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Impactos das olimpíadas no Brasil

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
ENGENHARIA ELETRÔNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE ECONOMIA 
 
OLÍMPIADAS 2016 
IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JADE LESSA CUTINHOLA 
 
 
 
 
 
TOLEDO 
2016 
OLÍMPIADAS 2016 – IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA 
 
2 
 
Resumo 
Existem evidências de que nos últimos anos, os Jogos Olímpicos tornaram-se um 
evento esportivo de proporções gigantescas. Ao observarmos a fundo os Jogos, 
pode-se notar que, por trás das disputas intensas por medalhas, existem interesses 
tanto do Estado como da iniciativa privada, visando transformar os jogos em uma 
fonte de lucros, tudo isso com base nos impactos socioeconômicos causados na 
cidade-sede, e no país como um todo. Tendo em vista esta temática, procurou-se 
com esta pesquisa, identificar os impactos socioeconômicos causados pelos Jogos 
Olímpicos que ocorreram no Brasil, buscando apontar alguns pontos importantes das 
Olimpíadas 2016, que teve como cidade-sede o Rio de Janeiro. 
Palavras chave: Economia, Olimpíadas 2016, Impactos socioeconômicos. 
 
Introdução 
Os Jogos Olímpicos são vistos como uma grande mistura de espetáculo com 
competição. Mas, existe outra face dos Jogos que passam muitas vezes 
despercebidas ao olhar dos espectadores: o valor econômico dos Jogos Olímpicos. 
Quando os interesses do Governo e da iniciativa privada são bem articulados, o custo 
dos Jogos se transformam em rentáveis lucros políticos, econômicos e sociais. Tanto 
esporte quanto economia que demonstram ser duas áreas distintas, em situações 
como esta, mais do que nunca elas se interligam, pois, para sediar uma edição de 
Jogos Olímpicos, são necessários investimentos milionários em infraestrutura 
esportiva e turística para receber atletas e expectadores. 
Os estudos referentes aos impactos causados pelas Olimpíadas são cada vez 
mais presentes e interessantes, principalmente pela sua ligação com as questões 
sociais e históricas, além claro, das relações com a vida escolar através do esporte. 
Porquanto, considera-se neste trabalho a magnitude, e também a importância deste 
tipo de evento para um país, como também a inter-relação que ele tem com a 
historicidade humana. 
Assim, nesta pesquisa, enfatizam-se as mudanças socioeconômicas causadas 
pelas Olimpíadas e deixadas em seu legado no país e na cidade-sede. Objetiva-se 
levantar quais são os impactos socioeconômicos, identificando os prejuízos e 
benefícios trazidos por uma edição de Olimpíada. 
 
 
 
OLÍMPIADAS 2016 – IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA 
 
3 
 
I - Impactos Socioeconômicos 
Os megaeventos esportivos, como os Jogos Olímpicos, são em determinado 
momento o único elo em comum entre povos de características tão distintas, onde 
não por acaso é uma das competições entre esportistas mais importante, 
possivelmente ao lado da Copa do Mundo de Futebol. Ao produzir um evento deste 
porte, junto a ele encontram-se ligados inúmeros fatores, dentre os quais se 
destacam a atração de financiamentos, bem como investimentos, tendo em vista que 
os Jogos Olímpicos são um evento internacionalmente repercutido, e que confere 
benefícios a cidade-sede. Esses benefícios são oriundos de uma gama de 
possibilidades que um evento como as Olimpíadas oferece. Os assim denominados 
impactos socioeconômicos são sentidos antes, durante e depois da realização dos 
Jogos, produzindo efeitos diversos na vida social dos cidadãos envolvidos no 
processo. Em um primeiro momento, a infraestrutura, tanto esportiva, como turística, 
aparece como eixo inicial desta discussão, sendo o ponto de partida sobre os 
impactos gerados por megaeventos como as Olimpíadas. Um dos principais 
requerimentos do COI são os locais de provas que devem conter as instalações 
mínimas necessárias para a prática de determinado esporte, sempre de acordo com 
as regras internacionais de cada modalidade. 
A cidade-sede precisa apresentar as mínimas condições de infraestrutura 
esportiva e turística, principalmente para possibilitar aos espectadores o melhor 
conforto na apreciação dos Jogos. É necessário notar que um legado deste tamanho 
gera frutos culturais e sociais a curto, médio e longo prazo, à medida que toda a 
estrutura implantada e suas possíveis ramificações, transformam o capital cultural e 
social da população, como é o caso da Vila Olímpica. A cada ano, em decorrência da 
evolução tecnológica e levando em conta as preocupações com o meio-ambiente, a 
segurança dos atletas e a questão turística, as vilas olímpicas tornaram-se referência 
em obras de habitação usando de modernas técnicas de saneamento e energia a 
baixo impacto ambiental, que após os Jogos é transformada em área residencial, 
devido ao alto padrão de moradia. 
Em setores como o turismo e o emprego, verificam-se o aumento exponencial 
destes fatores quando se dá no país a organização de uma Olimpíada, pois ela é 
vista como ótima forma de atrair turistas e movimentar a economia local em larga 
escala e em curto prazo. Essencialmente para estes dois setores impactantes, 
notam-se algumas preocupações elevadas do Governo em adequar os sistemas de 
saúde, transporte e segurança, garantindo acima de tudo sua total eficiência. 
 Quanto ao comércio e o marketing, outros dois fatores ligados aos impactos 
socioeconômicos, vemos ambos como importantes fontes de captação de recursos 
para a realização dos Jogos, especialmente o marketing, muito explorado e difundido 
OLÍMPIADAS 2016 – IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA 
 
4 
 
no meio esportivo. O marketing olímpico se integra ao megaevento esportivo, 
demonstrando a evolução dos Jogos no mundo globalizado. Nas primeiras edições 
dos Jogos, o marketing desempenhava um papel quase insignificante nas 
Olimpíadas, tanto que seu início real se deu apenas na Olimpíada de Paris em 1924. 
O marketing sofreu grande repreensão no começo devido ao que o COI denominava 
como ferimento aos ideais olímpicos. 
Na realidade atual, os Jogos Olímpicos se tornaram uma verdadeira “marca” 
mundial, que agrega inúmeras multinacionais ao seu projeto, gerando assim um vasto 
comércio e a promoção em grande escala do evento. Destaca-se aqui a criação do 
The Olympic Program (TOP), um conjunto de estratégias de marketing e 
comercialização dos Jogos a fim de proporcionar recursos para o mesmo. 
Em relação a segurança e a saúde, observam-se dois setores considerados 
essenciais na candidatura de uma cidade-sede. Quanto à segurança, tanto o governo 
municipal, quanto o estadual e federal, precisam firmar uma parceria comprometida 
com a mesma, criando um sistema de controle eficiente e ao mesmo tempo 
abrangente. Para isso, o Órgão de Segurança Pública e a Diretoria de Segurança do 
Comitê Organizador, após um levantamento dos riscos na área dos Jogos, elaboram 
uma ação conjunta de segurança efetiva. 
Quanto a saúde, não se destacam grandes mudanças com a vinda de uma 
Olimpíada, entretanto, alguns pontos são de total complementaridade, principalmente 
na área hospitalar da cidade, bem como na Vila Olímpica, precisando que a cidade-
sede esteja comprometida com a Agência Mundial Antidoping (WADA). Tanto para 
segurança quanto para as questões de saúde, recomenda-se a realização de testes 
antes do início das competições, evitando assim possíveis falhas no andamento dos 
Jogos. 
No que diz respeito ao transporte, para o bom desfrute dos Jogos, a cidade-sede 
deve apresentar um bom escoamento do tráfego, isso com o auxílio de um plano 
estratégico integrando todos os meios de transportes disponíveis, garantindo opções 
de acesso rápido e seguro para os envolvidosnos Jogos. Espera-se que os 
investimentos aplicados em meios de transportes perdurem a longo prazo, trazendo 
benefícios a sociedade na cidade-sede. 
Em relação ao meio ambiente, o COI enfatiza com grande foco a preservação de 
toda a fauna e flora presente no entorno dos locais de acontecimento dos Jogos, 
diminuindo ao máximo o impacto ambiental. São desenvolvidas também algumas 
iniciativas com o intuito de integrar o Movimento Olímpico às questões ambientais, 
baseado na educação olímpica com um enfoque na preservação ambiental. 
OLÍMPIADAS 2016 – IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA 
 
5 
 
Finalmente, temos a cultura nacional como um dos grandes impactos 
socioeconômicos oriundos dos Jogos Olímpicos. Muitas cidades candidatam-se para 
sediar uma Olimpíada devido a sua magnitude enquanto evento esportivo mundial, 
mas também para fazer uma amostra da beleza e da alegria da cidade em receber 
esse grandioso espetáculo. São apresentadas inovações modernas que aproveitam 
a beleza natural já existente da cidade, e tudo é feito para que a celebração tenha 
um reconhecimento mundial. 
II - Análise econômica dos jogos no Brasil 
Quando o Rio de Janeiro ainda competia com Madri, Tóquio e Chicago para ser a 
sede dos Jogos Olímpicos, em setembro de 2009, um estudo encomendado pelo 
Ministério dos Esportes à Fundação Instituto de Administração (FIA) estimava que a 
competição poderia movimentar US$ 51 bilhões em recursos e gerar 120 mil 
empregos. O estudo defendia que os investimentos feitos para o evento teriam um 
efeito multiplicador amplo e diversificado sobre a economia, que duraria anos. O 
impacto também seria positivo fora do Rio de Janeiro - cerca de metade desses 
postos de trabalho beneficiariam moradores de outros Estados. Em janeiro de 2014, 
um relatório preliminar de outro estudo, encomendado pelo Comitê Organizador dos 
Jogos Olímpicos à Universidade Federal do Rio de Janeiro, também defendia que o 
evento pode proporcionar "benefícios para as economias local, regional e nacional, 
ao estimular investimentos incrementais e estruturais." 
Apesar da atração de mais de 1 milhão de turistas que movimentaram o Brasil, 
segundo a Riotur, cerca de R$ 4,1 bilhões durante os Jogos Olímpicos, os impactos 
econômicos de longo prazo do megaevento para a cidade e o Estado do Rio de 
Janeiro devem ser mínimos ou até mesmo negativos, de acordo com especialistas 
ouvidos pela BBC Brasil e o próprio governo. 
Segundo a agência internacional de classificação de risco Moody's, as olimpíadas 
deixaram um melhoramento que vem perdurando com relação a infraestrutura da 
cidade e aos transportes e mobilidade urbana do Rio de Janeiro. Cerca de R$25 
bilhões, dentre um total de R$39 bilhões, foram gastos pelo governo em 
investimentos na infraestrutura da região metropolitana da cidade-sede, um montante 
próximo ao investido em 12 cidades brasileiras para sediar a copa do mundo em 
2014. 
O número estimado de pessoas que visitaram a cidade sede foi de 
aproximadamente 350 mil contribuindo assim na economia local temporariamente. 
Houve um aumento considerável na quantidade de empregos temporários, 
quantidade de trabalhadores autônomos e o índice de empregos em geral na cidade 
cresceu momentaneamente. 
OLÍMPIADAS 2016 – IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA 
 
6 
 
Em relação aos empréstimos concedidos pelos bancos para financiar os projetos 
de infraestrutura, como por exemplo a Vila Olímpica, estes empréstimos terão 
impacto limitado para estes bancos pois eles representam apenas uma pequena 
parcela da carteira de crédito dessas instituições. 
 
III – Conclusão 
 Uma cidade pode se beneficiar de uma Olimpíada de três maneiras: no curto 
prazo, com a vinda de turistas e estímulos econômicos gerados pelos Jogos; no 
médio prazo, com a promoção da marca da cidade; e no longo prazo, com os efeitos 
das obras urbanas feitas para a competição. Durante essa pesquisa nota-se que em 
geral os analistas que estudam megaeventos afirmam ser difícil de conseguir se 
beneficiar de qualquer uma dessas formas. Há estudos que contabilizam que desde 
1960 todas as Olimpíadas saíram mais caras do que o previsto (no Rio, estima-se 
que os Jogos tenham custado US$1,6 bilhão a mais). 
 Ainda levará um tempo para entendermos o impacto dos Jogos no Rio. Ainda se 
espera para ver os investimentos que terão algum impacto não só na desigualdade 
econômica, mas na desigualdade espacial e no acesso a empregos pela cidade. Por 
fim, é valido notar que boa parte do legado da Olimpíada no Rio dependerá das obras 
de infraestrutura e transporte. 
IV - Bibliografia 
 Colli, E. (2004). Universo olímpico: uma enciclopédia das Olimpíadas. São 
Paulo: Codex. 
 Sumário Executivo Rio 2016. (2009). Sumário executivo RIO 2016. Acesso 
em 22 de Novembro de 2015. Disponível em: 
http://www.rio2016.org.br/sumarioexecutivo2016/rio2016_pt.pdf 
 http://www.bbc.com/

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