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KARINA SOARES DA SILVA
CIÊNCIAS SOCIAIS
Paranavaí-PR
2017
KARINA SOARES DA SILVA
CIÊNCIAS SOCIAIS
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota junto à disciplina de Ciências Sociais do curso de Ciências Sociais ministrada pela professora Célia Regina da Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná.
PARANAVAÍ
2017
AS DIFERENÇAS ENTRE OS SEXOS SÃO CRIAÇÕES CULTURAIS
Segundo Margaret Mead; o ser humano se diferencia completamente dos outros animais, por sua capacidade de construir para si mesmo, uma realidade completamente distinta e singular quando comparado aos outros bichos. Essa realidade através da cultura ganha formas e significados. Acultura em cada sociedade é singular e possui suas peculiaridades, pois cada cultura irá se apropriar dando maior importância a um ou outro dos dotes humanos, que serão observados em contato comas diferentes sociedades. Além disso, a cultura se construi firmemente por valores que iram dar sentido ao sistema político, artístico, religioso, econômico. Fazendo que a cada nova geração, seja adaptada as tendências já existentes antes dos nascimentos desses novos indivíduos que compõe a nova geração.
Em nossa própria sociedade essa distinção entre sexo e as funções desempenhadas por tais é muito evidente. Pois atribui-se papéis distintos a cada um dos dois sexos, existe uma expectativa de comportamento diferente entre ambos, comportamentos que são socialmente aceites ou não. Quando Margaret Mead, pensou em fazer sua pesquisa, ela estava indo atrás de um temperamento correspondente a um sexo, entretanto ,como ela mesmo fala a pesquisa mostrou uma noção completamente diferente ao analisar os três povos, de culturas completamente distintas da nossas,com ênfase da relação ao sexo e temperamento. Enquanto entre os Arapesh o temperamento geral que está vinculado a toda comunidade, sem distinção sexual, é de docilidade, receptividade, passividade, maleabilidade (características tidas como “femininas” na sociedade da autora). Entre os Mundugumor, a competitividade, agressividade, violência, dureza, são as características predominantes a toda comunidade, sem distinção sexual. E entre os Tchambuli, a mulher tem um temperamento dominador, impessoal, rígida enquanto o homem apresenta-se como emocionalmente dependente. Ou seja, se a cultura é responsável pelo temperado, cabe a cultura moldar esse temperamento. Margaret Mead chega conclusão que a natureza humana é extremamente maleável ea resposta de comportamentos distintos são frutos desse poder que a cultura tem em moldar o indivíduo.
AS FAMILIAS SÃO FABRICAS QUE PRODUZEM PERSONALISADES HUMANAS
A perspetiva funcionalista vê a sociedade como um conjunto de instituições sociais que desempenham funções específicas, assegurando a continuidade e o consenso do todo social. Assim a família desempenha funções importantes que contribuem para satisfazer as necessidades básicas da sociedade e para a reprodução da ordem social. Os sociólogos que trabalham na tradição funcionalista reconhecem que a família nuclear desempenha determinados papéis especializados nas sociedades modernas. Com o advento da industrialização, a família tornou-se menos importante enquanto unidade de produção económica, passando a acentuar o seu papel na reprodução, procriação e socialização.
Para Talcott Parsons (1902-1979), estrutural funcionalismo, as duas grandes funções desempenhadas pela família são a socialização primária (processo através do qual a criança apreende as normas culturais da sociedade onde nasce) e a estabilização da personalidade (o papel desempenhado pela família na assistência emocional aos membros adultos da família). Assim, o casamento é o dispositivo através do qual a personalidade dos adultos é suportada e mantida a um nível saudável. Para Parsons, a família nuclear era a unidade mais bem equipada para suportar as imposições da sociedade industrial. Nesta família um dos adultos trabalha fora de casa, enquanto o outro cuida da casa e dos filhos. Esta especialização dos papéis na família nuclear envolveu por um lado a atribuição ao marido do papel instrumental, de ganhar dinheiro para levar para casa e, por outro lado, a aceitação por parte da esposa do papel “expressivo”, emocional e afectivo, desempenhado no espaço doméstico. Actualmente a visão de Parsons surge desactualizada. As teorias funcionalistas da família foram alvo de duras críticas pela sua justificação da divisão do trabalho entre homens e mulheres no espaço doméstico como sendo algo de natural (condição ou determinação biológica) e consensual.
HETEROSSEXUALIDADE COMPULSÓRIA
Conceito desenvolvido por Adrienne Rich (2010) e amplamente utilizado por teóricas feministas propõe pensar o caráter político da heterossexualidade definindo-a como uma instituição que diminui o poder das mulheres, em sociedades identificadamente masculinas. A heterossexualidade aparece como imposição institucionalizada (e naturalizada) que assegura modos de exploração, constituindo a feminilidade como subalterna. Em sua crítica à obrigatoriedade da heterossexualidade, Rich reposiciona as mulheres em seu potencial emancipatório através dos grupos de mulheres, das associações entre mulheres. A militância, as organizações, a união das mulheres formam um complexo de resistências à escravidão, à violência, ao estupro, às várias formas de dominação masculina. Assim como Monique Wittig, ela compreende que a heterossexualidade é um regime político que se funda na apropriação da classe de mulheres, coletiva e socialmente pela classe de homens.
ARRANJOS FAMILIARES OCIDENTAIS SÃO DIVERSOS, FLUÍDOS E NÃO RESOLVIDOS
Judith Stacey (1990) afirma que a idéia de “família moderna” que se consolidou nos Estados Unidos a partir da década de 1950 poderia ser ilustrada pela frase de abertura do livro de Tolstoi, Anna Karenina: “Todas as famílias felizes são iguais, mas todas as famílias infelizes o são a sua maneira”. (STACEY, 1990, p. 17). Nos filmes aqui analisados essa frase é bastante pertinente, considerando que as famílias são abordadas nessas produções a partir de um modelo específico que é utilizado como referência e como padrão de “normalidade”. A noção de “família ideal” é construída nesses filmes por meio de uma imagem de harmonia familiar que deve ser almejada e alcançada como parte de um projeto individual, associado à noção de progresso e de prosperidade. Nesse sentido, a constituição familiar é inserida no processo de construção da narrativa pessoal, e o seu sucesso está relacionado à estabilidade profissional, à aquisição de bens materiais e à harmonia familiar. Acredita-se que essa necessidade de valorização das organizações familiares nesses filmes parte de uma insegurança provocada pela dificuldade de se sustentar uma definição homogênea, diante do seu caráter fluido e mutável, o que gera a sensação de uma suposta crise da instituição. Na verdade, não se trata de uma crise da família, mas do seu conceito. Devido à dificuldade de se definir o seu significado, surge a necessidade de sustentar uma ideia de “sentimento de família” que possa garantir a coerência, a solidez de um modelo, que não passa de um conceito mental e ideal sobre ela. Esse sentimento é construído como um dado “natural” e universal, reforçado pela sua associação a aspectos ligados aos fatores biológicos.

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