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BioeticaConceitosBasicos2002.ppt

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Prof.Cesario Rui Callou Filho
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		Neste último quarto do século XX, avanços tecnológicos nas áreas das ciências da vida, medicina e mundo da saúde deram surgimento a um novo campo chamado bioética.
 		A palavra bioética significa, literalmente, ética da vida.
		 Uma de suas características mais problemáticas e interessantes é o caráter interdisciplinar. 
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		A bioética, como se vê, aparece no horizonte científico das novas descobertas como o estudo interdisciplinar dos problemas criados pelo progresso biomédico (seja em nível de relação individual, institucional ou mesmo de estrutura social), sua repercussão na sociedade e seu sistema de valores.	
 		Pode também ser conceituada como um “mecanismo de coordenação e instrumento de reflexão para orientar o saber biomédico e tecnológico, em função de uma proteção cada vez mais responsável da vida humana”. (David Roy)
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		“Bioética é o estudo sistemático da conduta humana no âmbito das ciências da vida e da saúde, enquanto esta conduta é examinada à luz de valores e princípios morais”. (Encyclopedia of Bioethics, vol. I, p. XIX).
 
		O que é único a respeito da bioética não é a sua metodologia, mas seu conteúdo. Ele atua numa área que é comum a muitas disciplinas e , portanto, trata problemas que são únicos.
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CONTEÚDO DA BIOÉTICA
 
Questões que dizem respeito ao início da vida: contracepção, esterilização, exame pré-natal, aborto, concepção assistida, doação de sêmen ou de óvulo, de ovo ou de embrião, mãe de aluguel, etc.
 
Questões relacionadas com o fim da vida: a morte e o morrer, paciente terminal, eutanásia, suicídio e transplantes entre outros.
 
Questões que se situam numa área intermediária: código de ética das diversas profissões, experimentação em seres humanos, direito à saúde, pena de morte, fome, etc.
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CARACTERÍSTICAS: 
“Ela nasce num contexto científico, como uma necessidade de proteger a vida humana diante de todas as inovações técnico-científicas na área das ciências da vida. 
 
Surge como um esforço interdisciplinar da parte de muitos profissionais da saúde. É uma busca participativa, a partir dos diversos campos do saber biomédico e profissional em geral, com a participação de sociólogos, eticistas, biólogos, filósofos, teólogos, etc., que unem seus esforços na investigação de valores humanos que inspirem seu trabalho.
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Não se trata de uma ciência construída com fórmulas éticas pré-fabricadas. Como muitos dos problemas bioéticos são novos, não é raro que brote a necessidade de buscar novos valores que direcionem os trabalhos de investigação científica. Parte-se dos princípios e valores tradicionais, e, a partir deles, procura-se encontrar soluções novas para os problemas emergentes que a biologia, a genética, a engenharia genética e outras ciências trazem.
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Apóia-se mais na razão e bom juízo moral de seus investigadores que numa determinada corrente filosófica ou religiosa.
 
Procura de maneira especial humanizar o ambiente das clínicas e hospitais em particular, bem como promover os direitos do paciente.
 
Trata de integrar a ética com as ciências biomédicas”.
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Beneficência: O Princípio da Beneficência é que estabelece a obrigação moral de agir em benefício dos outros. É importante não confundir com a Benevolência, que é a virtude de se dispor a agir no benefício dos outros.
	No contexto da saúde é o dever de agir no interesse do paciente. O conflito não é entre a Beneficência e a Autonomia, mas sim entre o Paternalismo e a Autonomia.
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Não maleficência: garantia de que danos previsíveis serão evitados, ou seja, a obrigação de não infligir dano intencional. 
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	É um termo derivado do grego “auto” (próprio) e “nomos” (lei, regra, norma). Significa autogoverno, autodeterminação da pessoa de tomar decisões que afetam sua vida, sua saúde, sua integridade físico-psíquica, suas relações sociais. Refere-se à capacidade de o ser humano decidir o que é “bom”, ou o que é seu “bem-estar”.
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Condições essenciais à autonomia: 
liberdade (independência do controle de influências) e 
ação (capacidade de ação intencional). 
		
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Vulnerabilidade - refere-se a estado de pessoas ou grupos , que por quaisquer razões ou motivos, tenham a sua capacidade de autodeterminação reduzida, sobretudo no que se refere ao consentimento livre e esclarecido. 
Incapacidade - Refere-se ao possível sujeito da pesquisa que não tenha capacidade civil para dar o seu consentimento livre e esclarecido, devendo ser assistido ou representado, de acordo com a legislação brasileira vigente.
CNS 196/96
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O Princípio da Justiça é normalmente interpretado através da visão da justiça distributiva (distribuição justa, eqüitativa e apropriada na sociedade, de acordo com normas que estruturam os termos da cooperação social). 
Uma situação de justiça, de acordo com esta perspectiva, estará presente sempre que uma pessoa receberá benefícios ou encargos devidos às suas propriedades ou circunstâncias particulares.
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		Aristóteles propôs a justiça formal, afirmando que os iguais devem ser tratados de forma igual e os diferentes devem ser tratados de forma diferente. 
		CNS 196/96:
Prevalecer sempre as probabilidade dos benefícios esperados sobre os riscos previsíveis; 
relevância social da pesquisa com vantagens significativas para os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos vulneráveis, o que garante a igual consideração dos interesses envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária ( justiça e eqüidade).

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