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Aula 01 Conhecimentos Específicos (parte I) p/ MAPA (Auditor Fiscal Federal Agropecuário - Veterinário) Professor: Nicolle Plugge 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 64 AULA 01: PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE: DEFINIÇÕES, CONCEITOS GERAIS, FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES SUMÁRIO PÁGINA 1. Introdução 2 2. Desenvolvimento 4 2.1. Histórico e evolução 4 2.2. Fundamentação 9 2.3. Definições 12 2.4. Programas de Autocontrole (PAC) 16 2.4.1. Manutenção das instalações e equipamentos 20 2.4.2. Vestiários, sanitários e barreiras sanitárias 23 2.4.3. Iluminação 24 2.4.4. Ventilação 24 2.4.5. Água de abastecimento 25 2.4.6. Águas residuais 27 2.4.7. Controle integrado de pragas 28 2.4.8. Limpeza e sanitização (PPHO) 30 2.4.9. Higiene, hábitos higiênicos e saúde dos operários 30 2.4.10. Procedimentos sanitários das operações (PSO) 30 2.4.11. Controle de matérias-primas, ingredientes e material de embalagem 31 2.4.12. Controle de temperaturas 34 2.4.13. Calibração e aferição de instrumentos de controle de processo 35 2.4.14. APPCC 36 2.4.15. Testes microbiológicos/resultados laboratoriais 36 2.4.16. Embasamento para certificação/Respaldos para certificação sanitária dos produtos 37 2.4.17. Controle da adição de água nos produtos/controle de formulações 38 2.4.18. Bem-estar animal 39 2.5. Verificações oficiais pelo SIF 41 3. Questões 53 4. Gabarito 58 5. Questões comentadas 59 Referências 63 Conclusão 64 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 64 1. Introdução Olá meu querido aluno! Tudo bem? Vamos dar início aos nossos estudos sobre os Programas de Autocontrole? Nesta primeira aula veremos os tópicos referentes a definições, conceitos gerais, fundamentos e aplicações para entender como as indústrias de produtos de origem animal controlam os seus processos, de forma a obter alimentos seguros ao consumidor. E qual o papel do MAPA nesta dinâmica de controle. Os Programas de Autocontrole, BPF, PPHO e APPCC fizeram parte da ementa do edital passado do concurso do MAPA para os cargos de Fiscal Federal Agropecuário (FFA ± Médico Veterinário) e Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal (AISIPOA ± nível médio). Além do MAPA, vários concursos para Médico Veterinário de prefeituras, secretarias, vigilância sanitária e inspeção cobram este tema. Conforme explicado na aula demonstrativa, as aulas do nosso curso iniciarão com explanação teórica sobre o conteúdo, seguida de questões que já caíram em concursos anteriores, ou questões inventadas que contemplem nosso conteúdo, além da lista das questões comentadas e os gabaritos finais. Nosso objetivo é que você compreenda a teoria e em seguida teste seu conhecimento através da resolução de exercícios, para que esteja bem preparado no dia da prova. Muitas questões de concursos WrP� ³SHJDGLQKDV´� H� LQWHUSUHWDomR� GHOLFDGD�� SRUWDQWR� QmR� TXHUHPRV� TXH� sejam pegos de surpresa! Vamos resolver o máximo possível de exercícios para treinar! 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 64 Iniciando nossa matéria, temos que ter conhecimento que é direito das pessoas terem a expectativa de que os produtos que utilizam/consomem sejam seguros e adequados. Nas etapas envolvidas no controle de produtos, as falhas operacionais que culminam em danos ou doenças provocadas são, no mínimo, desagradáveis, podendo inclusive ser fatais. Falando especificamente de alimentos, as DTA (Doenças Transmitidas por Alimentos) geralmente são atribuídas a alimentos ou bebidas que estão contaminados por bactérias, vírus, protozoários, parasitas, toxinas, príon, produtos químicos, agrotóxicos e/ou metais pesados em quantidades que afetam a saúde do consumidor. Podemos citar como exemplo a cólera, febre tifoide, botulismo, síndrome hemolítica-urêmica (E. coli 0157:H7), doenças diarreicas, listeriose, brucelose, tuberculose, toxoplasmose, entre diversas outras. A toxina da bactéria Clostridium botulinum, se ingerida, pode levar a pessoa ao óbito em pouco tempo. Por isto vemos a importância do controle sanitário dos alimentos que chegam à mesa do consumidor. Também existem outras consequências causadas por surtos de doenças transmitidas por alimentos, que podem levar a prejuízos no comércio e turismo, perda da credibilidade com o consumidor, falência e fechamento de fábricas, desemprego, bloqueios comerciais, além de outras perdas econômicas. Os alimentos necessitam de práticas de fabricação pré-definidas e seguras para se evitar a ocorrência de falhas que acarretem prejuízos ao consumidor. O processo como um todo deve ser constantemente monitorado para que se possa prevenir ou dar o tratamento adequado a erros durante as etapas de produção, elaboração, armazenamento, transporte e comercialização dos produtos. Em princípios gerais, o foco deve ser sempre no PRODUTO SEGURO. E deste ponto de vista, podemos observar a importância dos controles de fabricação para a colocação no mercado de alimentos que correspondam às expectativas mínimas de qualidade e inocuidade. As regulamentações vigentes estabelecem padrões as quais as indústrias devem seguir, com o objetivo primordial de segurança aos consumidores e saúde da população. Veremos a partir de agora o histórico, evolução, algumas definições e conceitos dos Programas de Autocontrole, importantes para nosso entendimento! 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 64 VAMOS AO TRABALHO. NOSSO ESTUDO ESTÁ APENAS COMEÇANDO. 2. Desenvolvimento 2.1. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO A Lei nº 1.283 de 18 de dezembro de 1950, instituiu a obrigatoriedade da inspeção sanitária de produtos de origem animal no Brasil, atribuindo a responsabilidade de execução aos Governos Federal, Estadual e Municipal, de acordo com o âmbito do comércio atendido pela indústria. Dois anos depois, o Decreto 30.691 de 29 de março de 1952 DSURYRX�R� ³Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal ± RIISPOA´��R�TXDO�GHILQLX�DV�QRUPDV�TXH�UHJXODP��HP� todo o território nacional, a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal. Este Regulamento ficou vigente desde 1952 até 2017, ou seja, durante 65 anos. Recentemente, no final de março de 2017, como SDUWH�GDV�Do}HV�GR�0$3$�HP�UHVSRVWD�j�³2SHUDomR�&DUQH�)UDFD´�� o RIISPOA foi atualizado e publicado através do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017. O MAPA atua como órgão regulamentador e fiscalizador das indústrias de produtos de origem animal no âmbito federal. A regulamentação ocorre através de Leis, Decretos, Portarias, Instruções Normativas e Circulares que definem e norteiam as indústrias na elaboração de seus produtos, e a fiscalização é feita pelos Agentes de Inspeção (AISIPOA) e Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFA), através da verificação do atendimento aos padrões e normas estabelecidos. Esta legislação veiosofrendo modificações ao longo dos anos para enquadrar-se nos conceitos PRGHUQRV� GH� ³VHJXUDQoD� dos alimentos´� GHILQLGRV� SHORV� RUJDQLVPRV� internacionais de referência, como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), além de buscar equivalência com a legislação de grandes e importantes mercados importadores, como por exemplo, União Europeia e Estados Unidos. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 64 Além disto, a literatura especializada e os números dos informes epidemiológicos relacionam a maioria dos casos de DTA (Doenças Transmitidas por Alimentos) com práticas operacionais inadequadas sob o ponto de vista higiênico-sanitário, o que faz crescer a necessidade de práticas mais seguras de produção. Nos surtos de origem alimentar, a maioria das DTA tem sido relacionada à ingestão de alimentos/bebidas com algum tipo de contaminação, resultante da associação entre o consumo do produto com a manipulação inadequada, conservação ou ainda distribuição em condições impróprias. Um surto de DTA é definido como um incidente em que a duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após a ingestão de um mesmo alimento ou bebida contaminada, e as análises epidemiológicas apontam este como a origem da enfermidade. Entretanto, um único caso de botulismo ou envenenamento químico pode ser suficiente para desencadear ações relativas a um surto, devido à gravidade desses agentes. Surto: aumento na ocorrência de um agravo à saúde acima dos níveis esperados. Surto de DTA: episódio em que duas ou mais pessoas apresentam doença semelhante após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem. (OPAS) Neste contexto, o MAPA atualizou seus métodos de fiscalização e definiu a implantação obrigatória pelas indústrias de produtos de origem animal, sob a égide do SIF, de ferramentas de autocontrole. Veremos a seguir como foi esta evolução: Em 1996, a Circular nº 245/96/DCI/DIPOA determinou a implantação do programa PPHO (Procedimento Padrão de Higiene Operacional) nas indústrias de produtos de origem animal. Um ano depois, em 1997, a Portaria nº 368/1997 aprovou o ³5HJXODPHQWR� 7pFQLFR� VREUH� DV� Mesmo em países desenvolvidos, as doenças transmitidas por alimentos são um sério problema de saúde pública e preocupam as autoridades. No Brasil, as DTAs são muito comuns, mas só nos casos mais graves a pessoa afetada procura o serviço médico ou a vigilância sanitária para comunicar o fato. Segundo o Ministério da Saúde, entre 1999 e 2005, foram registrados 4.092 surtos com 78.172 pessoas atingidas. Destas, 47 morreram. As preparações mistas e os alimentos que levam ovos em sua composição, principalmente a maionese, foram os que mais causaram doenças. (Fonte: ANVISA) 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 64 Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação SDUD� (VWDEHOHFLPHQWRV� (ODERUDGRUHV�,QGXVWULDOL]DGRUHV� GH� $OLPHQWRV´� estabelecendo requisitos gerais (essenciais) de higiene e de boas práticas de elaboração de alimentos para consumo humano. No mesmo ano, a Circular nº 201/1997/DCI/DIPOA delineou os procedimentos de verificação do PPHO e a Circular nº 272/97/DIPOA determinou a implantação do PPHO e do ARCPC (Análise de Risco e Controle de Pontos Críticos), hoje denominado APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) em estabelecimentos envolvidos com o comércio internacional de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas. Seguindo a tendência mundial de preocupação com a saúde pública e redução de surtos e doenças de origem alimentar, em 1998 foi publicada a Portaria nº 46/1997, instituindo o Sistema APPCC a ser implementado gradativamente nas indústrias de produtos de origem animal sob SIF. Em 2003, a Circular nº 369/2003/DCI/DIPOA, baseada em legislações da União Europeia, forneceu instruções para elaboração e implantação do PPHO e APPCC nos estabelecimentos habilitados à exportação de carnes para União Europeia e Canadá. Finalmente em 2005, o MAPA lançou as Circulares nº 175 e 176/2005/CGPE/DIPOA, consideradas como um DIVISOR DE ÁGUAS para os segmentos da Inspeção Federal. Substituiu-se o modelo anterior de Inspeção, baseado no acompanhamento contínuo e sistemático de todos os fatores que poderiam afetar a qualidade higiênico-sanitária dos produtos, pela verificação oficial da implantação e manutenção dos chamados ³3URJUDPDV� GH� $XWRFRQWUROH´ da empresa fiscalizada, através dos Elementos de Inspeção estabelecidos para o Serviço Oficial. A Circular nº 175/2005/CGPE/DIPOA trouxe um manual de orientação sobre os procedimentos de verificação que o Serviço de Inspeção deveria realizar nos Programas de Autocontrole dos fabricantes de produtos de origem animal, definindo os critérios a serem seguidos. Já a Circular nº 176/2005/CGPE/DIPOA trouxe modificações das instruções para verificação do PPHO e aplicação dos procedimentos de verificação dos Elementos de Inspeção estabelecidos na Circular nº 175/2005/CGPE/DIPOA. Inicialmente, o âmbito de aplicação destas duas Circulares foi para estabelecimentos produtores de carne bovina para os Estados Unidos, estendendo-se em seguidas para os demais mercados, como União Europeia e Canadá. Nos anos seguintes, foram publicadas outras normas estabelecendo as diretrizes para aplicação das Circulares nº 175 e 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 64 176/2005/CGPE/DIPOA no setor de carne de aves e suínos, caracterizando um grande avanço na fiscalização das atividades destes estabelecimentos. Em 2010 o MAPA publicou o Ofício Circular nº 12/2010/GAB/DIPOA, com orientações para padronizar as frequências e planilhas utilizadas para a verificação oficial nos fabricantes de aves e suínos. Paralelamente à evolução dos Programas de Autocontrole, a Circular nº 668/2006/CGPE/DIPOA trouxe as diretrizes para aplicação do APPCC para as indústrias de aves. Recentemente, em março/2017, as Circulares nº 175, 176/2005/CGPE/DIPOA e o Ofício-Circular nº 12/2010/GAB/DIPOA foram revogados, estabelecendo-se nova metodologia e frequência de verificação dos autocontroles pelo Serviço Oficial, de acordo com a Norma Interna DIPOA/SDA nº 01/2017 ± MAPA. Ou seja, o modelo de Inspeção atual baseia-se na inspeção e fiscalização, tendo como base a verificação da aplicação e eficácia dos Programas de Autocontrole implantados pela indústria, na garantia da produção de um alimento seguro ao consumidor. A responsabilidade pela qualidade e inocuidade dos produtos é da empresa fabricante, cabendo à Inspeção Oficial a verificação dos procedimentos de controle executados. MODELO DE INSPEÇÃO ANTERIOR CONTROLE DE PROCESSO MODELO DE INSPEÇÃO ATUAL Inspeção contínua e sistemática de todos os fatores que poderiam afetar a qualidade higiênico-sanitária dos produtos ELEMENTOS DE CONTROLE EMPRESA PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE Monitoramento Ações corretivas Medidas preventivas Verificação RegistrosSIF Verificação: Procedimentos executados pela empresa (autocontroles) ?ŶŽ�ůŽĐĂů ? ?ĚŽĐƵŵĞŶƚĂů ? SIF Monitoramento: antemortem postmortem Carregamento dos produtos (certificação sanitária) RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE BPF PPHO APPCC O FOCO NESTES CONTROLES RESPONSABILIZA O SETOR PRODUTIVO PELA ELABORAÇÃO DE SEUS PRODUTOS 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 64 Recentemente, as seguintes normativas foram publicadas: Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de 08 de março de 2017 ± MAPA: Aprova os modelos de formulários, estabelece as frequências e as amostragens mínimas a serem utilizadas na inspeção e fiscalização, para verificação oficial dos autocontroles implantados pelos estabelecimentos de produtos de origem animal registrados (SIF) ou relacionados (ER) junto ao DIPOA/SDA, bem como o manual de procedimentos. Falaremos dela mais adiante nesta aula. Norma Interna nº 02/DIPOA/SDA, de 08 de março de 2017 ± MAPA: Estabelece o modelo de relatório de supervisão a ser utilizado no âmbito do SIPOA/SISA/SIFISA e de auditoria a ser utilizado no âmbito do DIPOA/SDA, em estabelecimentos registrados sob Serviço de Inspeção Federal (SIF). LEGENDA BPA: Boas Práticas Agrícolas PPHO: Procedimento Padrão de Higiene Operacional APPCC: Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle BPF: Boas Práticas de Fabricação PAC: Programas de Autocontrole PRODUÇÃO PRIMÁRIA PROCESSO PRODUTIVO BPA BPF PPHO PAC APPCC CONTROLES DE QUALIDADE GARANTIA DA QUALIDADE INSPEÇÃO SANITÁRIA REGULAMENTOS TÉCNICOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOS PRODUTOS MATÉRIAS- PRIMAS PESSOAL MÃO DE OBRA INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS METODOLOGIA DE PRODUÇÃO BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) PROCEDIMENTO PADRÃO DE HIGIENE OPERACIONAL (PPHO) SISTEMA APPCC PRODUTO SEGURO PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 64 2.2. FUNDAMENTAÇÃO Devido a crescente expansão do mercado mundial de alimentos, a necessidade de atendimento às exigências de grandes blocos importadores de produtos de origem animal do Brasil e a preocupação com a elaboração de produtos seguros pelos setores produtivos, o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos Programas de Autocontrole se tornaram imprescindíveis para as indústrias de alimentos. As modernas legislações dirigidas ao controle sanitário de alimentos tratam esses programas como requisitos básicos para a garantia da inocuidade dos produtos. Dentro deste contexto, acompanhando os avanços das legislações no tocante às responsabilidades dos fabricantes e de forma complementar as atividades rotineiras de inspeção, o MAPA inseriu nas suas tarefas rotineiras a avaliação da implantação e da execução dos Programas de Autocontrole por parte da indústria inspecionada. Estes Programas incluem o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional ± PPHO (SSOP), o Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle ± APPCC (HACCP) e, num contexto mais amplo, as Boas Práticas de Fabricação ± BPF (GMP). Todo o processo de produção de alimentos, aplicando-se os modernos instrumentos de gerenciamento voltados para a qualidade, é visualizado como um macroprocesso. Esse macroprocesso, do ponto de vista da inocuidade do produto, é composto de vários processos, agrupados, basicamente em quatro grandes categorias: matéria-prima, instalações e equipamentos, pessoal e metodologia de produção, todos eles, direta ou indiretamente, envolvidos na qualidade higiênico- sanitária do produto final. MACROPROCESSO MATÉRIAS-PRIMAS METODOLOGIA DE PRODUÇÃO EQUIIPAMENTOS MÃO DE OBRA PROCESSOS DE INTERESSE DO SERVIÇO OFICIAL, QUE DEVEM SER ROTINEIRA E SISTEMATICAMENTE VERIFICADOS 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 64 A análise detalhada do macroprocesso permitiu extrair, inicialmente, das quatro grandes categorias acima mencionadas, os Programas de Autocontrole que são implantados pela empresa e devem ser submetidos à verificação pelo Serviço Oficial: 1. Manutenção das instalações e equipamentos industriais; 2. Vestiários e sanitários; Barreiras Sanitárias (aves/suínos); 3. Iluminação; 4. Ventilação; 5. Água de abastecimento; 6. Águas residuais; 7. Controle integrado de pragas; 8. Limpeza e sanitização (PPHO); 9. Higiene, hábitos higiênicos e saúde dos operários; *Treinamentos (aves e suínos); 10. Procedimentos Sanitários das Operações; 11. Controle da matéria-prima, ingredientes e material de embalagem; 12. Controle de temperaturas; 13. Calibração e aferição de instrumentos de controle de processo; 14. APPCC ± Avaliação do Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle; 15. Testes Microbiológicos; *Resultados Laboratoriais (aves e suínos); 16. Embasamento para Certificação; *Respaldos para Certificação Sanitária dos Produtos; 17. Controle de adição de água aos produtos ± Programa de Prevenção ao Controle de Água aos Produtos; *Formulação dos Produtos (aves e suínos); 18. Bem-estar animal. Conforme definido em 2005 pela Circular nº 175/CGPE/DIPOA (hoje revogada), os procedimentos adotados pela Inspeção Oficial para verificar a implantação e manutenção dos Programas de Autocontrole do estabelecimento eram denominados de ³Elementos de Inspeção´. Com a publicação da Norma Interna DIPOA/SDA nº 01/2017, estes itens foram FKDPDGRV�GH�³(OHPHQWRV�GH�&RQWUROH´� 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 64 Como regra, o Elemento de Inspeção/Controle ou, em outras palavras, a verificação oficial da implantação e manutenção dos Programas de Autocontrole, fundamenta-se na inspeção do processo e na revisão dos registros de monitoramento dos programas de autocontrole da indústria. Para isso, é fundamental que os Auditores Fiscais Federais Agropecuários, Médicos Veterinários Oficiais, e os Agentes de Inspeção envolvidos nas atividades de verificação, preliminarmente, conheçam os programas escritos pelas empresas. A conclusão ou impressão final deve ser o resultado da interpretação dos achados com base nos conhecimentos técnico- científicos, sobre o assunto em questão, dos servidores envolvidos nessa atividade. Como vimos acima, desde 2005 o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) instituiu a verificação dos autocontroles. Na sequência, o Decreto n° 5.741, de 30 de março de 2006, em seus artigos 6º, 10, 84 e 85 de seu Anexo, instituiu, de forma mais abrangente a obrigatoriedade dos estabelecimentos implantarem o autocontrole bem como que o Serviço Oficial estabelecesse a respectiva forma e frequência de sua verificação, além do estabelecido na Portaria n° 368 de 04 de setembro de 1997.Com o tempo, a verificação oficial nos moldes da implantada em 2005 foi estendida para todas as classificações de estabelecimentos sob inspeção federal, incluindo as outras áreas como leite, mel, ovos, pescado, suínos, aves, subprodutos, sem, no entanto, sua devida harmonização e revisão. Com a publicação do Decreto nº 8.444, de 06 de maio de 2015, que determina que a inspeção federal seja instalada em caráter permanente somente nos estabelecimentos que realizam atividades de abate e, posteriormente, com a publicação da Norma Interna nº 02/DIPOA/SDA, de 06 de novembro de 2015, que estabeleceu a frequência mínima de fiscalização em estabelecimentos registrados ou relacionados no SIF sujeitos à inspeção periódica, as frequências estabelecidas para INTERDIÇÃO APREENSÃO SEQUESTRO CONDENAÇÃO ETC. OK! TOMADA DE AÇÃO FISCAL CONFORME NÃO CONFORME 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 64 verificação oficial voltadas aos autocontroles das empresas tornaram-se incongruentes, sendo necessário atualizar os procedimentos e estabelecer novas frequências de avaliação, o que foi definido pela recente publicação da Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de 08 de março de 2017 ± MAPA. Hoje, as atividades realizadas pelo Serviço de Inspeção Federal compreendem a inspeção tradicional e a verificação oficial dos autocontroles. O Serviço Oficial deve possuir acesso aos programas atualizados dos autocontroles aplicados pelo estabelecimento. O plano ou roteiro de inspeção para verificação oficial dos elementos de controle consiste em um planejamento descrito que abrange as áreas de inspeção, unidades de inspeção, pontos de coleta de água, os procedimentos sanitários operacionais, os pontos críticos de controle definidos ao APPCC e mapa com a identificação e localização das armadilhas de controle integrado de pragas. (Texto adaptado da Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de 08 de março de 2017 ± MAPA). 2.3. DEFINIÇÕES Para entendimento da dinâmica dos Programas de Autocontrole vamos aprender agora alguns conceitos e definições importantes: Programas de Autocontrole: programas desenvolvidos, implantados, mantidos e monitorados pelos estabelecimentos, visando assegurar a qualidade higiênico-sanitária de seus produtos, para garantir as Boas Práticas de Fabricação (BPF). (Veja também a definição trazida pelo novo RIISPOA). Elementos de Inspeção: são os procedimentos adotados pela Inspeção Oficial para avaliar se os Programas de Autocontrole estão sendo executados na forma preconizada�� DWUDYpV� GDV� YHULILFDo}HV� RILFLDLV� ³QR� ORFDO´�H�³GRFXPHQWDO´��RX�VHMD��DYDOLDQGR�D�H[HFXomR�GR�DXWRFRQWUROH�SHOR� fabricante durante o processo (no local) e realizando a revisão dos registros gerados (documental). A comparação dos resultados da verificação ³no local´� com os resultados da verificação ³GocumentaO´� fornecem evidências da eficácia dos Programas de Autocontrole. (A Norma ,QWHUQD�Q��������GHVFUHYH�FRPR�³(OHPHQWRV�GH�&RQWUROH´� 9HULILFDomR�³QR�ORFDO´� inspeção realizada através da observação visual para avaliar se um determinado procedimento e/ou operação está sendo ou foi realizado corretamente, na forma prevista no Programa de Autocontrole do estabelecimento. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 64 9HULILFDomR� ³GRFXPHQWDO´� revisão dos documentos de suporte do estabelecimento, relacionados a determinado programa de autocontrole, visando avaliar se este está sendo executado corretamente e se denotam a realidade observada na indústria. Monitoramento: ³p� D� realização de uma sequência planejada de observações e medições dos parâmetros de controle, para avaliar se uma GHWHUPLQDGD�HWDSD�GR�SURFHVVR�HVWi�VRE�FRQWUROH´��Codex Alimentarius). É executado para identificar: ± Conformidade na execução da etapa; ± Desvios (não conformidade); ± Tomadas das ações corretivas para restabelecer a conformidade. Verificação: ³p a aplicação de métodos, procedimentos, ensaios e outras avaliações além da vigilância para constatar o cumprimento dos SURJUDPDV� GH� DXWRFRQWUROH´� �Codex Alimentarius). É realizada em uma etapa geralmente posterior à aplicação das ações corretivas, para checar a eficiência tanto dos procedimentos de monitoria quanto das ações corretivas adotadas, se foram ou não eficientes para o retorno da conformidade naquela etapa. Documentos de suporte: corresponde aos Programas de Autocontrole, a literatura que serviu de base científica ao desenvolvimento do programa pela empresa fiscalizada, os registros do monitoramento, ações corretivas e medidas preventivas aplicadas, os registros da verificação, os resultados de análises laboratoriais de água, gelo, produto, instalações/equipamentos, etc. Verificação Oficial: verificação realizada pelo Serviço Oficial durante suas atividades. Contempla: 1. Análise e aceitação dos Programas de Autocontrole da empresa; 2. A aplicação desses programas dentro da fábrica: 9 Monitoramento; 9 Desvios ĺ ações corretivas sobre processos e produtos, de acordo com o desvio encontrado; 9 Medidas preventivas ĺ para evitar a reincidência do desvio; 9 Verificação; 9 Registros. 3. Avaliação dos resultados obtidos. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 64 Ação corretiva: ações desencadeadas no processo e/ou no produto para corrigir um desvio detectado durante os procedimentos de monitoramento e/ou verificação. São as ações adotadas para eliminar a causa de uma não conformidade detectada ou outra situação indesejável. Medida preventiva: medidas tomadas para evitar o aparecimento ou a reincidência de um determinado desvio no processo e/ou no produto. Refere-se às ações adotadas para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou outra potencial situação indesejável. Amostra representativa: quantidade de amostra estatisticamente calculada, representativa do universo amostrado, tomada para fins de análise para liberação do lote de material ou produto. Adequado: se entende como suficiente para alcançar a finalidade proposta. Inocuidade: ausência de contaminantes biológicos, químicos ou físicos no alimento, que poderiam afetar a saúde do FRQVXPLGRU�¿QDO��FDXVDQGR- lhe alguma enfermidade ou lesão. Alimento seguro: alimento que, ao ser ingerido, não causará riscos à saúde ou a integridade física do consumidor. Segurança dos alimentos: garantia de que os alimentos não causem danos ao consumidor quando preparados e/ou consumidos de acordo com o uso a que se destinam. Perigo: agente biológico, químico ou físico presente no alimento ou condição do alimento com potencial para causar efeitos adversos à saúde. O novo RIISPOA também trouxe alguns conceitos relacionados a este tema. Vamos ver quais são: Análise de autocontrole: análise efetuada pelo estabelecimento para controle de processo e monitoramento da conformidade das matérias- primas, dos ingredientes, dos insumos e dos produtos. Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle ± APPCC: sistema que identifica, avalia e controla perigos que são significativos para a inocuidade dos produtos de origem animal. Boas Práticas de Fabricação ± BPF: condições e procedimentoshigiênico-sanitários e operacionais sistematizados, aplicados em todo o fluxo de produção, com o objetivo de garantir a inocuidade, a identidade, a qualidade e a integridade dos produtos de origem animal. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 64 Desinfecção: procedimento que consiste na eliminação de agentes infecciosos por meio de tratamentos físicos ou agentes químicos. Higienização: procedimento que consiste na execução de duas etapas distintas, limpeza e sanitização. Limpeza: remoção física de resíduos orgânicos, inorgânicos ou de outro material indesejável das superfícies das instalações, dos equipamentos e dos utensílios. Sanitização: aplicação de agentes químicos aprovados pelo órgão regulador da saúde ou de métodos físicos nas superfícies das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, posteriormente aos procedimentos de limpeza, com vistas a assegurar nível de higiene microbiologicamente aceitável. Procedimento Padrão de Higiene Operacional ± PPHO: procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados, monitorados e verificados pelo estabelecimento, com vistas a estabelecer a forma rotineira pela qual o estabelecimento evita a contaminação direta ou cruzada do produto e preserva sua qualidade e integridade, por meio da higiene, antes, durante e depois das operações. Programas de autocontrole: programas desenvolvidos, procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados, monitorados e verificados pelo estabelecimento, com vistas a assegurar a inocuidade, a identidade, a qualidade e a integridade dos seus produtos, que incluam, mas que não se limitem aos programas de pré-requisitos, BPF, PPHO e APPCC ou a programas equivalentes reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ainda, o novo RIISPOA define, em seu Artigo 74, o seguinte: ?�ƌƚ ?� ? ? ?� Os estabelecimentos devem dispor de programas de autocontrole desenvolvidos, implantados, mantidos, monitorados e verificados por eles mesmos, contendo registros sistematizados e auditáveis que comprovem o atendimento aos requisitos higiênico-sanitários e tecnológicos estabelecidos neste Decreto e em normas complementares, com vistas a assegurar a inocuidade, a identidade, a qualidade e a integridade dos seus produtos, desde a obtenção e a recepção da matéria-prima, dos ingredientes e dos insumos, até a expedição destes. § 1º Os programas de autocontrole devem incluir o bem-estar animal, quando aplicável, as BPF, o PPHO e a APPCC, ou outra ferramenta equivalente reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. § 2º Os programas de autocontrole não devem se limitar ao disposto no § 1º ?. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 64 2.4. PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE (PAC) O MAPA padronizou através das normativas publicadas, os requisitos para elaboração dos PAC (Programas de Autocontrole), determinando que cada estabelecimento deve desenvolver, implementar e manter procedimentos descritos que sejam capazes de prevenir, controlar e corrigir qualquer não conformidade relacionada ao processo e/ou ao produto. A análise detalhada do macroprocesso extraiu, das quatro grandes categorias que citamos anteriormente, Programas de Autocontrole que contemplem os seguintes itens: MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS VESTIÁRIOS E SANITÁRIOS BARREIRAS SANITÁRIAS (Circular nº 12/2010/GAB/DIPOA ± aves e suínos) ILUMINAÇÃO VENTILAÇÃO ÁGUA DE ABASTECIMENTO ÁGUAS RESIDUAIS CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS LIMPEZA E SANITIZAÇÃO (PPHO) HIGIENE, HÁBITOS HIGIÊNICOS E SAÚDE DOS OPERÁRIOS TREINAMENTOS PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS DAS OPERACÕES (PSO) MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E MATERIAL DE EMBALAGEM CONTROLE DE TEMPERATURAS CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE PROCESSO ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC) CONTROLE MICROBIOLÓGICO RESULTADOS LABORATORIAIS (MICROBIOLÓGICOS E FISICOQUÍMICOS) EMBASAMENTO PARA CERTIFICAÇÃO RESPALDOS PARA A CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA DE PRODUTOS 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 64 PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE São programas desenvolvidos, implantados, mantidos e monitorados pelos estabelecimentos, visando assegurar a qualidade higiênico-sanitária de seus produtos, para garantir as Boas Práticas de Fabricação (BPF). (Veja também o conceito trazido pelo novo RIISPOA na página 15) CONTROLE DA ADIÇÃO DE ÁGUA AOS PRODUTOS FORMULAÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS PRODUTOS BEM ESTAR ANIMAL Mas, o que é exatamente um PROGRAMA DE AUTOCONTROLE? Um PROGRAMA DE AUTOCONTROLE é um documento descrito que padroniza as atividades e/ou procedimentos que devem ser desenvolvidos por alguém em um determinado local/área. Como já vimos nas definições, são programas desenvolvidos, implantados, mantidos e monitorados pelos estabelecimentos, visando assegurar a qualidade higiênico-sanitária de seus produtos. Os estabelecimentos produtores são obrigados a implantarem os Programas de Autocontrole, demonstrando, através de evidências, que os produtos oferecidos aos consumidores são inócuos, uma vez que são responsáveis por seus produtos. Os PAC devem ser APROVADOS, DATADOS E ASSINADOS pelo responsável técnico, pelo responsável pela operação, pelo responsável legal e/ou proprietário do estabelecimento, FIRMANDO O COMPROMISSO de implementar, monitorar, avaliar, registrar e mantê-los em funcionamento. SOMENTE PARA ESTABELECIMENTOS DE ABATE 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 64 ?�� ƉƌĞŵŝƐƐĂ� ĚŽƐ� ƉƌŽŐƌĂŵĂƐ� ĚĞ� ĂƵƚŽĐŽŶƚƌŽůĞ� ĨƵŶĚĂŵĞŶƚĂ-se na RESPONSABILIDADE dos estabelecimentos de garantir a qualidade higiênico-sanitária e tecnológica dos seus produtos, através de um Sistema de Controle de Qualidade capaz de se antecipar à materialização dos perigos à saúde pública e de outros atributos de qualidade, gerando registros e informações, de forma que o Sistema possa sofrer, continuamente, a verificação ĚŽ�^ĞƌǀŝĕŽ�KĨŝĐŝĂů�ĚĞ�/ŶƐƉĞĕĆŽ�ĚĞ�WƌŽĚƵƚŽƐ�ĚĞ�KƌŝŐĞŵ��ŶŝŵĂů ? ? A empresa fabricante deve ter os planos ou programas de autocontrole implantados, os quais serão avaliados pelo Serviço Oficial, devendo ser compatíveis às normas e orientações oficiais vigentes, bem como à realidade da empresa. Ou seja, os PAC são submetidos à análise oficial e somente serão válidos se estiverem em conformidade com a legislação vigente, analisando, para isto, a base legal e científica que a empresa utilizou para estabelecê-los. Os PAC são implantados na indústria e avaliados quanto à sua eficácia pelo Serviço Oficial. Para isto, são estabelecidos procedimentos padronizados com frequências definidas durante o processo e são estabelecidos procedimentos de notificação de não conformidades encontradas durante a verificação oficial.Não conformidades na verificação oficial levam a ações fiscais sobre produto e/ou sobre o processo, conforme o caso. MONITORAR VERIFICAR PRODUTO ELABORADO DENTRO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E TECNOLÓGICAS ESPERADAS VERIFICAÇÃO OFICIAL DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO NO LOCAL DOCUMENTAL INDÚSTRIA/FABRICANTE 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 64 Vamos para um exemplo prático para entender a dinâmica? PAC LIMPEZA E SANITIZAÇÃO (PPHO) Atividade: higienizar mesas. Como: pré-limpeza com enxágue, limpeza pesada, enxágue, desinfecção, enxágue. Quem: operador de higienização. Quando: nos intervalos e nas trocas de turno. Registro de monitoramento: check list 001 Registro de verificação: check list 002 Ações corretivas: repetir o procedimento de higienização das mesas. Medidas preventivas: retreinar o responsável pelo procedimento de higienização, aumentar a frequência de higienização das mesas, alternar o princípio ativo do desinfetante utilizado e/ou aumentar as concentrações e o tempo de atuação, realizar swabs para verificar a eficácia da higienização. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 64 Se, durante os procedimentos de monitoramento e verificação a empresa detectar algum desvio, porém tomar as ações corretivas e medidas preventivas adequadas para restabelecer a conformidade no processo (ou seja, no nosso exemplo, se a mesa for higienizada corretamente), registrando estas ações, o Programa de Autocontrole está funcionando adequadamente e é suficiente para a manutenção do processo dentro dos padrões previstos. Porém, se durante a verificação oficial, o Serviço de Inspeção encontrar alguma falha nos procedimentos realizados, sem ações efetivas pela empresa, imediatamente são tomadas AÇÕES FISCAIS de acordo com o caso (por exemplo: interdição da mesa ou setor até nova higienização). A empresa é notificada da irregularidade, e deve determinar as ações imediatas e planejadas que irá executar para corrigir a não conformidade evidenciada, de forma a atender o seu Programa de Autocontrole e garantir o processo e a elaboração de produtos inócuos, que atendam às especificações estabelecidas. De uma forma abrangente a verificação oficial sobre o autocontrole consiste num conjunto de ações, procedimentos e análises realizadas pelo Serviço de Inspeção Federal com a finalidade de verificar a efetividade dos autocontroles implantados pelo estabelecimento. A verificação oficial se dá in loco ou de forma documental abrangendo os procedimentos executados e os registros gerados pelo monitoramento e verificação previstos nos autocontroles do estabelecimento além de outros documentos de suporte. DEU PARA ENTENDER? Então vamos ver alguns requisitos que os Programas de Autocontrole devem abranger, para serem implantados e executados nas indústrias: 2.4.1. Manutenção das instalações e equipamentos A manutenção das instalações e equipamentos é um componente básico das Boas Práticas de Fabricação, e sua exigência está bem especificada pela Portaria nº 368/1997, a qual as indústrias elaboradoras/industrializadoras de alimentos, sob fiscalização do MAPA, devem atender. Determina-se que: 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 64 Os estabelecimentos devem se situar em zonas isentas de odores indesejáveis, fumaça, pó e outros contaminantes e não devem estar expostos a inundações. As vias e áreas utilizadas para circulação pelo estabelecimento que se encontram dentro de seu perímetro de ação devem ter uma superfície compacta/ou pavimentada, adequada para o trânsito de veículos, dispondo de escoamento adequado de água e resíduos, assim como controle de meios de limpeza. Os edifícios e instalações devem ser projetados com existência de espaços suficientes para atender todas as operações, permitindo uma limpeza adequada e a inspeção quanto à garantia da qualidade higiênico±sanitária do alimento. Deve existir a separação por áreas, setores e/ou outros meio eficazes, com fluxo adequado de pessoas e produtos, desde a chegada da matéria-prima, durante o processo de produção, até a obtenção do produto final, evitando contaminação cruzada. Devem ter construção sólida e sanitariamente adequada, os materiais usados na construção e na manutenção não devem transmitir nenhuma substância indesejável ao alimento, e devem impedir a entrada e o alojamento de insetos, roedores e/ou pragas e também a entrada de contaminantes do meio (fumaça, pó, vapor e outros). Nas áreas de manipulação de alimentos, os pisos devem ser de material resistente ao trânsito, impermeáveis, laváveis e antiderrapantes; não possuir frestas e serem fáceis de limpar ou desinfetar. Os líquidos devem escorrer até os ralos (que devem ser do tipo sifão ou similar), impedindo a formação de poças. As paredes devem ser revestidas de materiais impermeáveis e laváveis, e de cores claras, devendo ser lisas, sem frestas e fáceis de limpar e desinfetar, até uma altura adequada para todas as operações. Os ângulos entre as paredes e o piso e entre as paredes e o teto devem ser abaulados para facilitar a limpeza. Nas plantas para aprovação deve-se indicar a altura da parede que será impermeável. O teto deve ser constituído e/ou acabado de modo a que se impeça o acúmulo de sujeira e se reduza ao mínimo a condensação e a formação de mofo, e deve ser fácil de limpar. As janelas e outras aberturas devem ser construídas de maneira a que se evite o acúmulo de sujeira e as que se comunicam com o exterior devem ser providas de proteção anti-pragas (exemplo: telas). As proteções devem ser de fácil limpeza e boa conservação. As portas devem ser de material não absorvente e de fácil limpeza. As escadas, elevadores de serviço, monta-cargas e estruturas 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 64 auxiliares, como plataformas, escadas de mão e rampas, devem estar localizadas e construídas de modo a não serem fontes de contaminação. Nos locais de manipulação de alimentos, todas as estruturas e acessórios elevados devem ser instalados de maneira a evitar a contaminação direta ou indireta dos alimentos, da matéria-prima e do material de embalagem por gotejamento ou condensação, e de forma que não dificultem as operações de limpeza. Os refeitórios, lavabos, vestiários e banheiro de limpeza do pessoal auxiliar do estabelecimento devem estar completamente separados dos locais de manipulação de alimentos e não devem ter acesso direto e nem comunicação com estes locais. Os insumos, matérias-primas e produtos terminados devem estar localizados sobre estrados e separados das paredes para permitir a correta higienização do local. Deve-se evitar a utilização de materiais que não possam ser higienizados ou desinfetados adequadamente, como por exemplo, a madeira, a menos que a tecnologia utilizada faça seu uso imprescindívele que seu controle demonstre que não se constitui uma fonte de contaminação. A manutenção pode ser preventiva, preditiva ou corretiva, ou uma associação dessas modalidades, a critério da direção da empresa. O importante é que o estabelecimento, em seu todo, seja mantido conforme projetado, construído e instalado. A indústria deve dispor de um programa de manutenção do estabelecimento, com o objetivo de manter toda a indústria em perfeito funcionamento, preservando as características originais das instalações e equipamentos, tanto no que se refere à estrutura, como ao acabamento e à funcionalidade, tudo com o propósito de garantir a elaboração dos produtos em conformidade com o processamento programado. O programa de manutenção deve estabelecer procedimentos de monitoramento que possam identificar, tão rapidamente quanto possível, as situações emergenciais que exigem ações imediatas. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 64 2.4.2. Vestiários, sanitários e barreiras sanitárias Os vestiários e sanitários devem ser instalados separadamente das áreas de obtenção, manipulação, processamento e armazenamento, dispor de número, dimensão e equipamentos suficientes ao número de funcionários e ainda mantidos, sempre, organizados e em condições higiênicas compatíveis com a produção de alimentos. Nos vestiários devem ser previstas áreas separadas e contínuas, mediadas por chuveiros com água quente, para recepção e guarda da roupa de passeio (roupa civil) na primeira fase e troca de uniforme na etapa seguinte. Cada operário tem direito a um armário ou outro dispositivo de guarda de sua roupa e pertences, sem a mistura de materiais estranhos, como os alimentos. Os sapatos devem ser guardados separadamente das roupas. Os uniformes devem ser lavados no próprio estabelecimento ou em lavanderias particulares/terceirizadas, desde que se disponha de um contrato estabelecendo as condições do ato operacional. A manutenção e funcionamento eficiente das condições higiênicas dos sanitários é condição básica para preservação da sanidade dos produtos, incluindo a disponibilidade de papel e absorventes higiênicos, a utilização correta das dependências sanitárias, dos mictórios (sob a forma de calha) e pias/torneiras, a obrigatoriedade da lavagem das mãos e antebraços à saída destas instalações, bem como a preservação de uniformes e aventais de contaminações. Lavatórios devem também ser instalados à saída dos vestiários, sanitários e ainda, estrategicamente, à entrada das seções da indústria e disporem de pias com torneiras, com fluxo contínuo de água tépida, a temperatura mínima de 43ºC, sabão liquido, para lavagem adequada das mãos e antebraços e cestos com tampas articuladas. A higienização das mãos não desobriga o uso subsequente de toalha de papel não reutilizável. As barreiras, filtros ou bloqueios sanitários devem estar presentes, estrategicamente, à entrada das seções, para obrigar a higiene prévia das mãos e antebraços. Normalmente essas barreiras dispõem de pias, sob a forma de calha, torneiras e lava-botas, em número compatível com o número de operários que entram concomitantemente no setor. Os lava-botas devem ser, preferentemente, do tipo solo. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 64 2.4.3. Iluminação Para a manutenção das condições sanitárias o estabelecimento deverá possuir uma iluminação de boa qualidade e intensidade suficiente nas áreas de processamento, manipulação, armazenamento e inspeção de matérias primas e produtos. Estas mesmas condições de iluminação são necessárias na verificação dos procedimentos de limpeza de equipamentos e utensílios, bem como nas barreiras sanitárias, vestiários e sanitários para a avaliação da eficiência dos procedimentos de higienização. Deve-se atentar para a qualidade e intensidade da iluminação também nos pontos de inspeção oficial de matérias-primas e reinspeção de produtos de forma a permitir a visualização de eventuais contaminações presentes nos mesmos. O tipo de lâmpada utilizada, assim com a sua disposição no estabelecimento, não deve permitir distorções de cor nos produtos e a existência de áreas de sombreamento. A existência de luz natural não dispensa o uso de luz artificial. Todas as luminárias deverão dispor de protetores para segurança dos produtos manipulados no setor. Para atender satisfatoriamente aos requisitos de luminosidade nos diferentes setores, a intensidade da iluminação deve ser: a) no mínimo de 110 lux, quando medida numa distância de 75cm acima do piso, nas unidades de refrigeração e estocagem de alimentos e em outras áreas ou salas durante os períodos de limpeza; b) no mínimo 220 lux nas salas de manipulação e nos currais para realização do exame ante mortem; c) no mínimo 540 lux nos pontos de inspeção oficial e nos locais onde os cuidados com segurança são indispensáveis, como na manipulação de facas, moedores e serras. 2.4.4. Ventilação A ventilação é fundamental para o controle de odores, vapores e condensação, visando prevenir a alteração dos produtos e surgimento de condições sanitárias inadequadas do ambiente. Algumas formas de condensação são esperadas e podem ser controladas pelo estabelecimento, outras, porém, são inaceitáveis. No caso das formas esperadas e inevitáveis de condensação, estas podem ser aceitas 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 64 na indústria de processamento de alimentos, desde que não provoquem a alteração de produtos ou levem a criação de condições sanitárias inadequadas do ambiente. Os problemas de ventilação incluem também a formação de gelo e neve nos ambientes industriais, situação indesejável do ponto de vista sanitário. Na oportunidade da aprovação do projeto do estabelecimento e mesmo durante o seu funcionamento, deve-se observar os dispositivos instalados evitar a ocorrência de condensação, além da circulação nos corredores e expedição, manutenção da temperatura controlada, a vedação das aberturas, o fechamento das plataformas e procedimentos corretos no descarregamento das câmaras, entre outros. Na verificação da ventilação, deve-se observar primeiramente a situação da condensação e de que forma ela interfere na segurança do produto final. Em algumas situações a condensação provoca a alteração dos produtos, criando condições sanitárias inadequadas e/ou interferindo na inspeção. Por exemplo: 9 Formas de condensação de forro e paredes de áreas de processamento que não são regulamente limpas e sanitizadas, de acordo com o estabelecido no PPHO (o surgimento de condições sanitárias inadequadas, leva à alteração do produto); 9 Condensação no forro de câmaras de resfriamento de carcaças; 9 Condensação das superfícies de unidade de refrigeração que não foram limpas e sanitizadas e gotejam no produto exposto; 9 Condensação de parede e forro de áreas de expedição e/ou estocagem que gotejam em caixas de carne desossada, danificando a embalagem. Nestes casos deverá ter uma ação imediata no setor envolvido, para não haver comprometimento do produto. 2.4.5. Água de abastecimentoO abastecimento de água potável é de capital importância para a indústria de alimentos, considerando sua participação em diversas etapas do 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 64 processo de produção (higienização de ambientes e equipamentos, higiene dos manipuladores, incorporação no produto, etc.). Conforme Portaria nº 368/1997, como princípio geral, só pode ser utilizada água potável na manipulação de alimentos. O uso de água não potável pode ser feito para a produção de vapor, no sistema de refrigeração, no controle de incêndio e outros fins não relacionados com alimentos, sendo transportada por tubulações completamente separadas e de preferência por cores, sem que haja nenhuma possibilidade de comunicação com tubulações de água potável. O estabelecimento deve dispor de um abundante abastecimento de água potável, com pressão adequada e temperatura conveniente, com um adequado sistema de distribuição e com proteção eficiente contra contaminação. A quantidade deve ser suficiente para o desenvolvimento de suas atividades e deve atender os padrões fixados pela legislação brasileira vigente. A manutenção de tais padrões implica no monitoramento a ser executado pelo estabelecimento e na verificação pelo SIF, tendo como referência os parâmetros legais. É imprescindível um controle frequente da potabilidade da água. O órgão competente poderá admitir variação das especificações químicas e físico-químicas diferentes das normais quando a composição da água do local o fizer necessário e sempre que não se comprometa a sanidade do produto e a saúde pública. O vapor e o gelo utilizados em contato direto com alimentos ou superfícies que entram em contato direto com os produtos não devem conter nenhuma substância que possa ser perigosa para a saúde ou contaminar o alimento, obedecendo ao padrão de água potável. Água potável: Utilizada para higienização de superfícies que entram em contato com alimento; Utilizada na fabricação de gelo ou na geração de vapor que entram em contato com alimentos ou são utilizados na higienização de superfícies; Utilizada como ingrediente ± Exemplo: salmoura; Utilizada em qualquer ponto que entre em contato com os alimentos. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 64 O aEDVWHFLPHQWR� G¶iJXD� SRGH� VHU� RULXQGR� GH� rede pública ou rede de abastecimento da própria indústria. A fonte de água da rede de abastecimento da própria indústria pode ser de manancial subterrâneo e/ou de superfície. Em geral, os procedimentos de verificação, compreendem: 1. Controle diário: mensuração do cloro livre e pH nos pontos previamente definidos e mapeados pela indústria. 2. Controle periódico: controle mais completo, que visa identificar eventuais falhas no sistema de abastecimento de água. O monitoramento da qualidade da água deve, obviamente, ser ajustado em função da fonte de suprimento. 2.4.6. Águas residuais Águas residuais são aquelas resultantes do processo industrial ou de fabricação. Nas grandes indústrias, o volume de águas residuais torna-se um contaminante aos locais onde é despejado, se não tratado adequadamente. Por isto o tratamento de efluentes é extremamente relevante para o meio ambiente. Para destinação adequada dos efluentes e águas residuais, o estabelecimento deve dispor de um sistema eficaz de eliminação, o qual deve ser mantido em bom estado de funcionamento. Todos os tubos de escoamento (incluídos o sistema de esgoto) devem ser suficientemente grandes para suportar cargas máximas e devem ser construídos de modo a evitar a contaminação do abastecimento de água potável As águas residuais devem ser recolhidas e direcionadas à central de tratamento utilizando tubulação própria, perfeitamente identificada de forma a evitar cruzamentos de fluxo ou contaminação da água de abastecimento. O sistema de recolhimento de água residual deve dispor de ralos sifonados que impeçam a presença de resíduos sólidos e o refluxo de gases. A tubulação interna deve possuir dimensões suficientes para conduzir a água residual para os locais de destino. Os A legislação que dispõe sobre os procedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade para o mercado interno é a Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde. Outros países podem possuir suas exigências específicas (exemplo: União Europeia). 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 64 estabelecimentos devem possuir um adequado sistema de drenagem dos pisos, especialmente em locais de descarga de água e outros líquidos residuais. 2.4.7. Controle integrado de pragas Um correto e eficaz controle de vetores e pragas urbanas é indispensável na prevenção de toxiinfecções alimentares e outras doenças que possam ser veiculadas ao ser humano. A presença de pragas normalmente está associada à falta de higiene e a condições inadequadas de manutenção e limpeza nos setores e tem grande importância na transmissão de agentes patogênicos. Para sobrevivência, as pragas necessitam principalmente de abrigo, alimento e água, situações facilmente encontradas em indústrias alimentícias. Portanto, de forma preventiva os estabelecimentos devem reduzir ou de preferência eliminar os pontos de atração às pragas. Obviamente que não há como eliminar o alimento e a água dentro de uma indústria produtora/industrializadora de alimentos, porém algumas medidas preventivas devem ser aplicadas para evitar que estes sirvam de atrativos. O alimento deve ser sempre corretamente armazenado, estocado e manipulado. A água não deve estar facilmente disponível, devendo ser eliminados os pontos de vazamento e formação de poças. Outro ponto fundamental na prevenção de pragas é a eliminação dos pontos de acesso. Os estabelecimentos devem evitar lugares que possam servir de abrigo às pragas, adotando medidas práticas de planejamento, construção, manutenção e materiais adequados. Exemplo: Evitar água e alimento disponível. Não permitir águas empoçadas nas áreas, restos de alimentos, lixos, resíduos industriais que possam servir de atrativos a moscas, pombos, ratos, baratas etc. Como? Correta manutenção dos pisos, mantendo-os sem frestas ou buracos, lixeiras com tampas, proibição de comer fora das áreas de refeitório, evitar acúmulos com retirada contínua e correta destinação de lixo e resíduos, etc. Evitar abrigo. Como? Realizar manutenção adequada das instalações evitando vidros e telhas quebradas, áreas abertas ou sem tela, buracos e frestas nas instalações e outros pontos de acesso que possam servir de abrigo e proliferação de pragas. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 64 A indústria deve apresentar um programa eficaz e contínuo de controle de pragas, podendo ser executado por empresas terceiras especializadas e registradas para este tipo de atividade. As áreas circunvizinhas também devemser inspecionadas periodicamente para diminuir os riscos de proliferação de pragas na região e perda do controle populacional. O programa de controle integrado de pragas deve ser planejado visando dois objetivos principais: 1. Evitar que o recinto industrial apresente um ambiente favorável à proliferação de insetos e roedores: foco em procedimentos dirigidos à área externa, incluindo acúmulo de água, resíduos de alimentos, abrigos e focos de reprodução de insetos. 2. Evitar que eventuais pragas ingressem no recinto industrial: proteção de janelas com telas, portas de vaivém, cortinas de ar, etc., ou seja, os chamados meios de exclusão. A presença de insetos no recinto industrial é uma evidência de que há falhas no sistema. Insetos noturnos são atraídos por radiação ultravioleta (UV) emitida por lâmpadas de vapor de mercúrio. Tais lâmpadas, portanto, devem ser evitadas, especialmente nas proximidades das aberturas do estabelecimento. Lâmpadas de vapor de sódio emitem quantidade reduzida de radiação UV e, por isso, devem ser preferidas. Dispositivos de eletrocussão, frequentemente utilizados pelas indústrias, utilizam luz UV para atrair insetos. Tais equipamentos devem ser instalados em locais que não permitam a sua visualização a partir da área externa. A correta localização destes dispositivos também é importante para evitar a eventual contaminação de matérias-primas, produtos, ingredientes e embalagens e, portanto, não recomendada sua instalação nestes setores. A indústria deverá monitorar diariamente o controle de pragas. Neste monitoramento deverá ser realizada a inspeção do ambiente interno para verificar indícios da presença de pragas, pela observação de pelos e fezes ou do consumo de iscas. A utilização de dispositivos de captura de roedores no interior da indústria é uma forma de monitorar a eficiência do programa. No ambiente externo será verificada a presença de condições favoráveis ao abrigo ou proliferação de pragas. Todos os achados deverão ser registrados em formulário próprio. É proibida a entrada de animais domésticos em todos os lugares onde se encontram matérias-primas, material de embalagem, alimentos prontos ou em qualquer das etapas de produção/industrialização, devendo os 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 64 estabelecimentos realizar os controles preventivos para impedir o acesso destes animais nas áreas fabris. Caso ocorra invasão de pragas, medidas urgentes devem ser tomadas para erradicação, incluindo o uso de agentes químicos, físicos ou biológicos autorizados, aplicados sob supervisão direta de profissional que conheça os riscos que o uso destes produtos possa acarretar para a saúde. Praguicidas só devem ser utilizados caso não se possa aplicar com eficácia outras medidas de prevenção e com inúmeros cuidados para proteger os alimentos, equipamentos e utensílios de uma possível contaminação, eliminando posteriormente qualquer resíduo presente. Os produtos utilizados no combate a pragas e também qualquer outra substância tóxica que apresente riscos à saúde devem ser rotulados com informações sobre toxicidade e emprego, e devem ficar armazenados em áreas separadas, fechadas com chave, destinadas exclusivamente para este fim. Nenhuma substância que possa contaminar os alimentos pode ser armazenada ou utilizada em área de manipulação de alimentos, salvo sob controle, quando necessário, para higienização ou sanitização. 2.4.8. Limpeza e sanitização (PPHO) Veremos o PPHO na Aula 2, conforme nosso cronograma! 2.4.9. Higiene, hábitos higiênicos e saúde dos operários Este item também será contemplado na Aula 2, junto com o tema de BPF! 2.4.10. Procedimentos sanitários das operações (PSO) O foco deste controle são as condições higiênico-sanitárias das operações industriais, de acordo com o processo e suas particularidades. EXEMPLOS DE ARMADILHAS PARA CONTROLE DE PRAGAS 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 64 $OJXQV� 362¶V� SRGHP� ser descritos no programa PPHO da empresa, por estarem relacionados à limpeza e sanitização, principalmente realizadas nos intervalos de trabalho. Como um exemplo de PSO, temos a eficiência das máquinas evisceradoras, com o objetivo de evitar uma possível contaminação das carcaças. A avaliação das condutas sanitárias das operações é uma tarefa complexa, que exige o domínio de conhecimentos técnico-científicos do processo de produção envolvido, além de experiência profissional. Assim, os servidores encarregados dessa tarefa devem conhecer as implicações de cada operação ou fase do processo na inocuidade do produto final. 2.4.11. Controle de matérias-primas, ingredientes e material de embalagem Este controle visa impedir que as matérias-primas, ingredientes e materiais de embalagem utilizados na elaboração dos produtos se tornem veículo ou uma fonte de contaminação. Para isto, o estabelecimento deve dispor de um programa que especifique os critérios utilizados para seleção e recebimento das matérias-primas, ingredientes e embalagens utilizadas para a produção/industrialização dos alimentos. Conforme Portaria nº 368/1997, o estabelecimento não deve aceitar nenhuma matéria prima ou ingrediente que contenha parasitas, microrganismos ou substancias tóxicas, decompostas ou estranhas, que não possam ser reduzidas a níveis aceitáveis, pelos procedimentos normais de classificação e/ou preparação ou elaboração. As condições de armazenamento de matérias primas e ingredientes devem evitar a sua deterioração, proteger contra a contaminação e reduzir as perdas ao mínimo, assegurando a rotatividade dos estoques. As matérias primas ou ingredientes deverão ser inspecionados e classificados antes de seguirem para a linha de fabricação/elaboração, e, se necessário, deverão passar por controles laboratoriais. Na elaboração só deverão utilizar-se matérias primas ou ingredientes limpos e em boas condições. Portanto, já na inspeção de recebimento de matérias-primas, ingredientes e embalagens devem ser avaliadas as condições de transporte e do produto que está sendo recebido, seguindo as boas práticas respectivas de forma a impedir a contaminação. Produtos que passaram pela inspeção de recebimento e foram liberados podem ser descarregados e direcionados para seus locais de armazenamento. No caso de 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 64 reprovações, o programa deve descrever quais procedimentos serão executados sobre o produto e fornecedor. Devem ser gerados registros das etapas e de todas as ações realizadas. Em geral as indústrias utilizam um rigoroso processo de seleção de fornecedores, avaliando os métodos de controle utilizados por eles, os quais são auditados rotineiramente. Outras formas de avaliação incluem as análises microbiológicas, físico-químicas e/ou sensoriais das matérias- primas, ingredientes e embalagens adquiridos, acompanhamento do histórico de fornecimento, preenchimento de questionários de avaliação, inspeção de recebimento, auditorias de qualidade no fornecedor, etc. QUANTO AOS ANIMAIS: Os animais recebidos para abate também são controlados atravésdeste programa da empresa. Os estabelecimentos que realizam abate devem dispor na recepção dos animais de documentos que informem detalhes sobre a produção primária, com a identificação de origem, a alimentação, o manejo e o perfil sanitário dos animais e da região, identificação do responsável técnico pela sanidade do rebanho, medicamentos utilizados, atendimento ao período de carência, etc. Na identificação da origem deve ser explicitado o nome do proprietário, da propriedade rural, de sua localização, cadastramento no órgão de defesa, vinculação ao SISBOV (quando bovinos), documentos de acompanhamento (exemplo: BOLETIM SANITÁRIO), entre outras informações relevantes. Na alimentação deve ser mencionado o tipo de alimento fornecido aos animais, seja ele constituído por pastagens, suplementações e rações. No manejo e perfil sanitário dos animais e da região devem ser relatados todos os procedimentos preventivos da saúde animal (vacinações, vermifugações), tratamentos terapêuticos, períodos de carência e outros, bem como os SURJUDPDV�VDQLWiULRV�HP�GHVHQYROYLPHQWR�H�³VWDWXV´�GD�UHJLmR�� QUANTO ÀS MATÉRIAS-PRIMAS CÁRNEAS: A condição sanitária das carnes também é objeto de controle na recepção das matérias-primas, como condição de ingresso e liberação para armazenamento ou posterior manipulação e/ou processamento. Na recepção é indispensável o acompanhamento simultâneo da certificação de origem da matéria-prima, que deve fornecer indicações sobre a identificação da origem, das habilitações, de detalhes sobre o transporte, destino, temperaturas, volume, produção e outros. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 64 Na análise das condições de armazenamento das carnes deve-se observar: 9 Integridade das embalagens; 9 Presença de manchas que podem ser correlacionadas com variações de temperatura, particularmente em carnes congeladas; 9 Identificação do produto; 9 Compatibilidade da temperatura ambiente com as características do produto; 9 Riscos de contaminação cruzada. As condições de manipulação dos produtos embalados, em todas as fases do processo, devem ser cuidadosamente observadas. As operações de transferência desses produtos entre dependências e por ocasião da recepção e da expedição, bem como o seu manejo nos locais de estocagem, inclusive câmaras frias, caso não executadas de forma adequada, podem ser causa importante de danos à embalagem e, consequentemente, exposição do conteúdo a todo tipo de perigo (biológico, físico e químico) ± exemplo: ESTRADOS DE MADEIRA utilizados para as matérias-primas: risco de lascas de madeira, pregos salientes, etc. QUANTO ÀS EMBALAGENS: O armazenamento das embalagens deve ser praticado de forma a evitar que eventuais perigos biológicos, físicos ou químicos sejam introduzidos nessa etapa. Assim, esse material deve ser mantido em ambiente limpo, seco e protegido de poeira, insetos, roedores ou de outros fatores que podem acarretar a contaminação ou alteração por produtos químicos. Embalagens primárias: são aquelas que entram em contato direto com os produtos, portanto exigem cuidados especiais de acondicionamento. Exemplo: sacos de polietileno para embalagem de carcaças de frango. Embalagens secundárias: são aquelas que não entram em contato direto com o produto. Exemplo: caixas de papelão. As embalagens primárias e secundárias devem ser armazenadas em local separado dos demais depósitos, mantidas dentro das embalagens originais, protegidas de contaminações ambientais, além de serem previamente autorizadas para o uso a que se destinam, inócuas e sem perigo de alterar as características originais do produto. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 64 QUANTO AOS INGREDIENTES: Para os ingredientes são exigidas as mesmas condições ambientais e também os mesmos requisitos de identificação previstos para a matéria- prima. Embalagens dos ingredientes danificadas ou com presença de manchas podem significar condições inadequadas de armazenamento. Por necessidade da manutenção de sua inocuidade e qualidade, os ingredientes devem ter o seu uso autorizado, acondicionados em embalagens fechadas, mantidos em ambientes separados, próprios a sua melhor conservação, protegidos de inconvenientes microbiológicos e ainda possuir indicações oficiais perfeitamente comprovadas para o seu emprego. Embalagens primárias, secundárias ou de ingredientes danificadas ou com alterações no seu aspecto original, significam condições inadequadas de manipulação ou armazenamento e implicam na sua desclassificação para o uso previsto. 2.4.12. Controle de temperaturas O controle de temperaturas é essencial à indústria de alimentos para garantir a inocuidade e qualidade dos produtos. A referência isolada à temperatura significa que se trata da mensurada no ambiente, ou seja, nas câmaras em geral, na sala de preparação de produtos, na desossa e outros, ao passo que a temperatura da matéria-prima ou produto é quase sempre objeto de PONTO DE CONTROLE (PC) ou PONTO CRÍTICO DE CONTROLE (PCC), que serão avaliados no programa APPCC da empresa. O programa de autocontrole da cadeia de frio das empresas deverá contemplar como validação, as análises das curvas de temperaturas dos produtos e controles aplicados durante o fluxo do processo para minimizar os riscos associados. Os estabelecimentos devem dispor de registros das temperaturas, preferencialmente, na forma de cartas contínuas ou, em formulários com anotações registradas no menor intervalo de tempo possível. O registro da variação em tempo reduzido permite identificar a tendência de eventuais desvios e conduzir as medidas de controle que evitem o crescimento exponencial de patógenos. Esta é a razão pela qual os registros contínuos (termógrafos) são preferidos. 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 64 TERMÔMETROS 2.4.13. Calibração e aferição de instrumentos de controle de processo A calibração e aferição são procedimentos utilizados para confirmação metrológica que comprova que um determinado instrumento/equipamento de medição utilizado está em conformidade para o uso pretendido. É fundamental a existência e funcionamento de um plano de aferição e calibração de instrumentos e dispositivos de controle de processo. Exemplos de instrumentos/equipamentos utilizados na produção de alimentos: Balanças, termômetros, hidrômetros, tanques ou estufas de cozimento, pHmetro, manômetro, autoclaves, termógrafos, incubadoras, etc. BALANÇA HIDRÔMETRO 07253453905 07253453905 - sarah almeida costa Conhecimentos específicos ± Parte I ± MAPA Profª. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01 Profª. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 64 Os procedimentos de aferição/calibração dos instrumentos e equipamentos de medição devem estar descritos em Programa de Autocontrole, incluindo quem irá realizar estes procedimentos, em quais equipamentos (onde), como e com que frequência (quando). O procedimento de calibração
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