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P1) IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa): Governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de adm, diretoria, órgãos de fiscalização/controle e demais partes interessadas. Princípios Básicos: Transparência - Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos, de forma à preservar o valor da organização. Equidade - Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. Prestação de Contas (accountability) - Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões A Evolução da Estrutura de Propriedade: O modelo de propriedade dispersa expandiu-se inicialmente nos Estados Unidos, devido a aspectos econômicos, culturais e políticos em 1920. Seu poder de influência na época foi evidenciado pelos efeitos da Crise de 1929, episódio da queda da bolsa NY , atingindo praticamente todos os países, ocasionando graves consequências políticas e sociais. Principais Modelos: Há duas grandes categorias, que abrigam os principais modelos adotados pelo mundo – Outsider System e Insider System. Outsider System: Sistema de Governança anglo-saxão (Estados Unidos e Reino Unido). Responsabilidade Corporativa - Os agentes devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações, e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazos. Origens da GC: A vertente mais aceita indica que a Governança Corporativa surgiu para superar o "conflito de agência" clássico. Nesta situação, o proprietário (acionista) delega a um agente especializado (administrador) o poder de decisão sobre a empresa (nos termos da lei), podendo surgir divergências no entendimento entre as partes. A GC surgiu a partir de uma ação reflexiva em torno da ética e coincide com a necessidade de profissionalização da gestão dos negócios. Governança em organizações não empresariais: Apesar de terem sido primeiramente desenvolvidos para empresas, os princípios e práticas de GC também podem ser adotados e trazer benefícios para organizações não empresariais: Cooperativas: Sociedades de pessoas, constituídas para prestar serviços aos associados, as Cooperativas têm sua distribuição de resultados vinculada às operações efetuadas pelo associado com a cooperativa e desvinculada da participação no capital, assim como possuem seus direitos políticos vinculados unicamente às pessoas, não importando a participação no capital. 2) Terceiro Setor: Organizações sem fins lucrativos que buscam contribuir para uma sociedade melhor e mais justa. Busca-se a auto regulação, reforçando a legitimidade do setor. 1932: Estudo desenvolvido pelos norte- americanos Berle e Means identificam o conflito de agencia, teve como objetivo analisar empiricamente a composição acionária das grandes empresas norte-americanas e discutir os inevitáveis conflitos de interesse que estruturas de propriedade pulverizadas. Teoria da Agência: Considera que em qualquer tipo de organização, em todos os níveis de gestão, sempre há necessidade de se manter pessoas (agentes) com autoridade para tomar decisões, com vistas ao atingimento das finalidades propostas. Esses agentes são selecionados e recebem delegação para atuar em nome de outros (os principais), que podem ser: A. Acionistas. B. Controladores. C. Ou mesmo a sociedade: Essa relação entre agentes e principais pressupõe alguns custos (custo de agência): 1.Gastos de monitoramento dos administradores pelos acionistas; 2.Gastos dos administradores para manter uma relação próxima com os acionistas; 3.Perdas residuais dessa relação. Assimetria de Informações: ocorre quando uma das partes envolvida em uma transação econômica detém informação de forma exclusiva, usando-a de forma a obter benefícios próprios e prejudicando a outra parte. Duas formas de assimetria: Seleção adversa: que ocorre antes de uma transação econômica se concretizar; Risco moral: que ocorre depois da concretização da transação econômica. O conceito de assimetria de informação, o empreendedorismo não ocorre, pois, o retorno em suas atividades não é suficiente para garantir a atividade, assim, empreendedores obtêm vantagens, pois estes capitalizam as informações. Empreendedores consideram que tomar riscos é necessário para aproveitar oportunidades e convertê-las em negócios lucrativos. Composição Teoria da Agencia: O “problema de agência” é uma situação na qual um grupo de agentes não está satisfazendo os objetivos dos agentes principais. Procuram estabelecer incentivos visando que os agentes tomem decisões que afetem satisfatoriamente o agente principal. A solução do problema encontra dois tipos de dificuldades: primeiro, os objetivos de agentes e principais podem diferir uns dos outros; segundo, as informações são assimétricas (os executivos geralmente estão melhor informados a respeito da empresa do que os investidores). Implantação da Governança Corporativa: A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico Introdução: Fundada em 1960, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é uma organização de cooperação internacional composta por 34 países. Sua sede fica na cidade de Paris (França). História: A OCDE é sucessora da OECE, que foi criada no contexto do Plano Marshall. Tinha como objetivo buscar soluções para a reconstrução dos países europeus afetados pela Segunda Guerra Mundial. A OECE existiu entre 1948 e 1960, até a fundação da OCDE. Localização: A sede da OCDE fica no Palácio de La Muette, em Paris (França). 3) Principais objetivos da OCDE: Buscar o desenvolvimento econômico permanente entre os países membros; encontrar caminhos para a manutenção da estabilidade financeira entre os países membros; Discutir e propor metas para o desenvolvimento econômico mundial; Estabelecer parâmetros para o desenvolvimento do nível de vida; Criação de mecanismos para o crescimento do nível de emprego. Lei Sarbanes-Oxley (Lei SOX): Em julho de 2002 foi promulgada a lei de Sarbanes-Oxley nos Estados Unidos. Lei SOX: Diretrizes quanto à conduta de seus gerentes, com o registro e o controle das informações financeiras e contábeis, bem como o acesso a informações e dados confidenciais e não divulgados, na ênfase de tentar recuperar o equilíbrio no mercado de capitais. Requisitos da lei: Controlar a criação, edição e versionamento dos documentos em um ambiente de acordo com os padrões ISO, controle documentos 404;Cadastrar os riscos associados aos processos de negócios e armazenar os desenhos de processo;(Publicar em múltiplos websites os conteúdos da seção 404;Gerenciar todos os documentos controlando seus períodos de retenção e distribuição; Digitalizar e armazenar todos os documentos que estejam em papel, ligados à seção 404). Seção 404: A seção 404 determina uma avaliação anual dos controles e procedimentos internos para emissão de relatórios financeiros. O auditor deve emitir um relatório distinto, que ateste a asserção da adm sobre a eficácia dos controles internos e dos procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros; Exigência dos mercados de capitais: Devido às transformações ocorridas na economia brasileira, fundamentalmente a abertura comercial, a liberalização dos mercados financeiros e de capitais, os retornos de fluxos decapital estrangeiro para o país, assim como o processo de privatização de grandes companhias estatais, foram criadas pressões para que se fosse repensada a estrutura de governança das empresas brasileiras. Grupo pão de açúcar: A tomada de decisões deve ser compartilhada e delegada aos profissionais envolvidos na gestão do negócio. Os profissionais devem ter foco no resultado e atuação integrada às outras áreas.OBS: Nível 1 de governança corporativa/Regras relativas a empresas de capital aberto: Adota Normas nacionais de registros contábeis e de manutenção de registro de empresa aberta na CVM (comissão de valores mobiliários) e as cumpre determinações da SEC (securities and eschange commission) para empresas estrangeiras listadas no EUA. Governança Corporativa: Ética, transparência e profissionalismo são as diretrizes que norteiam os princípios de G.C. Do Grupo Pão de Açúcar, cuja atuação é pautada pela agilidade e segurança na divulgação de informações, pelo compromisso com o mercado de capitais e pelo respeito dedicado aos investidores. Conselho de Adm: Compete ao órgão eleger os diretores executivos, conduzir o processo de governança corporativa, supervisionar a condução do negócio, definir estratégias e acompanhar sua execução. 4) Diretoria Executiva: Cabe à Diretoria Executiva a administração do dia-a-dia operacional da Empresa, com foco na busca por resultados, em linha com as diretrizes do conselho de administração. Conselho Consultivo: As reuniões são realizadas semestral. Objetivo de recomendar ao Conselho de Adm medidas que auxiliem no desenvolvimento dos negócios e atividades da Companhia.Comitês: O Grupo mantém ainda 4 comitês especiais, que têm objetivo elaborar propostas e fornecer recomendações, em suas áreas específicas de atuação, ao Conselho de Adm: Comitê de Auditoria: Formado em conformidade às recomendações da Lei SOX. É responsável por revisar e garantir as informações apresentadas nas demonstrações financeiras anuais e trimestrais, nos sistemas de controle interno e nos procedimentos de auditoria, contábeis e de gerenciamento. Comitê de Finanças: Suas atribuições são acompanhar e supervisionar a implementação e a realização do plano anual de investimentos; revisar e recomendar oportunidades relacionadas a transações de financiamento para melhorar a estrutura de capital; e revisar o fluxo de caixa. Comitê de RH e Remuneração: Revisam e discutem a remuneração da adm; propõem critérios para a avaliação de desempenho dos adm; revisam os métodos de recrutamento e contratação adotados na Companhia. Comitê de Inovação e Desenvolvimento: Revisar e propor oportunidades de mercado ou novos formatos de negócio que fortaleçam a estratégia de crescimento e revisar os planos de expansão imobiliária. Teoria da Firma Coase (1937) introduz o conceito de firma a partir da teoria dos custos de transação e teoria do contrato. Ele explica que a razão mais importante sobre o porquê é lucrativo estabelecer uma firma parece ser devido aos custos envolvidos no uso do sistema de preços. Além disso, pondera que um contrato existe se um indivíduo concorda em conceder algum fator de produção, sob certos limites contratuais, em troca de uma remuneração. Nesse contexto, é mais favorável para o empregador uma relação de longo prazo, onde risco da transação é minimizado e alguns custos são evitados. Assim, uma firma emerge quando contratos de curto prazo não são satisfatórios devido aos altos custos de transação em relação aos custos dos contratos de longo prazo. Mercados e firmas são meios alternativos para realizar um conjunto de transações e a escolha entre recorrer a um ou outro depende da eficiência de cada um. Eles também ressaltam que os custos de escrever e executar contratos complexos no mercado variam com as características dos decisores envolvidos e com as propriedades objetivas do mercado. Portanto, os conflitos de interesses são iminentes tanto internamente quanto externamente à firma, e geram custos de agência e custos nas transações. O Código está dividido em 6 (seis) capítulos: Propriedade (Sócios); Conselho de Administração; Gestão; Auditoria Independente; Conselho Fiscal; Conduta e Conflito de Interesses. As organizações podem ser classificadas de acordo com sua natureza jurídica, estruturas de controle e tipos de controlador: Natureza Jurídica: Cooperativas – Sociedades de pessoas, constituídas para prestar serviços aos associados, cuja distribuição de resultados está vinculada às operações efetuadas pelo sócio com a sociedade e desvinculada da participação no capital e cujos direitos políticos estão vinculados às pessoas.Sociedades Limitadas - Sociedades de pessoas ou de capital com fins lucrativos, constituídas para fornecer serviços ou mercadorias a terceiros, cuja distribuição de resultados e direitos políticos estão vinculados à participação no capital, com reduzida estrutura administrativa, de controles internos e transparência. Não permite acesso a recursos através do mercado de capitais. Sociedades Anônimas - Sociedades de capital com fins lucrativos, constituídas para fornecer serviços ou mercadorias a terceiros, cuja distribuição de resultado e direitos políticos estão vinculados à participação no capital, com complexa estrutura administrativa e de controles internos e ampliada transparência. Permite acesso a recursos através do mercado de capitais. Estrututas de controle: Definido – é exercido por um acionista ou mais, vinculado por acordo de sócios ou sob controle comum, que possui formalmente mais de 50% das ações ou quotas com direito a voto da organização. Difuso – é exercido por acionista ou mais que não esteja vinculado por acordo de sócios nem sob controle ou representando interesse comum, detentor de parcela relevante do capital votante da organização, porém inferior a 50% do capital social. Pulverizado ou disperso – A composição acionária está dispersa entre um grande número de acionistas, de tal forma que não exista um acionista ou grupo de acionistas capaz de exercer o controle de forma permanente. Tipos de Controlador:Estatal - Controle definido, onde a maioria de capital votante pertence ao Estado.Familiar/Multifamiliar - Controle definido ou difuso, onde uma ou mais famílias detêm o poder de controle. Não Familiar - Controle definido ou difuso, onde um ou mais indivíduos ou grupos empresariais detêm o poder de controle. Estrangeiro - Controle definido ou difuso, onde o sócio controlador é estrangeiro. Institucional - Controle definido ou difuso, onde os controladores são investidores institucionais (fundos de pensão, fundos de investimento, entre outros).CONCEITO E PRINCÍPIOS DE GC: com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade. Transparência: A adequada transparência resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da empresa com terceiros. Prestação de Contas (accountability): Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões. Responsabilidade Corporativa: Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.1 PROPRIEDADE: 1.1 Propriedade – sócios : Cada sócio é um proprietário da organização, na proporção de sua participação no capital social.1.2 Conceito “uma ação = um voto”: O direito de voto deve ser assegurado a todos os sócios. Assim, cada ação ou quota deve assegurar o direito a um voto. Este princípio deve valer para todos os tipos de org. 1.3 Acordos entre os sócios: Os acordos entre sócios que tratem de compra e venda de suas participações, preferência para adquiri-las, exercício do direito a voto ou do poder decontrole: Devem estar disponíveis e acessíveis a todos os demais sócios.1.4 Assembleia Geral/reunião de sócios: é o órgão soberano da organização. Todas as referências feitas neste código à “Assembleia Geral” são extensivas à “reunião dos sócios”.1.4.1 Principais competências: destacam-se: Aumentar ou reduzir o capital social e reformar o Estatuto/Contrato Social; Eleger ou destituir, a qualquer tempo, conselheiros tanto de administração como fiscais; Tomar, anualmente, as contas dos administradores e deliberar sobre as demonstrações financeiras; Deliberar sobre transformação, fusão, incorporação, cisão, dissolução e liquidação da sociedade; Deliberar sobre a avaliação de bens que venham a integralizar o capital social; e Aprovar a remuneração dos adm1.5 Transferência de controle: Em caso de transferência de controle, mesmo que de forma indireta – como no caso de alienação de controlada/subsidiária que detém parcela significativa do negócio, a oferta de compra de ações/quotas deve ser dirigida a todos os sócios nas mesmas condições (tag along). 1.9 Conselho de Família: grupo formado para discussão de assuntos familiares e alinhamento das expectativas dos seus componentes em relação à organização. Entre as principais práticas do Conselho de Família estão: Definir limites entre interesses familiares e empresariais; Preservar os valores familiares (história, cultura e visão compartilhada); Definir e pactuar critérios para proteção patrimonial, crescimento, diversificação e administração de bens mobiliários e imobiliários; Criar mecanismos (ex.: fundo de participação) para a aquisição de participação de outros sócios em caso de saída; Planejar sucessão, transmissão de bens e herança; Visualizar a org como fator de união e continuidade da família; Tutelar os membros da, considerando os aspectos vocacionais, o futuro profissional e a educação continuada; e Definir critérios para a indicação de membros que irão compor o Conselho de Adm.2 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: 2.1 Conselho de ADM: órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico, é o principal componente do sistema de governança. Deve ser o elo entre a propriedade e a gestão. Conselho recebe poderes dos sócios e presta contas a eles.2.2 Missão do Conselho de Adm: proteger e valorizar a organização, otimizar o retorno do investimento no longo prazo e buscar o equilíbrio entre os anseios das partes interessadas (shareholders e demais stakeholders), de modo que cada uma receba benefício apropriado e proporcional ao vínculo que possui com a organização. 2.3 Atribuições: Conselho de Adm deve zelar pelos valores e propósitos da org e traçar suas diretrizes estratégicas. Para que o interesse da org sempre prevaleça, o Conselho deve prevenir e adm situações de conflitos de interesses e adm divergências de opiniões.2.3.1 Gerenciamento de riscos corporativos: Deve assegurar-se de que a Diretoria identifica preventivamente – por meio de um sistema de informações adequado – e listam os principais riscos aos quais a organização está exposta, além da sua probabilidade de ocorrência, a exposição financeira consolidada a esses riscos e as medidas e os procedimentos adotados para sua prevenção ou mitigação.2.3.2 Sustentabilidade: Buscando a viabilidade e a longevidade da organização, o Conselho deve incorporar e assegurar-se de que a Diretoria também incorpora considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e das operações.2.3.3 Política de porta-vozes: O Conselho de Administração deve aprovar uma política de porta-vozes, visando eliminar o risco de haver contradições entre as declarações das diversas áreas e dos executivos da organização. O diretor de relações com investidores tem poderes delegados de porta-voz da SOCIEDADE. 2.4 Composição do Conselho de Administração: A composição do Conselho depende de uma variedade de fatores que descreve a organização e o ambiente em que ela atua. Dentre eles: objetivos, estágio/grau de maturidade da organização e expectativas em relação à atuação do Conselho.2.5 Qualificação do conselheiro de adm: Deve, no mínimo, possuir: Alinhamento com os valores da organização e seu Código de Conduta; Capacidade de defender seu ponto de vista a partir de julgamento próprio; Disponibilidade de tempo ; Motivação.2.8 Disponibilidade de tempo: Ao assumir uma cadeira em um Conselho de Administração, o conselheiro deve ter em mente a responsabilidade assumida com as partes interessadas, que contam com seu comprometimento e participação atenta para que o valor da organização seja preservado e elevado ao longo do tempo.2.8.1 Participação em outros conselhos e comitês: A Administração deve submeter à aprovação da Assembleia Geral o número máximo de conselhos e comitês a serem ocupados por seus conselheiros. É recomendável que esse limite observe as seguintes diretrizes: O presidente do Conselho de Adm poderá participar como conselheiro de, no máximo, dois outros conselhos; Conselheiros externos e/ou independentes que não tenham outra atividade poderão participar de, no máximo, cinco conselhos; Executivos seniores poderão participar como conselheiros de apenas uma organização, salvo se tratar-se de empresa coligada ou do mesmo grupo; Conselheiros internos e/ou diretor- presidente poderão participar de, no máximo, um outro Conselho, salvo se tratar-se de empresa coligada ou do mesmo grupo; Presidentes executivos e presidentes de Conselho não devem exercer cargo de presidência de Conselho de outra organização (com exceção para entidades do terceiro setor), salvo se tratar-se de empresa coligada ou do mesmo grupo.2.9 Presidente do Conselho: Tem a responsabilidade de assegurar a eficácia e o bom desempenho do órgão e de cada um de seus membros. 2.10 Segregação das funções de presidente do Conselho e diretor-presidente: As atribuições do presidente do Conselho são diferentes e complementares às do diretor presidente. Para que não haja concentração de poder, em prejuízo de supervisão adequada da gestão, deve ser evitado o acúmulo das funções de presidente do Conselho e diretor-presidente pela mesma pessoa.2.11 Sessões executivas: O Conselho deve realizar regularmente sessões sem a presença dos executivos – as chamadas sessões executivas. 2.12 Convidados para as reuniões do Conselho: Outros executivos da organização, assessores técnicos ou consultores podem ser convidados para as reuniões do Conselho, para prestar informações, expor suas atividades ou apresentar opiniões sobre assuntos de sua especialidade. 2.13 Conselheiros suplentes: A existência de conselheiros suplentes não é uma boa prática de Governança Corporativa e deve ser evitada. Os suplentes não estão familiarizados com os problemas da org. 2.14 Número de membros: O número de conselheiros deve variar conforme o setor de atuação, porte, complexidade das atividades, estágio do ciclo de vida da org.. O recomendado é de, no mínimo 5 e, no máximo 11 conselheiros.2.15 Conselheiros independentes, externos e internos: Há três classes de conselheiros: Independentes: a quantidade de conselheiros independentes dependerá do grau de maturidade da organização, do seu ciclo de vida, suas características. Externos: conselheiros que não têm vínculo atual com a organização, mas não são independentes. Por exemplo: ex-diretores e ex-funcionários, advogados e consultores que prestam serviços à empresa, sócios etc.; Internos: conselheiros que são diretores ou funcionários da organização.2.16.1 Papel dos conselheiros independentes na ausência de separação entre diretor-presidente e presidente do Conselho: Se os cargos de presidente do Conselho e de diretor-presidente forem exercidos pela mesma pessoa e, momentaneamente, não for possível a separação, é recomendável que os conselheiros independentes assumam a responsabilidade de liderar asdiscussões que envolvam conflitos para os papéis de diretor- presidente e presidente do Conselho.2.16.2 Reunião dos conselheiros independentes e externos: Para que o Conselho avalie, sem-constrangimento, o trabalho dos gestores, é importante que os conselheiros independentes e externos se reúnam com regularidade, sem a presença dos diretores e/ou dos conselheiros internos. 2.17 Educação contínua dos conselheiros: Em face da necessidade de aperfeiçoar seu desempenho e atuar com um enfoque de longo prazo, é indispensável que o conselheiro busque aprimoramento constante das suas competências. 2.21 Introdução de novos conselheiros: Cada novo conselheiro deve passar por um programa de introdução, com a descrição de sua função e responsabilidades. Deve receber os últimos relatórios anuais, atas das assembleias ordinárias e extraordinárias, das reuniões do Conselho, planejamento estratégico, sistema de gestão e controle de riscos, entre outras informações relevantes sobre a organização e o setor de atuação. O novo conselheiro deve ser apresentado aos seus colegas de conselho, aos diretores e às pessoas-chave da organização, além de conduzido a visitas aos principais locais onde a empresa desenvolve atividades.2.25 Regimento Interno do Conselho: As atividades do Conselho devem estar normatizadas em um Regimento Interno que torne claras as responsabilidades, e medidas a serem adotadas em situações de conflito, em especial quando envolvidos o diretor-presidente e os sócios. Devem estar claros os limites de atuação e de responsabilidades do Conselho e seus conselheiros. As organizações que acessam o mercado de capitais devem disponibilizar esse regimento em seu website.2.28 Comitês do Conselho de ADM: são órgãos acessórios ao Conselho de ADM. A função básica é manter na tomada de decisão, o direcionamento estratégico dos negócios, de acordo com os principais interesses da org como um todo, protegendo seu patrimônio e maximização sobre o investimento.COMPOSIÇÃO: Empresas de qualquer porte ou natureza jurídica podem determinar a criação de um Conselho Administrativo. Formado por conselheiros, caso não tenha algum especialista no tema a ser estudado, podem ser convidados especialistas externo. • Comitê de Auditoria: Analisar, promover e supervisionar as demonstrações e responsabilidades, garantir que a Diretoria desenvolva controles internos confiáveis, deve zelar pelo cumprimento do Cód. Conduta da org, quando não houver Comitê de Conduta/ Ética. A existência do Comitê de Auditoria não exclui a possibilidade da instalação do Conselho Fiscal. Relacionamento Auditoria/Conselho de ADM, A Diretoria deve fornecer ao Comitê de Auditoria: revisões tempestivas e periódicas das demonstrações financeiras e documentos correlatos antes da sua divulgação; princípios e critérios contábeis (valores orçados); “segundas opiniões. Relacionamento auditores independentes mudança ou manutenção de princípios e critérios contábeis; uso de reservas e provisões; estimativas demonstrações financeiras; métodos de avaliação de risco e resultados dessas avaliações; principais riscos; efeitos de fatores externos.Auditoria Interna: Auditoria Interna tem a responsabilidade de monitorar e avaliar a adequação do ambiente de controles internos e das normas e procedimentos estabelecidos pela gestão.Relacionamento com o diretor-presidente e seus subordinados: comunicação se dê de forma clara e contínua e que propicie condições para a tomada de decisões eficazes.Relacionamento com os comitês: O Conselho deve estabelecer o escopo das atividades dos comitês e aprovar os programas de trabalho. Relacionamento com a Auditoria Independente: é direito e dever indelegável do Conselho. Relacionamento com o Conselho Fiscal: Tratar de assuntos de interesse comum e desenvolver uma agenda de trabalho produtiva.Relatórios periódicos: divulgar em seu website, de forma completa, objetiva, relatórios periódicos informando sobre todos os aspectos de sua atividade empresarial, EX: riscos, econômico-financeiras e das demais exigidas por lei..Controles internos: O diretor-presidente, em conjunto com a Diretoria e auxiliado pelos demais órgãos de controle vinculados ao Conselho de Administração, é responsável pela elaboração e proposição para aprovação do Conselho de sistemas de controles internos. Esses sistemas são voltados a monitorar o cumprimento dos processos operacionais e financeiros. 3.7 Código de Conduta: O diretor-presidente e a Diretoria devem zelar pelo cumprimento do Código de Conduta da organização aprovado pelo Conselho de Administração. 4.1 Auditoria Independente: Toda organização deve ter suas demonstrações financeiras auditadas por auditor externo independente. 4.2 Parecer dos auditores independentes: De forma clara, os auditores independentes devem manifestar se as demonstrações financeiras apresentam adequadamente os resultados do período. 4.3 Contratação, remuneração, retenção e destituição: O Comitê de Auditoria deve recomendar ao Conselho a contratação, remuneração, retenção e substituição do auditor independente.4.4 Recomendações do auditor independente: Os auditores independentes devem reportar ao Comitê de Auditoria a discussão das principais políticas contábeis; deficiências relevantes e falhas significativas nos controles e procedimentos internos. • 4.5 Contratação e independência: Os auditores, em benefício de sua independência, devem ser contratados por período predefinido, podendo ser recontratados após avaliação formal e documentada, efetuada pelo Comitê de Auditoria ou Conselho de Administração. 4.6 Serviços extra-auditoria: O auditor não pode auditar o seu próprio trabalho. Consequentemente, como regra geral, não deve realizar trabalhos de consultoria para a organização que audita. 5.1 Conselho Fiscal: O Conselho Fiscal é parte integrante do sistema de governança das organizações brasileiras. Conforme o estatuto pode ser permanente ou não. Seus principais objetivos são: Fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; Opinar sobre o relatório anual da Administração; Opinar sobre as propostas dos órgãos da Administração ; Denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de Administração se estes não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da companhia e Analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras.5.2 Composição: A lei define a forma de eleição dos membros do Conselho Fiscal. Quando não houver controlador definido deve ser facilitada pela organização.5.3 Agenda de trabalho: As prioridades do Conselho Fiscal devem ser estabelecidas por seus membros, em sintonia com as expectativas dos sócios. Cabe ao Conselho Fiscal deliberar sobre uma agenda mínima de trabalho o foco de suas atividades no exercício. 5.4 Relacionamento com os sócios: A responsabilidade dos conselheiros é com a organização, independentemente daqueles que os tenham indicado. 5.5 Relacionamento com o Comitê de Auditoria: O Conselho Fiscal não substitui o Comitê de Auditoria. Quando ambos estão em funcionamento, é natural haver alguma superposição de funções. Nesta hipótese, os dois órgãos devem coordenar suas atividades. 5.6 Relacionamento com os auditores independentes: O Conselho Fiscal deve acompanhar o trabalho dos auditores independentes, contábeis e outros e o relacionamento desses profissionais com a Administração. 5.7 Relacionamento com a Auditoria Interna: O Conselho Fiscal deve acompanhar o trabalho da Auditoria Interna, em cooperação com o Comitê de Auditoria. 5.8 Remuneração do Conselho Fiscal: Os conselheiros fiscais devem ter remuneração adequada, ponderadas a experiência e a qualificação necessárias ao exercício da função. 5.9 Pareceres do Conselho Fiscal: Recomenda-se incluir na política de divulgação de informações da companhia o parecer doConselho Fiscal sobre as demonstrações financeiras, bem como os os demais documentos elaborados.6.1 Código de Conduta: Além do respeito às leis do país, toda organização deve ter um Código de Conduta que comprometa administradores e funcionários. O documento deve ser elaborado pela Diretoria de acordo com os princípios e políticas definidos pelo Conselho de Administração. O Código de Conduta deve também definir responsabilidades sociais e ambientais. •
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