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Introdução bruno

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Introdução 
Este artigo apresentará a atual situação dos esquizofrênicos considerando a sua inserção na sociedade, a discussão será embasada em aspectos culturais e familiares, onde temos estes transtornos assinalados em unanimidade por distorções e particularidades de pensamentos e percepções inadequadas.
Para Fontana, 2005, o transtorno psicótico em estudo se inicia entre a adolescência e o início da vida adulta jovem (geralmente entre 13 e 28 anos), gerando consideráveis prejuízos para a regularidade da participação das pessoas em atividades sociais, essenciais às suas vidas, tais como estudar, manter relacionamentos amorosos e interagir em grupos de amigos, entre outras. 
Complementando Menezes 2000, relata que uma das principais evidências do prognóstico da esquizofrenia é o prejuízo no ajustamento social, o que pode ser evidenciado pela presença de diversos pacientes que atualmente residem na comunidade, os quais apresentam graves incapacidades e sinais de baixos níveis de funcionamento social.
Assim sendo, temos a presença de pacientes que tem uma maior dificuldade para a adaptação social, "Existe a ideia de que o louco precisa adaptar-se à vida fora dos hospitais, mas esse movimento é necessário também por parte da sociedade que vai receber. Não se pode esperar que o louco se enquadre ao ordenamento neurótico, mas a convivência é possível." (Ferreira , 2007, p. 23).
Percebe-se atualmente em pesquisas recentes que se acompanhados os pacientes adquirem um certo estado de autonomia que lhes admite gerir as suas próprias vidas, mesmo que parcialmente. Apesar de todas as características da doença, o tratamento traz bons resultados, como: estudar, trabalhar, namorar, casar, ter uma vida em sociedade. 
As abordagens psicossociais abrangem um contíguo de ações apropriados que proporcionam ao paciente melhor convívio social, profissional e, logo, permite uma qualidade de vida melhor ao paciente, claro, que, considerando os limites impostos pela doença. Pacientes que não aderem ao tratamento são mais vulneráveis aos riscos que a doença apresenta, onde esta vulnerabilidade poderá acarretar a morte, pois a sua principal causa é o suicídio.
Assim, temos a partir do exposto que a esquizofrenia é apreciada como um transtorno mental grave, não pelas características trazidas pelas sintomatologias, mas principalmente pela realidade que institui ao paciente, desencadeando um individuo frágil às imposições de seu ambiente, o que pode comprometer sua autonomia, comprometendo, também direta ou indiretamente, várias esferas de sua vida.
Ao efetuar a revisão bibliográfica acerca do tema em estudo, nota que as pesquisas com abordagem na vida social destes pacientes ainda são bem restritas. Este fato elucida a importância para investigar como o próprio paciente avalia sua vida, focalizando no que considera necessário e plausível para si próprio , uma vez que, na atualidade, vemos novidades como alternativas de tratamento, centradas na reabilitação psicossocial.
Sendo que atualmente temos como dispositivo inovador para tratamento desta psicopatia, é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o qual foi regulamentado pela Portaria 336, de 19 de fevereiro de 2002, e tem que tem seu objetivo principal centrado na reabilitação psicossocial.
Para Rocha, 2005, O CAPS é "um espaço de criatividade, de construção de vida, de novos saberes e práticas. Ao invés de excluir, medicalizar e disciplinar, deve acolher cuidar e estabelecer pontes com a sociedade".
Uma vez que o CAPS faz parte de nova proposta assistencial que deve oferecer tratamento que valorize a reinserção social e a melhore as condições de vida dos assistidos nesse espaço terapêutico. Temos, a partir dessa nova concepção assistencial, as práticas buscando favorecer o ajustamento social e, consequentemente, a vida social de portadores de transtorno mental, e não apenas a mera abolição de sintomas.
Diante dessas considerações, este estudo visara investigar a vida social de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia, trazendo discussões relevantes sobre o que é a doença, o papel da Psicologia e suas contribuições , atuação do CAPS e seus benefícios para desenvolver a autoconfiança do paciente, bem como a importância da intervenção familiar para que o paciente volte ao seu convívio social normalmente.
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Fontana A.M. Manual de clínica em psiquiatria. São Paulo: Atheneu; 2005.
Menezes P.R. Prognóstico da esquizofrenia. Rev. Bras. Psiquiatria 2000. 
Ministério da Saúde (BR). Secretaria Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Legislação em saúde mental: 1990-2004. 4ª ed. Brasília: MS, 2004.
Rocha RM. Enfermagem em saúde mental. 2ª ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional; 2005

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