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DIREITO CIVIL FAMÍLIA E SUCESSÕES RESUMO

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DIREITO CIVIL FAMÍLIA E SUCESSÕES – RESUMO
Conceito de família
- Sentido Estrito: união de pessoas cuja intenção é gerar prole (descendentes). Pode ser formada por união estável, casamento, até mesmo pela monoparentalidade. 
- Sentido amplo: união de pessoas que guardam entre si vínculos consanguíneos e de afinidade em linha reta e colateral. Neste caso engloba praticamente tudo, avós, primos, tios, sogros, etc.
Evolução história da família no Direito
O “modelo” de família brasileira é baseada na família romana, que por sua vez, se estruturou com base no modelo grego. 
Na família romana a organização se dava com base no poder e na posição do pai, chefe da comunidade. Era também o pai que exercia exclusivamente o pátrio poder, ele chefiava todo o resto da família, sendo um sui juris, e os chefiados alini juris. 
Havia um único patrimônio pertencente à família e administrado pelo pai, porém, numa fase mais evoluída, surgiram patrimônios individuais que eram administrados por pessoas sob a autoridade do pai.
Com a morte do pai, quem assumia era o primogênito e/ou outros homens da família, nunca a mãe ou as filhas.
O casamento poderia ser realizado “sem manus” onde a mulher continuava a prestar obediência ao seu pai, ou “com manus” onde a mulher começava a prestar obediência ao seu marido.
O parentesco no Direito Romano poderia ser agnado (reunião de pessoas sob o poder de um mesmo pater) ou cognado (parentesco advindo pelo sangue). Com isso, começaram os cognados a terem direitos sucessórios e alimentares. Surgiram assim os primeiros divórcios.
A doutrina reconhece que o Direito Romano serviu como base para a estruturação da família brasileira como unidade jurídica, econômica e religiosa, fundada na autoridade de um chefe.
Já no Direito Canônico, baseado na Igreja Católica Romana, os canonistas eram totalmente contra à dissolução do casamento.
O Direito canônico fomentou as causas impeditivas para o casamento, que eram: idade, casamento anterior, infertilidade, diferença de religião, falta de consentimento e afinidade anterior.
No Brasil, durante muito tempo a Igreja Católica foi titular dos direitos matrimoniais, onde os princípios do direito canônico regiam todo e qualquer ato nupcial.
Sendo assim, o casamento era reconhecido como a única entidade familiar, até 1861 quando foi reconhecido o casamento de religiões não católicas, como casamento civil. Em 1890 como Decreto nº 181 de Rui Barbosa, estabelece como a única forma de casamento o casamento civil e relativizou a indissolubilidade do matrimônio, permitindo assim a separação de corpos, extinguindo assim os preceitos canônicos.
Este decreto vigorou até a promulgação do Código Civil de 1916, onde se mantém o homem é o chefe de família e inclui a mulher no rol dos relativamente incapazes. O Código consagra o casamento como único instituto jurídico formador da família, dificultando a adoção e o reconhecimento de filhos que sejam adúlteros ou incestuosos. O reconhecimento da adoção como formador de relação de parentesco só foi reconhecido a partir de 1957, porém, até 1977, o adotado só tinha direito a metade do que o parente legítimo tinha.
No Código Civil de 1916 não havia previsão de dissolução do vínculo conjugal, porém reconhecia o “desquite”, que seria substituído pela separação judicial também em 1977.
Sendo assim, até a promulgação da CF/88, o casamento era a única instituição reconhecida como formadora de famílias, ignorando completamente a união estável e o concubinato, além de não dar muita importância para a adoção.
Na CF/88 foram confirmadas normas já existentes como a gratuidade do casamento e as garantias de efeitos civis ao casamento religioso, porém também passou a reconhecer como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, igualando ambos na sociedade conjugal, além de vedar as diferenças entre os filhos matrimoniais e os adotados ou obtidos fora do casamento.
Essas normas só foram regulamentadas a partir da promulgação do Código Civil de 2002. Dentre as relevantes novidades trazidas pelo Código Civil de 2002 está a expressa igualdade dos cônjuges no seio familiar, extinguindo-se o poder patriarcal, bem como a atualização da dissolução do vínculo conjugal, por meio da separação e do divórcio; a atualização da adoção, sem qualquer distinção entre os filhos de sangue e os adotados; a regulamentação da união estável entre o homem e a mulher, bem como o reconhecimento de direitos decorrentes das relações concubinas.
Porém, o projeto do Código Civil de 2002 é datado da década de 70, sendo assim, até os dias de hoje este código já sofreu diversas emendas e modificações.
Espécies de família
- Matrimonial: é a família decorrente do casamento, do matrimônio, sendo esta a única reconhecida até a CF/88. 
- União estável: união de pessoas por afeto mútuo, porém sem as formalidades do casamento, mas com direitos reconhecidos, desde que vivam no interesse da instituição familiar e que a relação seja duradoura. (art. 1723 CC)
- Monoparental: constituída por um dos pais e seus filhos. Embora a CF trate como monoparental a família com os pais, a doutrina também considera como monoparental a família formada por um adulto e uma criança (tios, avós, etc.)
- Aparental: família formada sem nenhum dos pais, ou seja, apenas por irmãos.
- Unipessoal: uma pessoa só, impenhorabilidade de bens familiares, geralmente formada por um viúvo ou viúva.
- Homoafetiva: decorrente da união de duas pessoas do mesmo sexo. O STF reconhece a família homoafetiva como união estável.
- Poliafetiva: constituída por mais de duas pessoas, vivendo sob o mesmo teto, com comunhão de desígnios. Há um reconhecimento de união poliafetiva na cidade de Tupã.
- Paralela: um indivíduo mantendo duas relações ao mesmo tempo. 
- Mosaica: constituída por fragmentos de outras famílias, ou seja, pessoas divorciadas, viúvas, etc.
-Eudemonista: decorrente do convívio de pessoas por laços afetivos que buscam atingir a felicidade individual.
Família por casamento
Natureza jurídica do casamento
- Teoria contratualista: o casamento é um contrato civil, regido pelas normas comuns a todos os contratos.
- Teoria institucionalista: o casamento é uma instituição social refletindo uma situação jurídica que surge da vontade dos contraentes, cujas normas, efeitos e forma se encontram preestabelecidos em lei. Esta teoria é adotada na doutrina brasileira.
- Teoria eclética: o casamento é um ato complexo, ou seja, é contrato e instituição ao mesmo tempo.
Casamento Civil
O Casamento Civil é o vínculo jurídico entre o homem e a mulher (homoafetivo apenas união estável), livres, que se unem, segundo as formalidades legais para obter auxílio mútuo e espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica, e a constituição de uma família.
Em primeiro momento, é necessário passar por um processo de habilitação, onde os nubentes apresentam seus documentos que comprovam a capacidade civil para o casamento e a inexistência de impedimentos matrimoniais.
Após isso, os nubentes devem elaborar um pedido formal à autoridade competente, solicitando a designação de dia, local e hora para a realização da cerimônia. Esta que pode ser realizada por um juiz de paz no cartório de registro civil ou por um juiz de direito no fórum da comarca (em alguns estados).
Para a celebração é necessária a presença dos nubentes ou seus procuradores, do juiz de paz e de duas testemunhas (ou quatro caso os nubentes não saibam escrever).
Após a realização da cerimônia, é lavrada a certidão de casamento.
Características do casamento
- Ordem pública
- Incondicional
- Solene
- União exclusiva
Habilitação para o casamento
- Homem e mulher atingem a idade núbil aos 16 anos
- Aos maiores de 16 anos e menores de 18 é exigida a autorização de ambos os pais ou seus representantes legais. Caso haja uma divergência de concordância entre os pais ou representantes legais, ou ainda se a razão para a denegação for injusta, pode o juiz suprir esta autorização.
- Excepcionalmente será autorizadoo casamento dos menores de 16 anos para evitar a imposição ou cumprimento de condenação criminal ou em caso de gravidez, desde que autorizado pelo juiz (art. 1520 CC)
- O requerimento para habilitação do casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou por um procurador.
- É processado perante ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais do domicilio de um dos noivos.
- São publicados os editais em até 15 dias, se não houver manifestação do MP, a certidão de habilitação é emitida com validade de 90 dias. 
- Caso haja imposição do MP, o juiz da Vara Regional deverá decidir, após a defesa dos noivos e instrução probatória. Caso a impugnação seja improcedente, cabe indenização.
Casamento religioso
- Precedido de habilitação civil: Primeiramente, a habilitação tem de ser processada e homologada na forma do Código Civil. Os nubentes, possuindo a habilitação, apresentarão ao Ministro Religioso que a arquivará. Celebra-se o casamento, promove-se o registro de acordo com o prazo de noventa dias da celebração mediante comunicação ao ofício competente ou, por iniciativa de qualquer interessado (aplica-se ao cônjuge e ao celebrante). O prazo supracitado é decadencial sendo que, se for esgotado, os nubentes deverão cumprir todas as formalidades novamente, como também, promover nova habilitação. Se ocorrer o falecimento de um dos nubentes o ato registrado não sofrerá qualquer mudança, desde que o pedido seja posto dentro do prazo. 
- Não precedido de habilitação civil: Após o casamento religioso os nubentes deverão apresentar, a qualquer tempo, juntamente com o requerimento de registro, a prova do ato religioso e os documentos exigidos no artigo 1.525 do Código Civil. A habilitação é processada com a publicação dos editais e, finalmente, o oficial fará o registro do casamento religioso observando o prazo de noventa dias e estando certo de que não há causas de impedimento ou suspensão do matrimônio. Caso um dos contraentes vier a falecer antes do casamento religioso a concessão não ficará prejudicada por tal fato. Feito o registro, o estado civil entre os nubentes passa a ser o de casados o que, por sua vez, faz retornar os efeitos jurídicos do casamento à data da solenidade religiosa.
O casamento religioso registrado perante ao cartório tem efeitos civis com efeitos ex tunc, retroagindo até a data da celebração (arts. 1515 e 1516)
Esponsais
É um compromisso sério e público de contrair matrimônio, como se fosse um pré-contrato. O seu desfazimento implica na devolução de presentes e doações (art. 546) e objetos pessoais. Se houver culpa ou abuso do direito, há o pagamento de indenização por danos materiais e morais (arts 186 e 187)
Casamento entre ausentes
O casamento pode ser celebrado por procuração, respeitando os seguintes requisitos:
- Instrumento público
- Poderes específicos
- Validade de 90 dias
A revogação da procuração torna o casamento inválido, se for celebrado e sujeita o nubente mandante ao pagamento de perdas e danos.
Casamento com moléstia grave
É considerada moléstia grave qualquer uma que impeça que o casamento se realize normalmente.
Casamento nuncupativo
Ocorre quando há risco eminente de morte de um dos nubentes. Deve ser celebrado na presença de 6 testemunhas (sem parentesco próximo) e confirmado mediante ao juiz, após a verificação dos mesmos requisitos do casamento civil.
Casamento regular
É aquele que respeita todas as formalidades exigidas pela lei como a solenidade, publicidade, etc.
Casamento putativo
Ocorre quando um ou ambos os noivos acreditam de boa-fé que o casamento é regular, quando não é. Esta boa-fé mantém o casamento válido até que seja desconstituído por sentença em ação judicial com efeitos ex nunc, e quando não há boa-fé os efeitos são ex tunc.
Impedimentos do casamento (art. 1521 CC)
- Ascendentes ou descendentes, com parentesco natural ou civil 
- Afins em linha reta
- O adotante/cônjuge do adotado e adotado/cônjuge do adotante
- Irmãos unilaterais ou bilaterais e demais colaterais até o terceiro grau
- O adotado com o filho do adotante
- Pessoas casadas
- Cônjuge sobrevivente com condenado por homicídio, ou tentativa de homicídio contra seu consorte
Estes impedimentos podem ser propostos por qualquer pessoa capaz, até o momento da celebração do casamento.
Causas suspensivas do casamento (art. 1523 CC)
- O viúvo ou viúva que tiver filho do falecido, enquanto não realizar inventário dos bens do casal e partilhar aos herdeiros.
- A viúva ou mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou anulado, até dez meses após o começo da viuvez ou a dissolução da sociedade conjugal.
- O divorciado, enquanto não tiver sido homologada ou decidida a partilha de bens do casal.
- O tutor ou curador com seus ascendentes, descendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela ou saldadas as respectivas contas.
Podem os nubentes solicitar ao juiz que não aplique as causas suspensivas, desde que seja provada a inexistência de prejuízo para o herdeiro, ex-cônjuge, curatelado ou tutelado e no caso do Inciso II, nascimento do filho ou inexistência da gravidez.
Essas causas podem ser arguidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau. 
Nenhuma dessas hipóteses veda a celebração do matrimônio e não torna o casamento nulo ou anulável, há consequências apenas patrimoniais, pois a lei impõe a separação total de bens.
Invalidade do casamento
- Pessoas do mesmo sexo
- Ausência de consentimento dos nubentes
- Casamento celebrado sem as solenidades (quando quem celebra não é juiz de paz)
- Pode ser declarado de ofício pelo juiz
Casamento nulo
- Enfermo mental absolutamente incapaz
- Infringência de impedimento (hipóteses art. 1521)
A nulidade do casamento pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado ou pelo MP, sem prescrição por tempo ou pelo consenso dos noivos.
Casamento anulável
- Desrespeito a idade mínima necessária
- Menor em idade núbil mas sem autorização
- Vício de vontade (arts. 1556 a 1558) (erro essencial e coação)
- Absolutamente incapaz
- Realizado pelo mandatário sem saber da revogação do mandato e sem sobrevir coabitação dos cônjuges
- Incompetência da autoridade celebrante
Deve ser promovida através de ação direta, no prazo de 6 meses a 4 anos quando não há consentimento dos cônjuges. A legitimidade de ação é dos próprios cônjuges, seus pais, tutores, curadores e herdeiros.
Erro essencial
A causa deve ser preexistente ao casamento, com ciência posterior e deve tornar insuportável a convivência dos cônjuges.
Hipóteses:
- Erro que diz respeito a identidade, honra e boa fama
- ignorância de crime
- Ignorância de defeito físico irremediável ou moléstia grave transmissível capaz de por em risco a saúde do outro cônjuge
Coação
- A vontade de um dos cônjuges ou dos dois está viciada
- Deve haver fundado temor de mal considerável e iminente ou ameaça a vida, saúde e honra dos cônjuges ou seus familiares.
Crimes contra o casamento
- Bigamia (art.235): casar com outra pessoa já sendo casado. Pena de reclusão de 2 a 6 anos. Pune também a outra pessoa se tiver ciência (reclusão ou detenção de 1 a 3 anos). 
- Impedimento (art. 236): induzir o outro em erro essencial ou ocultar um impedimento que não seja casamento anterior.
- Conhecimento prévio de impedimento (art. 237): detenção de 3 meses a 1 ano
- Simulação de autoridade para celebrar casamento (art. 238): detenção de 1 a 3 anos.
Efeitos pessoais do casamento
- Representação da família: exercida pelo casal em casos de divergências jurídicas, em questões desprovidas de efeitos jurídicos, pode um ou outro representar.
- Domicílio: é considerado domicílio familiar o lugar onde a família mora. Atualmente há a possibilidade de estabelecer domicílio conjugal plural. A discordância da fixação de domicílio poderá ser discutida em juízo, respeitando o princípio da proporcionalidade.
Deveresdos cônjuges:
- Coabitação (viver em conjunto)
- Assistência imaterial ou moral
- Fidelidade
- Planejamento familiar
- Guarda e educação dos filhos
- Nome e patronímico (hoje é facultativo ao casal decidir sobre o nome de casado, mas há a impossibilidade de os dois assumirem um nome de casado, apenas um passa para o outro)
Efeitos patrimoniais do casamento
- Administração dos bens: exercida de forma conjunta, há casos onde é necessária a outorga de um dos cônjuges para a administração de um bem (alienação, hipoteca e gravar de ônus real os imóveis de bens familiares; defender judicialmente os direitos sobre bens imóveis do casal; prestar fiança ou aval; efetuar doações de bens familiares), porém no regime de separação de bens não é necessária a outorga (há dois patrimônios) e caso um dos cônjuges não possa exercer a administração dos bens comuns, o outro pode solicitar a administração mediante juízo. A administração privativa dos bens é admitida em alguns casos (se um dos cônjuges estiver em lugar incerto e não sabido; um dos cônjuges encarcerado por mais de 180 dias; um dos cônjuges interditado judicialmente; um dos cônjuges temporariamente privado de consciência por enfermidade ou acidente). Na administração privativa, caso haja um rendimento comum o cônjuge é usufrutuário, caso haja um mandato será procurador e caso não seja nem procurador e nem usufrutuário, será depositário.
- Assistência material: desenvolvimento pleno dos interesses de cada um, vínculo de solidariedade entre os cônjuges.
- Sustento dos filhos: é uma imposição aos pais estando ou não casados, há a inexistência de responsabilidade solidária (se um cumprir, não isenta o outro de cumprir), a responsabilidade é divisível.
Regime de bens
Caso os nubentes não façam um pacto antenupcial para a escolha do regime de bens, será o da comunhão parcial.
O regime de bens pode ser alterado mediante alvará judicial ou acordo dos nubentes.
Comunhão parcial de bens
- Os bens adquiridos antes do casamento continuam sendo individuais.
- Bens adquiridos após o casamento pertencem ao casal, mesmo que comprados em nome de um só deles. (sendo bens imóveis, não se sabendo a data de compra, será presumida que foi durante o casamento).
- Bens recebidos por doação ou por herança são individuais, assim como o bem adquirido com o dinheiro da venda de um bem individual.
- Se há um bem comprado com o dinheiro da venda de um bem individual, mais um montante para completar, essa diferença será dividida entre os dois.
- Um imóvel financiado, sendo pago 80% antes do casamento e 20% depois, esses 20% são distribuídos entre os dois e os 80% ficam para aquele que estava pagando.
- Os frutos e benfeitorias de bens particulares pertencem aos dois
Comunhão universal de bens
- Todos os bens são do casal, independente de data de aquisição, valor ou quem comprou.
- Bens doados ou herdados, desde que com cláusula de incomunicabilidade, são individuais.
- Dívidas anteriores ao casamento são individuais.
Participação Final nos Aquestos
- Basicamente há dois patrimônios enquanto estão casados e um só quando há divórcio.
- Enquanto há casamento, os bens são individuais (como na separação total de bens), quando há o divórcio os bens que tiverem sido comprados durante o casamento sofrerão partilha.
Separação total de bens
- Bens sempre individuais, independente da data de compra, valor ou quem comprou.
- A lei impõe que o casal contribua proporcionalmente para as despesas do casal (exceto se for acordado de modo diferente no pacto antenupcial).
Impenhorabilidade dos bens de família
- Prédio residencial, urbano ou rural, com seus pertences e acessórios, destinando-se a domicilio familiar, além de valores imobiliários essenciais para o sustento da família e conservação do imóvel.
- Bem de família voluntário: regrado pelo CC Art. 1711, instituído por vontade dos cônjuges mediante registro de imóveis.
- Bem de família legal: independe de vontade dos cônjuges, Lei 8009/90, deve haver propriedade do bem e destinação específica.

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