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Ênclise
Ocorre quando o pronome deve vir após o verbo. As formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise pronominal.
Veja: Cumpre comportar-se bem. Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente. Aqui estão as ordens: cumpra-as. Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais.
Mesóclise
Ocorre quando o pronome deve vir no meio do verbo. Na Mesóclise usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou do pretérito do indicativo. Exemplo: Quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações. Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos.
Casos Especiais
É inviavel a ênclise com o participio: A inflação havia-se aproximado (nunca: *havia aproximado-se) de limites intoleráveis. Jamais nos tínhamos enfraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto. Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento constante?
Colocação do pronome átono em locuções e combinações verbais: Nas combinações de verbo pessoal (auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo. Devemos-lhe dizer a verdade. Ou Nós lhe devemos dizer a verdade. ou, ainda Devemos dizer-lhe a verdade. Podemos notar com facilidade que a próclise com o infinitivo é própria da linguagem oral ou escrita informal: Devemos lhe dizer... Portanto, devemos evitar esta colocação na redação oficial. Se, no caso mencionado, houver palavra que exige a próclise, só duas posições serão possíveis para o pronome átono: Antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo (ênclise). Não lhe devemos dizer a verdade. Não devemos dizer-lhe a verdade.
Quem nunca teve dúvida em relação à crase? 
Você já ficou com raiva por um detalhe tão pequeno fazer tanta diferença?
Martim César, no poema A navalha do censor, retrata bem o distanciamento que mantemos da crase, muitas vezes, por medo de utilizá-la de forma errada.
Mas afinal, como devo pontuar?
 Se tomarmos as regras de pontuação indicadas nas melhores gramáticas de língua portuguesa e procurarmos verificar se os textos modernos as seguem, constataremos de imediato a enorme distância que vai da norma ao uso. De fato, os sinais de pontuação, particularmente a vírgula, têm hoje emprego bastante elástico, de difícil precisão. Porém, não é por isso que cada um fará de um jeito. Apesar de seguir os estilos dos autores, existem algumas regrinhas básicas que devemos aplicar na hora de escrever.
A Vírgula
A vírgula pode ser uma pausa. Ou não. Não, espere. Não espere.
A vírgula pode criar heróis. Isso só, ele resolve. Isso, só ele resolve.
Ela pode forçar o que você não quer. Aceito, obrigado. Aceito obrigado.
Pode acusar a pessoa errada. Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto. A vírgula pode mudar uma opinião. Não quero ler. Não, quero ler.
UMA VÍRGULA MUDA TUDO.
Solecismo - é o erro de sintaxe, isto é, de concordância, regência ou colocação:
Houveram muitos problemas, em vez de Houve muitos ...
Faltou recursos, em vez de Faltaram recursos.
Este DVD é para mim ver, em vez de Este DVD é para eu ver.
Outros desvios
Vamos analisar agora outros desvios em relação à sintaxe que, assim como os vícios de linguagem, também podem comprometer o processo de comunicação.
Frases siamesas
Veja agora alguns exemplos de dificuldades sintáticas relacionadas à formação de frases:
Provavelmente você já criou alguma frase siamesa e nem sabe. Ela aparece quando começamos a escrever sem muita atenção e acabamos esquecendo de pontuar ou utilizar conectivos para fazer a ligação entre as frases, transformando-as em algo sem sentido. 
Já aconteceu com você, não é?
Observe esta frase: A garota estava apavorada teria de enfrentar o pai furioso.
Ela é um bom exemplo do que chamamos de frase siamesa, em analogia a irmãs siamesas. 
Esse tipo de construção caracteriza-se por apresentar ideias ligadas incorretamente, ou seja, são frases distintas que possuem enunciado completo, mas apresentadas como se fosse uma só, por não haver elemento de ligação entre elas, como os sinais de pontuação ou os conectivos.  
Veja como fica a frase, se eliminarmos o problema:
 • Usando sinais de pontuação:
A garota estava apavorada; teria de enfrentar o pai furioso.
A garota estava apavorada. Teria de enfrentar o pai furioso.
 • Usando conectivos coordenativos:
A garota estava apavorada, mas teria de enfrentar o pai furioso.
A garota estava apavorada, pois teria de enfrentar o pai furioso.
 • Usando conectivos subordinativos:
 Como teria de enfrentar o pai furioso, a garota estava apavorada.
A garota estava apavorada porque teria de enfrentar o pai furioso.
 Para evitar esse problema, releia o seu texto, mesmo que seja apenas um breve e-mail, e observe se é necessário pontuar ou aplicar conectivos para que o seu leitor compreenda a mensagem com mais facilidade.
Frases segmentadas
Em alguns momentos, principalmente devido à pressa, acabamos construindo frases segmentadas que dificultam muito o entendimento da mensagem. Algo segmentado é algo incompleto, certo? Composto por apenas uma parte do todo, não é? Frase segmentada, portanto, é aquela quebrada por pontuações incorretamente, isto é, dividida por uma pontuação que separa enunciados incompletos. Essas frases resultam em textos sem sentido, gerando a famosa incoerência.
Uma orquestra muito harmoniosa. No casamento da minha irmã, ela ficou melhor ainda!
Observe que as frases acima estão separadas incorretamente por um ponto final. Geralmente, esse problema acontece quando o escritor imagina que o leitor seguirá a mesma linha de raciocínio pensada por ele no momento em escreveu o texto. Porém, na verdade, o leitor não tem o mesmo conhecimento do autor sobre aquele assunto. Tem apenas o texto. Por isso, este lê, interpreta o que está escrito e não consegue compreender a mensagem. Para ele, são apenas duas frases sem sentido, que não complementam uma a outra. Cada uma parece tratar de um assunto.
Agora, veja o exemplo pontuado corretamente:
Era uma orquestra muito harmoniosa e ficou mais ainda no casamento da minha irmã. ou
Já achava que era uma orquestra muito harmoniosa, mas no casamento da minha irmã ficou melhor ainda. Percebeu que antes não era possível chegar a essa interpretação? Parecia que a irmã tinha ficado melhor no  casamento, não é? E que a informação sobre a orquestra não tinha nada a ver com o casamento. Por isso, é necessário ter tanto cuidado ao escrever. Quanto mais clareza, melhor. Uma pontuação mal empregada pode mudar todo sentido da oração.
Frases centopeias
Frases centopeicas ou labirínticas recebem esse nome devido ao seu comprimento, e, por serem muito extensas, acabam perdendo a sua ideia-núcleo.
Ex. Um dos mais movimentados e agitados centros financeiros do mundo todo, Zurique, também famosa e conhecida por seus gostosos chocolates, cujo sabor é inesquecível, e também mundialmente conhecida por seu comércio especializado em artigos caros, finos e requintados, além de possuir uma paisagem de cartão postal, uma das mais belas da Suíça, tem atraído ultimamente um grande número de pessoas doentes que decidem pôr à própria vida, na Dignitas, uma ONG que pratica a eutanásia legalmente. Reparou como a compressão foi prejudicada devido ao número extenso de informações? Procure escrever sentenças mais curtas e divida o conteúdo em parágrafos. Isso fará com que o leitor não perca o foco do assunto principal e, dura realidade, não fique com preguiça de ler. Veja como ficaria o nosso exemplo depois de seguir essas orientações: A famosa Zurique, uma das paisagens mais belas da Suíça, é conhecida por seus gostosos chocolates, por seu comércio especializado em artigos caros, finos e requintados e, claro, por ser um dos mais movimentados e agitados centros financeiros do mundo todo. Além de ter todos esses atributos, ultimamente Zurique tem atraído um grande número de pessoas doentes que decidem pôr à própria vida,na Dignitas, uma ONG que pratica a eutanásia legalmente.
Aula 4: Recursos coesivos e fatores de coerência
A coerência, como você já sabe, é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo falha na comunicação. A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor. Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch , a coerência em quatro tipos:
Coerência semântica: Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível.
Coerência sintática: Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência.
Coerência estilística: Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a perturbar a interpretabilidade de um texto. É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme.
Coerência pragmática: Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado.
Mas como distinguir cada tipo?
Um texto pode ser incoerente em determinada situação se seu autor não consegue estabelecer um sentido ou uma ideia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos linguísticos (pontuação, vocabulário etc.).Como vimos na última aula, pode-se concluir, por esse motivo, que um texto coerente é aquele que é capaz de estabelecer sentido. Por isso, a coerência é entendida como um princípio de interpretabilidade. Agora veremos exemplos de cada tipo de incoerência. 
Incoerência semântica: A casa que desejo comprar é bastante jovem. Essa frase é incoerente quando levamos em consideração o significado da palavra jovem. Embora tenha o sentido de coisa nova, o vocábulo jovem só é empregado para caracterizar seres humanos; e não seres inanimados, como é o caso de casa. Para essa caracterização, a palavra nova seria mais apropriada, concorda?
Incoerência sintática : As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, onde há métodos, equipamentos e até professores melhores. Apesar de haver comunicabilidade, já que possível compreender a informação, a coerência desse período está inadequada. Ela poderia ser restabelecida se fosse feita uma alteração: a troca do pronome relativo onde, específico de lugar, para no qual ou em que (ensino particular, no qual/em que há métodos).
Incoerência estilística: O ilustre advogado observou que sua petição não prosperaria, haja vista seu cliente ter enfiado o pé na jaca. Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais “sofisticadas” e depois misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando gírias. Esta incoerência poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o autor da frase desejava.
Incoerência pragmática: Veja esta conversa entre amigos:  
― Maria, sabe dizer se o ônibus para o Centro passa aqui?
― Eu entendo, João. Hoje faz um ano que minha avó faleceu. 
 Note que Maria, na verdade, não responde a pergunta feita por João, pois não estabeleceu uma sequência na conversa. Ela propôs outro assunto, irrelevante para a pergunta feita. 
Assim, percebemos que na sequência de falas deste exemplo não há coerência.
Para resumirmos a questão do que é estabelecido como texto, e que caracteriza a textualidade, vamos recorrer a uma explicação de Koch e Travaglia, especialistas no assunto:
“Ter textualidade ou textura é o que faz de uma sequência linguística um texto e não uma sequência ou um amontoado aleatório de frases ou palavras. A sequência é percebida como texto quando aquele que a recebe é capaz de percebê-la como uma unidade significativa global. Portanto, tendo em vista o conceito que se tem de coerência, podemos dizer que é ela que dá origem à textualidade.”
Conforme vimos, a junção de informações de forma inadequada é um dos principais motivos da falta de coerência nos textos. 
Veja  um novo exemplo: o clima esteve muito adequado neste período; porém, a colheita foi excelente. 
Ao lermos esse texto pensamos logo: 
 “Porém foi excelente? Como assim? Isso não é óbvio? Já que o clima foi favorável, logicamente a colheita foi boa. A surpresa seria ter um clima ruim e mesmo assim uma colheita boa ou um clima ótimo e a colheita ruim.”
O porém nos traz a ideia da adversidade, não é mesmo? Então, jamais poderia ser utilizado para juntar essas informações. Por causa da presença dele, temos uma mensagem incoerente.
Não existe uma forma única de fazer a conexão das ideias. Entretanto, dentre as várias possibilidades, é provável que haja junções inadequadas como mostrou o exemplo com o erro. 
 Assim, deduzimos que nem todas as conexões são possíveis para formar uma ideia completa, coerente. Isso nos leva a perceber que essas junções, que podemos chamar de articulações sintáticas, devem ser utilizadas para encontrar o sentido adequado. Chegamos, então, a uma importante informação: são as articulações sintáticas que estabelecem as relações semânticas.
Do que se trata a coerência textual?
Você sabia que a palavra texto provém do latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento de fios”? Assim, da mesma forma que um tecido não é apenas um emaranhado de fios, o texto é não um mero amontoado de frases: Segundo Melo, o “texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais.” (MELO, 2003) Por isso, deve haver uma organização, uma unidade de sentido para que o texto seja considerado texto e cumpra sua função: estabelecer contato com seu interlocutor, a fim de informar, influenciar, questionar, sensibilizar, convencer, divertir, enganar, seduzir. É disso que trata a coerência textual. Se os fios embolam ou se rompem, quebra-se a coerência, ou seja, o texto não faz sentido. Então, vamos analisar a seguir os fatores que impedem que os fios do texto embaracem ou se rompam.
Coesão sequencial e a relação com o sentido: Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, queremos dizer que as informações estão conectadas umas às outras coerentemente, ou seja, estabelece-se relações lógicas entre as ideias contidas no texto. A coesão sequencial que garante a textualidade é facilitada pela utilização de conectivos, como preposições e conjunções. Veja agora novos exemplos de coesão sequencial, clicando nas caixas abaixo:
ADIÇÃO: Também, e, ainda, não só, mas também, além disso.
Fiz Análise Textual e  Metodologia Científica.
PROPORÇÃO: À medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. Quanto mais estudava, mais ganhava dinheiro.
CONFORMIDADE: Como, segundo, conforme, consoante. Segundo a orientação do professor, começaremos o estágio em breve.
CONDIÇÃO: Se, caso, desde que, contanto que. Você pode ter um bom emprego, desde que se dedique à faculdade.
FINALIDADE: Para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de. Com o intuito de conseguira vaga na faculdade, ela estudava oito horas todos os dias. 
Talvez neste exemplo você tenha tido um pouco de dificuldade para perceber a relação de finalidade entre as frases. Porém, essa possível dificuldade é logo superada se mudarmos a ordem das orações. Veja: Ela estudava oito horas todos os dias, com o intuito de conseguir a vaga na faculdade.
Os elementos articuladores fazem parte do que chamamos de articulações sintáticas, função responsável pelo estabelecimento das relações semânticas. Ao ler um texto, necessitamos estabelecer relações sintático-semânticas (causa, consequência, comparação, disjunção etc.). Isso porque essas relações estabelecem sentido no que se quer comunicar e a arrumação das informações obedece ao estabelecimento do sentido.
 O que isso quer dizer exatamente? Quer dizer que as palavras, as expressões com as quais ligamos as ideias, estabelecem significados, conduzem o sentido das mensagens. Sendo assim, não se pode utilizar um elemento qualquer para conectar as informações. É importante, portanto, que tenhamos em mente de forma clara os tipos de relações que podemos estabelecer entre as informações.
Veja  agora um trecho do discurso proferido pela escritora Zélia Gattai ao tomar posse no Quadro de Membros Efetivos da Academia Brasileira de Letras, em 21 de maio de 2002, ocupando a cadeira 23, que era do escritor Jorge Amado, com que foi casada por 56 anos.  Observe, em destaque, alguns elementos articuladores utilizados pela escritora. Depois, clique neles para ver a classificação: “Meu pai emocionava-se ao nos narrar suas próprias histórias. Digo suas próprias histórias porque  acredito que ele as inventava à medida que nos ia contando. Ele próprio se empolgava e  isso eu percebia, nos momentos mais emocionantes, ao notar arrepios em seu pescoço. Embora  falasse correntemente o português, papai só contava histórias em italiano, matava dois coelhos com um tiro só: divertia os filhos e  ensinava-lhes a sua língua natal. Com mamãe a coisa já era diferente: embora também  tivesse grande imaginação, preferia nos contar trechos de romances que lia e  filmes que assistia às quintas-feiras, na sessão das senhoras e senhoritas. Embora  tivesse tido pouco estudo, pois  as condições financeiras da família não lhe permitiram frequentar sala de aula por mais de alguns meses, mamãe lia correntemente e  nas leituras em voz alta dava ênfase, empolgando a quem a ouvisse”.
No texto, vimos que há um encadeamento de ideias que promove a textualidade, que lhe dão sentido. Isso ocorre porque são estabelecidas relações sintático-semânticas adequadas.
MAS ATENÇÃO!
Para identificar as relações sintático-semânticas estabelecidas pelos articuladores, é necessário observar o sentido que pode ser depreendido do texto. Memorizar a classificação de cada articulador não é suficiente para compreender a sua função. Observe, por exemplo, que no texto de Zélia Gattai o articulador PORQUE introduz uma explicação, ao passo que o articulador sintático POIS tanto introduz uma ideia de explicação quanto de causalidade.
Coesão e coerência nos processos seletivos:
Nos processos seletivos é muito comum pedirem aos candidatos para escreverem redações, não é mesmo? A coesão e a coerência são os principais pontos analisados na hora da avaliação do texto. A partir de agora você verá dicas para escrever um texto coeso e coerente e tirar de letra essa etapa do processo seletivo. Vamos lá!
1. Conectivos: As relações sintático-semânticas permitem a conexão entre as orações e, por serem tão importantes, é bastante válido que você aprenda algumas dessas conjunções e as suas influências. Assim, quando você se tornar bem íntimo delas, terá mais segurança na hora de aplicá-las e, com certeza, seu texto será mais claro e coerente, já que você conseguirá estabelecer com mais facilidade as conexões em seu texto.
2. Estruturas sintáticas: Ao revisar seu texto verifique se os verbos que você utilizou estão sendo aplicados de maneira adequada e se estão dizendo realmente aquilo que você pretendia, isto é, veja se existe um verbo mais específico, que não dê margem para o seu leitor interpretar de forma equivoca Ao fazer essa revisão é bom checar se os complementos verbais que você utilizou estão de acordo e também as preposições, para evitar problemas de regência, por exemplo.
3. Períodos Longos: Quando escrevemos períodos muito longos as chances de cometermos erros aumentam consideravelmente. Portanto, opte por escrever períodos mais curtos e objetivos. Você perceberá que essa tática auxilia inclusive na pontuação correta de seu texto. Veja um exemplo: Em 1988 o time foi profissionalizado por ocasião do título de Campeão da Segunda Divisão Estadual, na época da administração de Luiz Gonçalves Lima, Luiz Negrinho, usando o uniforme composto por camisa com listras horizontais verdes e brancas, calção verde e meias verdes, para comemorar o título e para homenagear o membro-fundador, já falecido, que foi presidente do time por muito tempo, e que, mesmo morto, deveria estar pulando de alegria, por ter dedicado toda a sua vida para conquistar o direito de jogar entre os melhores, de jogar com as estrelas que tanto admirava e ver seu time brilhar na televisão aos domingos. Observando esse longo período, que apresenta informações bem variadas, verificamos como esse tipo de construção pode prejudicar o entendimento.
4. Fatores de Coerência:Seguem alguns fatores que auxiliam na formação de textos coesos, que você sempre deve observar na hora de escrever:
• O conhecimento de mundo e a preocupação em compartilhar esse conhecimento com os interlocutores; 
• O domínio das regras da língua, possibilitando a combinação dos elementos linguísticos que serão compreendidos pelos interlocutores que também dominam essas regras;
• Os próprios interlocutores, considerando a situação em que se encontram, as suas intenções de comunicação e a função comunicativa do texto. A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, mas sempre interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor.
Luci Elaine de Jesus, em seu artigo “Análise Linguística, como desatar esse nó?”, diz que, embora a coesão não seja condição suficiente para que enunciados se constituam em textos, são os elementos coesivos que dão a eles maior legibilidade e evidenciam as relações entre seus diversos componentes. 
Provamos isso ao analisar os exemplos da música “Boa sorte” e do texto “Como se conjuga um empresário”. Notamos como os elos coesivos, apesar de não serem essenciais, ajudam na compreensão do texto. Porém, a coerência em textos didáticos, expositivos, jornalísticos, por exemplo, pela necessidade de serem sempre claros, já dependem da utilização explícita de elementos coesores. Vimos, nesta aula, portanto, que a coesão não garante a coerência, embora influencie o seu estabelecimento. Assim, percebemos que coerência e coesão se completam no processo de produção e compreensão do texto.
AULA 05
Pode parecer um assunto que todos dominam, mas a decodificação de informações e sua transmissão ainda é uma dificuldade para muitas pessoas, principalmente no ambiente coorporativo, que exige do profissional rapidez e atenção a inúmeros outros detalhes. Uma situação muito comum, por exemplo, é quando temos que sintetizar informações para superiores, fornecedores, colaboradores etc. Nesse caso, temos de nos valer dos recursos da paráfrase e do resumo, mesmo sem nos dar conta. Por isso, nesta aula, vamos aprender a transmitir informações da forma mais clara e concisa possível e começaremos pelo parágrafo, peça chave em nossa escrita.
Você sabe o que é parágrafo?
Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica. Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam. A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe comoforam desenvolvidas em seus diferentes estágios.
Curto ou longo?
A extensão do parágrafo é variada. Existem parágrafos de duas linhas e também aqueles que ocupam uma página inteira. Já que há essa variação, o que nos faz escrever um parágrafo curto ou estendê-lo um pouco mais? A ideia central que o parágrafo apresenta pode ser um critério para determinar se este será curto ou mais extenso.  Veja:
PARÁGRAFOS LONGOS: Geralmente, parágrafos longos são utilizados para manter uma continuidade do raciocínio. Em geral, obras científicas e acadêmicas possuem parágrafos mais longos por duas razões: 1.As explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações;
2.Os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los.
PARÁGRAFOS CURTOS: Já os parágrafos curtos, seguindo esta lógica, são adequados para pequenos textos, e, geralmente, são escritos por quem tem pouca prática na escrita ou pensando-se nos leitores que possuem pouca prática de leitura. Você já deve ter reparado que as notícias de jornal, por exemplo, possuem parágrafos curtos, distribuídos em colunas estreitas. Ou que os textos escritos para serem lidos por meio da internet seguem esse padrão. Esses textos possuem essa característica por causa do perfil dos leitores.
Tipos de tópicos mais comuns
Declaração inicial: O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação.
Definição: Trata-se de um bom recurso didático. Define-se algo quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos. Exemplo: O jornal é um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público.
Divisão: O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento. Serve para vários tipos de texto. Exemplo: As informações tomam dois caminhos para atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão.
Interrogação: O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. Exemplo: O crescente uso da internet provocará o fim do jornal impresso?
Alusão/Citação: O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. Serve para vários tipos de texto. Exemplo: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como resultado morte certa.
Coesão sequencial e a relação com o sentido
Explanação da declaração inicial: O autor esclarece a afirmação ou negação que fez no tópico.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Somos bombardeados todo o tempo por relatos de agressões, via televisão, rádio e jornais. Parece até que o objetivo é tornar normal a barbaridade, repetindo os feitos dos bandidos vezes sem conta, até a exaustão.
Enumeração de detalhes: Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito específico, pois é bastante comum em parágrafos descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da afirmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Sendo assim, os jornais só falam de sangue e tragédia. A televisão, por sua vez, prioriza as mazelas como forma de manter a audiência. Até a internet, embora seja um meio jovem, não se diferencia dos seus antecessores, pois é ela também meio de prática de crimes de pedofilia, por exemplo.
Comparação: Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se configuraria pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas de Analogia.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Nos primórdios, as marcações nas rochas feitas pelos povos primitivos indicavam caminhos, perigos, símbolos de sentido restrito etc. Atualmente, a mídia ultrapassou esses limites físicos e permite uma pluralidade de significados que, sem controle ou censura, podem ferir a sociedade.
Causa e consequência: Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou até mesmo as causas e consequências juntas.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Tal uso resulta em uma série de distorções, como a apresentação de cenas chocantes em horários inadequados na televisão, por exemplo. Isso gera nos telespectadores uma espécie de senso comum que aceita a violência como algo natural.
Como fazer uma paráfrase?
Vamos ver agora algumas dicas que o ajudarão na hora de elaborar uma paráfrase:
Definir o objetivo: Primeiramente, você deve definir o objetivo da paráfrase. Por que você precisa reescrever o texto? Para adequá-lo a novos leitores ou meio de comunicação? Para modernizá-lo? Para utilizá-lo em um trabalho acadêmico? Essa análise vai ajudá-lo a decidir qual será a linguagem utilizada na paráfrase.  
Fazer uma leitura cuidadosa: Você deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a partir daí, decidir se vai apenas reafirmar a ideia apresentada com suas palavras ou se será necessário esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes.
Não distorcer a verdade: Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação fiel do texto estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem.
Unir ideias afins: Você pode unir ideias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base, reorganizando o texto em blocos de assunto, por exemplo, mas respeitando a evolução dos argumentos do autor.
Substituir as palavras rebuscadas: Consulte o dicionário e substitua as palavras menos usadas, ou muito rebuscadas, por palavras que sejam de conhecimento do público geral, tentando, obviamente, se preocupar com a precisão vocabular.
Reler o seu texto final: Redija o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. Preocupe-se com a pontuação, a coesão e coerência. Não faça comentários ou dê sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar possíveis erros e corrija-os.
A verdadeira paráfrase
Vamos analisar agora um exemplo bem sucedido de paráfrase, muito comum no meio jornalístico. É o caso das muitas versões de uma mesma notícia. Os jornalistas, seguindo seu próprio estilo, o estilo do jornal, mas principalmente do público leitor, são capazes de comunicar as mesmas informações de formas bem diferentes. Veja agora duas versões da mesma matéria e compare, atentando para as palavras em destaque:
Primeira versão: Caixa aprova medidas de uso de recursos do FGTS para imóvel na planta Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil - Brasília — A Caixa Econômica Federal aprovou duas medidas que vão facilitar a vida do comprador e do construtor de imóveis na planta com recursos do FGTS. Para o comprador, criou-se a possibilidade de utilização do seu FGTS para pagamento de até 80% do valor das prestações finais durante a fase de construção. Para as empresas foi aprovada a inexigibilidade da necessidade de hipoteca de unidades não financiadas. A implantação das medidas é imediata.
segunda versão: CEF facilita uso de FGTS em prestação de casa
Geraldo Doca
Brasília: A Caixa Econômica Federal (CEF) aprovou uma medida que vai aliviar o bolso dos candidatos aos financiamentos habitacionais com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para imóveis na planta. A partirde agora, o interessado poderá usar o dinheiro do fundo para abater até 80% do valor das prestações, assim que o contrato for assinado.
Resumindo...
Antes de começarmos a tratar de resumo, veja este caso: Eu levo ou dêxo?
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Foi averiguar e constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus patos, disse-lhe:
― Oh, bucéfalo anácrono!!!...Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, respondeu:
— Dotô, resumindo... Eu levo ou dêxo os pato???
Essa história engraçada nos faz refletir sobre resumo, não é mesmo? Quantas vezes nos encontramos em situações em que a nossa vontade é perguntar ao interlocutor: “Dá para resumir?” Como nosso tempo é precioso, não podemos desperdiçá-lo com tantos detalhes. Então, resumir é uma técnica que vem sendo usada cada vez mais. As redes sociais, por exemplo, com seus caracteres limitados nos fazem exercitar frequentemente a nossa capacidade de resumir. Já no meio empresarial, que vamos estudar agora, o resumo abrevia o tempo dos pesquisadores, difundindo informações que podem influenciar e estimular a consulta do texto original. Além disso, ajudam a quem criou o resumo a estudar o texto, já que é preciso fazer uma análise de seu conteúdo antes de escrever o resumo.
Mas o que é um resumo, afinal?
Resumo, diferente da paráfrase que estudamos agora, é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. 
Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos:
• Cada uma das partes essenciais do texto;
• A progressão em que elas acontecem;
• A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Quem resume deve exprimir somente o que é essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, não podemos fazer comentários ou julgamentos. Muitas pessoas julgam que resumir é produzir frases ou partes do texto original, construindo uma espécie de “colagem”. Porém, isso não é um resumo. Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no texto, sendo obrigatoriamente menor do que o original. Lembrando que um resumo deriva da capacidade de leitura daquele que vai realizá-lo. A compreensão de um texto depende da competência do receptor. Essa competência envolve recursos culturais, experiência anterior e conhecimento prévio armazenado na memória.
Como elaborar um resumo?
A elaboração de um resumo exige mais habilidade de leitura do que de escrita. 
 Para fazer um resumo é essencial compreender o contexto geral do texto. Interpretá-lo. E aqui vai uma dica importante: Não é possível ir resumindo à medida que se vai fazendo a primeira leitura, pois assim não sabemos se o que está sendo lido naquele momento realmente compõe a parte mais relevante do todo.É necessário fazer uma leitura prévia de todo o texto e destacar as partes que julgamos mais importantes para depois iniciar o resumo. É imprescindível responder a duas perguntas quando estiver elaborando o resumo: O que o autor pretende demonstrar? De que trata o texto? Não tenha dúvida que essas respostas te ajudarão a refletir sobre o texto e guiarão o seu resumo.
Classificação dos Resumos
Resumo indicativo ou fichamento: O resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo de e-mail. Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado. Normalmente é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de determinadas obras.
Resumo informativo: O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. Nele evitam-se comentários pessoais e juízos de valor. Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto. Indispensavelmente deve conter: 
 • Assunto;
 • Problema e/ou o objetivo;
 • Metodologia;
 • Ideias principais em forma sintética;
 • Conclusões.
É o mais utilizado em universidades.
O contexto do contexto
Vamos começar pelo contexto. É ele que pode definir o sentido do discurso e, normalmente, orientar tanto a produção quanto a recepção. Em determinadas circunstâncias, um texto menos complexo, e até aparentemente menos claro, pode funcionar melhor, ser mais adequado, do que outro mais completo que contenha muitas informações. Isso acontece, por exemplo, com as placas de trânsito. Elas são mais apropriadas para passar uma mensagem ao motorista, que obviamente está ocupado dirigindo, do que um longo texto explicativo ou persuasivo que o motorista sequer teria tempo para ler. Como neste caso, é importante que o contexto esteja de acordo com a situação comunicativa e que o interlocutor tenha as referências adequadas para fazer a leitura.
Um motorista, por ter estudado as regras de trânsito, possui as referências necessárias para compreender o significado desses símbolos.
Esse contexto, chamado de contexto não verbal  está de acordo, portanto,  com a situação comunicativa em que o motorista se encontra.
Conceituando gêneros textuais e tipologia textual: Os gêneros textuais podem ser encarados como as diversas formas que um texto pode assumir para cumprir seus objetivos, ou seja, para informar, entreter, comover etc. Sendo assim, podemos admitir que diferentes formas de textos fazem parte de nosso cotidiano, levando em conta que a comunicação atende a vários propósitos. Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado contexto.
O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua. De forma geral, temos cinco tipos textuais (narração, argumentação, exposição, descrição e injunção), que aprofundaremos ainda nesta aula. Não se esqueça de que um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual. Aliás, um único gênero pode conter mais de um tipo de texto. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
Vamos agora analisar os tipos textuais e ver alguns exemplos.
A narração é um tipo de texto em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu em um determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade e, normalmente, apresenta-se verbalmente no passado. De início, é bom você procurar sempre contá-los de uma maneira bem diferente, bem inteligente, fugindo dos “lugares comuns”. Em uma empresa, podemos ter, por exemplo, a necessidade de se contar a história dela em um site ou ainda fazer um relatório.
A argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta convencer o ouvinte/leitor. O texto argumentativo defende uma ideia específica. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.
A exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). Como traz informações específicas sobre um tema,também é chamada de texto informativo.
A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.), realçando suas características. A sua técnica implica uma contemplação e uma apreensão de algo objetivo ou subjetivo. O redator, ao descrever, capta o mundo, exterior ou interior, conforme a sua sensibilidade. Numa visão mais mercadológica, para cada empresa ou situação empresarial há de se fazer uma descrição condizente com a intencionalidade do texto. É fato que a maioria das empresas deve primar pela objetividade a fim de se fazerem entender suas mensagens. Mas, como tudo depende do contexto, também podem ser necessárias as descrição subjetivas.
 A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se realiza uma ação. Temos como exemplos de textos injuntivos as questões de prova, as receitas culinárias, os manuais de instrução, algumas propagandas, instruções de jogos etc.
Gêneros Textuais
Como vimos, os gêneros textuais adaptam-se às circunstâncias da comunicação, bem como aos interesses do emissor e do receptor da mensagem. Por esse motivo, não há um limite para as classificações de gêneros, visto que os textos podem ser produzidos por falantes diversos e com objetivos específicos, de forma oral ou escrita. Os gêneros textuais, portanto, são ações discursivas que se constituem para representar o mundo, as experiências vivenciadas, os conhecimentos, os desejos etc. Agora vamos analisar alguns exemplos de gêneros textuais, clicando nas abas.
Aula 7: Estrutura e Estética da Redação Administrativa
Toda corporação deve ter uma linguagem própria, adequada ao que ela representa no mercado. Porém, isso não significa criar regras novas. Como colaborador ou empresário, você deverá manter um padrão que atenda ao que os outros conhecem sobre comunicação empresarial (seja através de correspondências, comunicados, e-mails), sem deixar de colocar alguma particularidade que marque a identidade da empresa.
Você sabe redigir bem?
Basicamente redigir bem é colocar-se no lugar do destinatário e ser objetivo. Mas será que isso continua valendo quando tratamos de uma linguagem tão formal quanto a Correspondência Comercial? Será que temos que esquecer as regras que regem esse tipo de discurso há tanto tempo? O importante é saber que, independente das discursões sobre este assunto, redigir bem em um organização significa contribuir para uma comunicação eficiente e transparente. Por isso, agora que já conhecemos os tipos de texto, vamos nos dedicar às características e técnicas utilizadas na correspondência empresarial.
O que é uma Carta Comercial?
Carta comercial é um documento de correspondência externa usado como meio de comunicação formal entre duas empresas ou uma empresa e uma pessoa (ou vice-versa), cujo conteúdo se relaciona a assuntos comerciais e/ou financeiros de interesse de uma ou ambas as partes envolvidas. A redação de uma carta comercial de boa qualidade leva em consideração dois aspectos essenciais: o que dizer e como dizer. A Carta comercial, ou empresarial, há séculos impulsiona negócios e direciona riquezas incalculáveis, além de permitir a comunicação diária entre empresários. É a mais importante das modalidades de correspondências empresariais, devendo acompanhar a constante modernização das empresas. Uma carta comercial bem-feita pode ser o ponto de partida para a concretização de bons negócios; da mesma forma, uma carta mal redigida e “desastrada” pode levar a empresa a perder um bom cliente ou um parceiro comercial significativo. Por isso, a tarefa de preparar esse tipo de correspondência exige habilidade, conhecimento das técnicas de redação e profissionalismo.

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