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•27/02/2017 •1 MARKETING ECONOMIA E MERCADO Introdução Questões de Economia “Região metropolitana de São Paulo fecha 384 mil postos de trabalho em dois anos” – UOL 25/01/2017 “A taxa (de inflação) é inferior aos 9,1% registrados na pesquisa de dezembro do ano passado e é a menor desde janeiro de 2015” – Canal Rural 24/01/2017 “Dívida pública fecha 2016 em R$ 3,112 trilhões” – Valor Online 25/01/2017 “Corte nos juros e inflação menor elevam a confiança do consumidor” – Veja 25/01/2017 “O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (24) que o aumento de impostos pode ser necessário ‘de forma transitória’. O governo não considera aumentar impostos neste momento, segundo Meirelles, mas este mecanismo não deve ser descartado no futuro” – Folha de São Paulo 25/01/2016 “Dólar cai com a posse de Trump, a R$ 3,182, e perde 1,21% na semana” – UOL 20/01/2017 O conhecimento sobre assuntos ligados à economia se faz necessário pois: a maioria dos problemas mais complexos de nossa sociedade (pobreza, globalização, meio ambiente) estão ligados à ela. A maioria das pessoas participa ativamente de atividades de natureza econômica, porém, têm pouco conhecimento teórico sobre o tema para analisar os problemas que as cercam. Maior motivo para estudar economia: entender tais problemas. A escassez Escassez = falta. • É o problema econômico central de toda sociedade. • Se não houvesse escassez, não haveria necessidade de estudar economia. • Existe porque as necessidades humanas a serem satisfeitas (bens e serviços) são maiores do que os recursos produtivos. NECESSIDADES HUMANAS Bens: alimentos, roupas, moradias, carros, etc. Serviços: transporte, assistência médica, etc. São infinitas e ilimitadas RECURSOS PRODUTIVOS Máquinas, fábricas, terras cultiváveis, matérias primas, etc. São infinitos e ilimitados ESCASSEZ •27/02/2017 •2 Escassez ≠ Pobreza ≠ Limitação Pobreza: ter poucos bens; Escassez: ter mais desejos do que bens para satisfazê-los; Limitação: um bem pode ter sua oferta limitada, porém se não for procurado, não será escasso. A escassez está presente em qualquer sociedade, da Suécia à Somália, e é um problema uma vez que as aspirações por bens e serviços superam a capacidade produtiva da sociedade. A escassez é a preocupação básica da Ciência Econômica. Somente devido à escassez de recursos em relação às ilimitadas necessidades humanas é que se justifica a preocupação em utilizá-los da forma mais racional e eficiente possível. A necessidade da escolha Devido à realidade da escassez, existe a necessidade da escolha: já que não se pode produzir tudo o que as pessoas desejam, devem ser criados mecanismos que auxiliem as sociedades escolher quais bens serão produzidos e quais necessidades serão atendidas. saúde educação segurança Definição de Economia Oikos (casa) + nomos (norma, lei) = oikonomia (administração da casa ou administração da coisa pública) • Pessoa “econômica”: cuidadosa com o gasto de dinheiro ou com a utilização de material. A Economia estuda as maneiras pelas quais diferentes tipos de sistemas econômicos administram seus limitados recursos, com a finalidade de produzir bens e serviços, com o objetivo de satisfazer as necessidades da população. Para que isso aconteça, é necessário que isso seja feito de maneira cuidadosa, parcimoniosa, racional e eficiente. Assim, podemos definir Economia como: a Ciência Social que estuda como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilização alternativa, na produção de bens e serviços de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos das sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Conclui-se então, que a Economia é uma Ciência Social que estuda a questão da escassez. Questões a serem respondidas pela Economia: • O que é inflação? Quais suas causas? Como baixá-la? • Por que existe uma distribuição tão desigual de renda? Como reduzir esse problema? • O que é desemprego? Por que ocorre esse fenômeno? Como fazer para que o nível de emprego aumente? • Qual o papel do governo no bem estar da população? • Como se determinam os preços? • O que determina a existência de relações econômicas internacionais? •27/02/2017 •3 Economia Ciência Social A Economia é considerada uma Ciência Social, pois as ciências sociais estudam a organização e o funcionamento da sociedade. A Economia, mais especificamente, se ocupa do comportamento humano e estuda como as pessoas e as organizações na sociedade se emprenham na produção, troca e consumo de serviços. Exemplos de outras ciências sociais: Direito, Psicologia, Antropologia, Sociologia, História. Sistema Econômico Um sistema econômico pode ser definido como a forma na qual a sociedade está organizada em termos políticos, econômicos e sociais para desenvolver as atividades econômicas de produção, troca e consumo de bens e serviços. Toda economia opera segundo um conjunto de regras e regulamentos. Assim, todas as leis, regulamentos, costumes e práticas tomadas em conjunto, e suas relações com os componentes de uma economia (firmas, famílias – unidades domiciliares de consumo – e governos), constituem o que é denominado de sistema econômico. Teorias e Modelos A Economia também se preocupa com a previsão e explicação de fenômenos. Para isso utiliza-se de teorias. Construir teorias, em economia, significa extrair conhecimentos sobre o funcionamento do sistema econômico. A teoria pode ser representada sob a forma de um modelo. Um modelo é a representação simplificada da realidade ou das principais características de uma teoria. Ele é composto por um conjunto de relações que podem ser expressas na forma de palavras, diagramas, tabelas de dados, gráficos, equações matemáticas ou qualquer combinação desses elementos, os que possibilita a simulação de fenômenos, observados empiricamente ou não. Um modelo é mais fácil de manipular do que a realidade representada por ele, uma vez que apenas as características relevantes ou as propriedades importantes da realidade são nele retratadas. Exemplo 1 Lei de Oferta e Demanda Todos (ou quase todos) os modelos econômicos baseiam-se nas leis de oferta e demanda. Elas funcionam como leis fundamentais da economia. Seja em escala micro ou em escala macro, as leis de oferta e demanda auxiliam a determinar os preços e as quantidades que são praticados no mercado para um produto ou para um conjunto de produtos. Compreendendo melhor as leis de oferta e demanda, podemos compreender melhor as estruturas de mercado. Exemplo 2 Fronteira de Possibilidades de Produção A imagem ao lado mostra o modelo de fronteira de possibilidades de produção. A lógica é o seguinte: a curva vermelha é a “soma” de todos os recursos disponíveis. Dependendo da escolha feita pelo empresário (ponto A, B, C), haverá uma combinação diferente de recursos e, consequentemente, o resultado (ou retorno da produção) será diferente. O ponto D está abaixo da curva e indica que não estão sendo utilizados todos os recursos disponíveis. Já o ponto E reflete uma situação em que se utilizam mais recursos do que se tinha inicialmente. Isso só ocorrerá quando se, de acordo com o nosso exemplo, o empresário ou os funcionários se tornarem mais produtivos ou até conseguir mais trabalhadores para a empreitada, o terreno for utilizado de tal forma que também se torne mais produtivo ou atése ele for ampliado, se por acaso o empresário conseguir mais dinheiro para ampliar a produção. Nesse sentido, a fronteira de possibilidades de produção reflete todos os resultados possíveis para as combinações de todos os recursos disponíveis. •27/02/2017 •4 Economia Positiva e Economia Normativa Argumentos: • Positivos: procuram entender e explicar os fenômenos econômicos como eles realmente são. Caso haja qualquer rejeição desses argumentos, eles podem ser confrontados com a realidade. Ex.: São Paulo é o primeiro Estado na produção industrial brasileira. • Normativos: dizem respeito ao que “deveria ser”. São pontos de vista que dependem dos nossos julgamentos a respeito do que é certo e errado, bom ou ruim (envolvem juízos de valor). Ex.: O combate ao desemprego deveria ser uma prioridade em relação ao combate da inflação. Análise Econômica: • Positiva: tem por objetivo maior a compreensão e a previsão dos fenômenos econômicos do mundo real, sem que haja a intenção de julgar essa realidade, ou de alterar o curso dos acontecimentos. Ex.: Qual deverá ser o aumento no preço dos automóveis populares caso o governo aumente o IPI desse tipo de veículo em 10%? • Normativa: preocupa-se em compreender e prever a realidade, questionando se algo é moralmente bom ou não. Ex.: Deve-se elevar o IPI dos automóveis populares? Na prática, a análise econômica positiva e a análise econômica normativa estão intimamente relacionadas. Dificilmente se consegue adotar uma atitude exclusivamente positiva desvencilhando-se de sua realidade social, econômica, cultural e política. Por outro lado, jamais conseguirá construir uma teoria econômica normativa sem os conhecimentos da economia positiva. Para construir uma teoria econômica é preciso que haja um objeto de estudo, argumentos, variáveis, hipóteses, que ela seja testada e comprovada. Conceitos Básicos Necessidades Humanas Entende-se por necessidade aquilo que é essencial. Pode-se dizer que é falta de alguma coisa, unida ao desejo de satisfazê- la. Não há limites à variedade e ao número das necessidades humanas. • Nem todas as necessidades humanas podem ser satisfeitas (este fato explica a existência da economia); • A satisfação de algumas das necessidades humanas está além do ramo de conhecimento da economia (amor), pois ninguém tem a capacidade de produzir bens capazes de satisfazê-las. • Existe um grupo de necessidades que podem ser satisfeitas por bens claramente identificáveis, mas que também estão fora da esfera de preocupação dos economistas (ar). São os chamados bens livres ou gratuitos. •27/02/2017 •5 As necessidades que podem ser satisfeitas com bens que não podem ser produzidos ou com bem que não precisam ser produzidos são denominadas de necessidades não econômicas. Assim, interessa ao estudioso da economia o atendimento das necessidades humanas que possam ser satisfeitas por bens que não sejam gratuitos, mas que o homem precisa fornecer. Essas necessidades são denominadas necessidades econômicas, e os bens que as satisfazem são chamados de bens econômicos, e são aqueles que têm preço. Bens e Serviços Bem é tudo aquilo que permite satisfazer uma (ou várias) necessidades humanas. É procurado porque é útil. Podem ser classificados em: • Bens livres: aqueles que existem em quantidade ilimitada e podem ser conseguidos através de pouco ou nenhum esforço, e sua utilização não implica em relações de ordem econômica (luz solar, oxigênio, água do mar, etc.) • Bens econômicos: são relativamente escassos e supões a ocorrência de esforço humano para sua obtenção. Têm um preço. Os Bens Econômicos, quanto à natureza, são divididos em bens materiais e bens imateriais ou serviços. • Bens materiais: são de natureza material, ou seja, tangíveis (têm medidas: peso, altura); • Serviços: são intangíveis, não podem ser tocados e nem estocados, pois acabam no mesmo momento de sua produção. A prestação de um serviço e sua utilização são praticamente instantâneas. Quanto ao destino, os bens materiais classificam-se ainda em: • Bens de consumo: utilizados diretamente na satisfação das necessidades humanas. Podem ser de uso não durável (alimentos, cigarros, gasolina) ou de uso durável (roupas, móveis); • Bens de capital (ou bens de produção): são aqueles que permitem produzir outros bens, como por exemplo, equipamentos e máquinas em geral, computadores, instalações, edifícios. Tanto os bens de consumo, quanto os bens de capital, são considerados bens finais, pois já passaram por todos os processos possíveis de transformação (são o produto pronto). Mas existem ainda os bens intermediários, que são aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir a sua forma definitiva: aço, vidro, borracha. Os bens ainda podem ser classificados como bens privados e bens públicos: • Bens privados: são produzidos e possuídos privadamente: carros, telefones celulares, automóveis, etc. • Bens públicos: conjunto de bens gerais oferecido pelo setor público: educação, justiça, segurança, transporte, etc. Recursos Produtivos Necessidades econômicas são ilimitadas e demandam de um conjunto de bens econômicos ilimitados. Não existe um conjunto infinitamente grande de recursos capazes de produzir uma quantidade ilimitada de bens. Desafio da escassez: o que, para quem e quando produzir. •27/02/2017 •6 Classificação dos Recursos Produtivos: Terra (ou Recursos Naturais) São todos os recursos naturais existentes (florestas, recursos minerais e hídricos), e não apenas o solo utilizado para a agricultura, mas também para a construção de estradas, casas, etc. Sua utilidade varia em função da facilidade da extração, refino e transporte. Possui quantidade limitada, até mesmo para nações consideradas ricas. Trabalho É o nome dado a todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de bens ou serviços. Constitui trabalho no sentido econômico o serviço prestado por um médico, o trabalho de um empregado na construção civil, etc. É limitado em quantidade pelo tamanho da população e, em qualidade, pela produtividade. Assim, podemos dizer que também é um recurso limitado. Capital (ou Bens de Capital) São definidos como o conjunto de bens fabricados pelo homem, mas que não se destinam ao consumo, mas sim à produção de outros bens (edifícios e equipamentos), como: computadores, máquinas, usinas, estradas e ferro, indústrias, mobiliários, etc. • Capital financeiro (ações, dinheiro, certificados): não constituem a riqueza em si, mas sim o direito a ela. Não haverá o aumento de riqueza na sociedade se esses direitos de papel aumentarem sem que ocorra o aumento correspondente de edifícios, equipamentos, estoques. Capacidade Empresarial (ou Fator de Produção) Constitui na atividade empresarial, uma vez que o empresário exerce um papel fundamental no processo produtivo. É o empresário quem organiza a produção, reúne e combina os demais recursos produtivos, assume os riscos inerentes à elaboração dos bens e serviços. Recolhe os ganhos de sucesso (lucro) ou as perdas do fracasso (prejuízo). Recursos produtivos são limitados Têm como característica básica o fato de serem limitados ou escassos (não existem em quantidade suficiente para produzirem todos os bens desejados pela sociedade). Exemplos: • Petróleo e terras cultiváveis: até para a nações mais ricas; • Capital disponível para a produção: dinheiro e máquinas; • Trabalho: número e qualidade de pessoas disponíveis. Remuneração dos Proprietários dos Recursos ProdutivosO preço pago pela utilização dos serviços dos fatores de produção vai se constituir na renda dos proprietários destes fatores de produção. Renda = é a remuneração dos fatores de produção. Refere-se a um determinado valor de dinheiro que uma organização ou pessoa física recebe pelo fato de comercializar um bem ou serviço. •27/02/2017 •7 Terra Aluguel Trabalho Salário Capital Juros Capacidade Empresarial Lucro Remuneração dos Proprietários de Recursos Fonte: PASSOS, C.R.M.; NOGAMI, O. Princípios de economia. São Paulo: Cengage Learning, 2015, p. 15. Mercado Local ou contexto onde compradores (lado da procura) e vendedores (lado da oferta) de bens, serviços ou recursos estabelecem contatos e realizam transações. • Compradores: consumidores de bens e serviços ou empresas compradoras de recursos (trabalho, terra, capacidade empresarial); • Vendedores: empresas que vendem bens e serviços aos consumidores e proprietários de recursos que os vendem (ou arrendam) em troca de remuneração (salário, alugueis, etc.) • Não consistem, necessariamente, em um espaço físico: basta a interação entre comprador e vendedor de qualquer bem (serviço ou recurso) interajam, resultando daí a possibilidade de comercializar esse bem. • Os mercados estão no centro da atividade econômica. Muitos temas importantes da Economia estão relacionados à maneira de funcionamento desses mercados. Estruturas de Mercado de Bens Finais e Serviços Os mercados estão estruturados de acordo com dois fatores: 1. Número de empresas produtoras atuando no mercado; 2. Homogeneidade ou diferenciação dos produtos de cada empresa. Com base nesses dois fatores, podemos classificar as estruturas de mercado em: Concorrência perfeita: é um tipo de mercado em que há um grande número de compradores e vendedores (empresas) e cada um tão pequeno, que nenhum deles agindo de forma individualmente, consegue afetar o preço da mercadoria. Além disso o produto de todas as empresas que compõe o mercado devem ser homogêneos. Exemplo: mercado de produtos agrícolas. Produto: laranja Monopólio: é uma situação de mercado em que uma única empresa vende um produto que não tenha substitutos próximos. É uma situação totalmente oposta à da concorrência perfeita, uma vez que o lado da oferta não há concorrência e nem produto concorrente. Nessas condições, ou os consumidores aceitam as condições estipuladas pelo monopolista, ou então abandonam o mercado, deixando de consumir o produto. Exemplo: empresas que detém o controle ou a patente sobre uma determinada fonte de recurso para a elaboração de um produto. Empresa: Petrobrás. •27/02/2017 •8 Concorrência monopolista: é uma situação de mercado na qual existem muitas empresas vendendo produtos diferenciados, mas que são substitutos próximos entre si. É uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio. A diferenciação pode ser de qualidade, forma, desenho, apresentação, embalagem, etc. Isso faz com que os produtores sejam praticamente os únicos a produzir tal bem, o que lhe confere, ainda que temporariamente, um certo poder monopolístico. Exemplo: produtos como creme dental, detergentes, sabão em pó, shampoos, telefones celulares. Oligopólio: é uma situação de mercado em que um pequeno número de empresas domina o mercado, controlando a oferta de um produto, que pode ser homogêneo ou diferenciado. Exemplo: indústria automobilística. Empresas: Chevrolet, Ford, Fiat. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção Nos mercados de fatores de produção (mão de obra, capital, terra e tecnologia), os fatores de produção serão o objeto das transações em estruturas mercadológicas que se diferenciam segundo a quantidade de agentes vendedores e quantidade de agentes compradores, e de acordo com a homogeneidade ou não do fator de produção – como funciona a oferta e demanda dos fatores de produção em relação ao mercado (?) • Concorrência perfeita: • Existência de grande número de compradores e vendedores de fator de produção; • Os fatores de produção são homogêneos, tanto do ponto de vista dos vendedores, quanto dos compradores; • Existe total transparência de mercado. • Monopsônio: é o regime ou estrutura de mercado onde um único comprador concentra em suas mãos a totalidade de compra dos fatores de produção, mesmo que ele se depare com uma grande quantidade de vendedores desse fator de produção. Nesse caso, os preços não são determinados pelos vendedores, e sim pelo comprador. • Comumente, um monopsônio se deriva de um monopólio instalado. Exemplo: uma fábrica de automóveis que produz um modelo exclusivo e, por isso, depende de um determinado número de fornecedores de algumas peças que não são utilizadas por outros fabricantes. O fabricante das peças as produzem apenas para esta fábrica, fazendo com que ela se torne uma monopsonista. • Monopólio bilateral: é a situação onde existe um único comprador de um determinado fator de produção para um único vendedor deste recurso produtivo. É um monopolista diante de um monopsonista. • Oligopsônio: ocorre quando três ou mais compradores concentram em suas mãos a compra de fatores de produção. Nesse caso, têm condições de influenciar os preços dos recursos produtivos. A estrutura oligopsônista está para o mercado dos bens de produção assim como o oligopólio está para o mercado dos bens e serviços. •27/02/2017 •9 • Concorrência monopolística: é caracterizada pela existência de uma grande quantidade de compradores. Os fatores de produção são diferenciados (possuem substitutos próximos). Encontra-se a preferência do comprador direcionada para a oferta de determinado vendedor , em detrimento de outros vendedores, sendo que os compradores não têm poder algum sobre os preços dos recursos produtivos. A concorrência monopolística está para a concorrência monopolista. Preços Preços Absolutos (monetários) Estão relacionados à uma unidade monetária; tomados isoladamente, sem comparação com outros. São totalmente irrelevantes para uma tomada de decisão, até que os convertamos em preços relativos. Exemplo: R$ 20,00 Preços Relativos Preço de um bem em relação ao preço de outros bens. É o preço relevante em economia. Ele nos diz em quantas unidades de um bem devemos desistir, para obter mais unidades de outra. Exemplo: Bem A Bem B Onde: PrA = Preço relativo do bem A PA = Preço do bem A PB = Preço do bem B PrA = PA PB Preço de Mercado Mercado: “local” onde existe a possibilidade de mercadorias serem comercializadas a determinados preços. O preço de mercado pode variar de acordo com a competitividade do mercado. Se o mercado não for muito competitivo: O mesmo produto (ou tipo de produto) pode ser vendido com preços diferentes tanto em estabelecimentos diferentes, quanto no mesmo estabelecimento. Nesses casos, o preço de mercado será dado pela média de preços entre as marcas ou estabelecimentos. Exemplo: Um sabão em pó pode ser vendido no supermercado A a R$ 6,00 e o mesmo sabão pode ser vendido no supermercado B a R$ 7,00 (média R$ 6,50) No supermercado A, a marca X custa R$ 6,00 e a marca Y custa R$ 5,00 (média R$ 5,50) •27/02/2017 •10 Se o mercado for muito competitivo: Quanto se trata de mercadorias vendidas em mercados muito competitivos, as alterações de preços de mercado podem ser muito rápidas. Exemplo: Commodities* agrícolas: café, soja trigo – são mercadorias cujo preço de mercado pode variar(subir ou descer) de maneira significativa ao longo de um dia, de um dia para o outro, uma semana para a outra. *podem ser definidas como mercadorias, principalmente minérios e gêneros agrícolas, que são produzidas em larga escala e comercializadas em nível mundial. As commodities são negociadas em bolsas mercadorias, portanto seus preços são definidos em nível global, pelo mercado internacional. Fluxos e Estoques • A economia trata de coisas que podem ser mensuráveis, como: o preço de um produto, o volume de mercadorias a produzido, o número de pessoas empregadas. Variável: qualquer mensuração que seja capaz de variar/mudar (significa que pode mudar, não que deve mudar). Variável Fluxo São medidas dentro de um intervalo de tempo. Variável Estoque São medidas em pontos (ou momento, ou instantes) específicos do tempo. Exemplos: Quanto você quanto você ganha? _ Em um mês, eu ganho R$ 2000,00 – variável fluxo (determinado em um período de tempo – mês) Qual sua riqueza em 10/2/2017? _ No dia 10/2/2017 eu tinha R$ 200,00 na caderneta de poupança, R$ 1000,00 em títulos e R$ 75,00 em dinheiro. – variável estoque (medido em um ponto determinado do tempo) Quantos cervejas têm em sua geladeira? _ Tenho 12 cervejas em minha geladeira hoje – variável estoque Quantas cervejas você bebe? _ Em uma noite, eu bebo 6 cervejas. – variável fluxo Renda e Riqueza • Renda: aquilo que se ganha em um determinado período de tempo. Exemplo: R$ 2000,00 por mês ou R$ 24000,00 por ano. • Riqueza: é constituída pelo valor total das coisas que você possui (dinheiro em mãos, dinheiro em contas bancárias, ações, conjuntos de bens que constituem patrimônio – propriedades, obras de arte, etc.) menos tudo o que você deve (hipotecas de residências, débitos de cartões de crédito, empréstimos pessoais, etc.). •27/02/2017 •11 Referências Bibliográficas PASSOS, C.R.M; NOGAMI, O. Princípios de economia. São Paulo: Cengage Learning, 2015. p. 3 a 22. www.unifran.edu.br Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201 14404 600 Franca SP Brasil T 55 16 3711 8888 F 55 16 3711 8886
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