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trabalho contabilidade internacional

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O atual processo de convergência, pelo qual o Brasil está passando, coloca-o em harmonia contabilmente com outros países. Em nível mundial esse processo é irreversível, os maiores órgãos envolvidos são o FASB e o IASB, que se destacam como articuladores desse processo. Porém os padrões a serem adotados são os emitidos pelo IASB, que se pronuncia através das IAS/IFRS, que são um conjunto de normas. O país adotou com o intuito de globalizar a contabilidade, buscando maior
transparência e credibilidade nos demonstrativos contábeis para que isso o inserisse entre as economias mais avançadas, e também atrair novos investidores. O processo de convergência iniciou-se por esforços da CVM, Bacen, CFC e Ibracon.
Em 2007 com a promulgação da Lei n.° 11.638, foi quando realmente abriram-se caminhos para a convergência no país, pois em um dos seus artigos, formaliza a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Assim como oportunidades para
o país, a adoção das normas internacionais gera diversos desafios para a gama de profissionais envolvidos, mas principalmente para os contabilistas, um deles é a corrida contra o tempo para poder se atualizar quanto a todas as mudanças e as
normas internacionais, outra exigência será em aprender outros idiomas, tais como, inglês e espanhol, além de se atualizar quanto aos softwares contábeis, sem contar os desafios que surgirão no dia a dia na execução dos trabalhos. A pesquisa foi
desenvolvida no município de Juína-MT, através de questionários onde os contabilistas devidamente registrados no estado puderam expressar sua opinião quanto a esses desafios.
A Contabilidade, por ser uma ciência social aplicada, é fortemente influenciada pelo ambiente em que atua. De forma geral, valores culturais, tradição histórica, estruturas políticas, econômicas e sociais acabam refletindo nas práticas contábeis de uma nação e, consequentemente, as suas evoluções podem estar vinculadas ao nível de desenvolvimento
econômico de cada País.
Quais os desafios para o contador frente a contabilidade internacional?
As normas internacionais de contabilidade já são adotadas em mais de cem países, e no Brasil as normas alteram como as empresas brasileiras emitem suas demonstrações contábeis. No Brasil, em 2010 será o ano base para adoção das normas internacionais de contabilidade como padrão de divulgação das demonstrações contábeis consolidadas, tanto para as instituições financeiras, quanto para as companhias de capital aberto, capital fechado e as limitadas de grande porte. Para atender a todas essas mudanças no universo contábil, ninguém melhor do que o contador e os profissionais diretamente ligados a esse processo dentro das organizações, para acompanhar e adaptar as empresas a todas essas novas regras, porém esses profissionais deverão encontrar vários desafios pela frente, em razão de que o país está vivendo esse processo de convergência e adaptação, consequentemente apresentará desafios para as mais diversas áreas da empresa,
tais como: financeira, organizacional, funcional e tecnológica. Pode-se dizer que quando o país passa por uma mudança contábil, consequentemente haverá também uma mudança cultural. 
FIPECAFI e Ernst & Young lançam livro sobre a adoção do IFRS no Brasil
A publicação é pioneira no País pela abrangência da sua análise comparativa entre as
normas brasileiras e internacionais de contabilidade.
O ano que se inicia é considerado fundamental para as empresas brasileiras que deverão adotar o padrão internacional de contabilidade, o IFRS. Com o objetivo de auxiliar essas empresas, órgãos reguladores, universidades e o mercado em geral a entender a conversão para as novas normas e as dificuldades que podem surgir nesse processo, a Ernst & Young lança esse mês o “Manual de Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS versus Normas Brasileiras”.
A publicação de 364 páginas, da Editora Atlas, é pioneira no Brasil pela abrangência da sua análise comparativa e foi elaborada em parceria com a FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, confirmando a liderança da Ernst & Young em IFRS no País.
O livro é dividido em 26 capítulos que abordam tópicos diferentes do padrão internacional de contabilidade. Cada capítulo é subdividido em duas partes. Uma delas traz o resumo comentado da norma em questão e a outra, comparações com as normas do Brasil e sugestões de ações regulatórias.
“Com esse material, esperamos mais uma vez colaborar neste grande desafio representado pelo processo de convergência no Brasil e continuar oferecendo serviços de alta qualidade a nossos clientes e à comunidade de que fazemos parte”, comenta o sócio líder de Auditoria da Ernst & Young, Sérgio Romani.
O “Manual de Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS versus Normas Brasileiras”
está disponível nas principais livrarias do País, com preço sugerido de 120 reais. O livro
também poder ser adquirido no portal da Editoral Atlas, no endereço A FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) foi fundada em 1974 por professores do Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e atua desde então como órgão de apoio institucional ao Departamento. Dentre seus principais objetivos estão: a missão de desenvolver e promover a divulgação de
conhecimentos da área contábil, financeira e atuarial, organizar cursos, seminários, simpósios e conferências, prestar serviços de assessoria e consultoria e realizar pesquisas, atendendo entidades dos setores público e privado.
A FIPECAFI é a única escola com 9 MBAs em Corporate Finance com ênfase em Corporate Control & Corporate Value. MBAs Corporate Control: Controller em parceria com a ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Adminstração e Contabilidade), Controles Internos Compliance, Auditoria Interna para Instituições Financeiras, Gestão Financeira e Risco e Gestão Atuarial e Financeira. MBAs Corporate
Value: Finanças, Comunicação e Relações com Investidores em parceria com o IBRI
(Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), Gestão Tributária, Supply Chain e
Logística Integrada - A Visão Estratégica & Econômico-Financeira, Gestão e Avaliação de
Projetos de Investimentos, e Governança Corporativa.
A Fundação oferece ainda os MBAs: Mercado de Capitais em parceria com a APIMEC
(Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), Gestão
Mercadológica de Negócios Financeiros, Gestão de Tecnologia da Informação, e Advisor
em Finanças Pessoais. Além dos MBAs, a Fundação disponibiliza cursos de curta duração,
seminários e certificações por meio do Programa de Educação Executiva, cursos eLearning
de curta duração e de extensão e cursos presenciais de Educação Corporativa.
Mais informações: http://www.fipecafi.org
Assessoria de Comunicação FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis,
Atuariais e Financeiras)
http://www.editoraatlas.com.br.
Sobre a FIPECAFI:
Quais os desafios para as empresas brasileiras?
Destaque as diferenças, padrões e práticas entre os países.
CAUSAS DAS DIFERENÇAS INTERNACIONAIS
Na literatura mundial não há uma data exata que defina o início dos estudos sobre Contabilidade Internacional, mas pode-se traçar uma linha divisória por volta de 1950-1960, após o término da Segunda Guerra Mundial, e o restabelecimento do comércio internacional mundial. Considerando-se que cada País tem seu conjunto de leis, regras, filosofias, procedimentos, objetivos que buscam proteger os seus interesses nacionais, é razoável supor que os sistemas contábeis de cada País venham a ser impactados por tais medidas, dependendo do seu grau de influência sobre outros.
Os principais estudiosos sobre o assunto apresentam como causas das diferenças internacionais os seguintes aspectos, a saber. Elliot e Elliot (1996) destacam como razões para diferenças no financial reporting os seguintes pontos: características do sistema legal nacional;de que maneira as empresas obtêm seus recursos financeiros (se por meio do mercado acionário ou de credores bancários); o relacionamento entre o Fisco e a Contabilidade; a influência e o status da profissão contábil; nível de desenvolvimento da teoria da contabilidade; acidentes de história (Segunda Guerra Mundial – ocupação de países
e sua influência); e linguagem (forma de comunicação, em que algumas línguas são
comparativamente mais conhecidas que outras). Saudagahran (2004) preconiza que “a contabilidade é produto de uma complexa
interação de fatores sociais, econômicos e institucionais de um país”. Dez fatores são provavelmente importantes para modelar o desenvolvimento da contabilidade: o tipo de mercado de capitais; o tipo de regimes ou critérios de estrutura e apresentação de
demonstrações contábeis; o tipo de empresas; o tipo de sistema legal; o nível de exigência; o nível de inflação; a vinculação econômica e política com outros países; o status ou amadurecimento da profissão contábil; a existência de um arcabouço teórico e conceitual; e a qualidade da educação contábil.
Radebaugh e Gray (1993), por outro lado, destacam 14 diferentes razões que provocam diferenças internacionais: estrutura das empresas; fatores internacionais; cultura; regulamentação da estrutura contábil; sistema legal; inflação; crescimento e desenvolvimento econômico; ambiente social; nível de atividade empresarial; mercado financeiro e de capitais; tributação; profissão contábil; educação e pesquisa na área contábil; e sistema político. Belkaoui (2000), citando Mueller, identificou quatro elementos responsáveis pela diferenciação: nível de desenvolvimento econômico; nível de complexidade da atividade
NIYAMA, J. K.; COSTA, P. S.; AQUINO, D. R. B. A. Principais causas das… ConTexto, Porto Alegre, v. 5, n. 8, 2º semestre 2005. ISSN (Impresso): 1676-6016 ISSN (Online): 2175-87516 empresarial; sistema político (se de controle centralizado ou economia de mercado) vigente no País; e sistema legal (se common-law ou code-law) vigente no País.
Um dos autores que mais tem abordado o tema é Nobes. Em 1998, ele relacionou 17 razões que, em seu entender, provocam diferenças internacionais no financial reporting. São eles: natureza da propriedade empresarial e formas de financiamento (ou de que maneira as empresas captam recursos); herança de ter sido colônia de outro País; invasão; tributação;
inflação; amadurecimento e tamanho da profissão contábil; nível da educação na área contábil; estágio de desenvolvimento econômico; estrutura e sistema legal; cultura; história; geografia; linguagem; influência da teoria contábil; sistema político, clima social; religião; e acidente (de percurso). Deve-se registrar, entretanto, dois aspectos, que o próprio Nobes (1998) acaba
sugerindo, que acabam influenciando os demais e que se destacam em sua importância, quais sejam:
a) formas ou sistemas de financiamento por intermédio do qual as empresas buscam recursos - se possuem um mercado de capitais sólidos e preços são estabelecidos num mercado competitivo ou se é um sistema de crédito, bancário ou
governamental, este último, com forte presença governamental na condução da economia; e b) conseqüências ou heranças decorrentes de ter sido colonizado por outro País, como por exemplo, a Inglaterra em relação à Austrália, Nova Zelândia,
Singapura que retratam com fidelidade a força e a influência de um País sobre outro(s) em questões culturais e comerciais.
Ao se comparar as razões das diferenças internacionais no financial reporting, identificadas pelos principais autores que abordaram o tema, percebe-se algumas semelhanças entre si, as quais se procuram resumir como segue.
2.2.1 Características, Natureza e Tipo de Sistema Legal Vigente
É unanimidade entre os autores pesquisados, Elliot e Elliot (1996), Saudagahran (2004), Radebaugh e Gray (1993), Nobes (1998) e Belkaoui (2000), que as características e o tipo de sistema legal de um País têm destacada influência nas diferenças internacionais, principalmente no que diz respeito à sua classificação em duas correntes (common-law,
conhecida como não legalística e code-law, legalística).

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