificações estabelecidas na CF 
e também na legislação processual, os quais exercerão sua competência nos limites autorizados, em com estrita atenção às formalidades processuais 
exigidas.
 Assim para que atividade jurisdicional seja exercida de forma eficiente e organizada, é feita a distribuição do poder, por meio de diversos 
órgãos, de acordo com critérios legais previamente estabelecidos.
Dessa forma podemos dizer que a competência é a medida da jurisdição, e decorre do resultado da combinação entre os critérios de distribuição do 
poder jurisdicional, nos termos do quanto estabelecido pelo ordenamento jurídico.
Critérios determinativos.
 A competência é distribuída por intermédio de vários critérios, que estão disciplinados na CF, no CPC, em eventual legislação especial, nas 
normas de organização judiciária e ainda nas Constituições Estaduais. Assim é o que determina o artigo 44 do CPC:
Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas 
previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, 
pelas constituições dos Estados.
 De acordo com a doutrina os critérios são classificados em três grupos principais:
i. o critério objetivo
i. em razão da matéria – depende da relação jurídica substancial,
ii. em razão do valor da causa e
iii. em razão da pessoa - a fixação da competência tendo em conta as partes envolvidas rationae personae;
ii. o critério funcional – regula a atribuição dos diversos órgãos do Poder Judiciário.
i. horizontal – mesmo grau de jurisdição;
ii. vertical – graus diversos de jurisdição, como por exemplo as hipóteses de competência originária dos Tribunais; e
iii. o critério territorial – limites territoriais de cada órgão judicante.
 Além do mais, dois são os regimes jurídicos aos quais se submetem as regras da competência, quais sejam o absoluto e o relativo, que se 
relacionam com o interesse a ser tutelado seja ele público ou particular.
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 A competência absoluta, norma cogente, tutela o interesse público. Ela pode ser questionada em qualquer momento e grau de jurisdição; 
pode ser conhecida de ofício; não gera preclusão para as partes nem para o juiz, de modo que a competência não se prorroga nem se modifica e não 
se sujeita à negociação das partes. Estão submetidas ao regime da competência absoluta as hipóteses em que esta é fixada por critério em razão da 
pessoa, da matéria, funcional e, de forma peculiar e excepcional, por critério territorial prescrito no art. 47, § 1º do CPC.
 A competência relativa tutela interesse privado, portanto não pode ser conhecida de ofício, deve ser alegada pelas partes no prazo legal (na 
própria contestação como preliminar), sob pena de preclusão e consequente prorrogação da competência; as partes podem convencionar o foro, por 
meio de negócio jurídico processual típico (cláusula de foro de eleição). Estão submetidas a este regime as hipóteses em que a competência é fixada 
em razão do valor da causa e do território.
 Com relação ao critério do valor da causa para a distribuição da competência, a regra do regime relativo não se aplica no contexto do 
Juizado Especial, pois os Juizados Especiais Estaduais, não detêm competência para o processamento de causas cujo valor seja superior a 40 
salários mínimos, salvo hipótese de conciliação. Por outro lado, nos Juizados Especiais Federais o regime adotado é o da competência absoluta nos 
termos do artigo 3º, § 3º da Lei nº 10.259/01).
 A fixação da competência para o processamento e julgamento de determinada causa é determinada no momento do registro ou da 
distribuição da petição inicial, e segue até o final do processo. Assim, definida a competência tornam-se irrelevantes quaisquer modificações do 
estado de fato ou de direito, de acordo com o artigo 43 do CPC:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo 
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem 
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
 O princípio da perpetuação da competência (perpetuatio jurisdictionis) implica no reconhecimento de que a análise da competência deve ser 
feita tendo em vista a situação de fato e de direito no momento de seu ajuizamento (sistema de estabilidade do processo). Tal princípio comporta 
duas exceções: supressão de órgão judiciário (redistribuição da causa para o órgão que sucedeu aquele extinto) e alteração de competência absoluta 
(é definido em função do interesse público, a sua alteração deve ser acompanhada pela demanda, a fim de atendê-lo).
 São de competência da Justiça Federal as ações em que a União, suas empresas públicas (sociedade de economia mista não atrai a 
competência da Justiça Federal), entidades autárquicas, fundações ou conselhos de fiscalização profissional intervierem na qualidade de parte ou de 
terceiro interveniente. São exceções as ações de: recuperação judicial, falência, insolvência civil, acidente de trabalho, e as sujeitas à justiça 
eleitoral e trabalhista, nos termos do artigo 45 do CPC:
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele 
intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de 
atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
 Por fim se faz importante a leitura dos artigos que seguem para a identificação da competência:
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Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de 
domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro 
de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, 
se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à 
escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for 
encontrado.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de 
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a 
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade,a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e 
para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a 
arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de 
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio 
do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do 
respectivo ente federado.
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
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b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do 
ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou 
acidente de veículos, inclusive aeronaves.
 Assim podemos fazer os seguintes destaques:
 A regra geral de distribuição da competência territorial para as demandas que versem sobre direito pessoal ou direito real mobiliário é a do 
foro do domicílio do réu.
 A disciplina jurídica do domicílio está prevista no Código Civil (artigos 77/78). O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece 
sua residência com ânimo definitivo. Existindo mais de uma residência, o domicílio será estabelecido em qualquer uma delas. Também pode 
considerado como domicílio da pessoa natural, o lugar onde a profissão é exercida quanto às relações concernentes a ela. Se o réu possuir mais de 
um domicílio, caberá ao autor escolher o foro onde vai ajuizar a demanda. Caso incerto ou desconhecido o domicílio, o autor demandará onde o réu 
for encontrado ou em seu próprio domicílio. Se o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação deverá ser proposta no foro do domicílio 
do autor, e, se o autor também não tiver domicílio no Brasil, ele a escolherá o foro. Na hipótese de litisconsórcio passivo (vários réus), com 
diferentes domicílios, competirá ao autor escolher o foro de qualquer um deles. O domicílio da pessoa jurídica é considerado como sendo o lugar 
onde funciona a administração, ou onde for indicado no estatuto.
 Na execução fiscal a regra geral de competência territorial é o foro do domicílio do réu, da sua residência ou ainda onde for encontrado.
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 Nas ações reais e possessórias sobre imóveis, a regra de competência é a do foro da situação da coisa (competência territorial absoluta). 
Contudo, existe a possibilidade de foro concorrente, à escolha do autor, que pode optar pelo foro do domicílio do réu ou pelo foro de eleição, para 
os litígios que não versem sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. Assim, 
nas ações de direitos reais imobiliários, dois são os regimes de competência a serem observados, o absoluto ou relativo, que dependerão da matéria 
objeto da demanda.
 Nas ações que versem sobre sucessão, ela será aberta no lugar do último domicílio do falecido. A regra geral adotada pelo CPC é a de que o 
foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de 
última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as outras ações, em que o espólio for o réu, ainda que o óbito tenha 
ocorrido no exterior. Porém se o autor não possuía domicílio certo, o foro competente será o da situação dos bens imóveis. Na hipótese dos bens 
imóveis estarem em localizados em foros diferentes, será competente qualquer um deles, cabendo ao autor escolher. Caso não haja bens imóveis, o 
foro competente será o local de qualquer dos bens do espólio.
 Nas ações em que o réu for réu, o foro competente será o do seu último domicílio. Também será competente o do seu último domicílio para 
as demandas de arrecadação, inventário, partilha e cumprimento de disposições testamentárias.
 Se o réu for incapaz, será competente o domicílio do seu representante/assistente.
 A competência territorial para as ações em que a União for autora será o foro do domicílio do réu. Nas causas em a União figurar no polo 
passivo, a ação, será ajuizada no foro do domicílio do autor, no da ocorrência do ato ou fato que originou a ação, no da situação da coisa ou ainda 
no Distrito Federal, cabendo a escolha ao autor.
 Nas ações em que o Estado ou Distrito Federal seja o autor, o foro competente é o do domicílio do réu. Nas causas em que o Estado ou 
Distrito Federal forem réus, o foro competente será o domicílio do autor, o da ocorrência do fato ou ato que originou a demanda, o da situação da 
coisa ou capital do respectivo Estado ou Distrito Federal.
 As ações de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável terão a competência definida 
levando em conta o interesse do filho incapaz. Assim, o foro competente será o do domicílio do guardião do filho incapaz. Caso não haja filho 
incapaz, o foro competente será o do último domicílio do casal. Na hipótese de nenhuma das partes residir no último domicílio do casal, o foro 
competente é o do domicílio do réu.
 Para as ações de alimentos, o foro competente é o do domicílio ou residência do alimentado.
 Nas ações em que a pessoa jurídica for ré, o foro competente é o do lugar onde está sua sede. Se ação tenha por objeto a obrigação contraída 
pela pessoa jurídica, em nome de sua agência ou sucursal, este será o foro competente. Nas ações em que a ré for sociedade sem personalidade, acompetência será do local onde exerce sua atividade principal. As causas que visam o cumprimento de obrigações terão como foro competente o do 
local onde deve ser satisfeita.
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 As ações ajuizadas por idoso que tratem de direito previsto no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03) o foro competente é o da sua residência.
 As ações que tenham por finalidade a reparação de dano forem decorrentes de ato praticado em razão do ofício da serventia 
notarial/registro, o foro competente será o da sua sede.
 Será competente o foro do lugar do ato ou fato para as ações de reparação de dano e para aquelas em que o réu for o administrador ou gestor 
de negócios alheios.
 Nas ações de reparação de dano decorrente de delito ou acidente de veículo o foro competente é o do domicílio do autor ou do lugar do fato.
 E ainda, o CPC elenca algumas possibilidades em que a competência relativa pode ser modificada. A saber:
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta 
Seção.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido 
sentenciado.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões 
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de 
pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à 
ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente 
reunidas.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas 
simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência 
territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.
Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal.
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das 
partes.
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Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será 
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado 
negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que 
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de 
preclusão.
 E ainda, quando faltar competência para o órgão julgador:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de 
ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo 
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
Art. 66. Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a 
outro juízo.
Cooperação internacional. 
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01/06/2016http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo
Art. 26 - A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à 
justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado 
requerente;
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação;
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
§ 1º - Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, 
manifestada por via diplomática.
§ 2º - Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1º para homologação de sentença estrangeira.
§ 3º - Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam 
resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
§ 4º - O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica.
 O Código de Processo Civil consolida princípios e regras gerais para a cooperação jurídica internacional. A cooperação jurídica 
internacional é o intercâmbio entre Estados estrangeiros para o cumprimento de atos públicos, judiciais, administrativos ou legislativos fora de seu 
respectivo território.
 O novo CPC dispõe tanto sobre os atos de cooperação solicitados pelo Brasil a países estrangeiros (cooperação ativa) quanto sobre os atos 
requeridos por países estrangeiros ao Brasil (cooperação passiva).
 Os instrumentos de cooperação jurídica internacional adotados pelo Brasil são: a homologação de decisões estrangeiras, as cartas rogatórias, 
e o auxílio direto. E em matéria penal, há também instrumentos específicos como a extradição, transferência de pessoas condenadas e de processos 
penais.
Cooperação nacional.
Art. 67 - Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e 
graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus 
magistrados e servidores.
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual.
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01/06/2016http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo
 A cooperação nacional foi definida nos artigos 67 e 68 do novo CPC como sendo o dever de cooperação recíproca entre os diversos órgãos 
do Poder Judiciário, a ser observado pelos magistrados e servidores, para a prática de atos processuais.
 O dever de cooperação nacional se impõe especialmente nos casos em que um determinado juízo necessita do apoio de outro para a prática 
de ato relevante ou até mesmo indispensável ao adequado desenvolvimento de processo por ele conduzido, em razão de falta de competência para 
tanto.
 Sempre que um órgão do Poder Judiciário precisar do apoio de outro para a prática de ato processual necessário ao exercício de sua função 
em relação a processo de sua competência, poderá pedir sua cooperação.
 O § 2º do artigo 69 do CPC enumera, de forma meramente exemplificativa, algumas situações em que será possível o pedido de cooperação:
Art. 69 - O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode 
ser executado como:
I - auxílio direto;
II - reunião ou apensamento de processos;
III - prestação de informações;
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes.
§ 1º - As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código.
§ 2º - Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de 
procedimento para:
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos;
III - a efetivação de tutela provisória;
IV - a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas;
V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial;
VI - a centralização de processos repetitivos;
VII - a execução de decisão jurisdicional.
§ 3º - O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais e diferentes ramos do Poder 
Judiciário.
Exercício 1: 
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No que se refere à competência:
A - é ela determinada no momento em que a ação é proposta, como regra, mostrando-
se irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente. 
B - cabe à autoridade judiciária estrangeira proceder a inventário e partilha de bens, 
mesmo que situados no Brasil, se o autor da herança for estrangeiro e houver residido 
fora do território nacional. 
C - a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens 
móveis serão, em regra, propostas no foro do domicílio do autor. 
D - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, será ele demandado na capital 
do Estado da federação em que houvera residido com endereço certo. 
E - a territorial é absoluta e levanta-se por meio de preliminar na defesa apresentada 
pelo réu. 
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Exercício 2: 
A competência:
A - territorial diz respeito ao valor e à matéria. 
B - não se prorroga, tratando-se de questão cogente e indisponível. 
C - em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência. 
D - em razão da matéria é derrogável por convenção das partes, se disponível o direito 
sobre o qual se litiga. 
E - não pode em nenhuma hipótese ser declinada de ofício pelo juiz, se relativa. 
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Comentários:
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Exercício 3: 
A competência:
A - é inderrogável por convenção das partes, seja relativa ou absoluta. 
B - é sempre do foro do fornecedor, nas ações de responsabilidade civil do fornecedor. 
C - se relativa, deve ser arguida em preliminar de contestação, de acordo com o 
Código de Processo Civil. 
D - é alterada pela conexão, mesmo que um dos processos já tenha sido sentenciado. 
E - quando alterada em razão da matéria, acarreta a nulidade dos atos decisórios. 
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Exercício 4: 
Sr. Z promove ação de cobrança em face de Srª Q, postulando a quantia de 
cem mil reais. O processo é distribuído para a Vara da Comarca X, domicílio do 
credor. Srª Q não opõe exceção de incompetência. Nesse caso descrito, nos 
termos das regras processuais, ocorre a denominada:
A - prorrogação de competência 
B - vinculação de competência 
C - extinção de competência 
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D - declaração de competência 
E - suspensão de competência 
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Exercício 5: 
Quanto à competência,
A - como regra, quando territorial, pode ser declinada de ofício pelo juiz, sem 
necessidade de provocação da parte. 
B - de modo geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de direito 
ocorridas posteriormente à propositura da demanda. 
C - é determinada no momento da propositura da demanda. 
D - a autoridade judiciária brasileira a tem concorrente para conhecer de ações 
relativas a imóveis situados no país. 
E - em razão do valor e da função, em primeiro grau, é regida pelas normas de 
organização judiciária. 
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Exercício 6: 
No tocante à competência:
A - ocorrendo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma 
competência territorial, considera-se prevento aquele que saneou o feito em primeiro 
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lugar. 
B - a conexão de causas é matéria de ordem privada, dependendo de requerimento da 
parte para ser conhecida pelo juiz. 
C - para a ação em que se pedem alimentos, é competente o foro do domicílio ou da 
residência do alimentante. 
D - quando decorrer da matéria e do território poderá modificar-se pela conexão ou 
continência. 
E - como regra normativa, nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito 
ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do 
fato. 
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