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Caso Concreto Civil I Aula 11

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Caso Concreto Aula 11
Direito Civil I
Turma 3001
Alisson Jones
Caso concreto 
Maria Sofia Silva, analfabeta, recebeu, pelo IDHAB, um imóvel situado na quadra 46, conjunto I, lote 24, do Novo Assentamento, Brazilândia, Distrito Federal. Ainda sem planos para o imóvel, Maria Sofia aceitou proposta de Cecílio Monteiro, que trabalha com corretagem de imóveis e pretendia alugar dela um cômodo que se localizava na parte posterior do lote, à frente do cômodo onde morava Maria Sofia, com o objetivo de transferir para aquele cômodo, um bar que tinha nas proximidades. Cecílio, então, providenciou os documentos e entregou o contrato já redigido a Maria Sofia, que, por não saber ler, apenas assinou o seu nome. Poucos meses depois, uma terceira pessoa, Celita Ribeiro foi até o lote de Maria Sofia a fim de comprá-lo, pois havia recebido proposta de Cecílio. Maria Sofia afirmou, com espanto, que o imóvel era seu e que não estava à venda, e que, além do mais, estava alugado para Cecílio. Celita, advogada, conversou novamente com Cecílio e pediu para ver o título de propriedade do imóvel, ocasião em que descobriu que, na realidade, Maria Sofia havia assinado um contrato de cessão de direitos e uma procuração, transferindo para Cecílio todos os direitos sobre o referido imóvel. 
Diante desta situação e, com base no Código Civil, analise JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE a possibilidade de anulação do negócio celebrado entre Maria Sofia e Cecílio. 
R.: O fato de Maria Sofia ser analfabeta não invalida o negócio jurídico, mas, no Plano de Validade, houve dolo na conduta de Cecílio, pois ele induziu Maria Sofia, de maneira ardilosa, a assinar um contrato que não representava a vontade real desse agente, viciando a sua vontade e representando um ato de omissão dolosa de Cecílio, passível de anulação total do negócio. (art. 147 CC) 
Segundo Stolze Gagliano e Pamplona Filho, “é o caso do silêncio intencional de uma das partes, levando a outra a celebrar negócio jurídico diverso do que pretendia realizar” (2008, p. 354). Conforme Venosa, “tal dever, quando não resulta da lei ou da natureza do negócio, deve ser aferido pelas circunstâncias” (2008, p. 397 e 398).
Referências:
STOLZE GAGLIANO, Pablo; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso De Direito Civil. 10. Ed. São Paulo: Saraiva, 2008. v. 1.
VENOSA, Silvio de Salvo. Comentários Direito Civil, Parte Geral. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Questão objetiva. 
A emissão da vontade é elemento fundamental do negócio jurídico. Com relação aos vícios do negócio jurídico, considere as afirmativas abaixo. I - DOLUS INCIDENS (dolo acidental) é aquele que torna o negócio menos vantajoso para a parte e leva à indenização por perdas e danos. II - ESTADO DE PERIGO é um defeito interno do negócio jurídico, no qual a vontade é constrangida por terceiro. III - O ERRO tem como elemento principal a cognoscibilidade e adota o princípio da confiança. IV - A COAÇÃO, que torna anulável o negócio jurídico, é aquela conhecida como vis absoluta, sendo física e não moral. Está correto APENAS o que se afirma em 
a) I e II.
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV.
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