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Filosofia Antiga Aristóteles unid III

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Unidade III
7 A DOUTRINA DA SUBSTÂNCIA SENSÍVEL: FORMA E MATÉRIA, ATO E 
POTÊNCIA
Aristóteles, como visto, desconstrói a teoria platônica e apresenta a ideia de que o conhecimento se 
apoia nos cinco sentidos.
Chauí (2002, p. 381) considera que, para fins didáticos, podemos tomar a Metafísica como base para 
o entendimento da teoria aristotélica – na verdade, deveríamos terminar por ela, mas, como o filósofo 
“afirma que a ordem que seguimos para adquirir o conhecimento não é a mesma que seguimos para 
fazer as demonstrações científicas”, não há problema em começar pela Metafísica.
Mas o que exatamente significa Metafísica?
Abbagnano apresenta o conceito desta forma:
Ciência primeira, por ter como objeto o objeto de todas as outras ciências, 
e como princípio um princípio que condiciona a validade de todos os 
outros. Por essa pretensão de prioridade (que a define), a M. pressupõe 
uma situação cultural determinada, em que o saber já se organizou e 
dividiu em diversas ciências, relativamente independentes e capazes de 
exigir a determinação de suas inter-relações e sua integração com base 
num fundamento comum. […] 
A M., como foi entendida e projetada por Aristóteles, é a ciência 
primeira no sentido de fornecer a todas as outras o fundamento 
comum, ou seja, o objeto a que todas elas se referem e os princípios dos 
quais todas dependem. A M. implica, assim, uma enciclopédia das ciências, 
um inventário completo e exaustivo de todas as ciências, em suas relações 
de coordenação e subordinação, nas tarefas e nos limites atribuídos a cada 
uma, de modo definitivo. […] A M. apresentou-se ao longo da história sob 
três formas fundamentais diferentes: 1ª como Teologia; 2ª como Ontologia; 
3ª como Gnosiologia (2003, p. 660-661, grifo nosso).
Como podemos observar, a Filosofia, em especial a filosofia de Aristóteles, é bastante densa. Muitos 
conceitos precisam ser estudados, interpretados e principalmente contextualizados. Somente assim é 
possível compreender como o conhecimento ocorre. Vamos entender melhor o que significa filosofia 
primeira ou ciência primeira.
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NOME DA DISCIPLINA
Abbagnano descreve as três formas fundamentais da Metafísica ao longo do tempo:
1ª O conceito de M. como Teologia consiste em reconhecer como objeto 
da M. o ser mais elevado e perfeito, do qual provêm todos os outros seres 
e coisas do mundo. O privilégio de prioridade atribuído à M. decorre, nesse 
caso, do caráter privilegiado do ser que é seu objeto: é o ser superior a todos 
e do qual todos os outros provêm. 
Na obra de Aristóteles esse conceito mescla-se com outro, de M. como 
Ontologia, que é a ciência do ser enquanto ser. Isso é expresso da seguinte forma 
por Aristóteles: “Se há algo de eterno, imóvel e separado, o conhecimento 
disso deve pertencer a uma ciência teorética, porém certamente não à Física 
(que se ocupa das coisas em movimento) nem à Matemática, mas sim a 
uma ciência que está antes de ambas. […] Somente a ciência primeira tem 
por objeto as coisas separadas e imóveis. Embora todas as causas primeiras 
sejam eternas, essas coisas são eternas de modo especial, porque são as 
causas daquilo a que, do divino, temos acesso. Consequentemente, há três 
ciências teoréticas: Matemática, Física e Teologia; já que o divino está em 
todos os lugares, está especialmente na natureza mais elevada, e a ciência 
mais elevada deve ter por objeto o ser mais elevado. […] Se não existissem 
outras substâncias além das físicas, a Física seria a ciência primeira; mas, se 
há uma substância imóvel, esta será a substância primeira, e sua filosofia a 
ciência primeira, e enquanto primeira também a mais universal, porque será 
a teoria do ser enquanto ser e daquilo que o ser enquanto ser é ou implica” 
(2003, p. 661-662).
Aqui é possível notar que a Metafísica dá prioridade ao divino, prioridade esta que o ser divino tem 
sobre todas as outras formas ou modos de ser. 
Acompanhemos agora como Abbagnano apresenta a segunda forma fundamental da Metafísica:
2ª A segunda concepção fundamental é a da M. como Ontologia ou doutrina 
que estuda os caracteres fundamentais do ser: os que todo ser tem e não pode 
deixar de ter. As principais proposições da M. ontológica são as seguintes: 
1ª Existem determinações necessárias do ser, ou seja, determinações que 
nenhuma forma ou maneira de ser pode deixar de ter. 2ª Tais determinações 
estão presentes em todas as formas e modos de ser particulares. 3ª Existem 
ciências que têm por objeto um modo de ser particular, isolado em virtude 
de princípios cabíveis. 4ª Deve existir uma ciência que tenha por objeto as 
determinações necessárias do ser, estas também reconhecíveis em virtude 
de um princípio cabível. 5ª Essa ciência precede todas as outras e é, por isso, 
ciência primeira, porquanto seu objeto está implícito nos objetos de todas as 
outras ciências e porquanto, consequentemente, seu princípio condiciona a 
validade de todos os outros princípios (2003, p. 662-663).
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Nessa segunda fundamentação, inicia-se uma forma, digamos, mais madura de se relacionar com 
a Metafísica, o que Aristóteles demonstra em sua obra de mesmo título, nos livros 7, 8 e 9. Ali, ele 
apresenta a Metafísica como teoria da substância, ou seja, aquilo que um ser não pode deixar de ser, o 
que remete à essência necessária ou à necessidade de ser.
Aristóteles entende que é impossível negar a substância, uma vez que ela é a essência de tudo, e 
afirma que a substância de cada coisa é a causa primeira do ser dessa coisa. 
Logo voltaremos a esse assunto (a substância). Antes, porém, vamos apresentar a terceira 
fundamentação do conceito de Metafísica, segundo Abbagnano:
3ª O terceiro conceito de M. como Gnosiologia é expresso por Kant. Na 
verdade, a origem desse conceito deve ser identificada na noção de filosofia 
primeira de Bacon: “Uma ciência universal, que seja mãe de todas as outras 
e que, no progresso das doutrinas, constitua a parte comum do caminho, 
antes que as sendas se separem e se desunam” (2003, p. 665).
Como esse terceiro conceito se relaciona com a Filosofia moderna, ou seja, com a Filosofia 
posterior ao período em estudo nesta disciplina, não nos cabe aqui aprofundá-lo. Apenas indicamos 
que a Gnosiologia trata do conhecimento humano em geral, e não de um conhecimento específico, 
como a Astronomia.
Agora, vamos considerar três distinções fundamentais no pensamento de Aristóteles sobre a 
construção do conhecimento, por meio de situações que ilustrem a rica contribuição que esse filósofo 
deu à humanidade:
• substância – essência;
• forma e matéria;
• ato e potência.
A substância é tudo aquilo que é em si mesmo; é o suporte dos atributos; é algo permanente no ser 
que sofre mudanças.
Dito de outra forma: a substância é o que é inicialmente; cada ser que existe é uma substância. 
Imaginemos uma mulher chamada Maria: ela, como pessoa, tem determinadas características. 
A essência é o atributo principal para que Maria seja uma pessoa. Maria (substância) tem atributos 
essenciais que a fazem ser gente, que a fazem ser humana – a racionalidade, por exemplo, que é 
inerente ao ser humano. Sem a racionalidade, ela não é humana. Além de atributos essenciais, Maria 
também tem atributos acidentais, como ter 25 anos, ter cabelos e olhos castanhos e usar óculos. Note 
que nenhum desses atributos acidentais vai fazer que Maria não seja um ser humano, isto é, eles não 
mudam a essência.69
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Da mesma maneira, um cachorro é uma substância e tem como características essenciais as quatro 
patas, o latido, a audição e o olfato acurados e o pelo. Ele também poderá ter características acidentais, 
como ter três patas (se tiver sofrido um acidente), ter um olho castanho e o outro azul e ser brincalhão. 
A substância não deixa a sua essência de cachorro (ele não deixa de ser cachorro para virar um macaco), 
embora tenha atributos acidentais. 
Figura 25 – Um cachorro com atributos acidentais
Em outras palavras: “A substância é o suporte de predicados ou propriedades, é a essência conhecida 
pela definição por gênero e espécie, é princípio e causa dos seres” (CHAUÍ, 2002, p. 393).
Aristóteles também utiliza os conceitos de forma e matéria, porque todo ser é constituído de uma e 
de outra, de maneira indissociável.
Existem três princípios substanciais ou três tipos de substância. Aquela 
totalmente desprovida de propriedades ou atributos, totalmente 
indeterminada e da qual nada podemos dizer, é a matéria (hýle) pura. 
A matéria é a substância como hypokeímenon, isto é, como suporte, 
substrato ou sujeito capaz de receber determinações ou propriedades, 
justamente porque em si mesma e por si mesma ela não possui nenhuma. 
Aquela totalmente determinada, que possui eterna e imutavelmente as 
mesmas propriedades ou atributos, é a forma (eîdos) pura. A forma é a 
substância como essência e é ela que determina a matéria, dando-lhe 
propriedades ou atributos. E aquela, intermediária, que é um composto 
(sýnolon) de matéria e forma, é a substância primeira ou os indivíduos da 
natureza (CHAUÍ, 2002, p. 392).
Matéria, então, é aquilo de que algo é feito, é o princípio de que o mundo é composto, e forma é 
aquilo que faz uma coisa ser o que é. Matéria é a causa material, e forma o que distingue a coisa. 
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Uma estátua, por exemplo, é feita de mármore, bronze ou ferro. Essas são as matérias de que uma 
estátua é feita.
Figura 26 – Estátua de Penélope
Forma é o princípio compreensível para uma coisa ser o que é – por exemplo, a forma de 
um pássaro. Dois pássaros podem ser de espécies diferentes, mas continuarão sendo pássaros. 
Ao observar um pássaro, é possível distingui-lo pela forma que ele apresenta. Veja os exemplos 
a seguir: 
Figura 27 – Fragata
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NOME DA DISCIPLINA
Figura 28 – Gaivota
O primeiro pássaro é uma fragata, e o segundo uma gaivota. Embora de espécies diferentes, ambos 
são pássaros, ou seja, eles têm uma mesma forma que nos permite identificá-los como tais.
A forma, portanto, é a essência comum aos seres da mesma espécie, enquanto a matéria é do que 
os seres são feitos. Assim: substância = matéria + forma.
Sabemos, porém, que as coisas mudam, e um ovo, por exemplo, pode se transformar numa galinha. 
A B
Figura 29 – Um ovo pode se transformar numa galinha
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Uma semente, por sua vez, pode se transformar num arbusto ou até numa árvore. 
Figura 30 – Uma semente pode se transformar numa árvore
Por que as coisas mudam? Aristóteles tentou responder a essa pergunta da seguinte maneira: 
“Porque é da natureza da matéria alterar-se, mudando de forma. Assim, o princípio da mudança (do 
devir ou do movimento, kínesis) é a matéria. Por isso os seres compostos de matéria e forma mudam ou 
estão submetidos ao devir” (CHAUÍ, 2002, p. 395).
Dumont traz outros esclarecimentos sobre os conceitos formulados por Aristóteles para explicar a 
construção do conhecimento:
A matéria é o sujeito. O sujeito é aquilo do qual o resto se afirma, e que não é 
mais ele mesmo afirmado de uma outra coisa. Assim é sobre ele que convém 
fixar primeiramente a noção, considerando-se que, na opinião corrente, é 
o sujeito primeiro de uma coisa que constitui mais verdadeiramente sua 
substância (2004, p. 392-393).
Esse sujeito primeiro, num sentido diz-se que é a matéria, noutro sentido que é a forma, e num 
terceiro sentido que é o composto da matéria e da forma. Por matéria, entende-se, por exemplo, o 
mármore (como na estátua de Penélope apresentada antes); por forma, a configuração; pelo composto 
das duas, ou seja, a estátua, o todo concreto. Se a forma é anterior à matéria, e se esta tem mais realidade 
que aquela, ela (a forma) é também, pela mesma razão, anterior ao composto da matéria e da forma.
Aristóteles estabelece como sujeito primeiro a substância, substância que recebe os atributos que 
a determinam.
Também é possível construir conhecimento a partir das aparências. Assim entende Aristóteles 
quando afirma que é pelos sentidos que se dá o conhecimento, contradizendo as ideias de Platão:
O mundo sensível é acessível aos sentidos, mas, sendo o mundo da multiplicidade 
e do movimento, é ilusório, é sombra, é cópia do verdadeiro mundo. Acima 
dele, o mundo das ideias gerais e das essências imutáveis pode ser atingido 
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por meio da contemplação e da depuração dos enganos dos sentidos. O 
mundo dos sentidos é regido pela opinião, e o mundo das ideias pela 
ciência. Nosso espírito se eleva das coisas múltiplas e sensíveis para as ideias 
unas e imutáveis por meio de um movimento dialético, que consiste no vencer 
a crença nos dados do mundo sensível e na utilização sistemática do discurso 
para chegar à ordem da verdade. Portanto, para Platão, a dialética tem o efeito 
de remontar, de conceito em conceito, de proposição em proposição, até os 
conceitos mais gerais e os princípios primeiros. 
As ideias não são coisas: são regras, modelos, cujo uso correto é regido 
pelo bem; e o verdadeiro conhecimento é dar a razão de alguma coisa, 
ou seja, responder ao porquê. 
Não podemos deixar de reforçar que a filosofia platônica, como toda a 
filosofia grega, era essencialmente voltada para a prática, para a formação 
de cidadãos capazes de manter uma discussão pública, defendendo suas 
ideias. Por isso, conhecimento e política tinham ligação estreita. A fim de 
conceber um projeto de modificação política para a cidade, era preciso 
conhecer o mundo, descobrir e descrever novos modos de o ser humano se 
relacionar com esse mundo (ARANHA; MARTINS, 2005, p. 108, grifo nosso).
 Lembrete
Para Aristóteles, o conhecimento é construído a partir dos sentidos, 
do mundo sensível. Para Platão, no entanto, o verdadeiro conhecimento 
residiria no mundo das ideias, no mundo inteligível.
Segundo Aristóteles, existem quatro causas básicas para a formação do ser:
• Causa material: a matéria de que o ser é feito – por exemplo, a madeira usada na fabricação de 
uma mesa.
Figura 31 – Mesa de madeira
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• Causa formal: como o ser se apresenta, quais as características que fazem que eu identifique 
aquele ser como uma mesa.
Figura 32 – O tampo, o formato e os pés permitem identificar este objeto como uma mesa
• Causa motor ou causa eficiente: o que deu origem a esse ser (para Aristóteles, uma coisa sempre 
gera outra coisa), o que transformou potência em ato.
Figura 33 – A madeira gerou a mesa, ou seja, uma coisa gerououtra coisa
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• Causa final: a finalidade do ser – a mesa pode ter como causa final apoiar livros, pratos etc.
Figura 34 – A causa final da mesa pode ser apoiar copos, pratos e talheres
Sabemos, por observação e experiência, que uma matéria não pode receber qualquer forma. Ela só 
recebe efetivamente determinada forma. Por exemplo, uma mesa não vira água ou ar ou peixe. Outro 
ponto é que os seres mudam regular e constantemente, como vimos no caso do ovo e da galinha.
A causa motor ou causa eficiente é o instrumento para a mudança, mas não a causa. Temos aqui 
um problema filosófico, o do movimento, apontado por Heráclito e Parmênides. Para o primeiro, todas 
as coisas sofrem mudanças constantes, porque tudo flui. Já para o segundo, as coisas são imutáveis e 
indivisíveis. 
Aristóteles afirma que o ser é o que existe em ato e também o que existe em potência, isto é, o ser 
tem determinadas características dependendo do momento. O filósofo utiliza os conceitos de ato e 
potência para explicar esse processo, abordado profundamente no livro 9 da Metafísica.
Todo ser muda porque aspira à perfeição, porque precisa vivenciar a sua essência.
Podemos perceber as noções de ato e potência de outra maneira. O ato é a essência do ser aqui e 
agora, o que ele é no momento presente; o ato é concreto, tem uma existência real. A potência, por 
outro lado, é o que ele pode vir a tornar-se, o que ele pode vir a ser. 
É através do ato e da potência que Aristóteles explica a mudança das coisas, a mudança dos seres. 
Acompanhemos o que diz Abbagnano sobre esses conceitos: 
ATO. Esse termo tem dois significados: 1º de ação, no sentido restrito e 
específico dessa palavra, como operação que emana do homem ou de um 
poder específico dele. Dizemos, com efeito, A. voluntário, A. responsável, A. 
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do intelecto, A. moral etc., mas não dizemos A. dos ácidos sobre os metais; 
nesse caso, usamos a palavra ação. 2º de realidade que se realizou ou se vai 
realizando, do ser que alcançou ou está alcançando sua forma plena e final, 
em contraposição com o que é simplesmente potencial ou possível. 
No segundo sentido, essa palavra faz referência explicita à metafísica 
de Aristóteles e à sua distinção entre potência e ato. O A. é a própria 
existência do objeto: está para a potência “assim como construir está para 
saber construir, como estar acordado está para dormir, como olhar está para 
estar de olhos fechados podendo enxergar, e assim como o objeto extraído 
da matéria e elaborado à perfeição está para a matéria bruta e para o objeto 
ainda não acabado” […]. Alguns A. são movimentos, outros são ações: são 
ações os movimentos que têm fim em si mesmos, p. ex.: ver, entender ou 
pensar, ao passo que aprender, caminhar, construir têm finalidade fora de si 
mesmos, na coisa que se aprende, no ponto a que se quer chegar, no objeto 
que se constrói. A ação perfeita, que tem seu fim em si mesma, é chamada 
por Aristóteles A. final ou enteléquia. Enquanto o movimento é o processo 
que leva gradualmente ao A. o que antes estava em potência, a enteléquia 
é o termo final (télos) do movimento, a sua perfeita realização. Como tal é 
também a realização completa, portanto, a forma perfeita do que vem a ser, 
a espécie e a substância (2003, p. 90-91, grifo nosso).
De acordo com os apontamentos de Abbagnano (2003), podemos compreender que o ato, para 
Aristóteles, precede a potência, tanto em relação ao tempo quanto em relação à substância. Embora a 
semente venha antes da planta, na realidade ela só pode provir de outra planta. Portanto, a planta vem 
antes da semente. Aquilo que no devir é último é substancialmente primeiro. Logo, a galinha é anterior 
ao ovo.
A causa final, por sua vez, é a finalidade de uma coisa ou de um ser, o seu fim. Está presente aqui não 
a concepção de acabar, mas de alcançar o almejado.
 Lembrete
Aristóteles resume as causas em: material, formal, eficiente e final.
Três teoremas fundamentais esclarecem a teoria aristotélica da causa, conforme indica Abbagnano:
São: 1º a contemporaneidade da causa atual e de seu efeito, como, p. 
ex., da ação construtora do arquiteto e da casa; essa contemporaneidade 
não se verifica na causa potencial; 2º a hierarquia das causas, pela qual é 
preciso procurar sempre a causa mais alta: p. ex., o homem constrói porque 
é construtor, mas é construtor pela arte de construir; essa arte é por isso a 
causa mais alta; 3º a homogeneidade da causa e do efeito, pela qual os 
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NOME DA DISCIPLINA
gêneros são causa dos gêneros, as coisas particulares das coisas particulares, 
o escultor da estátua, as coisas atuais das coisas atuais, as coisas possíveis 
das coisas possíveis. […] 
Mas a advertência fundamental é que as quatro causas não estão no mesmo 
plano: há uma causa primeira e fundamental, um porquê privilegiado, que 
é dado pela essência racional da coisa, pela substância. […] A substância é 
a essência necessária, eternamente atual, princípio de realidade, portanto 
também do devir enquanto passagem da potência ao ato. Da substância 
depende a necessidade causal. “Nas coisas artificiais”, diz Aristóteles, “sendo 
a causa essa tal coisa, é preciso, necessariamente, que essas outras coisas 
sejam feitas ou existam. Assim também na natureza, se o homem é isto, fará 
estas coisas, e se faz estas coisas, acontecer-lhe-ão outras”. […] Em outros 
termos, a necessidade pela qual uma causa qualquer (das que Aristóteles 
distingue) age é a própria necessidade pela qual uma substância (p. ex., o 
homem como animal racional) é o que é. A necessidade causal é, portanto, 
a própria necessidade do ser enquanto ser, do ser substancial: a necessidade 
pela qual o que é não pode ser diferente do que é. A essa necessidade escapa 
somente o que é acidental ou casual. 
A doutrina de Aristóteles demonstra a estreita conexão entre a noção de 
causa e a de substância. A causa é o princípio da inteligibilidade porque 
compreender a causa significa compreender a organização interna de uma 
substância, isto é, a razão pela qual uma substância qualquer (p. ex., o 
homem, Deus ou a pedra) é o que é e não pode ser ou agir diferentemente. 
P. ex., se o homem é animal racional, o que ele é ou faz depende da sua 
substância assim definida, que opera como força irresistível para produzir as 
determinações do seu ser e do seu agir (2003, p. 125, grifo nosso).
 Saiba mais
A obra de Abbagnano é um ótimo material de consulta, tanto no que se 
refere aos conceitos aqui estudados quanto no que diz respeito aos demais 
temas de Filosofia:
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. Tradução Alfredo Bosi. São 
Paulo: Martins Fontes, 2003.
Uma vez que, segundo Aristóteles, existem quatro causas fundamentais para estabelecer o ser 
enquanto ser, quatro perguntas precisam ser respondidas para que se possa racionalizar e 
estabelecer o conhecimento. Vamos apresentar essas perguntas tomando como exemplo o chocolate.
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1ª) Do que é feito?
Do que é feito o chocolate? Resposta: o chocolate é feito da fruta do cacau.
Figura 35 – A fruta do cacau
2ª) Como é feito?
Como é feito o chocolate? Resposta: o chocolate é feito por meio de um processo industrial.
Figura 36 – Fábrica de chocolate
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NOME DA DISCIPLINA
3ª) Qual é a sua forma?
Qual é a forma do chocolate? Resposta: ele pode ter várias formas. Na figura a seguir, a forma é 
arredondada.
Figura 37 – Forma do chocolate
4ª) Para que serve?
Para que serve o chocolate? Resposta: serve para a alimentação.
Figura 38 – Bolo de chocolate
A noção de construção do conhecimento de Aristóteles, portanto, difere da de Platão e da de outros 
filósofos. Vejamos o que diz João Francisco Cabral acerca das ideias aristotélicas.
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Graus do conhecimento e as divisões da ciência segundo Aristóteles
“Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber. Sinal disso é a estima dos sentidos. 
Pois, mesmo à parte sua utilidade, são estimados por si mesmos.”
Com essa célebre frase, Aristóteles inicia sua Metafísica. Significa dizer que todo homem 
nasce/existe com a finalidade de conhecer. E esse processo se inicia com os sentidos (audição 
e visão sendo os mais aguçados). 
Conforme o estagirita (Aristóteles nasceu em Estagira), existem cinco níveis ou graus de 
conhecimento e o primeiro deles é a sensação. Da sensação, surge a memória, tornando 
melhores do que os outros os seres que podem se lembrar, pois, por engendrarem memória, 
podem aprender. Nos seres capazes de se lembrar das sensações é possível desenvolver a 
experiência. Até esse nível, muitos animais, como a abelha e o cão, conseguem participar. 
No entanto, o homem é capaz de ir além da experiência e viver, também, arte e ciência. 
Entretanto, ainda segundo Aristóteles, da memória forma-se experiência nos homens. 
Isso porque as muitas lembranças de uma mesma coisa desembocam na experiência. Da 
mesma forma, nascem a arte e a ciência da experiência. A arte (que para os gregos é uma 
técnica, um saber fazer) surge das várias reflexões a partir da experiência, entendida como 
uma análise das semelhanças entre as coisas que geram uma noção básica universal (a 
experiência é conhecimento dos singulares; a arte, dos universais). 
Por exemplo, entre o obreiro (pedreiro) e o mestre de obras (engenheiro), este sabe 
mais que aquele, isto é, o pedreiro executa seu trabalho perfeitamente, pois é habituado 
aos casos particulares, conhecendo o que é sua função; já o engenheiro sabe por que é 
e por isso se destaca no campo da sabedoria. Aristóteles considera que as sensações não 
são sabedoria, e sim o mais decisivo conhecimento de objetos singulares, mas não dizem o 
porquê de nada (sabem que o fogo é quente, entretanto, não por que o fogo é quente) e, 
dessa forma, não podem instruir. 
Todavia, a arte é uma técnica voltada para a produção de coisas e entretenimento, ou 
seja, visa a uma utilidade. E ela é o conhecimento das causas que produzem as coisas. Já 
a ciência é um caso mais complexo. Para Aristóteles, as ciências são a busca das causas e 
princípios primeiros da realidade com um fim em si mesma. Isso significa que o homem 
busca esse tipo de saber para aperfeiçoar seu raciocínio e sua alma, não para algum fim 
ou com utilidade (em vista de). É a busca do universal. Vejamos, então, como Aristóteles 
classificas as ciências: 
• Ciências produtivas: que visam à fabricação de algum utensílio (p. ex.: sapatos, 
roupas, vasos etc.);
• Ciências práticas: que usam o saber para uma ação ou com a finalidade moral (Ética 
e Política);
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• Ciências teoréticas: que buscam o saber pelo saber, independentemente de um fim 
ou de uma utilidade (Metafísica, Física, Matemática e Psicologia). 
Portanto, Aristóteles cria um método diferente para classificar os seres. É a partir da 
sistematização e da hierarquização que se pode buscar compreender do particular ao 
universal, elevando a sabedoria e realizando a função específica dada pela natureza ao 
homem, como ser racional, que é conhecer. 
Fonte: Cabral (s.d.).
Assim, como já mencionado, o conhecimento, para Aristóteles, também pode formar-se com base 
na experiência. Pensemos no caso de um pedreiro e de um engenheiro: enquanto o primeiro executa o 
trabalho a partir da experiência, o segundo sabe o porquê do que faz.
Figura 39 – Um pedreiro trabalhando
Figura 40 – Um engenheiro estabelece, por exemplo, as medidas de uma parede e os materiais 
que devem ser usados para a construção dela
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Unidade III
Para Aristóteles, o mundo precisa ser observado, sentido, para que se possa formular uma ordenação 
no pensamento, a fim de obter conhecimento. De maneira ampla, o processo seria:
Desenvolver os 
sentidos
Pensar e ordenar 
 o mundo
Obter 
conhecimento
Figura 41 
Assim, o inato seria a nossa capacidade de raciocinar, de pensar sobre algo, de fazer elucubrações, de 
refletir sobre a matéria, percebida através dos sentidos, e não as ideias, como afirmava Platão.
8 A TEOLOGIA ARISTOTÉLICA: O PRIMEIRO MOTOR
Para começar este capítulo, vamos entender o que significa o termo teologia na concepção de 
Aristóteles. Abbagnano apresenta as seguintes definições para esse termo:
TEOLOGIA. Em geral, qualquer estudo, discurso ou pregação que trate de 
Deus ou das coisas divinas. […] Em sentido mais especificamente histórico-
filosófico, é possível distinguir: 1º T. metafísica; 2º T. natural; 3º T. revelada; 
4º T. negativa.
1º Aristóteles chamou sua ciência primeira, a Metafísica, de T.: 
entendeu-a ao mesmo tempo como ciência do ser enquanto ser (ou seja, 
da substância) e como ciência da substância eterna, imóvel e separada (ou 
seja, de Deus). […] 
2º O segundo conceito de T. é, portanto, o de T. natural, que distingue do 
anterior só pelo fato de compreender uma parte da Metafísica, e não a 
sua totalidade; mais precisamente a parte que tem por objeto as coisas 
divinas. […]
3º A T. revelada ou sagrada extrai seus princípios da revelação. A primeira 
formulação explícita desse conceito é, provavelmente, tomista: S. Tomás 
afirma que a “sagrada doutrina é ciência porque parte de princípios 
conhecidos através da luz de uma ciência superior, que é a ciência de Deus 
e dos bem-aventurados”. […]
4º O conceito de T. negativa surgiu e propagou-se no misticismo. A distinção 
entre T. positiva ou afirmativa (que parte de Deus em direção ao finito por 
meio da determinação dos atributos ou nomes de Deus) e T. negativa (que 
parte do finito em direção a Deus e o considera acima de todos os predicados 
ou nomes com os quais possa ser designado) encontra-se nos tratados do 
Pseudo-Dionísio, o Areopagita, mas sua fonte está nos textos neoplatônicos, 
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para os quais Deus está acima de todas as determinações finitas e do próprio 
ser (2003, p. 949-950, grifo nosso).
Aqui, trabalharemos com o primeiro conceito, ou seja, o que utiliza a Teologia como Metafísica.
Antes, ao tratar da doutrina da substância sensível, falamos das quatro causas que Aristóteles 
considera necessárias para a formação do conhecimento. Para ele, essas quatro causas agem de maneira 
conjunta. Vimos isso, por exemplo, em relação a ato e potência.
Os conceitos de ato e potência nos ajudam a entender o que Aristóteles considera como Primeiro 
Motor. Chauí aponta:
A forma de um ser é ato ou atualidade; é a enérgeia, a essência da 
coisa tal como ela é aqui e agora. A matéria de um ser é a potênciaou potencialidade, a dýnamis, a aptidão ou a capacidade da coisa para 
o que ela pode vir a ser no tempo. Quando uma matéria recebe uma 
forma, não a recebe inteiramente pronta, acabada, atualizada, mas a 
recebe como uma possibilidade, como uma potencialidade que deve ser 
atualizada (2002, p. 397).
Segundo Chauí, a matéria, ao receber uma forma, não está totalmente pronta. Isso equivale a dizer 
que depende de algo para deixá-la pronta, e esse algo nada mais é do que um movimento que impulsione 
a causa final. O exemplo, a seguir, ilustra esse movimento:
Quando o macho e a fêmea se unem, surge na matéria a forma do 
feto, que é o ser humano em potência; essa potência deverá ser 
atualizada no tempo pela dýnamis da matéria do feto, realizando 
inteiramente a forma que estava potencialmente contida em sua 
matéria. A criança é um ser humano em ato e que, em potência, 
é jovem; o jovem é um ser humano em ato e que, em potência, é 
adulto. Cada ser surge, portanto, com a forma atual (o que esse ser 
é) e com a forma acabada ou completa potencialmente contida na 
matéria (o que esse ser poderá ou deverá ser). A unidade da causa 
formal e da causa material é realizada pela causa eficiente, à qual 
cabe atualizar a forma potencialmente contida na matéria, de tal 
modo que um ser não muda de forma, mas passa da forma em estado 
menos perfeito ou acabado para a forma em estado mais perfeito ou 
acabado. A matéria, como suporte, é passiva: recebe a forma atual e 
a potencial e é “puxada” pela final para atualizar a potencialidade, 
graças às operações da causa eficiente (CHAUÍ, 2002, p. 397).
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Unidade III
Figura 42 – Um homem e uma mulher que, após a união sexual (ou após algum procedimento artificial), geraram um feto
Figura 43 – Uma criança e um adulto. O tempo transformará a criança em adulto por meio do movimento
Chauí prossegue em sua explicação:
Isso significa, em primeiro lugar, que para a matéria a causa final é o 
movimento (pois é ele que atualiza uma potência e é vista dessa atualização 
que a matéria se move ou é movida pela causa eficiente); e, em segundo, 
que para o movimento a causa final é a forma (pois é esta que completa o 
movimento e é em vista dessa completude que ele se realiza). O movimento 
é, portanto, causa final da causa material e a causa formal é a causa 
final do movimento (2002, p. 397-398, grifo nosso).
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Para Aristóteles, então, a ação das quatro causas se realiza de maneira conjunta – nos 
seres naturais, nas ações humanas, nas coisas artificiais e até mesmo nos produtos da técnica. 
Chauí complementa:
Por exemplo, na Física, Aristóteles diz que “o animal vem do animal por 
intermédio da semente”, de modo que a causa material é o corpo da mãe, 
a causa formal o corpo do pai, a causa eficiente os movimentos do corpo 
do macho sobre o da fêmea, e a causa final o novo animal contido em 
potência na semente, que é a forma atual do futuro animal. Na Ética, 
afirma que um homem se torna virtuoso atualizando seu éthos (seu 
caráter) por meio da vontade racional e do hábito, que são as causas 
eficientes da ação moral. Na poíesis, diz Aristóteles, “a casa vem da casa 
por meio do artífice”, isto é, o artífice é a causa eficiente do artefato, de 
tal modo que a casa (a forma da habitação) vem da casa (o projeto no 
intelecto do artesão) pela ação do pedreiro como agente que atualiza na 
matéria a forma da casa ou fabrica a casa dando forma à matéria. Assim 
também o bronze é um metal em ato que contém em potência a estátua (é 
causa material da estátua); a estátua é, em ato, a forma (ou causa formal) 
que o escultor impôs à matéria e que esta, em potência, podia receber; o 
escultor é a causa eficiente da estátua cuja causa final será a função que 
seus usuários lhe atribuirão. Poderemos compreender melhor o que diz 
Aristóteles se regressarmos ao que dissemos sobre a medicina grega, na 
qual a causa final é a saúde, a causa eficiente o médico, a causa material 
o corpo doente que potencialmente contém a saúde, e a causa formal a 
natureza do paciente (2002, p. 398). 
 Observação
Poíesis refere-se a uma prática na qual o agente e o resultado da ação 
estão separados ou são de natureza diferente. Relaciona-se à ideia de 
trabalho como fabricação, construção, composição.
Por meio do ato e da potência, o mundo todo tem um movimento. Os seres são ou estão e têm 
potências diversas, várias possibilidades de vir a ser.
ATO POTÊNCIA = MOVIMENTO
Figura 44 
As figuras a seguir ilustram o que Aristóteles diz sobre a semente ter a potência, o potencial, de se 
transformar em árvore:
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Figura 45 – Semente de abacate
Figura 46 – Abacateiro
Esse movimento é o motor, e para Aristóteles existe o Primeiro Motor, o motor imóvel. No livro 12 
da Metafísica, ele apresenta algumas características desse motor imóvel:
• inteligência suprema;
• suma bondade;
• imaterial;
• pensamento do pensamento em si;
• pensamento puro e, portanto, força;
• força que não pode agir ou querer;
• puro prazer, porque está em contemplação eterna.
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Vamos entender melhor o que significa o Primeiro Motor.
Considerando que a Filosofia antiga tem na natureza a explicação de tudo, para Aristóteles o 
conjunto do universo físico estaria dividido em duas regiões distintas: a sublunar e a supralunar. Sobre 
essa divisão, Pessanha comenta:
A sublunar, constituída pelos quatro elementos herdados da cosmologia de 
Empédocles – a água, o ar, a terra e o fogo – e caracterizada por movimentos 
retilíneos e descontínuos; e a supralunar, constituída por uma “quinta 
essência”, o éter, e caracterizada por movimentos circulares e contínuos. 
Cada um dos elementos do mundo sublunar teria seu lugar natural e, forçado 
a abandoná-lo sob a ação de um agente, executa um movimento violento, 
que cessa ao cessar a interferência daquele motor: retirado do lugar que, por 
sua natureza, lhe está reservado, o corpo tende a voltar a seu lugar natural 
(jogada para o alto – movimento violento – a pedra tende naturalmente a 
cair, cessado o efeito da força que a impulsionou) (1983, p. 25).
Figura 47 – O universo em movimento
Pessanha continua sua explicação tomando como base os filósofos pré-socráticos, dos quais 
tratamos anteriormente:
Como já afirmavam os pitagóricos, o mundo supralunar estaria constituído 
por uma sucessão de esferas, cada qual movimentando-se em função da 
esfera imediatamente superior, que atua como motor. Essa sucessão de 
motores-móveis terminaria – já que o universo seria finito – num primeiro 
motor, este imóvel (para ser o primeiro), e que Aristóteles chama de Deus. 
Ato puro, pois do contrário se moveria, o Deus aristotélico paira acima do 
universo, movendo-o como causa final: “como o amado atrai o amante”. 
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Não cria o universo, que é eterno, nem sequer o conhece: conhecer algo 
fora de si implicaria atualização de uma potência e, portanto, imperfeição e 
incompletitude. Incorpóreo, pura forma – a matéria é a sede das potências –, 
esse primeiro motor imóvel existiria como pensamento autocontemplativo: 
como “um pensamento que se pensa a si mesmo”(1983, p. 25-26).
Todo movimento tem três características:
• é ato de um motor, ou seja, é movido por algo;
• é ato do movido, ou seja, daquele que está em movimento;
• tem tendência ao fim.
Qual é a causa primeira do movimento?
Aristóteles demonstra que é pela experiência do vir a ser, do movimento, que percebemos que, para 
existir o movimento, é absolutamente necessário haver um motor imóvel, um motor em ato – para 
haver movimento precisamos ser movidos por algo.
Logo, é necessário haver um primeiro motor imóvel, extratemporal, que move sem ser movido.
Dessa maneira, Deus é ato puro e tem por objetivo a perfeição (a própria). De Deus depende toda a 
ordem do mundo, embora, para Aristóteles, ele não seja o criador.
Abbagnano assinala:
Na concepção aristotélica, a distinção entre matéria e ato determina a 
ordenação hierárquica de toda a realidade, que vai de um limite inferior 
extremo, que é a matéria-prima, pura potencialidade indeterminada, até 
Deus, que é puro ato, sem mescla de potencialidade. Deus é o Primeiro 
Motor imóvel dos céus; e, como o movimento dos céus é contínuo, seu 
motor não só deve ser eternamente ativo, mas deve ser, por natureza, 
atividade, absolutamente desprovido de potência. E, como a potência é 
matéria, ele é também desprovido de matéria, ato puro […]. A noção de 
ato puro continuou sendo fundamental para a elaboração da ideia de Deus 
no pensamento ocidental. A ela recorrem modernas filosofias do ato, como 
a de Gentile, que pretende realizar a rigorosa e total imanência de toda a 
realidade no sujeito pensante, isto é, no pensamento em ato […], ou a de 
Louis Lavelle, na qual Deus é definido como ato participante e a existência 
do homem como ato participado) (2003, p. 91).
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 Observação
Giovanni Gentile (1875-1944) foi um filósofo italiano. Louis Lavelle 
(1883-1951) foi um filósofo francês. Ambos valeram-se das ideias de 
Aristóteles sobre Deus como Primeiro Motor imóvel para formar suas 
respectivas teorias.
Segundo Chauí:
O deus é, portanto, a causa final, o télos do mundo, movendo-o à distância, 
de longe. O Primeiro Motor imóvel age à distância. Isso significa que ele não 
estabelece nenhum contato direto com o mundo celeste e com o mundo 
sublunar, porque somente a causa eficiente é que, para operar, precisa estar 
em contato direto com aquilo sobre o que ela opera – em outras palavras, o 
deus não cria o mundo, não gera o mundo, nem fabrica o mundo, pois não 
é causa eficiente, e sim causa final que age à distância. Como fim é algo 
desejável, algo a que um ser aspira, algo a que um ser tende ou se inclina, 
procura cegamente, segundo a necessidade natural, ou racionalmente, 
segundo a deliberação da vontade. O Primeiro Motor, sendo imóvel e ato 
puro, nada deseja, pois nada lhe falta – ou como dizem os antigos e repete 
Aristóteles: só o deus é feliz –, mas é desejado por todos os seres do universo 
que se fatigam e se esforçam no movimento. Aristóteles diz que o divino é 
o desejável (2002, p. 404-405).
O divino, o ato puro, não pode ser movido por nada, porque, caso se movesse, seria imperfeito e 
incompleto.
É pela Filosofia, portanto, que imitamos o divino, através do pensamento e das infinitas possibilidades 
do conhecimento. Chauí apresenta alguns motivos para explicar essa afirmação: 
Em primeiro lugar, porque nela [na Filosofia] o ser humano atualiza sua 
forma – é um ser primordialmente racional, inteligente e que, como lemos 
na abertura da Metafísica, “deseja por natureza conhecer”. O conhecimento 
é sua natureza, sua forma. Em segundo, porque na Filosofia a ideia 
aristotélica de atividade aparece com plenitude. De fato, Aristóteles 
distingue movimento e atividade – o primeiro se faz em vista de um fim e é 
sempre sinal de uma imperfeição, porque é passagem de alguma coisa a algo 
outro ou ao que ela ainda não era, mas a atividade é seu fim em si mesma 
e sinal de uma perfeição alcançada ou de uma identidade. Ora, na atividade 
do conhecimento (seja na percepção sensorial, seja no saber intelectual) 
não há uma passagem a algo diverso (a não ser no caso do aprendizado, 
em que é diferente fazer o movimento de aprender e completá-lo, isto é, 
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entre estar aprendendo e ter aprendido), mas há identidade e continuidade 
do mesmo ato. Ou, como diz o filósofo, quem vê é o mesmo que viu, quem 
pensa é o mesmo que pensou. Essa identidade e continuidade própria do 
conhecimento é a maior possível na contemplação ou na teoria, quando 
não há distância entre o ato e o fim realizado por ele, e por isso a Filosofia 
é o que nos torna mais semelhantes ao divino. Em terceiro lugar, porque 
para Aristóteles (que, nesse aspecto, é um perfeito discípulo de Platão e 
Sócrates) a qualidade de nosso pensamento depende dos objetos que 
estamos pensando e, portanto, um pensamento que pensa ideias puras 
está pensando formas puras ou imutáveis, acabadas, perfeitas, imperecíveis, 
seu pensamento possuindo as mesmas qualidades de seu objeto. Em quarto, 
porque as ideias verdadeiras, sendo universais e necessárias, possuem 
a identidade e a imutabilidade do que é plenamente atual (2002, p. 
407-408, grifo nosso).
 Saiba mais
Recomendamos a leitura integral do capítulo 5, dedicado a Aristóteles, 
do livro:
CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a 
Aristóteles. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
Figura 48 – O Pensador, de Rodin
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 Resumo
Nesta unidade, vimos que Aristóteles se preocupa fundamentalmente 
com as causas para chegar ao conhecimento. Os sentidos do ser enquanto 
ser partem da observação e das sensações causadas em nossos sentidos, 
nos quais todo o processo do conhecimento tem início.
A doutrina da substância sensível mostra que tudo é em si mesmo – 
a substância é aquilo que é permanente no ser que sofre mudanças; a 
substância é o que é inicialmente.
A essência é o atributo principal para que o ser possa ser. Além dos 
atributos essenciais, o ser tem atributos acidentais.
Matéria é do que o ser é feito, e forma é o que faz a coisa ser o que é. 
Matéria, portanto, é a causa material, e forma é o que distingue a coisa.
A substância segue a fórmula: substância = matéria + forma.
Vimos também as quatro causas básicas: material, formal, motor e 
final, ou seja, do que algo é feito, como é feito, qual é a sua forma e para 
que é feito.
Ato e potência nos trazem o movimento. Tudo o que é ou está tem 
potenciais, tudo o que existe pode se transformar em outras coisas, em 
outros seres. O ato semente tem a potência de se transformar em árvore.
Aristóteles demonstra que é pela experiência do vir a ser, do movimento, 
que percebemos que, para existir o movimento, é absolutamente necessário 
haver um motor imóvel, um motor em ato – o Primeiro Motor, Deus.
Deus é ato puro e tem por objetivo a perfeição. De Deus depende toda 
a ordem do mundo, embora, para Aristóteles, ele não seja o criador.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
800PX-UWASOCRATES_GOBEIRNE.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/thumb/8/84/UWASocrates_gobeirne.jpg/800px-UWASocrates_gobeirne.jpg>. Acesso em: 10 
out. 2017.
Figura 2
4/4A/PLATO-RAPHAEL.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4a/Plato-raphael.jpg>. Acesso em: 30 out. 2017.
Figura 4
SANZIO_01.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Sanzio_01.
jpg>. Acesso em: 30 out. 2017.
Figura 6
ARISTOTLE_ALTEMPS_INV8575.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/
Aristotle_Altemps_Inv8575.jpg>. Acesso em: 30 out. 2017.
Figura 7
GRIEKENLAND-LANDKAART.JPG. Disponível em: <http://www.landenspecials.nl/media/landen/griekenland-
landkaart.jpg>. Acesso em: 30 out. 2017.
Figura 9
HEAD-2428333_960_720.PNG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/06/21/19/35/
head-2428333_960_720.png>. Acesso em: 31 out. 2017.
Figura 11 A
GOLDEN-AUTUMN-2871837__340.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/10/20/16/21/
golden-autumn-2871837__340.jpg>. Acesso em: 31 out. 2017.
Figura 11 B
EARS-2545756_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/07/27/15/48/ears-
2545756_960_720.jpg>. Acesso em: 31 out. 2017.
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Figura 11 C
WOMAN-546103__340.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/11/26/11/04/
woman-546103__340.jpg>. Acesso em: 31 out. 2017.
Figura 11 D
ASPARAGUS-2169305__340.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/03/23/19/57/
asparagus-2169305__340.jpg>. Acesso em: 31 out. 2017.
Figura 11 E
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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