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Faculdade Estácio de Sergipe FORÇA CORTANTE E MOMETO FLETOR E TENSÃO MÁXIMA DE FLEXÃO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II Mercia M. P. Gambarra 2 FLEXÃO Vigas e eixos são importantes elementos estruturais e mecânicos usados em projetas de engenharia . Neste unidade, determinaremos a tensão provocada nesses elementos por conta da flexão . 3 Força Cortante (V) Forças que tendem a produzir um efeito de corte, isto é, tendem a deslizar relativamente as partes do corpo numa direção paralela á superfície virtual de corte. 4 Momento Fletor (M) Ocorre uma deformação na direção perpendicular a da força atuante, ou seja, tende a girar relativamente as parte do corpo em torno de um eixo paralelo à superfície virtual de corte. Diagrama de força cortante e momento fletor Devido às cargas aplicadas, as vigas desenvolvem força cortante (cisalhante) interna e momento fletor que, em geral, variam de ponto para ponto ao longo do eixo da viga. A fim de projetar a viga adequadamente é necessário primeiro determinar o cisalhamento e o momento máximo na viga. Um modo de fazer isso é expressar V e M como funções de uma posição arbitrária x ao longo do eixo da viga. Essas funções e momentos são então aplicadas e representadas por gráficos denominados diagramas de força cortante e momento fletor. 6 Passos para a construção de diagramas de forças cortantes e momento fletor 1) Passo 1 – Fazer o diagrama de corpo livre (DCL) 2) Passo 2 – Cálculo das reações de apoio utilizando as 3 equações de equilíbrio. 3) Passo 3 – definir as seções principais Definiremos as seções principais da seguinte forma: a) Inicio e término de uma carga distribuída; b) Onde houver a ocorrência de uma carga concentrada ou reação de apoio, afinal estas também são cargas concentradas. c) Se houvesse uma carga momento deveríamos definir neste ponto também uma seção para análise do momento fletor, visto que o que ocorre com a carga concentrada e seus efeitos no cortante, ocorre também em relação ao gráfico de momento fletor. No caso do exemplo analisado não há a presença de carga momento localizada. Assim temos, quatro seções principais a analisar: 7 4) Passo 4 – Posicionar a viga com DCL (DIAGRAMA DE CORPO LIVRE) e os eixos sobre os quais serão traçados os diagramas esforço cortante e momento fletor. 5) Passo 5 – Calcular e Marcar os esforços de cortante e fletor (ordenadas) 5.1) Ordenadas de cortante Obs: Se nós isolarmos uma seção de uma viga e a resultante das forças anteriores a essa seção for positiva, então o cortante será positivo. 5.1.1) Cálculo dos cortantes nas seções (da esquerda para a direita da viga) 8 5.2) Ordenadas de Momento Fletor No caso do cálculo dos momentos fletores, o faremos considerando apenas as seções principais. Se na viga, houvesse uma carga momento aplicada, então também deveríamos analisar as seções infinitamente próximas à esquerda e à direita. Para o cálculo do momento fletor consideraremos como positivo aquele momento que traciona as fibras inferiores e negativo os que tracionam as fibras superiores. 9 No caso seguinte, a tração se dá nas fibras superiores. Perceba a diferença. 5.2.1) Cálculo dos momentos fletores nas seções (da esquerda para a direita da viga) 10 No caso seguinte, a tração se dá nas fibras superiores. Perceba a diferença. 5.2.1) Cálculo dos momentos fletores nas seções (da esquerda para a direita da viga) 6) Passo 6 – Traçado dos diagramas de esforço cortante e momento fletor (Plotagem dos diagramas) 11 Exemplo: Seja dada a viga isostática abaixo. Traçar os diagramas de esforço cortante e momento fletor. 12 Exemplo: Seja dada a viga isostática abaixo. Traçar os diagramas de esforço cortante e momento fletor. Exemplo: Seja dada a viga isostática abaixo. Traçar os diagramas de esforço cortante e momento fletor. 13 Deformação por flexão de um elemento reto •A seção transversal de uma viga reta permanece plana quando a viga se deforma por flexão. •Isso provoca uma tensão de tração de um lado da viga e uma tensão de compressão do outro lado. 14 1) O eixo longitudinal x, que se encontra no interior da superfície neutra (Figura a), não sofre qualquer mudança no comprimento. Mais exatamente, o momento tenderá a deformar a viga de modo que essa linha toma-se uma curva localizada no plano de simetria x-y (Figura b ). Premissas em relação ao modo como a tensão deforma o material 2) Todas as seções transversais da viga permanecem planas e perpendiculares ao eixo longitudinal durante a deformação. 3) Qualquer deformação da seção transversal dentro de seu próprio plano, como observamos na Figura b, será desprezada OBS: O eixo z, que se encontra no plano da seção transversal e em torno do qual a seção transversal gira, é denominado eixo neutro 15 Então, observando o elemento em destaque na figura; A seção gira ao redor do eixo neutro Percebemos, que a deformação normal (ε) é função linear ao longo de y: Logo por semelhança; Ps:.As ctes c e εmax são tomados positivos, logo colocamos o sinal (-) pois nesta configuração Y>0 causa ε<0 . 16 Formula da Flexão A variação linear da deformação vista anteriormente, é causada por uma variação linear na tensão normal. Ps:.c e σmax tb são cts tomados positivos, logo colocamos o sinal (-) pois nesta configuração Y>0 causará σ<0. 17 Formula da Flexão Vamos obter a posição do eixo neutro ‘z’ (origem y=0) , que deve manter força resultante nula na área total da seção; Para isso consideramos um elemento Da sujeito à força dF=σdA e integramos em toda área: (momento de 1º ordem da área deve ser nulo). Substituindo em (coordenada do centroide), temos , exigindo centroide e eixo neutro coincidindo em y=0. Formula da Flexão O elemento tb estará sujeito a um momento dM=ydF, (positivo pela regra da mão direita) o momento resultante interno na seção (M) é dado pela ntegração; (a integral é o momento 2º ordem da seção em torno do eixo neutro (I) ). Finalmente escrevemos a fórmula da flexão: ou considerando a variação linear da tensão acima: Ps:. Aqui não mantemos o sinal (-) pois fazemos aplicação de M>0(regra da mão direita polegar em z>0) Ps:O sinal de σmax deve ser avaliado. 19 EXEMPLO 1: viga tem seção transversal retangular e está sujeita à distribuição de tensão mostrada na Figura . Determine o momento interno M na seção provocado pela distribuição de tensão pela fórmula da flexão. EXEMPLO 2: A viga simplesmente apoiada tem a área de seção transversal mostrada na figura abaixo. Determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga.
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