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DIREITO PENAL II RESUMO FMU (1)

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DIREITO PENAL II – TÓPICOS
Concurso de pessoas
Introdução
Concurso necessário e eventual
Autoria
Formas do concurso de pessoas: co-autoria e participação
Natureza jurídica do concurso de pessoas: teorias unitária, dualista e pluralista
Exceções pluralísticas na teoria unitária
Natureza jurídica da autoria
Natureza jurídica da participação
Requisitos do concurso de pessoas
Autoria incerta e autoria colateral
Autoria mediata
Formas de participação
Punibilidade
Participação impunível (casos de impunibilidade)
Participação mediante omissão: conivência
Teoria do domínio do fato
Comunicabilidade e incomunicabilidade de condições, elementares e circunstâncias.
Sanção penal e penas
Conceito, finalidade e características
Princípios constitucionais
Cominação
Classificação
Espécies de penas
Esquema da dosimetria (introdução)
Reincidência
Conceito
Fundamento legal
Hipóteses de ocorrência
Hipóteses de não geração da reincidência
Penas privativas de liberdade
Espécies: reclusão e detenção
Regimes penitenciários: fechado, semiaberto e aberto
Execução das penas privativas de liberdade (generalidades)
Regime disciplinar Diferenciado (RDD)
Remição e detração penal
Penas restritivas de direitos
Espécies e regras
Modos de substituição
Prestação pecuniária
Prestação inominada
Perda de bens e valores
Prestação de serviços à comunidade ou à entidades públicas
Interdição temporária de direitos
Limitação de fim de semana
Natureza das penas restritivas de direitos
Condições para aplicação
Multa substitutiva
Exceção das penas restritivas de direitos (generalidades)
Conversão da pena alternativa em privativa de liberdade
Pena de multa
Conceito 
Critérios de cominação e fixação de multa
Pagamento da multa
Aplicação da pena e limite das penas
Sistema trifásico
Circunstâncias e elementares do crime
Classificação das circunstâncias: judiciais e legais (genéricas e especiais); agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição e as qualificadoras
Da pena privativa de liberdade
Mecanismo de imposição das penas
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes
Concurso de causas de aumento e diminuição; concurso de qualificadoras
Substituição por penas restritivas de direitos
Fixação de pena de multa (diretamente ou em substituição)
Fundamento para o limite de penas
Modo de unificação (Art. 75 parágrafo 2)
Competência
Concurso de crimes
Noções
Espécies de concurso
Concurso material: conceito; aplicação da pena
Concurso formal: conceito; espécies; requisitos; aplicação da pena; unidade e autonomia de desígnios
Crimes continuados: conceito; requisitos; natureza jurídica; aplicação da pena; bem jurídico pessoal (unidade ou pluralidade de sujeito passivo)
Aplicação de multa em situação de concurso de crimes
Erro na execução (aberratio ictus)
Conceito e efeitos
Resultado diverso do pretendido (aberratio delicti)
Conceito e efeitos
Sursis
Noções fundamentais
Livramento condicional
Generalidades
Medidas de segurança
Generalidades
Ação penal
Noção fundamental
Extinção da punibilidade
- conceito de punibilidade 
- causas extintivas da punibilidade 
- morte do agente 
- anistia, graça e indulto 
- “abolitio criminis” 
- decadência do direito de queixa e de representação 
- perempção da ação penal 
- renúncia e perdão
 - retratação do agente
 - perdão judicial
16- Prescrição
- conceito e natureza jurídica 
- prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão executória 
- generalidades e diferenças 
- imprescritibilidade 
- prescrição superveniente à sentença condenatória 
- prescrição intercorrente
- prescrição retroativa 
- prescrição em relação às várias espécies de penas (privativas de liberdade, restritivas de direitos e multa) 
- termos iniciais da prescrição da pretensão punitiva 
- termos iniciais da prescrição da pretensão executória 
- prescrição no caso de evasão do condenado ou de revogação do livramento condicional 
- redução dos prazos de prescrição em face da idade do sujeito 
- causas suspensivas da prescrição 
- causas interruptivas da prescrição
DIREITO PENAL II – RESUMO
1 – Concurso de pessoas
-CONCEITO:
O conceito puro do concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de uma pessoa
-CONCURSO EVENTUAL
O concurso eventual pode ocorrer em crimes monossubjetivos e unissubjetivos, ou seja, crimes que são praticados por uma só pessoa, mas que eventualmente podem ser praticados por mais de uma pessoa. Nesses casos aplica-se o disposto no art. 29 do CP: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
- CONCURSO NECESSÁRIO
O Concurso necessário ocorre apenas em crimes plurissubjetivos, pois são crimes que necessitam a prática de mais de uma pessoa para a consumação. Para este caso, aplica-se o disposto no próprio tipo penal
- AUTORIA
O autor, puramente falando, é quem comete a infração contida no tipo penal incriminador, é aquele que pratica o ato ilícito. Para isso existem duas teorias, a causalista e a do domínio do fato acerca da autoria. A teoria causalista diz que autor é aquele que dá causa ao resultado, teoria esta adotada pelo Código Penal. Já a teoria do domínio do fato acerca da autoria cita que o autor é aquele que executa diretamente a conduta ilícita e também aquele que organiza e controla a ação dos demais.
-COAUTORIA
A coautoria ocorre quando dois ou mais agentes praticam a infração disposta no tipo penal incriminador, ou seja, o coautor é aquele que executa junto com outras pessoas a infração penal. Para que a coautoria exista não é necessário um acordo prévio de vontades e que os agentes pratiquem o mesmo ato, ou seja, para configurar a coautoria, basta que os agentes tenham consciência que estão contribuindo para a ação e que cada um contribua efetivamente para a realização e aperfeiçoamento do crime. Temos a coautoria parcial, onde os agentes desempenham papéis diferentes na realização do crime (ex.: um segura a arma e o outro recolhe o dinheiro), e a coautoria total, onde ambos os agentes desempenham a mesma função (ex.: os dois com arma e os dois recolhendo dinheiro).
-PARTICIPAÇÃO
Os partícipes são aqueles que contribuem acessoriamente para a realização do crime, ou seja, colaboram de uma maneira mais “suave” no crime. Nesse caso temos dois tipos de participação, primeiro a participação formal, onde o partícipe colabora instigando e induzindo o autor a praticar a infração; e também a participação material, onde o partícipe colabora materialmente para a realização do crime, ou seja, fornece o material para a consumação da infração (ex.: empréstimo de arma). Para a participação, a pena pode ser reduzida de 1/6 a 1/3.
-TEORIA UNITÁRIA DO CONCURSO DE PESSOAS
A teoria unitária cita que: quando mais de um agente concorre para a prática da infração penal, cada um praticando conduta adversa do outro, obtendo porém, um só resultado. Neste caso há apenas um delito, sendo assim, ambos incorrem no mesmo tipo penal. Esta é a teoria adotada pelo Código Penal em sua generalidade.
-TEORIA PLURALISTA DO CONCURSO DE PESSOAS
Quando houver mais de um agente, praticando cada qual conduta adversa do outro, ainda que obtenham um só resultado, cada um responderá por um delito. Essa teoria é adotada pelo Código Penal para os crimes de aborto, onde temos a prática pela própria gestante e por terceiro, e também para os crimes de corrupção ativa e passiva.
-TEORIA DUALISTA DO CONCURSO DE PESSOAS
Para a teoria dualista, quando houver mais de um agente, praticando conduta adversa, sendo provocado apenas um resultado, deve-se separar os coautores e os partícipes, sendo assim cada “grupo” responde por um delito.
-EXCEÇÕES PLURALISTAS NA TEORIA UNITÁRIA
Como visto acima, dois casos de exceções onde o CP não adota a teoria unitária, são o aborto e a corrupção ativa e passiva, porém, ainda temos outros dois casos. O primeiro seria da “bigamia”, onde o agentecasado que contrai novo matrimônio responde pelo art. 235 e a mulher solteira que contrai matrimônio com o agente casado responde pelo art. 235 parágrafo primeiro. O segundo seria o crime de falso testemunho, onde a testemunha que comete perjúrio responde pelo art. 342 do CP e a pessoa que corrompe a testemunha responde pelo art. 343 do CP.
-REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS
Pluralidade de condutas: a existência de conduta de mais de um agente é indispensável
Nexo causal: deve haver relação entre cada uma das condutas dos agentes e o resultado
Liame subjetivo entre os agentes: é necessária uma “ligação psicológica” entre todos os agentes, ou seja, todos devem ter o conhecimento que cooperam para uma ação comum
Identidade de fato: deve haver uma “identidade de crime”, por exemplo, se um empregado esquece de fechar a porta da residência ao sair, o que facilita a entrada dos autores do crime, o empregado não responderá pelo crime. Porém, se o empregado deixar de fechar a porta intencionalmente, para que os autores entrem na residência, ainda que não haja um liame subjetivo entre o empregado e o autor do crime, o empregado responderá pelo mesmo.
-AUTORIA COLATERAL
Ocorre a autoria colateral quando vários agentes executam o fato mas sem nenhum vínculo subjetivo entre eles. (ex.: dois policiais, em duas viaturas, disparam abusivamente contra vítima comum, que vem a falecer em decorrência de um dos disparos. Nesse caso o autor do disparo letal responde por homicídio e o outro por tentativa.)
-AUTORIA INCERTA
Se dá quando, na autoria colateral, não se descobre quem produziu o resultado ofensivo ao bem jurídico (ex.: vários policiais atiram contra vítima comum e não se descobre quem disparou o tiro que matou. Nesse caso, diante da impossibilidade de descobrir quem produziu o resultado, ambos respondem por tentativa de homicídio. Já no caso de autoria incerta em crimes culposos, existe a impunidade, pois não há a possibilidade de tentativa e nem a possibilidade de punir ambos pela consumação do crime.
-AUTORIA MEDIATA
A autoria mediata se dá quando o agente se serve de um inimputável (menor, doente mental ou pessoa agindo por coação moral irresistível), ou quando a pessoa age por erro, na prática do crime, sendo esta pessoa um objeto instrumento do autor mediato. (ex.: autor entrega uma faca na mão de um louco e manda matar alguém, esse autor é mediato).
-FORMAS DE PARTICIPAÇÃO
Participação moral: o sujeito colabora induzindo, instigando o outro a cometer a infração penal.
Participação material: o sujeito colabora materialmente com a infração penal, fornecendo equipamentos, materiais, etc.
-PUNIBILIDADE DA PARTICIPAÇÃO
De acordo com o art. 29 CP todos que concorrem para o crime, de qualquer forma, incorrem a eles a pena descrita. Para a participação, incorre ao disposto no parágrafo primeiro do art. 29 CP, podendo a pena ser diminuída de 1/6 a 1/3. E caso o partícipe tenha querido participar de crime menos grave, incorrerá a pena deste crime menos grave, aumentada até a metade.
-PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL
A participação impunível se dá quando o autor não consuma a prática do crime, não completa a fase executória, sendo assim não existe a participação em si, como visto no art. 31 CP.
-PARTICIPAÇÃO MEDIANTE OMISSÃO: CONIVÊNCIA
A participação mediante omissão ocorre quando existe a obrigação de impedir o delito, mas o partícipe não o faz ou procede de forma positiva para que a infração seja consumada. A conivência consiste em omitir voluntariamente o fato impeditivo da prática do crime, ou a informação à autoridade pública, ou retirar-se do local 	onde o delito está sendo cometido, ausente o dever jurídico de agir; existe a conivência posterior ao crime, onde o agente toma conhecimento de um delito e não dá a notitia criminis à autoridade pública.
-COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE CONDIÇÕES, ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS
As circunstâncias são dados acessórios que, juntados ao crime, tem função de aumentar ou diminuir a pena, não interferindo na qualidade do crime, mas sim na sua gravidade. Podem ser objetivas (material, meios e modos de realização do crime) ou subjetivas (caráter pessoal)
Elementares são os elementos típicos de crime, são dados que definem a infração penal.
De acordo com o art. 30 CP, as circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam, salvo se forem elementares do crime, ou seja, se uma “característica” não for determinante para ditar o tipo penal incriminador, essa característica não terá importância e não deverá ser comunicada.
No crime de peculato, ser a pessoa um funcionário da administração pública, é uma condição elementar para que o crime seja consumado, caso a pessoa não seja funcionária da administração pública, responderá por apropriação indébita.
2 – Sanção penal e penas
-CONCEITO FINALIDADE E CARACTERÍSTICAS
A sanção penal em si nada mais é do que a punição dada ao infrator, punição esta que deve estar inserida na lei penal. A pena é a sanção penal em execução a uma sentença ao culpado por infração penal. A sanção penal pode ser pena ou medida de segurança.
Existem três teorias de finalidade da pena
Teoria absoluta ou da retratação: a finalidade é punir, retribuir o mal injusto causado pelo infrator.
Teoria relativa: a pena tem como finalidade a prevenção geral (intimidar o povo a não cometer crime) e prevenção especial (promover a readaptação do criminoso na sociedade para que ele não volte a cometer delitos)
Teoria mista: tanto punir o infrator como prevenir a prática do crime por intimidação ou readaptação do criminoso
A pena possui sete características importantes:
Legalidade (deve estar prevista em lei), Anterioridade (a pena já deve estar em vigor no tempo da prática da infração), Personalidade (a pena não pode passar para outra pessoa), Inderrogabilidade (salvo disposições legais, o juiz jamais pode deixar de aplicar a pena), Individualidade (imposição e cumprimento da pena devem ser individuais), Proporcionalidade (pena proporcional ao crime) e Humanidade (não admitido pena de morte, castigo, etc.)
-PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
-COMINAÇÃO
A cominação nada mais é do que a pena prevista em lei.
-CLASSIFICAÇÃO
-ESPÉCIES DE PENAS
Pena privativa de liberdade: pode ser reclusão, detenção ou prisão simples. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A pena de detenção deve ser cumprida em regime semiaberto ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado (art. 33)
Pena restritiva de direitos: é a sanção penal imposta em substituição à pena privativa de liberdade, que consiste na supressão ou diminuição de um ou mais direitos do condenado. As espécies de pena restritivas de direitos estão no art. 43 CP. Os requisitos para substituição estão no art. 44 CP. As penas restritivas de direito terão a mesma duração que as penas privativas de liberdade, substituída.
Multa: A pena de multa consiste no pagamento de valor ao Fundo Penitenciário Nacional. A pena de multa pode ocorrer de forma individual, alternativa ou cumulativa. Arts. 49 a 53
-ESQUEMA DA DOSIMETRIA
De acordo com o CP, o sistema de aplicação da pena tem 3 fases:
Fixação da pena-base (de acordo com art. 59 CP)
Circunstâncias atenuantes e agravantes (arts. 61, 62 e 65)
Causas de diminuição e aumento da pena (contidas no próprio artigo)
3 – Reincidência 
-CONCEITO
Disposto no art. 63, a reincidência ocorre quando o agente comete um novo crime, após o trânsito em julgado da sentença recebida pelo anterior.
-FUNDAMENTO LEGAL
-HIPÓTESES DE OCORRÊNCIA
Sempre que houver transitado em julgado a sentença condenatória por crime anterior e não extrapolar o limite de 5 anos após a data de cumprimento ou extinção da pena.
-HIPÓTESES DE NÃO GERAÇÃO DA REINCIDÊNCIA
Crime militar próprio e crime político
4 – Penas privativas de liberdade
-ESPÉCIES: RECLUSÃO E DETENÇÃO
Reclusão: pena inicialmente cumprida em regime fechado
Detenção: pena inicialmente cumprida em regime semiaberto-REGIMES PENITENCIÁRIOS: FECHADO, SEMIABERTO E ABERTO
Fechado: quando a condenação ultrapassar 8 anos de reclusão. Deve ser cumprida em penitenciária de segurança máxima ou média. Há a possibilidade de trabalho diurno, dentro do presídio. Preso sujeito a realização de exame criminológico.
Semiaberto: condenado não reincidente, com pena superior a 4 e inferior a 8 anos. Cumprimento em colônias agrícolas, industriais ou estabelecimentos similares. Possibilidade de trabalho diurno interno ou externo com recolhimento no período noturno.
Aberto: condenado não reincidente, com pena igual ou inferior a 4 anos. Liberdade autovigiada durante o dia, devendo o condenado se recolher durante a noite e nos dias de folga. São permitidos o trabalho e o estudo.
-EXECUÇÃO DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
-REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO
O RDD serve para isolar ainda mais o preso suspeito de envolvimento com facções criminosas, ou aqueles que pratiquem crime doloso após uma advertência e aqueles que apresentem alto risco para a ordem e segurança do estabelecimento prisional. O RDD consiste no isolamento por até 360 dias, podendo se repetir caso haja nova falta grave, até o limite de 1/6 da pena. O preso será recolhido em sela individual com direito a banho de sol por 2 horas diárias. Visitas semanais por duas pessoas e duração de 2 horas. Depende do requerimento do diretor do estabelecimento ou da autoridade administrativa
-REMIÇÃO E DETRAÇÃO PENAL
Como uma forma de ressocialização e incentivo ao preso, a lei prevê um benefício para aquele que exerce uma profissão ou estuda enquanto está preso. A remição está disposta nos arts. 126 a 130 da LEP. Dita que a cada 3 dias trabalhados, desconta um da pena (esse desconto é dia remido). O preso condenado por falta grave perde os dias remidos e a contagem recomeça.
A detração (art. 42 CP) é o desconto da pena em função da prisão processual, ou seja, caso o condenado tenha ficado preso preventivamente, em flagrante, temporariamente, etc. a cada um dia preso é descontado um dia da sentença.
5 – Penas restritivas de direitos
-ESPÉCIES E REGRAS
Prestação pecuniária (pagamento em dinheiro à vítima, seus dependentes ou entidade pública ou privada, não inferior a um e superior a 360 salários mínimos), perda de bens e valores (retirar do agente os benefícios contraídos com o crime, como bens móveis e imóveis e valores), prestação de serviços à comunidade ou à entidades públicas, interdição temporária de direitos (art. 47) e limitação de fim de semana (art. 48).
-MODOS DE SUBSTITUIÇÃO
Art. 44 CP
-NATUREZA DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
A pena restritiva de direitos consiste na inabilitação temporária de um ou mais direitos do condenado, na prestação pecuniária ou na perda de bens ou valores, imposta em substituição à pena privativa de liberdade
-CONDIÇÕES PARA APLICAÇÃO
A pena não pode ser superior a 4 anos, o crime não pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça, o réu não pode ser reincidente em crime doloso e devem ser analisados os elementos subjetivos do réu (antecedentes, conduta social, personalidade, motivos e circunstâncias do crime).
-MULTA SUBSTITUTIVA
Sendo a condenação igual ou inferior a um ano, a pena pode ser substituída por multa ou pena restritiva de direitos. Sendo a pena superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por multa e restritiva de direitos ou duas restritivas de direitos.
-CONVERSÃO EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
Caso o réu seja condenado por outro crime ou descumpra, injustificadamente, uma restrição, a pena poderá ser convertida para pena privativa de liberdade, pelo tempo da pena aplicada.
6 – Pena de multa
-CONCEITO
A pena de multa é uma sanção penal que obriga o condenado a pagar uma quantia monetária ao Fundep, calculada na forma de dias-multa. A prestação pecuniária é uma “espécie” de multa, pois é paga à vítima ao invés do Fundep.
-CRITÉRIOS DE COMINAÇÃO E FIXAÇÃO DE MULTA
A fixação da multa não pode ser inferior a 10 e superior a 360 dias-multa, sendo o valor dia-multa fixado pelo juiz (entre 1/30 e 5 vezes o salário mínimo vigente). O juiz deve observar principalmente a condição econômica do réu.
-PAGAMENTO DA MULTA
O pagamento voluntário pode ser feito pelo condenado em até 10 dias contados após o trânsito em julgado da sentença. O juiz pode permitir que o pagamento seja feito parcelado. A cobrança pode ser feita por desconto em folha de pagamento
7 – Aplicação da pena e limite das penas
Aplicação da pena e limite das penas
Sistema trifásico
Circunstâncias e elementares do crime
Classificação das circunstâncias: judiciais e legais (genéricas e especiais); agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição e as qualificadoras
Da pena privativa de liberdade
Mecanismo de imposição das penas
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes
Concurso de causas de aumento e diminuição; concurso de qualificadoras
Substituição por penas restritivas de direitos
Fixação de pena de multa (diretamente ou em substituição)
Fundamento para o limite de penas
Modo de unificação (Art. 75 parágrafo 2)
Competência
https://tudodireito.wordpress.com/2009/12/01/concurso-de-pessoas-d-penal/

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