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RESPONSABILIDADE CIVIL RESUMO

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RESPONSABILIDADE CIVIL – RESUMO
Noções Gerais
Responsabilidade
Dever jurídico originário e sucessivo
Distinção entre obrigação e responsabilidade
Obrigação de indenizar
A responsabilidade civil na teoria geral do direito
Independência da responsabilidade civil, administrativa e penal
Função da responsabilidade civil
Espécies de responsabilidade
Seguro de responsabilidade civil
Garantia de indenização
Pressupostos de responsabilização civil
Dano e nexo de causalidade
Dano patrimonial (dano emergente, lucro cessante, princípio da razoabilidade)
Dano moral
Lesões a direitos da personalidade
Evolução doutrinária
Fase da irreparabilidade
Configuração do dano moral
Arbitramento do dano moral e dano moral punitivo
Dano moral contra pessoa jurídica
Dano estético (divergências sobre sua natureza – espécie de dano moral ou como modalidade autônoma de dano Súmula 387 STJ)
Perda da chance (divergências sobre sua natureza – dano moral ou dano patrimonial)
Nexo causal (teoria da equivalência dos antecedentes, teoria da causalidade adequada, análise do artigo 403 CC)
Concausas
Fundamentos da responsabilidade civil
Culpa
Conduta
Imputabilidade
Elementos da conduta culposa
Espécies de culpa
Risco
Fatores da evolução da responsabilidade objetiva
Teoria do risco 
Modalidades do risco (risco-proveito, risco profissional, risco excepcional, risco criado, risco integral)
O risco e o dever de segurança
Excludentes de responsabilidade civil
Função das excludentes de responsabilidade civil
Caso fortuito e força maior
Culpa exclusiva da vítima e culpa exclusiva de terceiro
Culpa concorrente como meio de atenuação da responsabilidade civil
Legítima defesa
Estado de necessidade
Estrito cumprimento do dever legal
Exercício regular do direito
Obrigação de indenizar
Tratamento da responsabilidade civil no CC, comparação entre o CC de 1916 e 2002
Cláusula geral de responsabilização objetiva (art. 927 CC)
Sujeitos do ressarcimento do dano
Direito de regresso
Solidariedade
Responsabilidade civil do incapaz
Reponsabilidade por fato de outrem
Responsabilidade pelo fato da coisa ou animal
Indenização
Indenização e extensão do dano
Ressarcimento e reparação por: homicídio, lesões corporais ou ofensa à saúde
Responsabilidade dos profissionais de saúde
Responsabilidade dos profissionais liberais
Responsabilidade civil por usurpação ou esbulho
Responsabilidade por ofensa à honra
Reponsabilidade por ofensa à liberdade pessoal
Reponsabilidades Especiais
Responsabilidade civil dos transportes
Responsabilidade civil nos acidentes de trânsito
Responsabilidade civil do Estado
- NOÇÕES GERAIS
Responsabilidade: no Direito, a responsabilidade civil parte do posicionamento que todo aquele que violar um dever jurídico, através de ato lício ou ilícito, tem o dever de reparar, pois todos temos um dever jurídico originário de não causar danos a outrem, e ao violar esse dever jurídico originário, passamos a ter um dever jurídico sucessivo, o de reparar o dano causado.
Dever jurídico originário: é entendido como a obrigação, o comportamento imposto pelo legislador, uma regra de conduta. (ex.: não matar, não roubar, etc.)
Dever jurídico sucessivo: é o dever de reparar o dano causado pela violação de um dever jurídico originário.
Obrigação: é um vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra uma prestação. É o dever jurídico originário
Responsabilidade: decorre do descumprimento de um dever jurídico originário, é o dever de reparar o dano causado.
Obrigação de indenizar: o dever de indenizar é uma consequência da responsabilidade civil, ou seja, no momento que se causa dano patrimonial a outrem, surge a obrigação de indenizar pelo dano causado. O CC disciplina essa obrigação nos arts. 927 a 943.
Função da responsabilidade civil: restaurar o equilíbrio jurídico-econômico anteriormente existente entre o agente e a vítima.
Espécies de responsabilidade civil: Contratual (surge quando há, por parte de um dos contratantes, o descumprimento total ou parcial do contrato), Extracontratual (surge de um ato ilícito de uma pessoa causando dano a outra, ou seja, quando uma pessoa em inobservância aos preceitos legais, causa dano a outrem), Subjetiva (é imprescindível a comprovação da culpa, a vítima precisa provar a culpa do agente), Objetiva (se funda na teoria do risco, ou seja, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano, implica por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Não há dever de provar culpa), Direta (ato ilícito praticado pelo próprio agente), Indireta (ato ilícito causado por terceiro, animal, coisa, com o qual o agente tem vínculo de responsabilidade).
Seguro de responsabilidade civil: tem por finalidade garantir ao segurado a indenização por danos, não intencionais, corporais e/ou materiais causados a terceiros. Seu principal objetivo é garantir a segurança e tranquilidade financeira ao segurado.
Independência das esferas: Uma conduta pode ser classificada ao mesmo tempo como ilícita penal, civil e administrativa. Nesse caso, poderá ocorrer condenação em todas as esferas, ou não, pois vale a regra da independência e autonomia entre as instâncias.
Porém, existem casos onde haverá uma ligação entre as instancias
- PRESSUPOSTOS DE RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL
Dano e nexo de causalidade: o nexo de causalidade é a relação, o vínculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido. O dano é toda lesão a um bem juridicamente protegido, causando prejuízo de ordem patrimonial ou extrapatrimonial.
Dano patrimonial: o dano patrimonial é também chamado de dano material, ou seja, que atinge os bens econômicos do lesado. Dentro do dano patrimonial existe uma ramificação entre danos emergentes e lucro cessante. Baseados no princípio da razoabilidade. Os danos emergentes dizem respeito à imediata diminuição do patrimônio da vítima, seu prejuízo no presente (o que se perdeu efetivamente). Já o lucro cessante consiste na frustração da expectativa de lucro, rendimentos e/ou salários, na perda do ganho futuro esperado pelo credor (o que deixou de lucrar).
Dano moral: se caracteriza como a ofensa ou violação dos bens de ordem moral de uma pessoa, tais sejam o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde mental ou física e à sua imagem.
Direitos da personalidade: são os direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, sua integridade física, intelectual e moral.
Fase da irreparabilidade: anteriormente era sustentado que os danos irreparáveis não necessitavam de ressarcimento, pois era inestimável a reparação. Hoje é pacificado que trata-se de uma compensação ao dano irreparável, não uma tentativa de restituir integralmente o dano causado.
Caracterização do dano moral: para ser caracterizado o dano moral, faz-se necessária a demonstração dos seguintes requisitos: ação ou omissão do agente, ocorrência de dano, culpa e nexo de causalidade. Somente haverá direito a indenização se houver um dano a se reparar, dano este causado pela dor, angústia e sofrimento que cause grave humilhação e ofensa ao direito de personalidade.
Critérios para fixação do dano moral: extensão do dano, intensidade do sofrimento experimentado pela vítima, duração do sofrimento experimentado pela vítima, grau de culpa das partes, condições pessoais da vítima, e a razoabilidade do juiz.
Dano estético: hoje o dano estético vem sendo aceito pela jurisprudência brasileira como uma forma autônoma de dano extrapatrimonial, ou seja, além do dano moral.
Concausas: é uma pluralidade de causas ocorrendo para o mesmo evento. Pode ser absolutamente independentes (quando a causa efetiva não se origina da outra) ou relativamente independentes (quando a causa efetiva se origina, direta ou indiretamente, da outra) ambas podem ser preexistentes (causa efetiva anterior), concomitantes (causas em mesmo tempo) ou supervenientes (causa efetiva posterior).
-FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Culpa: na responsabilidade civil,a culpa em latu senso se resume em dolo e culpa.
Elementos da conduta culposa: negligência, imprudência e imperícia
Teoria do risco: define risco como a expectativa da probabilidade de insucesso em função de acontecimento incerto.
Risco integral: a teoria do risco integral não se preocupa com elementos pessoais, sequer de nexo causal, nele a responsabilidade é aplicada mesmo sendo a vítima quem deu exclusivamente causa à situação.
Risco proveito: aquele que tira proveito ou vantagem do fator gerador do dano, ainda que indiretamente, tem obrigação de repará-lo.
Risco criado: é uma ampliação do risco proveito, qualquer atividade, seja econômica ou não, é geradora de riscos, ou seja, o agente coloca-se em situação de risco tão somente por exercer a atividade, sendo assim, é obrigado a indenizar bastando a exposição ao dano.
Risco profissional: é restrito a responsabilidade objetiva dos empregadores pelos acidentes ou causados indiretamente a seus empregados, ou desses em relação a terceiros.
-EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE CIVIL
Função: afastar a responsabilidade do agente por atacar um dos elementos ou pressupostos da responsabilidade civil, rompendo o nexo causal, terminam por fulminar qualquer pretensão indenizatória.
Estado de necessidade: consiste em uma situação de agressão a um direito alheio, de valor jurídico igual ou inferior àquele que se pretende proteger, para remover perigo iminente, quando as circunstâncias não autorizarem outra forma de atuação.
Legítima defesa: ocorre quando o indivíduo, diante de uma injusta agressão da vítima ou sem situação iminente, age atingindo vítima por não suportar a injusta agressão primária causada pela vítima.
Exercício regular do direito: é aquele que age em respaldo pelo direito, sendo assim não poderá por este ser atacado ou repreendido.
Estrito cumprimento do dever legal: é ligado ao exercício regular do direito, mesmo que não haja previsão no CC. É aplicável principalmente aos agentes públicos. É a obrigação legal emanada de um instrumento normativo, obrigação de agir de tal forma.
Força maior: tem por característica básica a inevitabilidade. Ex.: terremotos, chuvas, etc.
Caso fortuito: está ligado à imprevisibilidade do dano, associando a sua produção a uma atitude humana. Ex.: produto não entregue por conta de greve
Culpa exclusiva da vítima: rompe o nexo de causalidade pois o causador da conduta ilícita do agente foi uma exclusiva atuação culposa da vítima.
 
-OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
Cláusula geral (art. 927): Aquele que, por ato ilícito, causa dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Haverá obrigação de reparar o dano, independente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Sujeitos do ressarcimento
Direito de regresso: é o direito exercido pelo sucumbente (aquele que perde um bem ou direito), da ação indenizatória contra um terceiro responsável pela existência desta.
Responsabilidade civil do Incapaz: caso os responsáveis pelo incapaz não tiverem a obrigação de assumir a indenização, ou não tiverem a capacidade de indenizar, o incapaz fica obrigado a indenizar.
- INDENIZAÇÃO
Indenização e extensão do dano: de acordo com o art. 944 CC, a indenização é medida pela extensão do dano. Sendo assim, essa extensão pode ser medida por dois fatores, a dignidade da pessoa humana e o tempo de duração do dano. Par a dignidade da pessoa humana, a sensibilidade do magistrado é fundamental para a “medição” da extensão do dano, pois são avaliados critérios como a cultura local, a experiência comum é a lesão à honra. Já para o tempo de duração do dano, deve ser observado se a lesão tem caráter definitivo ou passageiro.
Ressarcimento e reparação por homicídio: De acordo com o art. 948, nos casos de homicídio, a indenização consiste no pagamento das despesas com funeral, tratamento e luto da família, bem como a prestação de alimentos às pessoas a quem o morto devia, levando em consideração uma estimativa de vida da vítima.
Ressarcimento e reparação por lesão corporal: nos casos decorrentes de lesão corporal, o ofensor deverá indenizar a vítima com o pagamento das despesas de seu tratamento e dos lucros cessantes até que a vítima possa retornar ao “estado natural”, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove ter sofrido decorrente dessa lesão corporal. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.

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