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Guia de Estudo Sobre Adenovírus. Nutrição Disciplina de Microbiologia.

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Guia de revisão do assunto apresentado por Eduarda Larissa Leão de Campos 
e Luan Santos de Aragão, no seminário do dia 20/11/2017. Tema: Adenovírus.
Orientação: Profª Drª Regianne Kamiya. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – ICBS
SETOR DE MICROBIOLOGIA 
 Antes de falar dos adenovírus, façamos uma revisão
básica de alguns termos que não devem ser esquecidos.
“Os vírus são organismos extremamente simples, diferindo dos demais seres vivos por não
possuírem organização celular, metabolismo próprio e por não serem capazes de se multiplicar sem
auxílio de uma célula hospedeira. São parasitas intracelulares obrigatórios, [...] visíveis apenas ao
microscópio eletrônico.” [19] Seu material genético está sempre de uma única forma, o ácido
desoxirribonucléico (DNA) ou o ácido ribonucléico (RNA), nunca ocorrendo os dois tipos num
mesmo vírus. [19]
- Capsídeo ou cápsideviral = camada externa de proteínas que envolve o material genético do
vírus(que pode estar na forma de DNA ou RNA). Serve para proteger o material genético viral.
- Serotipo ou sorotipo = variação dentro de uma mesma espécie de vírus, com diferentes tipos de
antígenos de superfície celular. Cada sorotipo, ao infectar uma pessoa, pode causar diferentes sinais
e sintomas.
- Cápsula ou envelope viral = envoltório externo ao capsídeo, formado por glicoproteínas e
fosfolipídeos derivados da célula hospedeira (membrana e/ou organelas) e algumas glicoproteínas
do próprio vírus. Serve para identificar células hospedeiras, interagir com receptores de membrana e
facilitar a infecção. Porém a cápsula é sensível à dessecação, calor e detergentes.
- Vírion ou Virião = nome dado a partícula viral completa (material genético e capsídeo).
- Estirpe ou Cepa = um grupo de vírus descendentes de um vírus ou ancestral comum com o qual
compartilham semelhanças.
- Patogenicidade = capacidade de um vírus ou bactéria provocar sinais e sintomas específicos;
- Virulência = capacidade de um vírus ou bactéria provocar a morte.
- Infectividade = capacidade de um vírus ou bactéria penetrar e se desenvolver, ou se multiplicar,
num novo hospedeiro.
- Imunogenicidade = capacidade de provocar resposta imune.
Considerações inicias = porque devemos estudar os Adenovírus?
 Anualmente, mais de cem mil crianças são hospitalizadas nos Estados Unidos por sibilância
causada por infecção viral. [4]
 O adenovírus é o segundo vírus mais comum (perdendo apenas para o vírus sincicial
respiratório) detectado em crianças hospitalizadas com infecções respiratórias agudas no
Brasil, sendo até causador de mortes infantis por pneumonia e/ou bronquiolite necrotizante
em países em desenvolvimento. [5]
 Na Argentina aproximadamente 14% das infecções respiratórias eram causadas por
adenovírus (Videla et al., 1998). [7]
 Em um estudo realizado em Porto Alegre, aproximadamente 10,3% dos casos de pneumonia
observados foram relacionados à presença de adenovírus (com uma taxa de letalidade de
aproximadamente 25%. [6]
 “Dependendo do tipo, os adenovírus podem causar outras doenças como gastroenterite,
conjuntivite, cistite e, menos comumente, doença neurológica.” - Centers for Disease
Control and Prevention.
 “Em outubro de 2013 a julho de 2014, as autoridades de saúde do Oregon identificaram 198
pacientes com sintomas respiratórios que apresentaram resultados positivos para o
adenovírus. HAdV-7 foi o tipo de adenovírus predominante identificado. Muitos pacientes
foram hospitalizados (69%) e cerca de metade desses pacientes (32%) foram admitidos na
unidade de terapia intensiva” [12]
 Há um Sistema Nacional de Relatórios de Adenovírus (NATRS) que atualiza semanalmente
informações sobre o número de testes realizados para adenovírus e os resultados
positivos/negativos. Conforme dados desse sistema [13] foi montada a tabela abaixo:
Algumas informações gerais acerca dos Adenovírus.
 Pertencente à família Adenoviridae; não possui envelope viral; seu capsídeo tem
forma icosaédrica; e o material genético na forma de fita dupla de DNA não segmentada.
 Possui cingo gêneros: Atadenovirus; Aviadenovirus; Ichtadenovirus; Mastadenovirus
(vírus de mamífero, tendo os que infectam especificamente humanos) e Siadenovirus.
 São conhecidos até o momento cerca de 57 sorotipos de adenovírus humanos e sete
espécies (adenovírus humano A a G).
 O sorotipo A está reconhecidamente associado à obesidade; o sorotipo B às doenças
respiratórias e conjuntivites; o sorotipo C às doenças respiratórias e obesidade; o sorotipo D
às conjuntivites e obesidade; enquanto os sorotipos F e G às gastroenterites.
 As proteínas das fibras de Penton e algumas das proteínas não estruturais são
glicosiladas (portanto são glicoproteínas);
 Os adenovírus, assim como outros tipos de vírus, são seres vivos [8-11] acelulares
que precisam invadir outras células para utilizar de seu “maquinário” para replicar seu DNA.
Ciclo de vida e reprodução.
Após penetrar no corpo de uma pessoa, a entrada dos adenovírus começa com a interação de
glicoproteínas dos vértices das fibras de Penton com diferentes proteínas da membrana da célula-
alvo. A fibra viral é fundamental e isso é comprovado porque a infecção com partículas virais sem
fibras fica profundamente comprometida [20]. Essa interação cria ligações fracas que possibilitam a
“adesão” viral e interação entre proteínas da base de Penton e um dos dois receptores (proteínas
integrinas) celulares: CD46, no caso do adenovírus humano B; ou o CAR (Receptor de
Adenovírus de Coxsackievirus), no caso dos outros sorotipos/espécies. Concomitantemente a isso,
ocorre a interação de proteínas da base de Penton com proteínas integrinas transmembrana da
célula-alvo, eventos que juntos favorecem a entrada do adenovírus. Quando o vírus entra na célula,
o pH do citoplasma celular muda e isso causa uma separação das proteínas do capsídeo e gradual
liberação do material genético. Logo que isso ocorre, a proteína IV fica exposta e ativa uma cascata
de sinalizações que culmina nos seguintes eventos: endocitose completa do adenovírus;
recobrimento do mesmo com clatrina; polimerização de actinas do citoesqueleto; ativação dos
microtúbulos que formam um “caminho” até o núcleo e das proteínas transportadoras. Uma vez no
núcleo, o DNA viral interage com as histonas e é lido como se fosse parte do material genético da
célula hospedeira.
Basicamente, no ciclo de vida do adenovírus existem duas fases de reprodução: a precoce e a
tardia. A precoce é correspondente a todo o processo de entrada do adenovírus na célula-alvo e
início da leitura de DNA viral e síntese de proteínas específicas. Essas proteínas produzidas na fase
precoce tem função de:(1) garantir a continuidade da leitura/transcrição de mais genes virais (e até
ativação de alguns outros genes); (2) bloqueio da possibilidade de apoptose celular, para que o
processo de reprodução não pare; e (3) diminuição da possibilidade de identificação dessa célula
pelo sistema de defesa corporal. A fase tardia é correspondente ao momento a partir do qual ocorre
uma série de reações que priorizam a síntese de outras proteínas específicas (estruturais)
responsáveis por “empacotar” o material genético recém-formado, criando novos vírus “inteiros”, e
esse processo se repete tanto que o citoplasma celular não suporta mais a quantidade de vírus
existente = ocorrendo a lise da membrana celular, liberando os vírus que invadirão outras células e
repetir todo o ciclo de vida. O esquema abaixo mostra simplificadamente o ciclo de vida do
adenovírus. No final do guia de estudo, na parte de curiosidades, há uma imagem mais detalhada
mostrando os receptores e as fases precoce e tardia.
Sobre as formas de infecção.As infecções por adenovírus ocorrem pelo contato direto ou indireto com altas doses do
vírus, presente em secreções liberadas pelas pessoas contaminadas. Essas secreções ricas em vírus
podem ser desde partículas pequenas liberadas num espirro, até mesmo fezes ou urina.
Recentemente foi descoberto que um dos tipos (o adenovírus humano 36) também pode ser
transmitido sexualmente [17]. Para que haja infecção não é preciso necessariamente contato direto
entre mucosas, podendo ocorrer transmissão pelo ar (mais comum em dias frios, quando as pessoas
aglomeram-se ou ficam mais dentro de casa), água e alimentos contaminados e até superfícies
contaminadas por secreções (pois os vírus podem sobreviver e continuar infectantes por muitas
horas em objetos inanimados como maçanetas, superfícies duras e brinquedos [16]). “Na
conjuntivite adenoviral o contágio ocorre através do aperto de mãos, superfícies contaminadas,
instrumentos oftalmológicos infectados, piscinas, colírios, entre outros” [18].
Com relação à transmissão via fecal-oral, ela é condicionada por múltiplos fatores
(socioeconômicos, culturais, geográficos, históricos e etc) sendo que os mais importantes para
infecção são: (1) falta de saneamento básico; (2) hábitos de higiene, como lavar as mãos,
inexistentes ou inadequados; e (3) pouco ou nenhum conhecimento sobre as formas de prevenção e
contaminação por adenovírus. Normalmente as crianças são grupos de risco, por não possuírem o
sistema imune plenamente desenvolvido, assim como pessoas que estejam com o sistema imune
deprimido devido à outra doença/agravo.
Sinais e sintomas das infecções por Adenovírus.
Os adenovírus não possuem seletividade de célula-alvo para infecção, pois seu receptor
principal é expresso em quase todas as células epiteliais. [20]. Assim sendo, somado ao fato da
existência de uma grande quantidade de sorotipos diferentes e espécies diferentes, as infecções por
adenovírus podem causar uma gama grande e diversificada de sinais e sintomas, que incluem -
conforme dito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças [15]:
 Resfriado;
 Crupe [16];
 Dores de garganta;
 Ceratoconjuntivite epidêmica (que é uma inflamação simultânea da córnea e da conjuntiva);
 Bronquite (superprodução de muco nas vias aéreas respiratórias, causando dificuldade de
respirar, tosse, falta de ar e possíveis espasmos);
 Pneumonia (infecção dos pulmões);
 Diarreia;
 Conjuntivite (condição onde há inflamação e irritação da conjuntiva ocular, deixando o olho
avermelhado e coçando);
 Febre (normalmente em crianças, acima de 39º e com duração superior à cinco dias);
 Inflamação ou infecção da bexiga;
 Gastrenterites (inflamação do estômago e dos intestinos);
 Obesidade [17]
 Infecções do sistema nervoso central como menigoencefalite, encefalite e paralisia flácida
aguda. [20]
Raramente uma infecção por adenovírus causa doenças graves ou morte, regredindo
naturalmente com o tempo. Porém, é importante prestar atenção especial quando a
infecção ocorre em crianças (que não desenvolveram plenamente seu sistema
imunológico) e pessoas imunodeprimidas. Em casos raros, infecções por adenovírus
podem causar bronquiolite grave, pneumonia e traqueobronquite, conforme foi
constatado em muitos artigos [4-6].
Atenção! As gastrenterites causadas por Adenovírus afetam principalmente crianças menores de
dois anos; tendo uma evolução média de cinco a doze dias, com diarreia aquosa, vômitos,
hipertermia moderada e desidratação leve (problemas respiratórias também podem aparecer). A
infecção pode se tornar epidêmica caso os indivíduos estejam alojados em habitações coletivas.
Sobre a obesidade: duas adenoviroses (Ad-36 e SMAN-1) apresentam características adipogênicas
em humanos, acelerando a taxa de diferenciação pré-adipócitos em adipócitos. Também ocorre
supressão da expressão de mRNA de leptina (Vangipurama e cols.) após três a cinco dias de
infecção e aumento dos genes enzimáticos envolvidos na lipogênese, como a acetil-CoA
carboxilase-1 e sintase de ácido graxo. [17] Apesar disso, é difícil estabelecer uma relação causal.
[17]
Diagnóstico.
O método ouro de diagnóstico é isolamento através da cultura do vírus [18], mas é caro,
necessidade de organismos viáveis, precisa de meio de transporte especial para o laboratório e o
tempo de incubação leva desde dias até semanas, prejudicando a tomada de decisões rápidas e
precisas. “Técnicas de detecção de antígenos requerem menos tempo e não necessitam de
organismos viáveis. A sensibilidade e especificidade são altamente variáveis entre os métodos
disponíveis (imunoensaio enzimático, imunofluorescência, imunocromatografia, aglutinação látex
específica e imunofiltração)”. [18] Outro meio de diagnóstico é verificar uma elevação de quatro
vezes no título de anticorpos do soro, o que indica infecção recente por adenovírus, ou a Reação em
Cadeia da Polimerase (PCR) [22].
Tratamento.
Como a infecção normalmente não dura muito tempo e (na maioria dos casos) os problemas não são
muito sérios, o tratamento visa diminuição dos sinais e sintomas, assim como reestabelecimento do
funcionamento adequado do sistema imune para que ele lute contra o adenovírus. Os cuidados
devem ser tomados por uma equipe multiprofissional para garantir aporte em todos os sentidos, com
uma ênfase especial na atuação do nutricionista, visto que é bem conhecida a relação entre a
modulação do sistema imune e uma adequada alimentação. Os tratamentos dos sinais e sintomas
incluem:
 Aumento da ingestão de líquidos e/ou soro caseiro (podendo ser necessário uso de soro
intravenoso em casos de desidratação grave);
 Uso de broncodilatadores;
 Antibactericidas (pois como o sistema imune das pessoas infectadas está enfraquecido, pode
ocorrer infecção por bactérias e/ou outros parasitas);
 Uso de hormônios corticoides, quando necessário;
 Oxigenação suplementar por meio de máscaras ou tubos nasais (podendo ser necessária
ventilação mecânica);
Prevenção.
✔ Desinfecção/esterilização dos equipamentos oftalmológicos;
✔ Manter níveis adequados de cloro nas piscinas;
✔ Lavar bem as mãos com água e sabão;
✔ Evitar tocar olhos, nariz ou boca com mãos não lavadas;
✔ Evitar contato próximo com pessoas doentes;
✔ A lavagem frequente das mãos é especialmente importante nos ambientes de cuidados
infantis e nas instalações de saúde;
✔ Higienizar alimentos, saneamento básico.
Papel do nutricionista.
Infecções indicam uma diminuição na atividade do sistema imune dos indivíduos ou, no caso das
crianças, um ainda desenvolvimento do sistema imune que não é capaz de lutar contra
microrganismos invasores. Como o tratamento da infecção por adenovírus consiste basicamente em
amenizar os sinais e sintomas causados e em manter a homeostase e os níveis adequados de
nutrientes corporais, visando restabelecer o sistema imune para que exerça seu papel
adequadamente, o papel do nutricionista será de tentar garantir que isso ocorra, usando como
ferramenta para este fim a alimentação. Portanto, cabe ao nutricionista fornecer todos os
macro/micronutrientes de acordo com as recomendações diárias (com algumas possíveis mudanças
devido a aumentos da demanda metabólica de micronutrientes); visto que, por exemplo, o cálcio
diminui a chance de obesidade [23], a vitamina C atua na modulação do sistema imune [24],
vitaminas do complexo B formam novas células sanguíneas, incluindo células do sistema imune
[25]. Além disso, é necessário garantir aporte energético adequado, principalmente para crianças
infectadas para que possa manter o desenvolvimento adequado para a idade [26], contudo, deve ser
realizado com cauteladevido à possibilidade de alguns adenovírus causarem uma pré-disposição à
obesidade, utilizando assim, proteínas de alto valor biológico, evitando carboidratos refinados e
estimulando o consumo de fibras (o que auxiliará a flora intestinal e tende a reestabelecer as
condições adequadas de funcionamento corporal) e de ácidos graxos essenciais, visando
principalmente o Omega 3 por sua propriedade anti-inflamatória.
Curiosidades!
- Sobre o nome “Adenovírus”:foi dado porque foram inicialmente isolados das adenoides
(ou amídalas, que são agregados de tecido linfoide presentes na nasofaringe).
- Sobre a vacinação: Desde 2011 o US Army Medical Research and Materiel Command anunciou
uma nova vacina de adenovírus disponível para locais básicos de treinamento 18 de outubro (mas
somente nos EUA, com proteção para o tipo 4 e 7, com 99,3% de eficácia). Essa é a única vacina
atualmente existente no mundo contra o adenovírus e só é ofertada para os soldados dos EUA.
Como no Brasil não há vacinas disponíveis, é essencial tomar medidas de prevenção e de controle
para evitar ou diminuir riscos de infecções.
- Abaixo está a imagem mais detalhada do ciclo de vida do adenovírus:
Conclusão.
Diante do exposto, nota-se que apesar de causar infecções majoritariamente passageiras e
com sinais e sintomas moderados, a amplitude dos efeitos dos adenovírus no organismo humano,
assim como o impacto de uma ou mais infecções no desenvolvimento adequado das crianças não
pode ser desconsiderado ou tratado levianamente (podendo até causar óbitos em alguns casos).
Somando isso à inexistência de uma vacina para a população, é fundamental a conscientização da
população sobre os métodos de prevenção de infecções, que normalmente passa por hábitos de
higiene e cuidados de biossegurança. Nesse escopo, também é imprescindível a criação de políticas
públicas de prevenção/promoção de saúde, como as voltadas para aumento do saneamento básico
nas cidades e aquelas que capacitam os profissionais de saúde à atuarem conjuntamente para
impedir aumentos no número de infecções por adenovírus e garantir a manutenção do bem-estar
físico e mental da população em geral (com enfoque especial nas crianças). 
Referências:
1 - Baron EJ (1996). Barão S; et al., eds. Classificação. Em: Microbiologia Médica do Barão(4ª
ed.). Univ of Texas Medical Branch.
2 - Martin, Malcolm, et al. Virologia dos campos. Filadélfia: Wolters Kluwer Health / Lippincott
Williams & Wilkins. p. 2395.
3 - Manual do profissional de saúde, para doenças infectocontagiosas. Página específica para
infecções por Adenovírus. Disponível em: http://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen
%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/infec%C3%A7%C3%B5es-por-
adenov%C3%ADrus
4 – Simone Sudbrack, et al. Prevalence of respiratory virus in infants with acute bronchiolitis and
recurrent wheezing in an emergency room in south Brazil. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 17, n. 
3, p. 124-129, jul./set. 2007 
5 - Fernanda EA Moura, et al. Antigenic and genomic characterization of adenovirus associated to
respiratory infections in children living in Northeast Brazil Mem. Inst. Oswaldo Cruz vol.102 no.8
Rio de Janeiro Dec. 2007
6 - Selir M Straliotto; Marilda M Siqueira; Vera Machado; Tânia MR Maia. Respiratory viruses in
the pediatric intensive care unit: prevalence and clinical aspects. Mem. Inst. Oswaldo Cruz vol.99
no.8 Rio de Janeiro Dec. 2004
7 - Kathy Pond. London. Seattle. Water Recreation and Disease. Plausibility of Associated
Infections: Acute Effects, Sequelae and Mortality. Published on behalf of the World Health
Organization by IWA Publishing, Alliance House, 12 Caxton Street, London SW1H 0QS, UK.
Disponível em: http://www.who.int/water_sanitation_health/bathing/recreadis.pdf
8 - Isabelle Pagnier; Catherine Robert; Lina Barrassi; Ghislain Fournous; Michele Merchat; Marie
Suzan-Monti; Patrick Forterre; Eugene Koonin and Didier Raoult. The virophage as a unique
parasite of the giant mimivirus. Nature 455 - International Journal of Science; 100-104 (04
September 2008) doi:10.1038/nature07218
9 - Arshan Nasir and Gustavo Caetano-Anollés. A phylogenomic data-driven exploration of viral
origins and evolution. Science Advances 25 Sep 2015: Vol. 1, no. 8, e1 500527 DOI:
10.1126/sciadv.1500527
10 – Ewen Callaway. CRISPR-like ‘immune’ system discovered in giant virus. Mimivirus defence
system might lead to new genome-editing tools. 29 February 2016.
11 – Amabis e Martho, 3ª edição. Biologia das populações: Genética; Evolução biológica e
Ecologia. Disponível para leitura em: https://pt.slideshare.net/JoanaTakai/biologia-das-populaes-
volume-3-amabis-e-martho
12 - Informação completa disponível em: https://www.cdc.gov/adenovirus/adenovirus-7.html
13 - Informações completas disponíveis para acesso em: https://www.cdc.gov/adenovirus/reporting-
surveillance/natrs/surveillance-data.html
14 - The Official Home Page of the United States Army. Informação completa disponível em:
https://www.army.mil/article/68351/USAMRMC_protects_Soldiers_against_unseen_enemy/
15 - Informações completas sobre sinais e sintomas das infecções por adenovírus, de acordo com o
Centers for Disease Control and Prevention, disponível em:
https://www.cdc.gov/adenovirus/about/symptoms.html
16 - Informações completas disponíveis em: http://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-
doencas-tratamentos/adenovirus/
17 - http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302009000200007
18 - José Bonifácio Barbosa Junior; Caio Vinicius Saito Regatieri; Terezinha Maria de Paiva;
Margareth Aparecida Benega; Maria Akiko Ishida; Kátia Oliveira Corrêa; Denise de Freitas;
Rubens Belfort Junior. Adenovirus conjunctivitis diagnosis using RPS Adenodetector. Arq. Bras.
Oftalmol. Vol.70 no.3 São Paulo May/June 2007. Disponível para leitura completa em PDF em:
http://www.scielo.br/pdf/abo/v70n3/10.pdf
19 – Laboratório de Bacteriologia da Faculdade Veterinária. “O que são vírus”; disponível em
http://www.ufrgs.br/labacvet/?q=node/14
20 - Jessylene de Almeida Ferreira, et al. Detection and characterization of human adenoviruses
from cases of acute flaccid paralysis in Northern Brazil. Rev Pan-Amaz Saude v.5 n.3 Ananindeua
set. 2014
 Disponível para leitura completa em PDF em: http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/rpas/v5n3/v5n3a06.pdf
21- Elza Caroline Alves Muller; Maria Aline Aguiar de Morais; Yvone Benchimol Gabbay;
Alexandre da Costa Linhares. Detection of adenoviruses in children with severe acute
gastroenteritis in the City of Belém, Pará State, Brazil. Rev Pan-Amaz Saude v.1 n.3 Ananindeua
set. 2010. Disponível para leitura completa em PDF em:
http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/rpas/v1n3/v1n3a07.pdf
22 - Eduardo A. Ferone, et al. Aspectos clínicos e epidemiológicos relacionados à detecção de
adenovírus ou vírus sincicial respiratório em crianças hospitalizadas por doença aguda do trato
respiratório inferior. J. Pediatr. (Rio J.) vol.90 no.1 Porto Alegre Jan./Feb. 2014. Disponível para
leitura completa em PDF em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v90n1/pt_0021-7557-jped-90-01-
00042.pdf
23 – Kelly A. da Cunha, et al. Ingestão de cálcio, níveis séricos de vitamina D e obesidade infantil:
existe associação? Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG, Brasil. Rev. paul. Pediatr.
Vol.33 no.2 São Paulo Apr./June 2015. Disponível para leitura completa
em:http://www.scielo.br/pdf/rpp/v33n2/pt_0103-0582-rpp-33-02-00222.pdf
24 – SHILS, M. E.; SHIKE, M.; ROSS, A. C.; CABALLERO, B.; COUSINS, R. J. Tratado de
Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 10ª edição.
 
25 – Alfredo C. Martínez e Melchor Alvarez-Mon. O sistema imunológico:Conceitos gerais,
adaptação ao exercício físico e implicações clínicas. Rev Bras Med Esporte vol.5 no.3 Niterói
May/June 1999. Disponível para leitura completa em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1517-86921999000300010
26 – Alejandro Teper et al. Seqüelas respiratórias de doenças virais: do diagnóstico ao tratamento.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Jornal de Pediatria. 2002. Disponível para leitura completa em:
http://www.scielo.br/pdf/%0D/jped/v78s2/v78n8a09.pdf

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