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Os Crimes Contra a Fé Pública

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Apostilas Concursos Jurídicos 
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(K25228) Uso exclusivo do assinante. É proibida a reprodução desta apostila por qualquer processo eletrônico ou mecânico. 
1 
 
DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL 
 
2200 
 
OOss CCrriimmeess CCoonnttrraa 
aa FFéé PPúúbblliiccaa 
 
 
 
 
 
 
 
 2200..11 –– MMooeeddaa FFaallssaa 
 
 
 MMooeeddaa FFaallssaa 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal 
no país ou no estrangeiro: 
 
Pena: reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
 
Fé pública ? É a crença na veracidade dos documentos, símbolos e sinais que são 
empregados pelo homem em suas relações com a sociedade. A violação da fé 
pública constitui crime de falsidade. 
 
 
Características dos Crimes de Falsidade: 
A imitação da verdade é o elemento típico dos crimes de falsidade, uma vez que se 
pretende enganar a vítima. Deve haver a possibilidade real de gerar o engano, se a 
falsificação for grosseira, não existe o crime. Exige-se também que a falsidade tenha 
condições de causar um dano, não sendo necessário, porém, que este efetivamente ocorra. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente a vítima prejudicada pela falsificação. 
 
 
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Tipo Objetivo: 
1) A conduta típica é falsificar: 
? fabricando (fazendo a moeda); 
? alterando (modificando moeda verdadeira). 
2) O objeto material do crime é moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no 
estrangeiro. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade de falsificar, sabendo da possibilidade de vir a moeda a entrar em circulação. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime se consuma com a efetiva falsificação. Admite-se a tentativa. 
 
Ação Penal: 
A ação penal dos crimes de moeda falsa é sempre pública incondicionada, da competência da Justiça 
Federal. 
 
 
 CCiirrccuullaaççããoo ddee MMooeeddaa FFaallssaa 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 289 - .......................................................................................................................................... 
 
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, 
vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa, desde que não seja o agente do crime anterior. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente a vítima prejudicada. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é: importar, exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar, guardar e introduzir 
na circulação a moeda falsa. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de realizar as condutas descritas na lei. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime se consuma no momento em que o sujeito realiza os comportamentos típicos. 
Admite-se a tentativa. 
 
 
 
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3 
 
 CCiirrccuullaaççããoo ddee MMooeeddaa FFaallssaa ((FFiigguurraa PPrriivviilleeggiiaaddaa)) 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 289 - .......................................................................................................................................... 
 
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à 
circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa, menos o falsificador, uma vez que não estaria de boa-fé. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente a vítima prejudicada. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é colocar em circulação moeda falsa, sendo que recebeu-a como verdadeira e tomou 
conhecimento da sua falsidade. 
 
Tipo Subjetivo: 
O tipo apresenta três elementos subjetivos: 
? recebimento de boa-fé: o agente deve ter recebido a moeda pensando ser verdadeira; 
? conhecimento da falsidade: o sujeito deve ter pleno conhecimento da falsidade da moeda, não 
bastando a dúvida; 
? a vontade livre e consciente de colocar a moeda em circulação. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime no momento em que o agente coloca a moeda em circulação. 
Admite-se a tentativa. 
 
 
 FFaabbrriiccaaççããoo,, EEmmiissssããoo oouu AAuuttoorriizzaaççããoo IIrrrreegguullaarr 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 289 - .......................................................................................................................................... 
 
§ 3º - É punido com reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa, o funcionário público ou 
diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou 
emissão: 
 
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; 
 
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
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Sujeito Ativo: 
É crime próprio, só podendo ser praticado por determinadas pessoas: o funcionário público, o diretor, 
gerente ou fiscal de banco de emissão de moeda. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é fabricar, emitir ou autorizar a fabricação ou emissão de moeda com título ou peso 
inferior ao previsto em lei. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de concretizar os elementos objetivos do tipo, tendo o 
conhecimento do excesso ou da violação da autorização. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime no momento em que o sujeito fabrica, emite ou autoriza a emissão do objeto 
material. Admite-se a tentativa. 
 
 
 DDeessvviioo ee CCiirrccuullaaççããoo IInnddeevviiddaa 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 289 - .......................................................................................................................................... 
 
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava 
ainda autorizada. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é desviar e fazer circular a moeda. 
O objeto material do crime é a moeda verdadeira. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de desviar e fazer circular a moeda, com conhecimento de que a 
circulação ainda não estava permitida. 
 
 
 
 
 
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Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o delito com a entrada da moeda em circulação. Se o sujeito desvia,porém, por 
circunstância alheia à sua vontade, e a moeda não entra em circulação, responde somente por 
tentativa. 
 
 CCrriimmeess AAssssiimmiillaaddooss aaoo ddee MMooeeddaa FFaallssaa 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, 
notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de 
restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou 
bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
1) A conduta típica é: 
? formar com fragmentos: pune-se quem se utiliza de fragmentos, os justapõe, formando cédulas, 
notas ou bilhetes capazes de circular como verdadeiros; 
? suprimir sinal de inutilização; 
? restituir a circulação. 
 
Quanto ao recorte e colagem de pedaços de cédula verdadeira em outra, a prática é considerada por 
uns como o crime do art. 289, e outros entendem ser aplicável o art. 290. 
 
2) O objeto material é, em relação às três condutas descritas, respectivamente: 
? moeda formada com fragmentos; 
? moeda com sinal de inutilização suprimido; 
? moeda recolhida para o fim de inutilização. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade de formar moeda, com a consciência de que ela poderá circular. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime se consuma, em relação às condutas: 
? com a efetiva formação de cédula idônea a enganar; 
 
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? com o desaparecimento do sinal indicativo de inutilização; 
? com a volta à circulação. 
Admite-se a tentativa nas três modalidades. 
 
Figura Qualificada: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 290 - .......................................................................................................................................... 
 
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12 (doze) anos e o da multa a Cr$ 40.000 
(quarenta mil cruzeiros), se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde 
o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo. 
 
 
 PPeettrreecchhooss ppaarraa FFaallssiiffiiccaaççããoo ddee MMooeeddaa 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar 
maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de 
moeda: 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
1) A conduta típica é: 
? fabricar (construir, manufaturar, produzir); 
? adquirir (obter para si); 
? fornecer (propiciar, prover, abastecer); 
? possuir (ter a posse ou a propriedade); 
? guardar (ter sob a guarda, obrigar). 
2) O objeto material é maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente 
destinado à falsificação da moeda. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de praticar as ações incriminadas, com o conhecimento da 
destinação dos objetos. 
 
 
 
 
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Consumação e Tentativa: 
Se consuma com a efetiva prática de uma das ações. Nas modalidades de possuir e guardar é crime 
permanente. Admite-se a tentativa. 
 
Concurso de Crimes: 
Se o agente, efetivamente, usar o material e falsificar a moeda, o crime será apenas o do art. 289, 
ficando o deste art. 291 absorvido (crime subsidiário). 
 
 
 EEmmiissssããoo ddee TTííttuullooss aaoo PPoorrttaaddoorr sseemm PPeerrmmiissssããoo LLeeggaall 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa 
de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva 
ser pago: 
 
Pena: detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública, evitando-se a concorrência de títulos ao portador em detrimento da moeda de 
curso legal no país. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente quem sofre o dano. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é emitir (lançar em circulação) nota, bilhete, ficha, vale ou título ao portador ou a 
que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de emitir o título, vale, etc., com conhecimento da ausência de 
permissão legal. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime no momento em que o título é colocado em circulação. Admite-se a tentativa. 
 
Recebimento ou Utilização de Títulos como Dinheiro: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos 
neste artigo incorre na pena de detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa. 
 
 
 
 
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 2200..22 –– FFaallssiiddaaddee ddee TTííttuullooss ee OOuuttrrooss PPaappééiiss PPúúbblliiccooss 
 
 
 FFaallssiiffiiccaaççããoo ddee PPaappééiiss PPúúbblliiccooss 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
 
I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado 
à arrecadação de tributo; (redação dada pela Lei 10.035, de 22.12.2004) 
 
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; 
 
III - vale postal; 
 
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento 
mantido por entidade de direito público; 
 
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas 
públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; 
 
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por 
Estado ou por Município: 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa, porém se for funcionário público, a pena é aumentada. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é falsificar, fabricando (produzindo, criando) ou alterando (modificando) os objetos 
materiais do crime. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de falsificar os objetos materiais, fabricando-os ou alterando-os. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime com a efetiva falsificação do objeto material, precisamente com a sua fabricação 
ou alteração. Admite-se a tentativa. 
 
Funcionário Público: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
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Uso de Papéis Públicos Falsificados: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 1° - Incorre na mesma pena quem: (redação dada pela Lei 10.035, de 22.12.2004) 
 
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; 
(inciso acrescentado pela Lei 10.035, de 22.12.2004) 
 
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à 
circulação selo falsificado destinado a controle tributário; (inciso acrescentado pela Lei 10.035, 
de 22.12.2004) 
 
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, 
empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no 
exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: (inciso acrescentado 
pela Lei 10.035, de 22.12.2004) 
 
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; (alínea 
acrescentada pela Lei 10.035, de 22.12.2004) 
 
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua 
aplicação. (alínea acrescentada pela Lei 10.035, de 22.12.2004) 
 
Supressão de Sinal de Inutilização: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente 
utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: 
 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Uso de Papéis com Inutilização Suprimida: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o 
parágrafo anterior. 
 
Restituição à Circulação: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis 
falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade 
ou alteração, incorre na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. 
 
Atividade Comercial por Equiparação: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 5° - Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de 
comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros 
públicos e em residências. (parágrafo acrescentado pela Lei 10.035, de 22.12.2004) 
 
 
 
 
 
 
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 PPeettrreecchhooss ddee FFaallssiiffiiccaaççããoo 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à 
falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior: 
 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é fabricar, fazer, produzir, adquirir, fornecer possuir ou guardar os objetos 
especialmente destinados à falsificação dos papéis mencionados no art. 293. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de realizar as condutas típicas, com conhecimento da 
destinação específica do objeto que constitui meio de falsificação. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime com a realização das condutas típicas. Nas modalidades possuir e guardar o 
delito é permanente. Admite-se a tentativa. 
 
Funcionário Público: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
 
 
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 2200..33 –– FFaallssiiddaaddee DDooccuummeennttaall 
 
 
 NNooççõõeess GGeerraaiiss 
 
Falsidade Documental: 
A falsidade documental abrange a falsidade material e a falsidade ideológica, uma vez que o 
documento pode apresentar-se falso sob dois aspectos fundamentalmente diversos: 
? forma (falsidade material); 
? conteúdo (falsidade ideológica). 
 
Falsidade Material: 
A falsificação material incide sobre a integridade física do papel escrito, procurando deturpar suas 
características originais através de emendas ou rasuras. 
 
Falsidade Ideológica: 
Caracteriza-se por versar sobre o conteúdo intelectual do documento, sem afetar sua estrutura 
material. Na falsificação ideológica não há rasura, emenda, acréscimo o subtração de letra ou 
algarismo. Há apenas, uma mentira reduzida a escrito. 
 
Quem cria documento, valendo-se de identidade alheia comete falsidade material e não ideológica. 
A falsidade ideológica concerne ao conteúdo, e não à forma. Quando esta é alterada, forjada ou 
criada, a falsidade a identificar-se é a material. 
 
Falsidade material Falsidade ideológica 
Arts. 297 e 298 Art. 299 
É fraudada a forma do documento O documento é verdadeiro, mas seu conteúdo é 
falso 
Exame de Corpo de Delito indispensável Exame de Corpo de Delito dispensável 
 
Requisitos de Falso Documental: 
São quatro os requisitos legais e doutrinários do crime de falsidade documental em geral: 
? alteração da verdade; 
? imitação da verdade; 
? potencialidade de dano; 
? dolo. 
 
 
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 FFaallssiiffiiccaaççããoo ddee SSeelloo oouu SSiinnaall PPúúbblliiccoo 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
 
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município; 
 
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público 
de tabelião: 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é falsificar, por fabricação ou alteração, o selo público destinado a autenticar atos 
oficiais da União, de Estado ou de Município ou selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito 
público, ou autoridade, ou sinal público de tabelião. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de fabricar ou alterar, assim falsificando-os, os objetos 
materiais referidos no tipo. No inciso I, é necessário que o dolo abranja o conhecimento da 
destinação especial do selo. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o delito com a fabricação ou a alteração do objeto material. Admite-se a tentativa. 
 
Uso de Selo ou Sinal Falsificado: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: 
 
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; 
 
Utilização Ilícita de Selo ou Sinal Legítimo: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: 
 
........................ 
 
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito 
próprio ou alheio. 
 
 
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Marcas, Logotipos, Siglas e Outros Símbolos: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: 
 
....................... 
 
III – quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros 
símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. (inciso 
acrescentado pela Lei 9.983, de 14.07.2000) 
 
Forma Qualificada: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se 
a pena de sexta parte. 
 
 
 
 FFaallssiiffiiccaaççããoo ddee DDooccuummeennttoo PPúúbblliiccoo 
 
Noções Iniciais: 
O documento público é aquele elaborado por funcionário público no exercício da sua função e nos 
termos da lei. 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro: 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade 
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, 
os livros mercantis e o testamento particular. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública, ou seja, a confiança nos documentos públicos. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente o lesado com a falsificação. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é falsificar, no todo (contrafração total) ou em parte (contrafração parcial), 
documento público ou alterar (modificar) documento público verdadeiro já existente. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de falsificar documento público ou alterar documento público 
verdadeiro, abrangendo o conhecimento da potencialidade lesiva da conduta. 
 
 
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Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime com a falsificação ou alteração do objeto material, independentemente de 
qualquer resultado (crime formal). Admite-se a tentativa. 
 
Forma Qualificada: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se 
a pena de sexta parte. 
 
 
Havendo falsificação de documento público e como resultado a obtenção de 
vantagem ilícita pelo agente, estaria configurado o estelionato ou o crime de 
falsificação de documento público? 
Há quatro diferentes entendimentos: 
o o crime de falsificação de documento público absorve o estelionato, sendo este 
último mero exaurimento da falsificação (Nelson Hungria); 
o o crime de estelionato absorve o crime de falsificação de documento público: para 
esta corrente, a falsidade é simples meio de execução do estelionato (Heleno 
Fragoso, STJ); 
o há concurso formal entre estelionato e falsificação de documento público (Magalhães 
Noronha, STF); 
o há duas condutas independentes e, portanto, concurso material entre estelionato e 
falsificação de documento público. 
 
Caso a falsificação tenha como objetivo a sonegar tributo, esta fica absorvida pelo crime de 
sonegação fiscal (mais grave). 
 
Formas Análogas: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 3º - Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (parágrafo acrescentado pela Lei 
9.983, de 14.07.2000) 
 
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova 
perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; (inciso 
acrescentado pela Lei 9.983, de 14.07.2000) 
 
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva 
produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido 
escrita; (inciso acrescentado pela Lei 9.983, de 14.07.2000) 
 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da 
empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
(inciso acrescentado pela Lei 9.983, de 14.07.2000) 
 
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3.º, nome do 
segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de 
prestação de serviços. (parágrafo acrescentado pela Lei 9.983, de 14.07.2000) 
 
 
 
 
 
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 FFaallssiiffiiccaaççããoo ddee DDooccuummeennttoo PPaarrttiiccuullaarr 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular 
verdadeiro: 
 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente a pessoa lesada. 
 
Tipo Objetivo: 
1) A conduta típica é falsificar ou alterar. 
2) O objeto material do crime é o documento particular, considerando-se como tal o que não está 
compreendido como documento público. 
Não são considerados documentos: 
? escrito anônimo; 
? xerocópia não autenticadas; 
? escrito ininteligível ou sem sentido; 
? impressos. 
 
O papel assinado em branco e usado para forjar documento que não lhe fora confiado, é crime de 
falsidade material. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de falsificar ou alterar o documento particular verdadeiro, 
abrangendo o conhecimento da potencialidade lesiva do comportamento. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime consuma-se com a falsificação, total ou parcial, ou a alteração do objeto material. 
Admite-se a tentativa. 
 
Concurso de Crimes: 
Pode haver concurso com: 
? apropriação indébita. 
? crime relacionado à entorpecentes: a falsidade de receita médica para compra de entorpecentes 
é absorvida por esta; 
? estelionato. 
 
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O agente que falsifica cheques (ou documentos similares) como artifício para ludibriar a vítima, 
responde por “estelionato”. A falsificação do documento fica nestes casos absorvida, por tratar-se 
de crime meio (princípio da consunção). 
 
 
 
 FFaallssiiddaaddee IIddeeoollóóggiiccaa 
 
Noções Iniciais: 
A falsidade ideológica é relativa ao conteúdo do documento, ou seja, a própria declaração que o 
documento contém. 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou 
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de 
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: 
 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 
(um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente a pessoa que sofrer prejuízo com a falsificação. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica pode ser realizada mediante três ações: 
? omitir declaração que devia constar do objeto material;? inserir nele declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita; e 
? fazer inserir nele declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita. 
 
Se além da declaração falsa, o próprio documento for falsificado, a falsidade ideológica será 
absorvida pela falsidade documental. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de concretizar os elementos objetivos do tipo com o fim de 
prejudicar direito. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime com a omissão ou inserção direta ou indireta da declaração, ou seja, no 
momento em que o documento se completa. A tentativa na modalidade omissiva não é admitida, mas 
somente nas modalidades inserir ou fazer inserir. 
 
 
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Falsidade de Registro Civil: 
A pena é agravada nos casos de falsificação ou alteração de assentamento de registro civil, exceto 
nos casos em que há uma tipificação específica: 
? registro de filho inexistente: art. 241; 
? registro de filho alheio: 242. 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de 
sexta parte. 
 
 
 
 FFaallssoo RReeccoonnhheecciimmeennttoo ddee FFiirrmmaa oouu LLeettrraa 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o 
não seja: 
 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público; e de 1 (um) a 3 
(três) anos, e multa, se o documento é particular. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
É crime próprio, só quem pode praticá-lo é o funcionário público com a função específica de 
reconhecimento de firma. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente quem sofrer o prejuízo com a ação. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é reconhecer, que significa afirmar a veracidade da assinatura ou letra da pessoa e 
conferir fé ao documento em que ela é aposta. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de reconhecer a assinatura ou letra, sabendo-a falsa. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime consuma-se com o ato do reconhecimento, independentemente de qualquer resultado. 
Admite-se a tentativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 CCeerrttiiddããoo oouu AAtteessttaaddoo IIddeeoollooggiiccaammeennttee FFaallssoo 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que 
habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou 
qualquer outra vantagem: 
 
Pena: detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
É crime próprio, só podendo ser praticado pelo funcionário público no exercício do ofício. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é atestar (provar, afirmar) ou certificar (comprovar, dar certeza). 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de atestar fato ou circunstância nas condições descritas no tipo. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o delito no momento em que o atestado ou certidão falsa é entregue a terceiro. 
 
Fim de Lucro: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a 
de multa. 
 
 
 FFaallssiiddaaddee MMaatteerriiaall ddee AAtteessttaaddoo oouu CCeerrttiiddããoo 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 301 - ... 
 
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de 
atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo 
público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: 
 
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
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Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é falsificar ou alterar a certidão ou certificado emitido por funcionário público. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de falsificar ou alterar com fim de que o documento constitua 
prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter as vantagens de natureza pública descritas 
na figura típica. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime consuma-se com a efetiva falsificação ou alteração. Admite-se a tentativa. 
 
Fim de Lucro: 
 
CÓDIGO 
PENAL 
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a 
de multa. 
 
 
 FFaallssiiddaaddee ddee AAtteessttaaddoo MMééddiiccoo 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: 
 
Pena: detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano. 
 
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
É crime próprio, só podendo ser praticado pelo médico. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente quem sofre o dano. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é fornecer o atestado falso. O atestado deve ser por escrito, materialmente autêntico 
e ideologicamente falso. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de fornecer o atestado, sabendo-o total ou parcialmente falso. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime no momento em que o médico entrega o atestado falso ao interessado. Admite-
se a tentativa. 
 
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 RReepprroodduuççããoo oouu AAdduulltteerraaççããoo ddee SSeelloo oouu PPeeççaa FFiillaattéélliiccaa 
 
Noções Iniciais: 
Este artigo encontra-se atualmente revogado pelo art. 39 da Lei n.º 6.538/78 que trata dos serviços 
postais e manteve a redação deste artigo praticamente idêntica. 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo 
quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou 
peça: 
 
Pena: detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça 
filatélica. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente a pessoa prejudicada pela adulteração ou alteração. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é reproduzir ou alterar o selo ou peça filatélica. O selo pode ser usado ou novo, 
nacional ou estrangeiro. Podem ser peças filatélicas carimbos, cartões, provas, etc. É necessário que 
tenham valor para coleção. 
 
Tipo Subjetivo: 
O doloé a vontade livre e consciente de reproduzir ou alterar o selo ou peça filatélica, tendo 
conhecimento do seu valor para coleção. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime consuma-se com a reprodução ou alteração do objeto material. 
Admite-se a tentativa. 
 
 
 UUssoo ddee DDooccuummeennttoo FFaallssoo 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 
297 a 302: 
 
Pena: a cominada à falsificação ou à alteração. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
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Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente a pessoa lesada. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica consiste em fazer uso de documento falso como se fosse verdadeiro, com a 
finalidade exigida pela lei. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de fazer uso dos documentos referidos no tipo, sabendo ser 
estes falsos. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o delito com o efetivo uso do documento falso, independentemente da obtenção de 
proveito ou da produção de dano. Não se admite a tentativa. O simples tentar já configura o uso. 
 
 
 SSuupprreessssããoo ddee DDooccuummeennttoo 
 
Noções Iniciais: 
O crime de supressão e outros relacionados: 
 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo 
alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de 1 
(um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é particular. 
 
Supressão de documentos visando à 
prática de crimes contra a ordem 
tributária 
Aplica-se a Lei 8.137/90 
Furta-se o documento para depois 
suprimi-lo. 
O crime de supressão exclui o de furto ou 
apropriação indébita. 
Dano (art. 163 do CP) Não concorre com a supressão, ficando 
absorvido. 
A supressão é de processo ou 
documento judicial e é realizada por 
advogado ou procurador. 
Aplica-se o art. 356 do CP. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
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Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente quem sofrer o prejuízo. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é destruir (eliminar), suprimir (fazer desaparecer) ou ocultar (esconder) documento. 
O objeto material é o documento, que deve ser verdadeiro. O documento pode ser público ou 
particular. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de destruir, suprimir ou ocultar o documento em benefício 
próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime consuma-se com a realização da destruição, ocultação ou supressão do documento. Não é 
necessário verificar-se o benefício ou o prejuízo. Admite-se a tentativa. 
 
 
 
 
 
 
 2200..44 –– OOuuttrraass FFaallssiiddaaddeess 
 
 
 FFaallssiiffiiccaaççããoo ddoo SSiinnaall EEmmpprreeggaaddoo nnoo CCoonnttrraassttee ddee MMeettaall PPrreecciioossoo 
 oouu nnaa FFiissccaalliizzaaççããoo AAllffaannddeeggáárriiaa,, oouu ppaarraa OOuuttrrooss FFiinnss 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público 
no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa 
natureza, falsificado por outrem: 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de 
fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o 
cumprimento de formalidade legal: 
 
Pena: reclusão ou detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
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Tipo Objetivo: 
A conduta típica é falsificar, fabricando ou alterando marca ou sinal ou usar marca ou sinal 
falsificada por terceiro. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de falsificar ou usar a marca ou sinal nas condições descritas no 
tipo. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime consuma-se com a fabricação, a alteração ou o uso da marca ou sinal. Não se admite a 
tentativa. 
 
 
 FFaallssaa IIddeennttiiddaaddee 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito 
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: 
 
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de 
crime mais grave. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado e secundariamente quem sofrer prejuízo com a conduta. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é atribuir-se ou atribuir a terceiro a falsa identidade (que não lhe é própria). A falsa 
identidade pode ser de pessoa existente ou de uma pessoa imaginária. 
 
O crime de falsa identidade será absorvido quando o fato constitui elemento de crime mais grave. 
como no caso de estelionato, posse sexual mediante fraude, etc. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é vontade livre e consciente de atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade com o fim de 
obter vantagem ou proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o delito com a falsa atribuição da identidade. Admite-se a tentativa somente na 
modalidade por escrito. 
 
 
 
 
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 UUssoo ddee DDooccuummeennttoo ddee IIddeennttiiddaaddee AAllhheeiiaa 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer 
documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa 
natureza, próprio ou de terceiro: 
 
Pena: detenção, de 4 (quatro) meses a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui elemento de 
crime mais grave. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é usar, como próprio, documentos de identidade alheia, ou ceder a outrem, para que 
dele se utilize, documento dessa espécie, próprio ou alheio. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de concretizar os elementos objetivos do tipo. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime com ou uso ou a cessão do documento. Não se exige qualquer resultado 
decorrente da ação do sujeito. A tentativa é admitida somente na modalidade ceder. 
 
 
 FFrraauuddee ddee LLeeii ssoobbrree EEssttrraannggeeiirrooCÓDIGO 
PENAL 
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o 
seu: 
 
Pena: detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
É crime próprio, só podendo ser cometido por estrangeiro, admitindo-se, entretanto, a participação do 
brasileiro. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
 
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Tipo Objetivo: 
A conduta consiste em usar nome que não é seu, por meio verbal, escrito, de terceiro ou imaginário 
com o fim de entrar ou permanecer no território brasileiro. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de usar estrangeiro nome que não é seu com o fim de entrar ou 
permanecer no território. 
 
Consumação e Tentativa: 
O crime consuma-se com o efetivo uso pelo estrangeiro do nome imaginário ou de terceiro. Não 
admite-se a tentativa. 
 
 
 
 AAttrriibbuuiiççããoo ddee FFaallssaa QQuuaalliiddaaddee aa EEssttrraannggeeiirroo 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 309 - .......................................................................................................................................... 
 
Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em 
território nacional. (parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.426, de 24.12.96) 
 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (acrescentado pela Lei nº 9.426, de 
24.12.96) 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública e a seleção de imigrantes. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é atribuir (imputar, inculcar) falsa qualidade a estrangeiro. É necessário que a falsa 
qualidade seja condição para que o estrangeiro possa ingressar no território nacional. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de realizar a falsa atribuição com o fim de ingresso no País. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o delito com a atribuição falsa (oralmente ou por escrito). A tentativa é admissível, 
embora seja de difícil ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
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 FFaallssiiddaaddee eemm PPrreejjuuíízzoo ddaa NNaacciioonnaalliizzaaççããoo ddee SSoocciieeddaaddee 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor 
pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de 
tais bens: (redação dada pela Lei nº 9.426, de 24.12.96) 
 
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa. (redação dada pela Lei nº 9.426, de 
24.12.96) 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública e o interesse concernente à segurança nacional. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa, desde que brasileiro. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é simular ser proprietário ou possuidor de bens do estrangeiro, funcionando como 
um “testa-de-ferro”. É necessário que os bens pertençam a estrangeiro e que lhe seja proibida a sua 
posse e propriedade (ex.: empresa de televisão). É norma penal em branco que deve ter em outras leis 
os casos de proibição. 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de prestar-se à simulação. É necessário ter conhecimento da 
proibição do estrangeiro. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime no momento em que o sujeito assume a posição de proprietário ou possuidor dos 
bens. Admite-se a tentativa. 
 
 
 AAdduulltteerraaççããoo ddee SSiinnaall IIddeennttiiffiiccaaddoorr ddee VVeeííccuulloo AAuuttoommoottoorr 
 
Noções Iniciais: 
Este artigo foi totalmente reformulado pela Lei 9.426/96. Trata-se de crime autônomo, independente 
da receptação do veículo automotor. 
 
CÓDIGO 
PENAL 
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo 
automotor, de seu componente ou equipamento. (redação dada pela Lei nº 9.426, de 24.12.96) 
 
Pena: reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (redação dada pela Lei nº 9.426, de 
24.12.96) 
 
§ 1º - se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é 
aumentada de um terço. (parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.426, de 24.12.96) 
 
 
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§ 2º - incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou 
registro de veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação 
oficial. (parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.426, de 24.12.96) 
 
Objetividade Jurídica: 
Protege-se a fé pública. 
 
Sujeito Ativo: 
Pode ser qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: 
É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
A conduta típica é adulterar ou remarcar os sinais identificadores do veículo (placas, número de 
chassi). 
 
Tipo Subjetivo: 
O dolo é a vontade livre e consciente de remarcar os sinais identificadores do veículo. 
 
Consumação e Tentativa: 
Consuma-se o crime no momento da adulteração ou remarcação. Admite-se a tentativa. 
 
 
 
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QQuueessttõõeess ddee CCoonnccuurrssooss 
 
 
01 - (Procurador da República – 15) “K”, perigoso assaltante, é parado em barreira policial. 
Identificando-se, por exigência policial, fá-lo com cédula de identidade falsa, para 
apresentar-se como outra pessoa 
( ) a) não há crime ante a exigência da autoridade policial; 
( ) b) o crime é de falso ideológico; 
( ) c) o crime é de falsa identidade; 
( ) d) o crime é de uso de documento falso. 
 
 
02 - (Procurador da República – 15) “B”, médico, para encobrir a verdadeira causa mortis de “C”, 
declara falso motivo do falecimento 
( ) a) há falsidade ideológica (artigo 299); 
( ) b) há falsidade de atestado médico (artigo 302); 
( ) c) não há crime por ausência de prejuízo; 
( ) d) há falso material. 
 
 
03 - (Ministério Público/SP – 83) O funcionário público que, ao informar seus dados pessoais para 
elaboração de compromisso de compra e venda de um apartamento, fornece falsa 
declaração de estado civil com a intenção de prejudicar o cônjuge, de quem pretendia se 
separar, responde pelo crime de 
( ) a) falsificação de documento particular, com aumento de pena pelo fato de ser 
funcionário público. 
( ) b) falsidade ideológica. 
( ) c) falsificação de documento público, com aumento de pena pelo fato de ser funcionário 
público. 
( ) d) falsidade ideológica, com aumento de pena pelo fato de ser funcionário público. 
( ) e) falsificação de documento particular. 
 
 
04 - (Delegado/SP – 2001) A inserção de declaração falsa, em documento público ou particular, 
colimando a criação de obrigação, é tipificada como 
( ) a) falsificação de papéis públicos. 
( ) b) falsificação de documentopúblico. 
( ) c) falsidade ideológica. 
( ) d) falsificação de documento particular. 
 
 
05 - João, estudante de Direito, está sendo reprovado por ter faltado a mais de 25% das aulas 
de Direito Penal. Ao constatar isso, apresenta atestado médico falso ao professor, com 
vistas a aboná-las. A atitude de João está inserida em que modalidade criminosa? 
( ) a) Uso de documento falso. 
( ) b) Falsidade de atestado médico. 
( ) c) Falsa identidade. 
( ) d) Atestado ideologicamente falso. 
 
 
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06 - Quem faz inserir declaração falsa em documento público com o fim de prejudicar direito, 
responderá como 
( ) a) autor do crime de falsidade ideológica. 
( ) b) autor do crime de falsidade documental. 
( ) c) partícipe do crime de falsidade ideológica. 
( ) d) partícipe do crime de falsidade documental. 
 
 
 
07 - (Magistratura/MG – 2005) Em relação aos crimes de falsificação de documento e falsidade 
ideológica, é correto afirmar que: 
( ) a) pratica o delito de falsificação de documento particular, e não público, aquele que 
falsifica nota fiscal, pois embora ela contenha requisitos exigidos pelo Poder Público, 
é documento de uso particular de empresa privada. 
( ) b) o crime de falsidade de documento estará caracterizado mesmo se a falsificação for 
grosseira e sem potencialidade lesiva. 
( ) c) o crime de sonegação fiscal, por ser regido por lei especial, sempre que concorrer com 
falsidade de qualquer espécie prevista no Código Penal, não permite a absorção. 
( ) d) pratica o crime de falsidade ideológica o acusado que, ao ser ouvido por suspeita de 
crime, declara ser menor inimputável, alegação desmentida por sua certidão de 
nascimento. 
 
 
08 - No crime de falsificação de documento público, não se equipara a documento público: 
( ) a) aquele emanado de entidade paraestatal; 
( ) b) as ações de sociedade comercial; 
( ) c) os livros mercantis; 
( ) d) o testamento particular; 
( ) e) nenhuma das respostas acima. 
 
 
09- (Notário e Registrador/SP - 2005) Assinale a alternativa incorreta sobre os crimes contra a fé- 
pública 
( ) a) O sujeito passivo do crime de falsidade material de atestado ou certidão é somente o 
Estado. 
( ) b) Caso um funcionário público cometa o crime de falsificação de documento público, a 
sua pena deverá ser aumentada. 
( ) c) O crime de falsificação de documento particular pode ser classificado como formal, 
comum e de formal, comum e de forma livre. 
( ) d) Os objetos material e jurídico do crime de falsidade ideológica são, respectivamente, a 
fé pública e o documento público ou particular. 
 
 
 
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GGaabbaarriittoo 
 
 
01.D 02.A 03.B 04.C 05.A 06.A 07.A 08.E 09.D 
 
 
 
 
BBiibblliiooggrraaffiiaa 
 
 
? Direito Penal 
Damásio E. de Jesus 
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? Lições de Direito Penal 
Heleno Cláudio Fragoso 
Forense 
 
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Atlas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
20 – Os Crimes Contra a Fé Pública 
 
 
Atualizada em 10.11.2010 
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