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Advocacia Pública

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Advocacia Pública:
De acordo com o Art. 182 do novo código de processo civil, os órgãos da Advocacia Pública-Advocacia Geral da União- AGU, as Procuradorias dos Estados e as Procuradorias dos Municípios) -têm a incumbência, de acordo com a lei, de defenderem e promoverem os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação judicial, em todas as esferas federativas, das pessoas de direito público da administração direta ou indireta. (Câmara, Alexandre; p.113, 2017).
Essa previsão, Advogados Públicos sendo apenas os dos órgãos estatais, corrobora com a previsão do Art. 131 da Constituição da República Federativa do Brasil, por conseguinte, não há por que incluir os defensores públicos nessa categoria. (Nelson, Nery e Nery, Rosa; p.737, 2015).
No código processual derrogado, Lei nº 5.869/73, não havia preceito que se assemelhava ao supracitado. Todavia, em outros diplomas normativos, existiam previsões que aludiam a representação judicial das entidades integrantes da administração pública (Azevedo, Pinto; p.172, 2015).
Exemplificando o parágrafo anterior: Lei complementar nº 73/1993 (Lei da estruturação e organização da Advocacia Geral da União-AGU, estando a função de representar judicialmente a União descrita no artigo 1º). A Lei nº 10.480/02 deu origem e ao mesmo tempo disciplinou a Procuradoria-geral Federal, a qual era autônoma no âmbito administrativo e financeiro, mas vinculada funcionalmente a Advocacia Geral da União. Assim, o artigo 10º dessa lei imputou a Procuradoria-Geral Federal a tarefa de representar, na esfera judicial, autarquias e fundações públicas federais. (Azevedo, Pinto; p.172, 2015).
Nessa esteira, os integrantes da estrutura estatal e possuem como requisito a natureza de direto público: A Administração direta e entidades da Administração pública indireta (autarquias, fundações públicas, consórcios públicos) têm o exercício de seus representantes judiciais prescritos em leis especiais, as quais organizam e descrevem funções e obrigações desses procuradores que fazem parte da Advocacia Pública, cuja referência está no já citado Art. 182 do novo código de processo civil. (Azevedo, Pinto; p.173, 2015).
Realçando o explanado no parágrafo anterior, a Advocacia Pública que exerce a procuração jurídica, por meio de lei, está restrita aos processos cujos interesses são correlatos a entidades de direito público. (Nelson, Nery e Nery, Rosa; p.737, 2015).
Sobre as funções desempenhadas pela Advocacia Pública, tem-se que em adição ao exercício de representação judicial e extrajudicial do órgão público a que esteja relacionado, o advogado público deverá prestar serviço de assessoria e consultoria jurídica a esse órgão. (Nelson, Nery e Nery, Rosa; p.737, 2015).
Quanto aos deveres dos Advogados Públicos, estes detêm semelhantes atribuições dos advogados privados, bem como, submetem-se as sanções do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB). As funções assemelham-se a dos advogados privados, todavia, como explanado anteriormente, a diferença está na natureza jurídica de direito público do ente representado. Então, funções de gestão e tribunal de contas estão fora do rol das atividades desempenhadas por esses servidores. (Nelson, Nery e Nery, Rosa; p.737, 2015).
Portanto, o Art. 182 não inovou o ordenamento jurídico pátrio, no dispositivo que trata sobre a representação judicial da União Federal, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das entidades que fazem parte da Administração pública indireta, uma vez que incorporou ao novo Estatuto Processual previsão que se encontrava dispersa em outros aparatos normativos. (Azevedo, Pinto; p.173, 2015).
Em relação ao Art.183, tanto a Administração Direta quanto a indireta, essa sendo de direito público, terão prazo em dobro para as manifestações processuais, cuja intimação pessoal marcará o início da contagem desse prazo. Essa será feita por carga, remessa ou meio eletrônico. Conquanto, não é aplicado esse benefício do prazo para a Fazenda Pública, quando o haja, expressamente, previsão legal de um prazo para sua manifestação. (Câmara, Alexandre; p.113, 2017).
Nesse entendimento, (Nery, Nelson e Nery, Rosa, 2015), a intimação pessoal é feita pelos mesmos procedimentos que já estão sendo utilizados. Mas, o novo código de processo civil, na esteira de reduzir o tempo de resolver os processos, aparenta de modo anacrônico a intimação por carga ou remessa no atual contexto.
Comparando o supracitado Artigo em relação ao antigo Estatuto Processual, era previsto também, para as entidades de Direito Público, prazos especiais processuais, mas de modo diferente. Assim, no novo aparato processual foi uniformizado o prazo dobrado, descartando o prazo em quádruplo para contestar, em adição os prazos em dilatados não são apenas para contestar e recorrer, como eram, sendo, atualmente, para qualquer manifestação. (Azevedo, Pinto; p.174, 2015).
Nesse diapasão, quando há um ente cuja natureza jurídica é de Direito Público, esse ostenta legitimidade para figurar em um dos polos do processo, em que existe o interesse público em Voga, ou seja, na esteira do Direito Administrativo, “supremacia do interesse público”, então, encontra-se justificativa para excepcional prerrogativa frente as entidades privadas. (Azevedo, Pinto; p.175, 2015).
Consoante a ideia de (Azevedo; Pinto;2015), não parece razoável a prerrogativa do prazo em dobro no processo para as entidades que possuem natureza jurídica de Direito Público, o que vai de encontro ao princípio da isonomia, a qual preconiza as mesmas condições para as partes litigantes. Destarte, apesar dos interesses das entidades elencadas no Art. 183 serem públicos, também é verdadeira a ideia de que a pacificação social, com a finalidade de eliminar os conflitos entre as pessoas, apresenta interesse público primário.
O Art. 184, explana que o membro da Advocacia Pública é responsável, civil e regressivamente, ao exercer sua função com dolo ou fraude. É aplicado o sistema por força do qual a parte prejudicada pelo procedimento do advogado público, deve pleitear a reparação do dano frente a entidade pública que está vinculada ao servidor, e esta terá direito de regresso em relação ao servidor. (Câmara, Alexandre; p.113, 2017).
Esse artigo não havia correspondente no antigo código de processo civil.
Para (Azevedo; Pinto;2015), o supracitado artigo é uma norma heterotrópica, uma vez que discorre da responsabilidade civil do advogado público frente a administração que representa judicialmente, logo, é uma disposição de direito material contido em uma norma de direito formal.
Em suma, entre os três artigos que elencam a função de Advogado Público, apenas o Art. 183 tinha dispositivo que correlato no antigo código processual, embora com diferenças, assunto já trabalhado em parágrafo anteriores, com efeito, os Art.182, com as devidas ressalvas, também já explanadas e o Art. 184 são inovações ao novo código de processo civil.

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