as atividades, busca-se assegurar a melhoria dos procedimentos, visando êxito no alcance dos objetivos da empresa. Em outras palavras, trata-se de um conjunto de orientações, decisões e ações estratégicas, que determinam o desempenho superior de uma empresa a longo prazo, por meio de um processo contínuo e interativo que visa manter uma organização, como um conjunto apropriadamente integrado a seu ambiente. É possível aplicá-la de forma estruturada, sistêmica ou intuitiva, consolidando um conjunto de princípios normas e funções, para alavancar harmonicamente o processo de planejamento da situação futura desejada como um todo e, seu posterior controle dos fatores ambientais, bem como a organização e direção dos recursos empresariais de forma otimizada com a realidade ambiental e com a maximização das relações pessoais. Deve-se manter a observância nas duas grandes dimensões: do ambiente, que são a externa e a interna. No cenário externo estão os atores com os quais a organização se relaciona e outros, ainda, que a influenciam indiretamente: clientes, concorrentes, fornecedores, os agentes de governança (stakeholders), a sociedade, tecnologias, elementos conjunturais (economia, política, meio-ambiente...), etc., enfim, eventos e processos sobre os quais a empresa não tem governança, mas que necessita conhecer o como, o porquê e o quando, dos acontecimentos que provocam ameaças ou possibilitam oportunidades para organização. Torna-se fundamental, utilizar a inteligência do cliente, concorrente e do mercado, para perceber antecipadamente os movimentos e aplicar táticas eficazes. Internamente utiliza-se a inteligência organizacional – o conhecimento que a organização tem de si mesmo - suas forças e fraquezas e neste sentido implementar programas de aprendizagem e desenvolvimento de seu capital humano, posto que se traduz, nesta era do conhecimento, como o ativo de maior relevância, embora seja um passivo. Algumas ferramentas podem auxiliar nesta forma de administração, como por exemplo a utilização do PDCA, para que o enfoque não se perca ao longo do tempo, ou o PFOA (SWOT ou FOFA), que trata das Potencialidades, Fragilidades, Oportunidades, e Ameaças. IV - a.8.3) Administração Participativa. Um forte antagonismo pode ser identificado no histórico da administração participativa, pois é uma das ideias mais antigas da administração, que nasceu na Grécia, a mais de 2000 anos com a invenção da democracia, todavia, continua a ser a ideia moderna, que integra as práticas mais avançadas e é considerada um dos novos paradigmas da administração. Assim como era na época de sua invenção, a participação é, na atualidade, um conceito que continua a oferecer desafios sem resposta definitiva. A partir dos anos de 1980, a ordem era a participação no trabalho ou a opção pela administração participativa em todo o mundo ocidental, principalmente com o declínio econômico dos Estados Unidos, e a queda de produtividade das suas empresas, com conseqüente perda de competitividade dos produtos norte-americanos em quase todo o mundo, até mesmo no seu próprio país. Observando o desempenho da economia oriental principalmente do Japão, Coréia e Cingapura, se percebia um avanço extraordinário com melhor qualidade e melhores preços que a economia norte-americana. Esse fato serviu como justificativa para que a participação dos funcionários em países emergentes recebessem maior atenção e, que as empresas investissem nas experiências participativas ocorridas e consolidadas em outros centros de padrões de eficiência e de tecnologia no mundo. O movimento da administração participativa pode ser interpretado, como uma antítese do aumento do trabalho programado e do controle hierárquico tradicional na história do desenvolvimento industrial da sociedade norte-americana, pois indica as organizações mais produtivas e eficientes, como sendo aquelas que simultaneamente tendem a buscar a satisfação geral dos empregados no trabalho que executam. A administração participativa é a substituição dos estilos tradicionais de administração, com gestores autoritários, indiferentes e paternalistas, por um modelo administrativo de cooperação mútua onde há liderança, autonomia e responsabilidade. Informar, envolver, delegar e consultar, ao contrário de mandar, são palavras principais da administração participativa. A administração participativa implica também no redesenho das estruturas, que são organizadas de modo que a participação dependa não apenas das disposições favoráveis das pessoas, mas também nos sistemas de normas e procedimentos. A estrutura deve estimular as pessoas à participação. Nas organizações tradicionais ou não participativas, acontece que os regulamentos, as carreiras, a divisão do trabalho e o organograma são estruturados de forma que o poder fica centralizado no topo da gestão empresarial. Na organização participativa, a administração é compartilhada em diferentes interfaces, de forma que clientes são consultados, em determinadas decisões sobre produtos e serviços, enquanto fornecedores, distribuidores e o pessoal de assistência técnica, participam de projetos de engenharia. A organização procura ser um sistema participativo interno, mas também aberto para o ambiente externo, recebendo informações que possam aprimorar as decisões administrativas da empresa. A política de administração participativa é uma filosofia de administração de pessoas, que valoriza a capacidade da tomada de decisões, na busca de resolução dos problemas, aprimorando a satisfação no trabalho e contribuindo para melhor desempenho e competitividade das organizações. O método participativo permite que funcionários participem da administração da empresa de forma organizada, contribuindo com suas experiências e conhecimentos, agregando valores as funções pessoais dos quais eles participam. O modelo de administração participativa consiste em compartilhar as decisões que afetam a empresa não apenas com funcionários, mas com clientes, usuários, fornecedores, e distribuidores da organização. A meta desse modelo é construir uma organização participativa em todas as interfaces. O que predomina no modelo participativo é a liderança, a disciplina e a autonomia. Nas organizações que adotam esse modelo as pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho. Exemplos e experiências podem ser citados, como a co-gestão nas empresas alemãs, o modelo escandinavo de participação dos empregados cuja experiência mais conhecida é da empresa sueca Volvo, na localidade de Kalmar, o modelo francês (Comitê d’Enterprise), o inglês (Labor Management Joint Comittee) e, principalmente, o modelo participativo japonês, reconhecido como responsável pela recuperação da sua economia no pós-guerra e, a posição de importância e eficiência na economia japonesa ocupada no cenário mundial. Para Ricardo Semler, este sistema só terá sucesso, se os seguintes princípios forem aplicados: 1) Salário e benefícios adequados; 2) Respeito pelos indivíduos; 3) Produto que seja capaz de gerar orgulho; 4) Liberdade para opinar; 5) Espaço para opinar; 6) Redução da distância entre a cúpula e a base; 7) Preocupação com treinamento e aperfeiçoamento; 8) Seriedade incontestável da empresa; 9) Relativa segurança no emprego; 10) Profissionalismo. Na organização existem necessidades do cumprimento de tarefas que eventualmente torna as pessoas alienadas. Buscando a excelência empresarial, necessita-se a participação direta e indireta de todos colaboradores, pois o clima organizacional voltado para o trabalho em equipe é fundamental no alcance da credibilidade nos resultados. A autonomia e responsabilidade na administração participativa, vêm substituindo o estilo tradicional de administrar. De certa forma, o lado estrutural de uma organização deve estimular as pessoas a participarem nas decisões do sistema de normas e procedimentos da organização, pois a participação das pessoas estimula diretamente o crescimento da empresa. IV - a.8.4) Administração Japonesa.