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Compactação dos Solos CAPÍTULO 5 Prof. Daniel Arthur Nnang Metogo, Dsc. 1.DEFINIÇÃO E OBJETIVOS A compactação é um procedimento que visa aumentar a compacidade de um solo pela redução de vazios através esforços externos gerados por meios mecânicos, aumentar a resistência, tornando-o mais estável. Estabilidade se refere à permanência de certo nível de resistência independentemente das variações climáticas, de tal modo que a estrutura não sofra ruptura ou danos significativos. 1.DEFINIÇÃO E OBJETIVOS Objetivos Aumentar o contato entre os grãos; Reduzir o volume de vazios; Aumentar a resistência; Gerar um material mais homogêneo; Reduzir a permeabilidade e a compressibilidade. Solo Água Ar Solo Água Ar Antes da Compactação Após a Compactação 1.DEFINIÇÃO E OBJETIVOS Aplicações em obras geotécnicas: • Construção de aterros; • Construção de camadas constitutivas de pavimentos; • Construção de barragens de terra; • Preenchimento com solo entre maciço e estruturas de arrimo; • Reenchimentos de cavas de fundações e de tubulações enterradas; • Construção de taludes rodoviários. 2.NORMALIZAÇÃO O ensaio de compactação é padronizado pela norma NBR 7182/86 da ABNT, a qual define três tipos de ensaios e energias de compactação: • Ensaio Proctor Normal • Ensaio Proctor Modificado • Ensaio Proctor Intermediário Ralph Proctor (1933) estabeleceu os princípios básicos da técnica e controle de compactação. 2.NORMALIZAÇÃO O ensaio de compactação é padronizado pela norma NBR 7182/86 da ABNT, a qual define três tipos de ensaios e energias de compactação: Cilindro Características inerentes a cada energia de compactação Energia Normal Intermediária Modificada P e q u e n o Soquete Pequeno Grande Grande Número de camadas 3 3 5 Número de golpes por camada 26 21 27 G ra n d e Soquete Grande Grande Grande Número de camadas 5 5 5 Número de golpes por camada 12 26 55 Altura do disco espaçador (mm) 63,5 63,5 63,5 3.EXECUÇÃO DO ENSAIO O ensaio de compactação Proctor Normal consiste a compactar uma porção de solo em um cilindro de 1000 cm3 de volume (cilindro pequeno), com um soquete de 2,5 kg (soquete pequeno), caindo em queda livre de uma altura de 30cm. • São compactadas 3 camadas com espessuras finais semelhantes; • Para cada camada, são aplicados 26 golpes regularmente distribuídos; • Cada camada é escarificada após a compactação para garantir a aderência entre as camadas; • A última camada é arrasada ao nível da bordas do cilindro (sem colarinho). 3.EXECUÇÃO DO ENSAIO Após a compactação - Determina-se a massa de solo compactado que preenche o cilindro; - Retira-se do material restante, 3 cápsulas de solo para determinação da umidade; Novos pontos - Adicionar água ao solo suficiente para elevar a umidade em aproximadamente 2% em relação ao ponto anterior - Repetir o procedimento de compactação; - Executar 5 pontos: pelo menos 2 abaixo e 2 acima da ótima. Obs.: Devem ser evitadas curvas de compactação com quatro pontos e não aceitas curvas com três. 3.EXECUÇÃO DO ENSAIO 4.CURVA DE COMPACTAÇÃO • DETERMINAÇÃO DA UMIDADE • A partir do peso do corpo de prova e do volume do molde, calcula-se o peso específico úmido de compactação pela equação: TTP TPTP ω W W ω s sh s w Onde: W – peso do solo compactado no molde; V – volume do molde; Cápsula n° Tara (g) Peso úmido + Tara (g) Peso seco + Tara (g) Umidade (%) 127 26.94 61.15 55.31 20,6 R1 14.60 55.51 48.53 20,6 JS7 12.71 52.33 45.59 20,5 V W 4.CURVA DE COMPACTAÇÃO • Para cada molde, é obtido um teor de umidade e assim é possível calcular o seu peso específico seco aparente, 𝛾𝑑 e construir a curva de compactação do solo: 100 (%) 1 d Curva de Saturação -Lugar geométrico dos valores de umidade e peso específico seco, estando o solo saturado. -A curva de compactação nunca alcança a curva de saturação. Os pontos da curva de saturação são obtidos pela equação: Gs d 1 5.FATORES QUE AFETAM A COMPACTAÇÃO • O tipo de solo, isto é, tamanho dos grãos, distribuições granulométricas destes grãos, formato das partículas, quantidade e tipos de minerais de argilas presentes no solo influenciam nos valores de umidades ótimas e pesos específicos secos máximos. 5.FATORES QUE AFETAM A COMPACTAÇÃO • A energia de compactação. Com o aumento da energia de compactação verifica-se um aumento do peso específico seco máximo da amostra e uma diminuição da umidade ótima. 𝛾𝑑𝑚𝑎𝑥1 𝛾𝑑𝑚𝑎𝑥2 𝛾𝑑𝑚𝑎𝑥3 𝛾𝑑 6.COMPACTAÇÃO EM CAMPO • A compactação em campo é realizada por camadas cujas espessuras dependem do tipo de material e da capacidade dos equipamentos. • Inicia-se pelo lançamento do material de empréstimo ou do próprio local; • Umedecimento com caminhão pipa para ajustar as umidades; • Passagem de equipamentos que transmitam ao solo a energia de compactação ⇒ carga móvel (amassamento, impacto ou vibração) ou estática. 6.COMPACTAÇÃO EM CAMPO • Equipamentos de compactação em campo Rolo compactador liso ou de tambor liso. Indicado para a compactação dos subleitos e serviços de acabamento de aterros com solos arenosos e argilosos. Rolo compactador pneumático Em muitos aspectos melhor que o de tambor liso, é também indicado para a compactação dos subleitos e serviços de acabamento de aterros com solos arenosos e argilosos, revestimento asfáltico. 6.COMPACTAÇÃO EM CAMPO • Equipamentos de compactação em campo Rolo compactador pé de carneiro. Nas passagens iniciais compacta as partes inferiores das camadas, e as partes intermediárias e superiores são compactadas nas passagens seguidas. Rolo compactador vibratório São dispositivos vibratórios que podem ser instalados em todos os modelos de rolo compactadores de forma a aumentar sua eficiência para solos granulares. 6.COMPACTAÇÃO EM CAMPO • Equipamentos de compactação em campo Rolo compactador manual. Indicado para a compactação de pequenas áreas como as calçadas, solos de fundações de bueiros entre outros. Placas vibratórias manuais Indicadas para compactação de solos arenosos em pequenas áreas: calcadas, trincheiras entre outros. 6.COMPACTAÇÃO EM CAMPO • Equipamentos auxiliares Caminhão pipa Utilizado para umedecer as camadas de solo em campo com a finalidades de se alcançar as umidades ótimas. Motoniveladora Utilizadas para o espalhamento dos materiais a serem compactados. 7.CONTROLE DE COMPACTAÇÃO A maioria das vezes, as especificações para o controle de compactação em campo instruem a obtenção de um peso específico seco de compactação em campo de 90 a 95% do peso específico seco máximo determinado em laboratório por meio dos ensaios Proctor. Essa especificação é conhecido como grau de compactação e pode ser expressa por: G (%) = 𝛾𝑑(𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜) 𝛾𝑑(𝑚á𝑥_𝑙𝑎𝑏) × 100 Onde: G = Grau de compactação 7.CONTROLE DE COMPACTAÇÃO DETERMINAÇÃO DAS MASSAS ESPECÍFICAS SECAS EM CAMPO 1. FRASCO DE AREIA E SPEEDY 7.CONTROLE DE COMPACTAÇÃO DETERMINAÇÃO DAS MASSAS ESPECÍFICAS SECAS EM CAMPO 2. DENSÍMETROS NUCLEARES 7.CONTROLE DE COMPACTAÇÃO DETERMINAÇÃO DAS MASSAS ESPECÍFICAS SECAS EM CAMPO 3. GEOGAUGE 7.CONTROLE DE COMPACTAÇÃO OUTROS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE QUALIDADE DAS CAMADAS 1. VIGA BENKELMAN 7.CONTROLE DE COMPACTAÇÃO OUTROS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE QUALIDADE DAS CAMADAS 2. FAILLING WEIGHT DEFLECTOMETER – FWD 7.CONTROLE DE COMPACTAÇÃOOUTROS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE QUALIDADE DAS CAMADAS 3. LIGHT WEIGHT DEFLECTOMETER – LWD EXERCÍCIO Os resultados de um ensaio de compactação em laboratório de um solo são mostrados na Tabela abaixo. 1. Constrói sua curva de compactação. 2. Determina a úmida ótima e o peso específico seco máximo desse solo. W (%) Peso específico úmido (kN/m3) Peso específico seco (kN/m3) 6 15,69 8 18,85 9 20,19 11 20,98 12 20,72 14 19,27
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