Buscar

TCCDesenvolvimento..doc

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

12
APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS 
SCANDOLARA, Aline Botega¹
1183810
YATAGAI, Glacy
SUMÁRIO 
RESUMO .......................................................................................................3
1.INTRODUÇÃO.............................................................................................4
2.CONTAÇÃO DE HISTORIA
2.1 HISTÓRICO E IMPORTANCIA DA CONTAÇÃO DE HISTORIAS NO COTIDIANO ESCOLAR..................................................................................5
2.2 CONTAÇÃO DE HISTORIA COMO PRATICA EDUCATIVA...................7
2.3 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COM ENVOLVIMENTO LUDICO.................9
3.METEDOLOGIA............................................................................................13
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................14
5.REFERENCIAS..............................................................................................16
RESUMO
	
 Este trabalho qualitativo é fruto da disciplina tcc texto final do curso de pedagogia da faculdade Uninter Pólo Campo Magro. O mesmo teve o objetivo de refletir acerca da utilização da contação de história com envolvimento da ludicidade na educação infantil. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo em um CMEI (centro municipal educação infantil) com o intuito de investigar e observar, se a contação de história tem influencia no cotidiano dos docentes. Realizou-se ainda uma revisão bibliográfica com base em ABRAMOVICH (1989), COELHO (2008,2010), ZILBERMAN (2003), MIGUEZ (2000), ÁRIES (1981), MATTOS (2009), BARRETO (2003), BETTELHEIM (2000), MACIEL (2010), MANZO (1971), MARCONI E LAKATOS (1996) ao fim do estudo realizado por mim, cheguei ao diagnóstico que revelou que os docentes ainda precisam de mais preparo para conduzir o processo de leitura com perspectiva lúdica. 
 
Palavras-chave: contação de história, imaginação, ludicidade, educação infantil.
1. INTRODUÇÃO
	A contação de histórias é uma prática milenar, que passa de avós para netos, de pais para filhos e aproxima as pessoas desvendando mistérios compartilhando acontecimento, medos, angústias e finais felizes. Era através da oralidade que toda a cultura, ritos, tradições e conhecimento eram transmitidos e passando um para outro no passado, quando inexistiam os meios de comunicação que hoje esta no nosso cotidiano..Campbell (2005) explicou que essas práticas serviam para sintonizar o sistema da mente com o sistema corpo levando a sobrevivência desses povos que também utilizavam os contos para interpretar os fenômenos naturais. 
	A contação de histórias não é apenas uma atividade profissional desenvolvida por professores, no meio familiar ela ainda deve ser mantida, de maneira informal no estimulo ao vinculo entre pais e filhos, e mesmo nestes momentos ao escutar os contos eles estimularam a imaginação, memorização, atenção, sua sensibilidade e auxilia na construção do pensamento lógico facilitando inclusive a alfabetização , pois a criança que cresce em contato com a leitura começa a se interessar cada vez mais cedo pela decodificação de palavras ou seja, tem mais interesse em compreender o universo da leitura. 
	Percebe-se a história como fonte de prazer para a criança e a contribuição que oferece ao desenvolvimento vai além de desenvolver o pensamento e o raciocínio lógico, através das histórias a professora pode ensinar valores morais, éticos, sociais e desenvolver a capacidade afetiva, a sensibilidade e autoestima.
Nos últimos anos o ensino na Educação Infantil tem frisado a importância de trabalhar sob uma perspectiva lúdica em que as crianças possam aprender brincando. Em meio a isso um dos pontos crucias desse trabalho refere-se a utilização da ludicidade como forma de aproximar as crianças dos livros e do processo de ler a fim de tornarem-se leitores para toda vida.
O presente trabalho busca num primeiro momento, através da revisão na literatura, aprofundar o aprendizado inerente à prática de contar de histórias dentro do ambiente escolar bem como os benefícios didáticos dela inerentes. Logo após, à luz , será realizada a pesquisa de campo, com observação de trabalho em um CMEI município de Campo Magro/PR, onde então, poderá ser observado na prática, o modo como às professoras realizam a contação de histórias, sendo assim observado o trabalho com objetivo de explorar o comportamento dos pequenos.
2. A contação de histórias
2.1. Histórico e importância da contação de histórias no cotidiano escolar
	Os povos antigos tinham nos contadores, figuras muito importante já que estes mantinham viva a tradição e lembrança cultural do grupo.
Ao estudarmos a história das culturas e o modo pela qual elas foram sendo transmitidas de geração para geração, verificamos que a literatura foi o seu principal veículo. Literatura oral ou literatura escrita foram as principais formas pelas quais recebemos a tradição que nos cabe transformar, tal qual outros fizeram, antes de nós, com os valores herdados e por sua vez renovados (COELHO,2010, p. 16).
Com o passar do tempo e a chegada da modernidade nas comunidades, ao abito de contar história foi perdendo espaço e importância em meio a população, sendo substituídos pela preservação da história através da escrita. O valor da contação de história ressurgiu no final do século XX, não da mesma forma como no passado, apenas na transmissão oral de saberes culturais. O novo contador de histórias agora não fala sobre seus saberes e experiências, mas reconta histórias de outros autores, realizou performances que levou as pessoas ao universo do seu texto e buscou principalmente desenvolver o gosto pela leitura não somente nas crianças, mas todos que ouviam. 
A história é importante alimento da imaginação. Permite a autoidentificação, favorecendo a aceitação de situações desagradáveis, ajuda a resolver conflitos, acenando com a esperança. Agrada a todos, de modo geral, sem distinção de idade, de classe social, de circunstancia de vida. Descobrir isso e praticá-lo é uma forma de incorporar a arte à vida (COELHO, 2010, p.12).
	Em meados dos anos 80, bibliotecários e estudantes da área educacional desenvolveu o projeto “Hora do Conto”, que estimulou o surgimento de professores-contadores objetivando o gosto pela leitura no interior das escolas. De lá para cá, vários outros projetos foi realizados nesse intuito de incentivar a leitura e também a valorização do contador de histórias como um membro importante dentro do processo da educação. O contador de histórias de hoje em dia não tem o mesmo papel que tinha antigamente, porém, vem pouco a pouco ganhou mais importância e valor.
A literatura infantil surgiu no final do século XVII, na Europa e no século XVIII quando a família passou a se centrar num núcleo unicelular e começou a fortalecer seus vínculos de afeto e privacidade. Os primeiros textos foi adaptações de histórias criadas para adultos, com adaptação da linguagem e retirada de trechos não relevantes do enredo. Objetivava-se com a literatura neste momento a formação de valores na criança bem como o controle de seu desenvolvimento intelectual manipulando inclusive suas emoções. (ZILBERMAN, 2003).
Contar histórias para as crianças favoreceu o desenvolvimento das habilidades metas cognitivas, da consciência metalinguística, ampliou o léxico além das habilidades em saber explicar, descrever e atribuir nomes. Enfim, o que pareceu ser algo simples, uma atividade corriqueira na rotina familiar de cuidados com a criança desenvolveu processos infantis complexos e que fez diferença depois na aprendizagem da leitura propriamente dita, item necessário à formação do cidadão e compreensão do mundo .
Chegaram ao seu coração e à sua mente, na medida exata do seu entendimento, de sua capacidadeemocional, porque continuam esse elemento que as fascinava, despertava o seu interesse e curiosidade, isto é, o encantamento, o fantástico, o maravilhoso, o faz de conta (ABRAMOVICH, 1989, p.37)
	Observou-se nas palavras acima a importância de se despertar os sentimentos, de se chegar ao imaginário da criança, de fazê-la participar, vivenciar e imaginar a história que está sendo contada, pois de outra forma a contação de histórias será apenas mais um momento pedagógico com fins didáticos que poderá cumprir com alguns objetivos, mas não entrará na alma da criança e não despertará nela o gosto pela leitura, itens tão importantes a serem estimulados através da contação de histórias. .
	Os contos de fadas proporcionou diversos sentimentos na criança como fantasias, medo, alegria e tristeza. Sendo de grande importância inserir na educação infantil, pois é onde se inicia o caminho para a leitura.
No sentido da língua, particularmente, as histórias: enriquecem a experiência;· desenvolvem a capacidade de dar sequencia lógica aos fatos;· dão o sentido da ordem;· esclarecem o pensamento;· educam a atenção;· desenvolve o gosto literário;· fixam e ampliam o vocabulário;· estimulam o interesse pela leitura;· desenvolvem a linguagem oral e escrita; As histórias são fontes maravilhosas de experiências. São meios preciosos de ampliar o horizonte da criança e aumentar sue conhecimento em relação ao mundo que a cerca. (BUSATTO, 2011, p. 02).
	Como se pôde constatar através das afirmativas de diversos autores, a história, a literatura, fez parte do universo infantil tal qual o lúdico e o brinquedo e é tarefa do professor de Educação Infantil ser o elo entre a palavra escrita e a criança.
2.2 contação de história como prática educativa 
 A contação de história é uma pratica cada vez mais presente na escola. Ora se desenvolveu a partir do planejamento do professor, ora a escola recebeu a vista de um contador, ora ela permeia os espaços culturais. O professor, através de sua formação, teve contato com diversas possibilidades de integrar a literatura em sala de aula. Muitos teóricos abordavam a questão da importância dos textos literários na escolarização.
 Ao considerar a contação de história como portadora de significados para a práticas pedagógicas, não se restringiu o seu papel somente ao entendimento da linguagem. Preservau-se seu caráter literário, sua função de despertar a imaginação e sentimentos, assim como suas possibilidades de transcender a palavra.
 A ação de contar história foi utilizada dentro do espaço escolar, não pratica, como a hora da leitura ou cantinho da historia, mas adentrou a sala de aula, como metodologia que enriqueceu a prática docente, ao mesmo tempo em que promoveu conhecimentos e aprendizagem múltiplas. 
 
 Na maioria dos casos, a Escola acaba sendo a única fonte de contato
 da criança com o livro e, sendo assim, é necessário estabelecer-se um
 compromisso maior com a qualidade e o aproveitamento da leitura como
 fonte de prazer. (MIGUEZ, 2000, p.28)
 A questão da contação de historias como participantes da práxis pedagógica não pretendeu de forma alguma desconfigurar sua função de transmitir beleza, sensibilidade, prazer. Alias, acreditou-se que o caráter artístico da contação de história pode servir de elo no processo de aprendizagem. Portanto, a contação de história pode auxiliar a práxis sem perder seu valor estético e artístico.
 Muitos teóricos abordou a questão da importância dos textos literários na escolarização. BETTELHEIM (2000) falou da importante e difícil tarefa na criação das crianças, a qual consistiu em ajudá-las a encontrar significado da vida. Em primeiro lugar, o autor colocou o impacto dos pais nessa tarefa; e, em segundo lugar, cita a herança cultural transmitida de maneira correta: “quando as crianças são novas, é a literatura que canalizou melhor este tipo de informação.” Quanto à leitura em si, ele acrescentou: ”A aquisição de habilidades, inclusive a de ler, fica destituída de valor quando o que se aprendeu a ler não acrescentou nada de importante a nossa vida”. (BETTELHEIM, 2000, p.12).
 A escola, dia a dia, vem perdendo seu papel de estimuladora da leitura para seus educandos, já não é continuo o uso de livro paradidático. As palavras de MACIEL (2010) são bem oportunas para reflexão proposta neste trabalho, já que o autor defendeu a ideia de que o espaço da literatura em sala de aula, além de desvelar a obra e aprimorar percepções, também é uma maneira de enriquecer o repertorio discursivo dos alunos, sem ter medo da analise literária. Pois, “longe da crença ingênua de que a leitura literária dispensou aprendizagem, é preciso que se invista na analise da elaboração do texto, mesmo com leitores iniciantes ou ainda dominem o código escrito.” (MACIEL, 2010, p. 59).
 Acreditou-se que é estimulado as crianças a imaginar, criar, envolver-se, que se dá um grande passo para o enriquecimento e desenvolvimento da personalidade, por isso, é de suma importância o conto; acreditou-se, também, que a contação de história pode interferir positivamente para a aprendizagem significativa, pois o fantasiar e o imaginar antecedeu a leitura. Utilizou-se da leitura, através da contação de histórias, como metodologia para o desenvolvimento dos sujeitos e melhorias de seu desempenho escolar, respondendo a necessidades afetivas e intelectuais pelo conto com o conteúdo simbólico das leituras trabalhadas. 
 2.3 contação de história com envolvimento lúdico 
 A Ludicidade nos dias atuais foi um tema muito debatido nos aspectos acadêmicos, principalmente após vários estudos teóricos terem chegados a conclusão de que a brincadeira não é apenas sinônimo de jogo, mas também possui caráter educativos. . 
 A importância da ludicidade no processo de ensino-aprendizagem ajudou o sujeito a formar conceitos próprios, socializar-se, desenvolver suas relações logicas, além de possibilitar uma aprendizagem prazerosa, devido aos seus efeitos benéficos muitos educadores passou a aplicar a atividade lúdica com recurso pedagógico em suas metodologias de ensino aderindo a premissa de que brincar traz benefícios ao aluno porque projeta prazer, estimula o pensamento, provoca a vontade de aprender e construir um novo conhecimento e, ainda, instiga a participação do educando na leitura literária. 
 Para compreendermos o papel da literatura infantil na formação dos leitores é pertinente contextualizarmos um pouco da historia dos livros destinados a fase da infância em nossa sociedade.
 Inicialmente, a literatura exposta nos livros foi pensada somente para atender os adultos e obedecia aos costumes e a igreja. Sua comercialização era tímida.com o avanço das concepções acercou do que é ser criança, antes pensada como sendo um adulto em miniatura, segundo Aries (1981), mas modificada a partir dos séculos XVII E XVIII, período em que se passou a ser respeitada e percebida como um ser que necessita de cuidados e saberes é que os conteúdos abordados nos livros passaram a se preocupar com o publico infantil emergindo dai os primeiros exemplares de contos de fadas e historias folclóricas. Somente por meio da veiculação de livros infantis e o despertador pelo interesse em sua leitura é que a produção desses materiais literários se expandiu (MATTOS, 2009).
 No século XX, a literatura infantil passou a ter como objetivo educar. Tal mudança colaborou para o distanciamento da leitura por prazer, aplicada de forma lúdica que despertasse a imaginação da criança (CASTRO, 2008).
 A partir dos anos70, o Brasil teve uma enorme contribuição de escritores preocupados com a imaginação infantil, dentre eles, citamos MONTEIRO LOBATO com suas fantásticas historias que deixavam e deixam ate hoje as crianças e os adultos deslumbrados com os encantos do Sitio do Pica-Pau Amarelo. Suas inúmeras obras proporcionou o acesso ao mundo de modo lúdico, uma vez que, possibilitavam a reflexão do sujeito mediante suas vivencia social (CASTRO, 2008).
 O lúdico existe na literatura infantil aflora a fantasia e, por meio da imaginação a criança mergulha no mundo do faz-de-conta e ativou situações corriqueiras em sua vida cotidiana. A relação entre o mundo imaginário e o real contribui para que a criança aprenda lições de vida, a respeitar as diferenças e, principalmente, conviver com o outro. 
 A motivação pela leitura deve iniciar em casa, do mesmo modo como são incentivados os hábitos comuns do dia-a-dia como brincar no computador, assistir TV e passear.
 É fundamental que no inicio do processo de aquisição do ato de ler todas as pontuações emanadas pela criança, desde a simples retratação oral das imagens ate a invenção de um texto divergente ao escrito no livro sejam valorizadas para que em outro momento em que a historia seja contada pelo adulto passou ser percebidas as contradições entre o imaginando e o escrito, como explicou (CASTRO 2008,p.1):
 
 Existem dois fatores que contribuem para que a criança desperte o gosto pela
 leitura: curiosidade e exemplo. Neste sentido, o livro deveria ter a importância 
 de uma televisão dentro do lar. Os pais deveriam ler mais para os filhos e 
 para si próprias .
 A curiosidade é uma característica inata do sujeito. Dela dependeu a descoberta de saberes experienciais, no entanto, reafirmamos o posicionamento da autora acima referendada, uma vez que postula a importância do exemplo. Isso formalizou a concepção de que pais e professores devem ler também para que o gosto pela leitura venha se desenvolver com eficácia, haja vista que a criança tomou como modelo os sujeitos leitores e passou a imita-los 
 Porém, é pertinente pontuar que a leitura ainda não é considerada como lazer, pois em conformidade com dados da UNESCO, em 2005, apenas 14% do povo brasileiro lia, então concluímos que vivemos numa sociedade não leitora. Esses cenários acenou-se para os fatos de que é função da escola possibilitou os acessos aos materiais literários e favoreceu o desenvolvimento do ato de ler por prazer de ler e não como obrigação. (CASTRO, 2008).
 Nesse enfoque, compreendemos a real importância que a literatura infantil tem para crianças e, em conformidade com o que postula a autora acima citada cabe aos educadores a obrigação de despertar no aluno o gosto pela leitura, bem como, sensibilizar os pais da importância que tem como facilitador da evolução do processo de ensino-aprendizagem dos filhos.
 A contação de historia é uma pratica antiga e não há no mundo quem não tenha ouvido ou contado algo na vida, de historia fantásticas ou dramáticas, enfim, faz parte da vida de todo sujeito ouvir, falar e até viver historia. Todo acontecimento, por mínimo que seja, possuiu sua parcela de importância porque a criança gosta de ouvir ,mas também gosta de contar e falar sobre coisas que já vivenciou.
 Contar historia é descrever um mundo magico onde tudo e possível e acontece. O mundo como narrado na historia fez toda a diferença, pois aproximou a criança da vivencia lúdica, proporcionou momentos agradáveis e estimulou a compreensão e imaginação.
 Mas, para que isso ocorra de modo conciso, o contador precisa organizar os materiais, ter clareza e segurança no que diz, articular gestos a fala. Tudo isso tornou uma simples contação de historia em um espetáculo. Sobre isso Coelho (2001, p.31 apud MATTOS, 2009, p.18) afirma que “a simples narrativa é o mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, tradicional e autentica expressão do contador de historia. Não requer nenhum acessório e se processou por meio da voz do narrador, de sua postura”.
 Na verdade, a citação acima nos impele considerar a existência da ludicidade no momento da contação da historia. Muito embora afirmou ser desnecessário o uso de instrumentos materiais, a ludicidade se fez presente no momento em que o relato se utilizou da gesticulação e da dramatização dos acontecimentos. Vale a pena atentar para o fato de que ao contar uma historia oral é preciso, o respeito aos momentos existentes (inicio, meio e fim).
 A narrativa oral é uma atividade que pode ser realizada na escola, na rua, necessitando apenas de uma plateia que queira ouvir e viver uma historia e de um contador.
 Discorrer sobre as técnicas de um conter de historia não é tarefa fácil, pois sabemos que existiu segredos ainda não revelados, no entanto, os docentes precisou desenvolver algumas habilidades como as pontuadas por Barreto (2003,p. 4):”ter uma boa entonação na voz, conhecer realmente a historia, adaptar palavras ao vocábulo da criança, transmitir segurança, impor a sua criatividade, sem deixar de perder a essência da historia e seu encanto”. Estes são saberes especiais a qualquer professor contador de historias. A autora ainda completou que,
 O bom contador de historia conhece a sua historia de cor e sorteado. Tem
 linguagem acessível as suas crianças e escolhe suas historias levando em 
 conta a faixa etária que pretende atender. Já que contar e ouvir historia é
 um momento especial, o contador de historia modifica o ambiente físico da
 sala, tornando-o mais acolhedor e propiciando um contato mais próximo com
 crianças. Sua voz tem sempre a sonorização, a emoção de cada personagem.
 Para que um trabalho cercado de cuidados não se perca, é necessário que haja
 bastante cuidado com espaço de tempo no qual se contará a história, para que
 a criança mantenha seu interesse na atividade desenvolvida, evitando projetar
 sua atenção a outras situações (BARRETO, 2003 p. 4).
 As projeções apresentadas pela referida autora culminam no despertar dos alunos que ouvem as histórias com entusiasmo e, de modo concomitante, assegurou a diversão e a aprendizagem numa aula interativa, fator almejado durante a experiência vivenciada. 
3. METODOLOGIA
 A fundamentação teórica é a base da produção de conhecimento necessário à pesquisa científica. Os estudos e as pesquisas bibliográficas é que apresentou todos os conhecimentos historicamente acumulados sobre o assunto e instrumentalizou o pesquisador teoricamente para compreender as facetas da prática com maior nitidez.
	Para Manzo (1971) a pesquisa bibliográfica “ofereceu meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizam suficientemente”. Complementando as palavras de Manzo (1971), Marconi e Lakatos também falam sobre a pesquisa bibliográfica:
Abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc... até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato com tudo o que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas (1991,p. 183).
	Após a realização da pesquisa bibliográfica, onde serão consultadas todas as fontes possíveis que tratou sobre o assunto, será realizada a pesquisa exploratória ou pesquisa de campo através da observação da prática de duas professoras que atendem crianças de três a quatro anos em turmas de Maternal. O objetivo da pesquisa de campo foi confrontar a teoria encontrada com a prática que efetivamente aconteceu dentro de um Centro de Educação Infantil.
De acordo com Marconi e Lakatos (1996): 
A pesquisa de campo é uma fase que é realizada após os estudos bibliográficos, para que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois é nesta etapa que ele vai definir os objetivos da pesquisa, as hipóteses, definir qual é o meio de coleta de dados e a metodologia aplicada. 
A pesquisa de campo fez com que os conhecimentos sobre o tema sejam aprofundados, confrontados, mensurados sobre sua utilização na prática uma vez que o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil dá orientações sobre o tema, enfim, a constatação de que a teoria foi aplicada ou não foi verificada através da atividade prática.
4. Considerações finais
Ao investigar a contação de historias na Educação Infantil constatou-se que é um instrumento poderoso e fundamental para o professor utilizar em sala de aula, pois contribui de diversas maneiras na educação das crianças, despertando nelas a imaginação, a criatividade, o interesse e o gosto pela leitura.
Realizando este trabalho foi possível perceber que através da contaçao de historias o professor pode tornar a aprendizagem mais significativa e atraente para os alunos da Educação infantil.
Além disso, considera-se que contar historia para as crianças, proporcionam momentos de grande interação entre os alunos e o professor é uma forma diferente e significativa de ensinar.
Toda a escola tem um papel importante a exercer: cuidar para que o aprender seja uma conquista.
É como um instrumento indispensável pode utilizar a contaçao de historias nas diferentes situações. 
Quando o professor conta historia para as crianças pequenas esta mostrando a elas como é o mundo em que vivem, ajudando criança a pensar olhar e entender um pouco daquilo que as circunda.
É fundamental que as crianças na Educação infantil seja estimulada a todo tempo, mantendo-se curioso e criativo, aprendendo de forma estimulante significativa.
Através das historias a criança pode sentir emoções importantes como alegria, tristeza, bem-estar medo e tranquilidade e tantas outras como toda 
amplitude, significância e verdade que cada historia faz brotar.
 O professor que utiliza a contaçao de historia como recurso em sala de aula aqueça a imaginação das crianças desenvolvendo nelas a capacidade cognitiva de percepção do livro como instrumentos de informação e descontração.
 Através da pesquisa realizada neste estudo foi possível compreender como é ampla a utilidade da contação de historia como o instrumento mediador em sala de aula, contribuindo significativamente para o desenvolvimento infantil.
 Constatou-se que contar historias para as crianças da Educação infantil, contribui de forma intensa para seu desenvolvimento e aprendizagem.
 Com esta pesquisa espera-se despertar nos professores e educadores de Educação infantil um interesse maior por contar historias em sala de aula, tornando-se assim investigadores de novas descobertas e conhecimentos que conduzem a uma forma atraente e significativa de ensinar e aprender. 
 
 
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1989 p.120. 
BARRETO, Cíntia Costa. A arte de contar histórias: Uma reflexão sobre a experiência com crianças na faixa etária de 4 a 5 anos. UERJ, 2003.
BETTELHEIM, Buno. A psicanálise dos contos de fadas. 14 Ed. São Paulo Paz e Terra, 2000. 
COELHO, Eline Fernandes de. A importância da leitura infantil para o desenvolvimento da criança. Trabalho cientifico de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura Especifica em Portugues) – apresentado a Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA, 2008. 
COELHO, B.. Contar Histórias Uma Arte Sem Idade, 10 ed São Paulo: Ática, 2010, p.13.
MACIEL, Rildo Cosson. O espaço da Literatura na sala de aula. In: APARECIDA PAIVA, Francisca MACIEL, Rildo Cosson (coord.). Literatura: Ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação. Brasília, 2010. (coleção explorando o ensino; v. 20). 
MANZO, A. J. Manual para la preparación de monografías: una guía para presentear informes y tesis. Buenos Aires: Humanistas, 1971.
MARCONI,M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1996.
MATTOS, Bruna Daniela Souza. A literatura infantil contemporânea e a contação de histórias. 51p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia)-Centro de Educação, Comunicação e Artes. Universidade Estadual de Londrina, 2009.
 
MIGUEZ, F. Nas arte-manhas do imaginário infantil. Rio de Janeiro: Zeus, 2000.
ZILBERMAN, R. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2003.
¹ Aluna do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso 2015/02
² Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.

Outros materiais