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Resumo Tutoria- Módulo Psiquiatria Retardo mental: é quando a pessoa tem um “funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, auto-cuidados, vida doméstica, habilidades sociais, relacionamento interpessoal, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança”. Deficiência Mental é um estado onde existe uma limitação funcional em qualquer área do funcionamento humano, considerada abaixo da média geral das pessoas pelo sistema social onde se insere a pessoa. Isso significa que uma pessoa pode ser considerada deficiente em uma determinada cultura e não deficiente em outra, de acordo com a capacidade dessa pessoa satisfazer as necessidades dessa cultura. Isso torna o diagnóstico relativo. Na Deficiência Mental, como nas demais questões da psiquiatria, a capacidade de adaptação do sujeito ao objeto, ou da pessoa ao mundo, é o elemento mais fortemente ligado à noção de normal. Teoricamente, já que a unidade de observação é a capacidade de adaptação, deveriam ficar em segundo plano as questões mensuráveis de QI. Segundo critérios das classificações internacionais, o início da Deficiência Mental deve ocorrer antes dos 18 anos, caracterizando assim um transtorno do desenvolvimento e não uma alteração cognitiva como é a Demência. Embora o assunto comporte uma discussão mais ampla, de modo acadêmico o funcionamento intelectual geral é definido pelo Quociente de Inteligência (QI ou equivalente). Academicamente, é possível diagnosticar o Retardo Mental em indivíduos com QIs entre 70 e 75, porém, que exibam déficits significativos no comportamento adaptativo. Cautelosamente o DSM.IV recomenda que o Retardo Mental não deve ser diagnosticado em um indivíduo com um QI inferior a 70, se não existirem déficits ou prejuízos significativos no funcionamento adaptativo. Classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde) QI Denominação Nível Cogn. (Piaget) Idade Mental Menor de 20 Profundo Sensório-Motriz 0-2 anos Entre 20-35 Agudo Grave Sensório-Motriz 0-2 anos Entre 36-51 Moderado Pré-Operativo 2-7 anos Entre 52-67 Leve Operações Concretas 7-12 anos De um modo geral, resumindo, costuma-se ter como referência para avaliar o grau de deficiência, mais os prejuízos no funcionamento adaptativo que a medida do QI. Por funcionamento adaptativo entende-se o modo como a pessoa enfrenta efetivamente as exigências comuns da vida e o grau em que experimenta uma certa independência pessoal compatível com sua faixa etária, bem como o grau de bagagem sócio-cultural do contexto comunitário no qual se insere. A Deficiência Mental se caracteriza assim, por um funcionamento global inferior à media, junto com limitações associadas em duas ou mais das seguintes habilidades adaptativas: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades escolares, administração do ócio e trabalho. Para o diagnóstico é imprescindível que a Deficiência Mental se manifeste antes dos 18 anos. As áreas de necessidades dos deficientes devem ser determinadas através de avaliações neurológicas, psiquiátricas, sociais e clínicas e nunca numa única abordagem de diagnóstico. CAUSAS E FATORES DE RISCO Inúmeras causas e fatores de risco podem levar à Deficiência Mental, mas é muito importante ressaltar que muitas vezes não se chega a estabelecer com clareza a causa da Deficiência Mental. A. FATORES DE RISCO E CAUSAS PRÉ NATAIS: São os fatores que incidirão desde a concepção até o início do trabalho de parto, e podem ser: - Desnutrição materna; - Má assistência à gestante; - Doenças infecciosas na mãe: sífilis, rubéola, toxoplasmose; - Fatores tóxicos na mãe: alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos (medicamentos teratogênicos), poluição ambiental, tabagismo; - Fatores genéticos: alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais), ex.:síndrome de down, síndrome de matin bell; alterações gênicas, ex.:erros inatos do metabolismo (fenilcetonúria), síndrome de williams, esclerose tuberosa, etc. B. FATORES DE RISCO E CAUSAS PERINATAIS. Incidem do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do bebê como: má assistência ao parto e traumas de parto; * oxigenação cerebral insuficiente; Prematuridade e baixo peso; * Icterícia grave do recém nascido C. FATORES DE RISCO E CAUSAS PÓS-NATAIS: Aqueles que incidirão do 30º dia de vida até o final da adolescência e podem ser: - Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global; - Infecções: meningoencefalites, sarampo, etc; - Intoxiações exógenas (envenenamento): remédios, inseticidas, produtos químicos (chumbo, mercúrio); - Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc. - Infestações: neurocisticircose (larva da Taenia Solium). A deficiência Mental é definida como um transtorno mental e é classificado na CID e no DSM- IV como "retardo mental" O Transtorno defini-se por uma parada do desenvolvimento (ou desenvolvimento incompleto) do funcionamento intelectual, caracterizados essencialmente por um comprometimento, durante o período de desenvolvimento, das faculdades que determinam o nível global de inteligência. Ele pode acompanhar um outro transtorno mental ou físico, ou ocorrer de modo independentemente. É descrito no DSM - IV como um funcionamento intelectual significativamente inferior à média acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. O início deve ocorrer antes dos 18 anos . O Retardo Mental possui muitas etiologias diferentes e pode ser visto como uma via final comum de vários processos patológicos que afetam o funcionamento do sistema nervoso central. Síndrome de Down: forma mais comum de trissomia autossômica e a causa genética mais comum de dificuldade de aprendizado severa. Sua incidência é de 1:650 (sem rastreamento pré-natal). Suspeitada ao nascimento, geralmente, devido a aparência da face do bebê, maioria hipotônica, apresenta occípcio achatado, prega palmar única, 5º dedo encurvado e grande espaço entre o hálux e o 2º dedo do pé. Um prognostico preciso a longo prazo no período neonatal é difícil de se estabelecer, pois se observam variações individuais no grau de dificuldade de aprendizado e no desenvolvimento das complicações. A cardiopatia congênita grave é a maior causa de mortalidade precoce. Consciente: parte da mente em que as percepções que provêm do mundo externo ou interior do corpo ou da mente são trazidas à consciência, a qual é um fenômeno subjetivo, cujo conteúdo somente pode ser comunicado por meio da linguagem ou do comportamento. As pessoas têm noção de determinada ideia ou sentimento pelo fato de investirem uma quantidade discreta de energia psíquica (catexe da atenção) neutralizada em ambos. Pré-consciente: compreende eventos, processos e conteúdos mentais que podem ser trazidos à consciência pelo ato de concentrar a atenção. Conceitualmente, representa uma interface entre as regiões inconsciente e consciente. Serve também para manter a barreira repressiva e para censurar desejos e vontades inaceitáveis. Inconsciente: sistema dinâmico. Seus conteúdos e processos mentais são mantidos fora da consciência por meio de forças de censura ou repressão. Está intimamente relacionado a impulsos instintivos.Caracteriza-se pelo pensamento do processo primário, que visa principalmente a facilitar a realização de desejos e a liberação de instintos. Governado pelo princípio do prazer. O conteúdo do inconsciente só pode se tornar consciente passando pelo pré-consciente. Personalidade: conjunto distintivo constituído por padrões e tendências comportamentais relativamente permanentes de um dado indivíduo. Desenvolvimento psicossexual (Freud): a medida que a energia da libido muda de uma zona para outra (oral -> anal-> fálica), acredita-se que cada estágio do desenvolvimento se baseie e reúna as realizações do estágio anterior. - Estágio oral: ocorre nos primeiros 12 a 18 meses, centrado na boca e lábios e se manifesta nos comportamentos de mastigar, morder e chupar. - Estágio anal: ocorre dos 18 a 36 meses, envolve o funcionamento e controle do intestino. - Estágio fálico: ocorre de 3 a 5 anos, concentra-se inicialmente na urinação como fonte de atividade erótica. Teoria estrutural da mente-personalidade (Freud): formada por 3 entidades (id, ego e superego). Id: termo usado por Freud para referir-se a uma variedade de impulsos instintivos desorganizados, impulsos biológicos primitivos. Representa a porção inata da personalidade. Os impulsos fisiologicamente determinados (busca de ar, alimento, água, procriação entre outros) são considerados funções do id. No entanto, não deve ser considerado sinônimo do inconsciente, pois, tanto o ego quanto o superego têm componentes inconsciente. Ego: cobre todas as três dimensões topográficas do consciente, pré-consciente e inconsciente. É a parte ou função da personalidade que estabelece um relacionamento com o mundo o qual vivemos. Lida com o ambiente através da percepção consciente, do raciocínio, do sentimento e da ação. O pensamento lógico e abstrato e a expressão verbal estão associados às funções consciente e pré-conscientes do ego. Os mecanismos de defesa residem no domínio inconsciente do ego, que é o órgão executivo da psique e controla a mobilidade, percepção, contato com a realidade e, por meio dos mecanismos de defesa disponíveis, o retardo e a modulação na expressão de impulsos. Apresenta os aspectos da personalidade que avaliam, julgam, se comprometem, fornecem soluções e criam defesas. É o agente integrador e executivo, tem um papel intermediário entre os mundos interno e externo. É o mediador e dirige o comportamento a compromissos aceitáveis entre os impulsos cegos do id e as inibições do superego. Superego: segmento que é conceituado como um observador e avaliador do funcionamento do ego, comparando com o padrão ideal. Estabelece e mantém a consciência moral do indivíduo com base em um complexo sistema internalizado de ideias e valores dos pais ou seus substitutos (figuras de autoridade, capazes de punir ou recompensar). Serve como uma entidade que proporciona um escrutínio íntimo dos comportamentos, pensamentos e sentimentos da pessoa, faz comparação com padrões de comportamento esperados e oferece aprovação ou desaprovação. Essas atividades ocorrem amplamente de forma inconsciente. Age como o supervisor do ego e de tendências internas, inconscientes e, portanto, como parte repressora da personalidade. Na pessoa bem ajustada, o comportamento satisfaz simultânea e vitoriosamente as exigências do ID, EGO e SUPEREGO. Ansiedade: resposta a uma ameaça desconhecida. Prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas ou qualquer ameaça à unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Pode manifestar-se em 3 níveis: neuroendócrino (adrenalina, noradrenalina, ...), visceral (Sist. Nerv. Autônomo) e consciência (sensações fisiológicas, nervosismo ou amedrontamento). A ansiedade é caracterizada por um estado subjetivo de apreensão ou tensão consequente à interpretação de uma situação de perigo real ou imaginária. Este estado é frequentemente acompanhado por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, aumento da pressão arterial, das frequências cardíaca e respiratória, aperto no peito e transpiração. A ansiedade pode ser distinguida do medo pela presença da incerteza subjetiva, no que se diz respeito ao estímulo ou a situação vivenciada. Ansiedade tem também sido descrita como medo não resolvido na medida que pode resultar em uma perturbação comprometendo o desempenho do indivíduo. Biologicamente a etiologia da Ansiedade parece estar relacionada aos sistemas Noradrenérgico, Gabaérgico e Serotoninérgico (da noradrenalina, serotonina e gaba, respectivamente) do Lobo Frontal e do Sistema Límbico. Os pacientes ansiosos tendem a ter um tônus simpático aumentado, respondendo emocionalmente de forma excessiva aos estímulos ambientais e demorando mais a adaptar-se às alterações do Sistema Nervoso Autônomo. Transtornos de ansiedade: - Transtorno do pânico: caracteriza-se por crises súbitas e imprevisíveis de elevada ansiedade e medo com taquicardia, sudorese, tontura, dor no peito, falta de ar, sensação de morte ou de perda de controle. Para definir o transtorno, devem ocorrer várias crises de pânico em um período de, pelo menos, 1 mês, sem que haja circunstancias com perigo objetivo. - Fobias: caracterizam-se pelo medo persistente e recorrente a um determinado objeto ou circunstancia que desencadeia uma forte reação de ansiedade, acompanhada pela ausência de motivo para despertar o medo constatado, ou por este ser exagerado diante de objeto fóbico. - Fobia social: intensa ansiedade gerada quando o desempenho do paciente é submetido a avaliação de outras pessoas. - Transtorno de estresse pós-traumático: pode ser entendido como a perturbação psíquica decorrente e relacionada a um evento ameaçador ao paciente ou sendo este apenas testemunha de uma tragédia. - Síndrome de Gilles de la Tourette: transtorno de tique na qual houve tiques motores múltiplos e 1 ou mais tiques vocais, embora não precisem ser simultâneos, inicia-se na infância ou adolescência. * Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): consiste na combinação de obsessões e compulsões. - Obsessões: pensamentos recorrentes insistentes caracterizados por serem desagradáveis, repulsiveis e contrários a índole do paciente, não sendo controlado por ele. O paciente perde o controle sobre os pensamentos, muitas vezes passam a praticar atos que, por serem repetitivos, se tornam rituais. Esses atos objetivam prevenir e aliviar a tensão causada pelos pensamentos. - Compulsões: gestos, rituais ou ações sempre repetitivas e incontroláveis. Podem ser secundárias às obsessões. Não há perda de juízo, e o paciente sempre percebe o absurdo ou o exagero do que está se passando; no entanto, como não sabe o que está acontecendo, teme estar enlouquecendo e pelo menos no começo tenta esconder seus pensamentos e rituais. As principais características de uma obsessão ou compulsão são a ocorrência indesejável do sintoma, a incoerência com os referenciais caracterológicos e vivenciais do indivíduo, bem como a capacidade de crítica dos mesmos que está preservada na maioria dos casos. São atos que o indivíduo se sente compelido a realizar. A execução diferentemente dos atos impulsivos, não se dá de imediato, e sim somente após alguma deliberação consciente, havendo, com frequência, luta ou resistência contra a sua execução. Também diferentemente dos atos impulsivos, os atos compulsivos nem sempre levam a uma sensação de prazer; muitas vezes produzem apenas certo alívio, em geral temporários, para uma vivência disfórica. No TOC, os 2 tipos de sintomas quase sempre estão juntos, mas pode haver a predominância de um sobre o outro. NoTOC, as compulsões podem ser secundárias a idéias obsessivas, uma forma de combater essas idéias, de reduzir a ansiedade provocada por elas; ou então, consistem em comportamentos repetitivos que requerem um padrão rígido de realização, e que muitas vezes assumem a forma de verdadeiros rituais. O paciente com TOC reconhece o caráter absurdo de suas compulsões e tenta resistir a elas. Compulsões são comuns também na depressão e na síndrome de Tourette. Possuem igualmente um caráter compulsivo o padrão de uso de drogas psicoativas na dependência química (toxicofilia), o comportamento alimentar na obesidade hiperfágica comum (em que há ataques de hiperingestão), o jogo patológico, a cleptomania e certos padrões de comportamento relativos ao comprar e ao envolvimento amoroso. O comportamento de um indivíduo em relação à comida, ao jogo e ao objeto sexual pode possuir os mesmos aspectos observados nos quadros de dependência química em relação à droga: avidez (ânsia por comida, pelo jogo ou pelo parceiro sexual), pensamentos recorrentes (quanto aos mesmos), negação de dependência, sintomas de abstinência e a ocorrência de prejuízos psicossociais significativos. Na cleptomania, o indivíduo mais frequentemente uma mulher, vê-se impelido a roubar determinado objeto, do qual na verdade não necessita e cujo valor financeiro é irrelevante. O ato de roubar é precedido de ansiedade e acompanha-se de um alívio dessa ansiedade, além de certa excitação e prazer. No TOC, o pensamento é minucioso, com a presença de idéias obsessivas. As compulsões constituem manifestações essenciais de TOC. São especialmente torturantes quando a sua realização se acompanha de dúvida quanto à exatidão do ato, o que faz com que este tenha que ser repetido inúmeras vezes. Nos casos mais graves de TOC, pode não haver uma plena consciência quando à inadequação do comportamento compulsivo, apesar da ausência de sintomas psicóticos Acomete 2 a 3% da população geral e apresenta 2 picos de incidência, na infância (1º) e em torno dos 30 anos (2º). Incide com a mesma frequência em homens e mulheres, sendo que, nas crianças, é mais comum em meninos. Sinais e sintomas do TOC: possui três apresentações da doença as quais são muito frequentes: A 1ª é quando predominam os pensamentos obsessivos. Estes pensamentos são intrusivos e invasivos, interrompendo as atividades a que a pessoa está se dedicando ou interrompendo seu descanso. Não são poucas as vezes em que a pessoa sente um desejo incontrolável de pensar a mesma coisa dezenas, ou até centenas de vezes, até que os pensamentos obsessivos acalmem. A 2ª situação diz respeito aos rituais de verificação, como lavar as mãos diversas vezes, limpar determinada parte do corpo muitas vezes, retornas dezenas de vezes para certificar de que fechou a porta, ou desligou o gás, ou fechou as janelas, enfim, são rituais de verificação repetitivos e terrivelmente atormentadores. São também frequentes as arrumações sem fim. Arruma-se o armário diversas vezes, limpa-se a casa muitas vezes, recomeça-se a limpeza se “ não ficou bom”, reinicia-se tudo de novo, e assim lá se vai a qualidade de vida do paciente. A 3ª forma de apresentação frequente deste transtorno é a forma mista, onde além dos pensamentos obsessivos e repetitivos também estão presentes os rituais de verificação. Causas: A ciência tem conseguido esclarecer vários fatos em relação ao TOC embora não consiga ainda esclarecer suas verdadeiras causas. Provavelmente concorrem vários fatores para o seu aparecimento: de natureza biológica envolvendo aspectos genéticos, neuroquímica cerebral, lesões ou infecções cerebrais; fatores psicológicos como a aprendizagem; certas formas errôneas de ver e interpretar a realidade próprias dos portadores do TOC, e até culturais. Na medida em que as pesquisas avançam tem ficado mais evidente a importância dos fatores de natureza biológica. Sabe-se ainda que fatores de natureza psicológica influem no surgimento, na manutenção e no agravamento dos sintomas de TOC. É bastante comum que os sintomas surjam depois de algum estresse psicológico; conflitos psíquicos agravam os sintomas, e tem cada vez ficado mais claras certas alterações no modo de pensar, de perceber e avaliar a realidade por parte destes pacientes. Eles tendem a supervalorizar a importância dos pensamentos como se pensar fosse o mesmo que agir; tendem a supervalorizar o risco e as possibilidades de ocorrerem eventos desastrosos (contrair doenças, perder familiares, contaminar-se); tendem a superestimar a própria responsabilidade quanto a provocar ou prevenir eventos futuros; são perfeccionistas, perdendo muito tempo com a preocupação de fazer as coisas bem feitas e evitar possíveis falhas ou imperfeições e imaginam modificar o curso futuro dos acontecimentos com a execução dos rituais (pensamento mágico). Cada paciente pode apresentar uma ou mais destas distorções, que são mantidas mesmo as evidências sendo contrárias a elas, ou apesar de não terem comprovação na realidade. Tratamento: Os tratamentos mais efetivos no momento incluem o uso de certos medicamentos, inicialmente utilizados no tratamento da depressão, que posteriormente se descobriu serem efetivos também do TOC, e algumas técnicas psicoterápicas chamadas de cognitivas e comportamentais. Os medicamentos são efetivos para 40 a 60% dos pacientes e são a primeira escolha, principalmente quando, além do TOC, existem outros problemas associados como depressão, ansiedade, o que é muito comum. Além dos medicamentos, utiliza-se no TOC uma modalidade de terapia – a chamada terapia cognitivo-comportamental (TCC), da qual foram adaptadas algumas técnicas como para combater os sintomas do TOC. Ao redor de 70% dos que realizam a TCC podem obter uma boa redução ou até a eliminação completa dos sintomas. Ela é efetiva especialmente quando predominam rituais, não existem outros problemas psiquiátricos graves, e os pacientes se envolvem efetivamente nas tarefas de casa, parte fundamental dessa forma de tratamento. Descobriu-se que alguns dos medicamentos utilizados como antidepressivos também possuíam também uma ação anti-obsessiva. São os seguintes: Clomipramina (Anafranil), Paroxetina (Aropax, Pondera), Fluvoxamina (Luvox), Fluoxetina (Prozac, Deprax, Eufor, Daforim, Verotina, etc.), Sertralina (Zoloft, Tolrest), Citalopram (Cipramil). As doses, em geral, são mais elevadas do que as utilizadas na depressão. A resposta em geral não é imediata podendo demorar até 12 semanas para iniciar, razão pela qual o medicamento não deve ser interrompido se não sentir nenhum benefício depois das primeiras semanas de uso. É importante salientar que 20 % dos que não respondem a uma droga poderão responder a uma segunda. Por este motivo é possível que o médico queira experimentar uma segunda droga depois de algum tempo. Também é comum a associação com outras drogas quando a resposta não é satisfatória. O desaparecimento dos sintomas em geral é gradual, podendo ser progressivo ao longo de vários meses e não rapidamente como ocorre em outras doenças como a depressão ou o pânico. A melhora tende ainda a ser incompleta, isto é, não há em geral uma eliminação total dos sintomas embora 40 a 60% dos pacientes obtenham uma redução significativa na sua quantidade e intensidade. Efeitos colaterais dos medicamentos: clomipramina são: constipação intestinal, tonturas, "queda de pressão", boca seca, visão borrada, sonolência, retardo na ejaculação. São mais raros tremores das mãos e sudorese noturna. Os mais comuns da fluoxetina, sertralina, paroxetina, fluvoxamina e citalopram são: inquietude, náuseas, dor abdominal, diarréia, insônia, dor de cabeça, disfunção sexual, tremores e, eventualmente, sonolência. * Transtorno de ansiedadegeneralizada (TAG): estado de apreensão ou preocupação constante, de intensidade flutuante cuja causa não é identificável. Geralmente é acompanhado de tensão motora, irritabilidade e perturbações do sono. É persistente, com duração de pelo menos 6 meses. A característica essencial do Transtorno de Ansiedade Generalizada, segundo o DSM.IV, é uma expectativa apreensiva ou preocupação excessiva, ocorrendo na maioria dos dias e com duração de, pelo menos, 6 meses. A pessoa portadora de Transtorno de Ansiedade Generalizada considera difícil controlar essa preocupação excessiva, a qual é acompanhada de pelo menos três dos seguintes sintomas adicionais: Inquietação, Fadiga, Dificuldade em concentrar-se, Irritabilidade, Tensão muscular e Perturbação do sono. Critérios Diagnósticos para F41.1 - 300.02 Transtorno de Ansiedade Generalizada A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6 meses, nos diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes sintomas, presentes na maioria dos dias nos últimos 6 meses. Nota: Apenas um item é exigido para crianças. (1) inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele (2) fatiga (3) dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente (4) irritabilidade (5) tensão muscular (6) perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). D. O foco da ansiedade ou preocupação não se refere a ter um Ataque de Pânico,ou ficar embaraçado em público (como na Fobia Social), ou ser contaminado (como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo). E. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. F. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo). O aspecto central é uma ansiedade generalizada e persistente com duração de pelo menos várias semanas acompanhada de queixas variáveis relacionadas que podem ser agrupadas em três blocos: 1. apreensão (preocupações persistentes sobre “desgraças” futuras, nervosismo, impaciência, irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração, etc.); 2. tensão motora (movimentação inquieta, tremores, dificuldade para relaxar, dores tensionais: cabeça, pescoço, pernas, etc.); 3. hiperatividade autonômica (taquicardia, sudorese, tonturas, taquipnéia, boca seca, fadiga fácil, desconfortos gastrointestinais, etc.). Essa ansiedade, como anteriormente já mencionado, não deve ser acompanhada de crises de pânico, sintomas fóbicos, obsessivos ou depressivos ou outra patologia mental ou física que a explique. A TAG ocorre em cerca de 5% da população e em geral, se inicia antes dos 30 anos e é duas vezes mais freqüente em mulheres do que em homens. ETIOLOGIA A TAG assim como todos os demais transtornos mentais, tem uma etiologia multifatorial, i.e., uma somatória de fatores predisponentes e ambientais. A predisposição é formada por fatores biológicos (genéticos, intrauterino, etc.) e experiências psicossociais, principalmente, na primeira infância. A interrelação entre os fatores biológicos (com os quais a pessoa nasce) e experiências durante a infância e adolescência vão determinar a predisposição, o grau de vulnerabilidade. NT serotoninérgicos e gabaérgicos parecem estar envolvidos. Neuroimagem indica alterações no lobo occipital, sistema límbico e o córtex frontal estão realacionados ao transtorno. Gêmeos monozigóticos de 50%, e 25% entre parentes de 1º grau. Teorias psicossociais associam a hipótese de que pacientes estejam incorretamente respondendo aos perigos que percebem, ou ainda, que os sintomas de ansiedade estão relacionados a conflitos inconscientes não-solucionados. Epidemiologia: Prevalência anual 3 a 8% - Mais frequente em mulheres (2:1), início na 2ª década de vida. Muitas vezes relacionado a situações de vida de estresse constante. Quadro clínico: Ansiedade generalizada e persistente, não restrita a uma situação ambiental ou objeto especifico, acompanhado de queixas clinicas que envolvem 3 áreas principais: Tensão motora: tremor, abalos, tensão muscular, inquietação, fadiga fácil, dores Hiperatividade autonomica: palpitações, sensação de asfixia, sudorese, mãos frias e úmidas, dificuldade para diglutir, sensação de nó na garganta. Vigilância: impaciência, sobressaltos, sensação de incapacidade, dificuldade de concentração, insônia, irritabilidade, lapsos de memória Diagnóstico: Baseia-se na presença de ansiedade ou preocupação excessiva sobre diferentes circunstâncias da vida, por pelo menos 6 meses. Há dificuldade em controlar essas preocupações e ansiedade causa intensa aflição ou prejuízo significativo. Três ou mais sintomas devem estar presentes. Diagnóstico Diferencial: Deve ser feito com condições clínicas que possam causar ansiedade, como: Intoxicação por cafeína, abuso de álcool e sedativos, transtorno de pânico, fobias, TOC, transtorno depressivo e distimia (estado crônico de depressão. Tratamento: O curso deve ser crônico e flutuante. O Tratamento medicamentoso é beaseado no uso de antidepressivos tricíclicos. BZD podem ser usados em associação, cuidado de reduzir a dose ou descontinuar gradativamente após 2-3 semanas. Duração do tto pode ser longa, em alguns casos por toda a vida. PSICOFÁRMACOS NO TRATAMENTO DA TAG Os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) têm sido usados no tratamento da TAG. O tempo de surgimento da ação terapêutica desses medicamentos, assim como na depressão, é de 2 a 4 semanas. Como os ISRS inicialmente aumentam, ao invés de diminuirem, a concentração de 5-HT na fenda sináptica e, portanto, a estimulação dos receptores pós- sinápticos, pode ocorrer uma piora inicial da ansiedade. Em geral essa piora inicial é dose- dependente, por isso se recomenda iniciar o tratamento com uma dose menor. Contudo, há poucos casos, onde a piora inicial ocorre mesmo com doses muito pequenas. A buspirona, um agonista parcial de receptores (pré e pós-sinápticos) 5-HT1a pode beneficiar alguns pacientes com TAG. Novamente, o tempo de surgimento do efeito terapêutico é de 2 a 4 semanas. BENZODIAZEPÍNICOS NO TRATAMENTO DA TAG Os BZ têm sido usados desde a década de 60 e seus efeitos terapêuticos, colaterais e suas limitações são bem conhecidos. Estes são agonistas totais dos receptores GABA-A, potencializando a abertura dos canais de cloro pelo GABA. Os BZ têm efeito ansiolítico, hipnótico-sedativo, miorelaxante e anticonvulsivante. A diferença entre efeito ansiolítico e hipnótico é tênue, depende da dose e da sensibilidade do paciente. Os BZ de meia-vida curta e início rápido de ação são preferidos para uso como hipnóticos, pois, além de induzir rapidamente o sono, não produzem efeito ressaca no dia seguinte devido a rápida eliminação do organismo. Comparativamente aos ISRS, os BZ têm uma rápida ação, pois, em menos de uma hora já temos efeitos terapêuticos. Transtornos somatoformes: grupo de transtornos que incluem sintomas físicos para os quais não pode ser encontrada uma explicação médica adequada. Seu diagnóstico reflete a avaliação do médico de que fatores psicológicos são grandes contribuidores para o início, a severidade e a duração dos sintomas. São reconhecidos 5 transtornos específicos somatoformes: transtorno de somatização, transtorno conversivo, hipocondria, transtorno dismórfico corporal e transtornos dolorosos. O DSM-IV tambémpossui 2 categorias residuais para os transtornos somatoformes: transtorno somatoforme indiferenciado e transtorno somatoforme sem outra explicação. Histéria (transtorno de somatização): elaboração de várias queixas somáticas pelo paciente, que são recorrentes e clinicamente significativas que não podem ser explicados de maneira adequada com base nos exames físico e laboratorial, resultando em algum tratamento médico. Em geral inicia-se antes de 30 anos, podendo continuar por anos e se distingue, de acordo com o DSM-IV-TR, por “uma combinação de sintomas de dor, gastrintestinais, sexuais e pseudoneurológicas”. Difere-se de outros transtornos somatoformes em vista da multiciplicidade de queixas de vários sistemas de órgãos afetados. É crônico e se associa a sofrimento psicológico, comprometimento do desempenho social e ocupacional e comportamento de procura excessiva por assistência médica. É mais comum em mulheres, com uma estimativa de 0,2 a 2% em mulheres e 0,2% em homens. Ocorre com mais frequência entre pacientes com pouca instrução e baixa renda. É definido como se iniciando antes dos 30 anos, em geral na adolescência. Sua causa é desconhecida. Para seu diagnóstico, o DSM-IV-TR necessita de início dos sintomas antes dos 30 anos. Durante seu curso, os pacientes precisam ter se queixado de pelo menos 4 sintomas de dor, 2 sintomas gastrointestinais, 1 sintoma sexual e 1 sintoma pseudoneurológico, nenhum dos quais completamente explicável por exames físico ou laboratorial. De acordo com o DSM-IV-TR, incluem nas características clínicas o comprometimento da coordenação ou do equilíbrio, paralisia ou fraqueza localizada, dificuldade de deglutição ou uma bola na garganta, afonia, retenção urinaria, alucinações, perda de sensação de tato ou de dor, visão dupla, cegueira, surdez, convulsões ou outra forma de perda da consciência que não o desmaio. Os pacientes classicamente podem descrever suas queixas de forma dramática, emocional e exagerada, com linguagem vívida e colorida; podem não distinguir com clareza sintomas atuais de passados, podem confundir sequências temporais. Diagnóstico diferencial: exclusão de condições médicas não psiquiátricas que possam explicar os sintomas da paciente, como: esclerose múltipla, miastenia grave, lúpus eritematoso sistêmico, AIDS, hipertireoidismo entre outros. É um transtorno crônico e até debilitante. Esse transtorno é melhor tratado quando o paciente dispõe de um único médico identificado como o principal cuidador. Hipocondria: transtorno em que, o paciente demonstra uma preocupação persistente com a presença eventual de 1 ou vários transtornos orgânicos graves e progressivos. Pode ser definida também como a preocupação de um indivíduo com medo de contrair ou com a crença de ter uma doença grave. Homens e mulheres são igualmente afetados. O início dos sintomas pode aparecer em qualquer idade, no entanto, o transtorno aparece com mais frequência em indivíduos com 20 a 30 anos. Nos critérios diagnósticos de hipocondria, o DSM-IV-TR indica que ela reflete uma interpretação errônea de sintomas físicos. Transtorno conversivo: alteração do funcionamento corporal que não se conforma com os conceitos atuais de anatomia e fisiologia do SN Central e Periférico. Ocorre tipicamente em uma situação de estresse e produz redução considerável do desempenho. É definido pelo DSM-IV-TR como caracterizado pela presença de 1 ou mais sintomas neurológicos que não podem ser explicados por uma doença neurológica ou sistêmica conhecida. A relação de mulheres para homens é de no mínimo de 2:1 e no máximo de 10:1, entre crianças há uma elevada predominância nas meninas. Transtorno dismórfico corporal: pacientes com esse tipo de transtorno manifestam um sentimento subjetivo global de serem muito feios em algum aspecto de sua imagem, a despeito da sua aparência normal ou quase. A idade mais comum de início é entre 15 e 30 anos e que as mulheres são afetadas com mais frequência que os homens. Sua causa é desconhecida. Transtornos dolorosos: de acordo com o DSM-IV-TR esse transtorno é definido como a presença de dor que é “foco predominantemente de atenção clínica”. O principal sintoma é dor em 1 ou mais locais que não é inteiramente explicada por uma condição médica ou neurológica não psiquiátrica. Se associa a sofrimento emocional e a perturbação do desempenho. É 2x mais frequente em mulheres do que em homens. Seu pico das idades de início é na 4ª e 5ª décadas, mais comum em trabalhadores braçais. Alopsíquica- orientação da pessoa em relação ao tempo e ao espaço Autopsíquica- orientação da pessoa em relação ao eu. PSICOSE : é perda da capacidade de teste de realidade e limitações no funcionamento mental- manifestadas por delírios, alucinações, confusão e perda de memória. É marcada por fases de delírios e alucinações. Podemos dar como exemplo de psicose a Esquizofrenia, o Transtorno Bipolar e o Autismo. Há cura para a neurose, já para a psicose não há cura definitiva. Psicose é uma doença mental grave que afeta a personalidade na zona central do eu. ● Delírios: falsa realidade percebida (acredita em conspiração contra ele se vê duas pessoas simplesmente conversando ou se julga Deus). ● Alucinações: escuta vozes ou tem visões. Acredita que fontes externas controlam seus pensamentos. O escutar vozes é o mais comum A psicose não tem cura definitiva, a ingestão de remédios provocam a estabilização da doença que, entretanto, pode voltar a se manifestar, em surtos de cada vez maior intensidade, é marcada por fases de delírios e alucinações, (estágios lúcidos/críticos) durante os quais a pessoa pode desenvolver estados de dupla personalidade inconscientemente, ou seja, a própria pessoa não sabe que tem esta dupla personalidade. Os psicóticos são incapazes de cuidar de si. Considera-se uma pessoa psicótica quando seu funcionamento mental interfere consideravelmente em sua maneira de enfrentar a vida. Os problemas manifestam-se na forma de incapacidade de reconhecer a realidade, nas alterações de humor e ou déficit intelectual PSICOSES(Esquizofrenias): São estados que ocorrem no mundo todo. Não se tem um consenso sobre o que seja essa doença. Define pela perturbação do pensamento. Alguns sintomas dos distúrbios esquizofrênicos: Alteração na percepção, Desordem do pensamento, Desordem emocional, Delírios e alucinações, Afastamento da realidade, Comportamento estranha e distúrbios da fala. TRANSTORNO PSICÓTICO Transtornos manifestados por perturbações do pensamento e interpretação incorreta da realidade, frequentemente com delírios e alucinações. Gloria: transtorno por perda dos limites do EGO, com características de alucinação, delírio, entre outros. São eles: 1) Esquizofrenia 2) Transtorno esquizofreniforme 3) Transtorno esquizoafetivo 4) Transtorno psicótico compartilhado 5) Transtorno psicótico breve 6) Transtorno psicótico sem outras especificação 7) Transtorno psicótico secundário Esquizofrenia: está dentro de transtornos psicóticos. É uma perturbação que dura, pelo menos 6 meses e inclui, no mínimo, 1 mês de sintomas de fase ativa (2 ou mais dos seguintes sintomas e sinais: delírios, alucinações discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou catatônico e sintomas negativos). Epidemiologia- atinge cerca de 1% da população, normalmente inicia-se antes dos 25 anos e persiste por toda a vida e afeta as pessoas de todas as classes. É igualmente prevalente em homens e mulheres. Sendo que o inicio da doença é mais precoce em homens. Sendo que as idades de pico do início são entre 10 e 25 anos (homens) e entre 25 e 35 (mulheres), as mulheres podem apresentar um 2º pico ocorrendo na meia idade (3 a 10% apresentam início da doençaapós os 40 anos). Em geral, o resultado para os pacientes do sexo feminino é melhor do que para os do sexo masculino. Quando ocorre após 45 anos, é caracterizado como esquizofrenia de início tardio. Diagnóstico: baseado fundamentalmente na história psiquiátrica e no exame do estado mental. Não há exame laboratorial para tal condição. Etiologia: sua causa é desconhecida. No entanto, uma quantidade crescente de pesquisas indicou um papel fisiopatológico para determinadas áreas do cérebro (sistema límbico, córtex frontal, cerebelo e gânglios basais). Hipóteses etiológicas- Hipótese da dopamina: postula que o transtorno resulta do excesso de atividade dopaminérgica. Essa teoria evoluiu a partir de 2 observações (eficácia e potência da maioria dos antipsicóticos que estão correlacionadas à sua capacidade de agir como antagonistas do receptor de dopamina D2; e, os agentes que aumentam a atividade dopaminérgica). Subtipos (DSM-IV): Paranóide: caracterizada pela preocupação com 1 ou mais delírios ou alucinações auditivas frequentes, classicamente delírios de perseguição ou grandeza. Esses pacientes costumam ter o seu primeiro surto em idades mais avançadas em relação aos demais subtipos (catatônico ou desorganizado). Pacientes nos quais a esquizofrenia ocorre ao final da 2ª ou 3ª década de vida geralmente já estabeleceram uma vida social que pode ajuda-los a enfrentar a doença, e seus recursos de ego tendem a ser maiores do que os de pacientes com esquizofrenia catatônica ou desorganizada. Demonstram menos regressão de suas faculdades mentais, respostas emocionais e comportamento do que em ouros tipos de esquizofrenia. Os pacientes tendem a ser tensos, desconfiados, resguardados, reservados e às vezes hostis ou agressivos, mas também capazes de se comportar adequadamente em algumas situações sociais. Desorganizada (hebefrênico): caracteriza-se por repressão acentuada para um comportamento primitivo, desinibido, irresponsável, imprevisível e desorganizado e pela ausência de sintomas que satisfaçam os critérios para o tipo catatônico, além de ter como característica a presença proeminente de uma perturbação dos afetos, ideias delirantes e alucinações são fugazes e fragmentárias. Seu início costuma ser precoce, antes dos 25 anos. Os pacientes em geral são ativos, mas de uma forma não construtiva, sem objetivo. Seu transtorno de pensamento é pronunciado, e o contato com a realidade é pobre. Sua aparência pessoal é desleixada e o comportamento social e as respostas emocionais são inadequadas. O afeto é superficial, pensamento desorganizado, discurso incoerente e há uma tendência ao isolamento social. Seu prognóstico é desfavorável, devido ao rápido desenvolvimento de sintomas negativos. Catatônico: sua característica clássica é uma perturbação acentuada da função motora, que pode envolver estupor, negativismo, rigidez, excitação ou posturas bizarras. Por vezes, o paciente exibe alternância rápida entre extremos de excitação e estupor. As características associadas incluem estereotipias, maneirismos e flexibilidade cérea. Mutismo é particularmente comum. Durante o estupor ou a excitação catatônica, exige-se supervisão constante para impedir que machuque a si mesmo ou a terceiros. Pode ser necessário atendimento médico devido a desnutrição, exaustão, hiperpirexia ou autolesões. Indiferenciado ou atípico: afecções psicóticas que preenchem os critérios diagnósticos gerais para esquizofrenia, mas que não corresponde a nenhum dos subtipos incluídos em outros diagnósticos, ou que exibem padrões de mais de um deles, sem uma clara predominância de um conjunto particular de características, ou seja, são os pacientes que não podem ser enquadrados em nenhum subtipo com tanta facilidade. Residual: caracteriza-se por evidencias contínuas de transtorno esquizofrênico na ausência de um conjunto complexo de sintomas ativos ou de sintomas suficientes para satisfazer o diagnóstico de outro tipo de esquizofrenia. Embotamento emocional, retraimento social, comportamento excêntrico, pensamento ilógico e frouxidão leve das associações são comuns nesse tipo. Estado crônico da evolução de uma doença esquizofrênica, com uma progressão nítida de um estádio precoce para um estádio tardio, o qual se caracteriza pela presença persistente de sintomas negativos. Simples: caracterizado pela ocorrência insidiosa e progressiva de excentricidade de comportamento, incapacidade de responder às exigências da sociedade e um declínio global de desempenho. Características clínicas: caracteriza-se, em geral, por distorção fundamental de características do pensamento e da percepção e por afetos inapropriados ou ambotados. Usualmente, mantem-se claras a consciência e a capacidade intelectual. Não há um sinal ou sintoma clínico patognomônico; todos os sinais ou sintomas observados na esquizofrenia ocorrem em outros transtornos psiquiátricos e neurológicos. A história do paciente é essencial para o diagnóstico do transtorno. Os sintomas do paciente alternam-se ao longo do tempo. Sua evolução pode ser contínua, episódica com ocorrência de um déficit progressivo ou estável, ou comportar 1 ou vários episódios seguidos de 1 remissão completa ou incompleta. Sintomas positivo e negativos: proposto por T. J. Crow em que os pacientes esquizofrênicos eram classificados em tipo I e II, a partir da presença ou ausência de sintomas positivos (produtivos) e negativos (deficitários). - Sintomas positivos: delírios,alucinações, perturbações da forma e do curso do pensamento, comportamento desorganizado, agitação psicomotora, negligência dos cuidados pessoais. - Sintomas negativos: embotamento afetivo, pobreza de fala (alogia) ou de seu conteúdo, bloqueio, auto higiene pobre, falta de motivação, anedonia e retraimento social. Outros sintomas: audição do próprio pensamento, alucinação auditiva que comentam o comportamento do paciente, alucinações somáticas, pensamentos controlados (sensação), irradiação dos pensamentos, ações controladas e influenciadas por algo exterior (sensação). Pacientes do tipo I tendem a ter principalmente sintomas positivos, estruturas cerebrais normais em imagens de TC e resposta relativamente boa ao tratamento. Os do tipo II apresentam, em sua maioria, sintomas negativos, anormalidades cerebrais estruturais em imagens de TC e resposta pobre aos tratamentos. Uma terceira categoria, a desorganizada, inclui fala desorganizada (transtorno do pensamento), comportamento desorganizado, defeitos cognitivos e déficit de atenção. Curso: Seu início pode ser abrupto ou insidioso, mas, em geral, os sintomas iniciam na adolescência (1ª metade da casa dos 20 anos para os homens e final da casa dos 20 anos para as mulheres) e são seguidos pelo desenvolvimento de sintomas prodrômicos, manifestada pelo desenvolvimento lento e gradual de uma variedade de sinais e sintomas dentro de um intervalo de dias a alguns meses. Alterações sociais ou ambientais, podem precipitar sintomas perturbadores, e a síndrome prodrômica pode durar um ano ou mais antes do início de sintomas psicóticos manifestos. Os indivíduos com início precoce são, mais, frequentemente, do sexo masculino. Indivíduos com início tardio com frequência são do sexo feminino. Nos homens: mais evidências de anormalidades estruturais do cérebro, sinais e sintomas negativos mais proeminentes, mais evidencias de prejuízo cognitivo e pior prognóstico. Nas mulheres: menor evidências de anormalidades estruturais do cérebro ou prejuízo cognitivo e apresentam um melhor prognóstico. O curso clássico da esquizofrenia é de exacerbações e remissões. Após o primeiro episódiopsicótico o paciente se recupera de forma gradual e funciona de modo relativamente normal por um longo tempo. As recaídas são comuns, e o padrão da doença durante os primeiros 5 anos após o diagnóstico costuma indicar o curso do paciente. A deterioração do funcionamento de linha base é cada vez maior após cada recaída da psicose, e esse fracasso em retornar ao nível anterior de funcionamento é a principal distinção entre a esquizofrenia e os transtornos de humor. Critérios diagnósticos- DSM-IV: A) Sintomas característicos: 2 ou mais dos seguintes, cada qual presente por uma porção significativa de tempo durante o período de 1 mês (delírio, alucinação, discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos) * Apenas 1 sintoma do critério A é necessário, no caso de, os delírios serem bizarros ou as alucinações consistirem em vozes que comentam o comportamento ou pensamentos, 2 ou mais vozes conversando entre elas. B) Disfunção social/ocupacional: por uma porção significativa de tempo, desde o início da perturbação, 1 ou mais áreas importantes do funcionamento, estão acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início. C) Duração: sinais contínuos da perturbação persistem por pelo menos, 6 meses, período que deve incluir, no mínimo, 1 mês de sintomas que satisfazem o critério A. D) Exclusão de transtorno esquizoafetivo e transtorno de humor E) Exclusão de substância/condição médica geral F) Relação com um transtorno invasivo do desenvolvimento Tratamento: antipsicóticos, exceto clozapina, podem ser usados no tratamento. Os tratamentos devem ser feitos com um medicamento de cada vez, de acordo com o perfil se segurança e tolerabilidade do paciente. Em caso de falha terapêutica, uma 2ª tentativa com algum antipsicótico deve ser feita. ANTIPSICOTICOS: a) antagonista do receptor de dopamina- típico/ b) antagonista da serotonina- dopamina- atípico : causa menos sedação e efeitos anticolinérgicos do que os antagonistas do receptor de dopamina. TÍPICOS: são antagonistas do receptor D2 da Dopamina. Exemplos em ordem decrescente de potência: ● Haloperidol ● Flupentixol ● Fluspirileno ● Sulpirida ● Levomepromazina ● Clorprotixeno ● Clorpromazina ATÍPICOS: Os neurolépticos atípicos são caracterizados por um alto efeito nos receptores serotoninérgicos 5-HT-2ª e também no D2 dopaminérgicos. Por conta disso, proporcionam menos efeitos extrapiramidais como, por exemplo, acatisia e parkinsonismo. Esses efeitos benéficos dão-se pela atividade desses fármacos nas vias nigroestriatal e mesocortical. ● Clozapina ● Olanzapina ● Quetiapina ● Risperidona ● Amissulprida ● Ziprasidona ● Aripiprazol Outro medicamento: -benzodiazepinico (nitrazepam): é ansiolitico, administrado sedar o paciente. -biperideno : Caso haja intolerância por efeitos extrapiramidais, estarão indicados, após ajuste de dose, biperideno ou propranolol. Alucinação: percepção sensorial sem estimulo do órgão sensorial correspondente. Pode classificar-se em: alucinações auditivas, de humor congruente e incongruente, gustativa, olfativa, somática e tátil. Delírio: espelha uma verdadeira mutação na relação eu/mundo e se acompanha de uma mudança nas convicções e na significação da realidade. Delirium: perturbação da consciência acompanhada por uma alteração na cognição, sem que essa alteração possa ser atribuída a alguma demência preexistente ou em evolução. Ilusão: confusão dos sentidos que provoca uma distorção na percepção. Autismo: distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por alterações presentes desde idade muito precoce, tipicamente antes dos 3 anos, com impactos múltiplo e variável em áreas nobres do desenvolvimento humano. Epidemiologia: 1 a 5 casos em cada 10000 crianças. Prevalente no sexo masculino (4x) (2 a 3:1). Idade média para detecção do quadro é ao redor dos 3 anos. Atinge igualmente em famílias de diferentes raças, credos ou classes sociais. Etiologia: desconhecida. Acredita-se que sua origem esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não definida de forma conclusiva e. provavelmente, de origem genética. Admite-se também a possibilidade de que possa ser causado por problemas relacionados a fatos ocorridos durante a gestação ou no momento do parto. Manifestações: isolamento ou comportamento social impróprio; pobre contato visual; dificuldade em participar de atividades em grupo, indiferença afetiva ou demonstração inapropriada de afeto, falta de empatia social ou emocional. Padrões repetitivos e estereotipados de comportamento característicos do autismo incluem: resistência a mudanças, insistências em determinadas rotinas e apego excessivo a objetos e fascínio com movimento de peças. O autismo apresenta uma tríade de dificuldade que é adotada pela Associação de amigos do autista (AMA) para efeito de intervenção, essa tríade é composta por: 1- Dificuldade de comunicação- caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. 2- Dificuldade de sociabilização- dificuldade em relacionar-se com os outros, incompatibilidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e dificuldade na discriminação entre diferentes pessoas. 3- Dificuldade no uso da imaginação: caracteriza-se por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e comportamento da criança. Diagnóstico: feito basicamente através da avaliação do quadro clínico. Não há teste especifico laboratorial para a detecção do autismo. O diagnóstico precoce é importante para poder iniciar a intervenção educacional especializada o mais rapidamente possível. Os critérios para diagnosticar atualmente o autismo é o DSM-IV: A- Pelo menos 6 dos 12 critérios, sendo 2 de (1) e pelo menos 1 de (2) e (3) 1) Déficits qualitativos na interação social, manifestada por: a) Dificuldade marcada no uso de comunicação não verbal b) Falhas no desenvolvimento de relação interpessoais apropriadas no nível de desenvolvimento. c) Falha em procurar, espontaneamente, compartir interesses ou atividades prazerosas com outros d) Falta de reciprocidade social ou emocional 2) Déficits qualitativos de comunicação, manifestadas por: a) Falta ou atraso do desenvolvimento de linguagem, não compensada por outros meios b) Déficit marcado na habilidade de iniciar ou manter conversação em indivíduos com linguagem adequada c) Uso estereotipado, repetitivo ou idiossincrático de linguagem. d) Inabilidade de participar de brincadeiras de faz de conta ou imaginativa de forma variada e espontânea para seu nível de desenvolvimento 3) Padrões de comportamento, atividades e interesses restritos e estereotipados: a) Preocupação excessiva, em termos de intensidade ou de foco, com interesse restritos e estereotipados b) Aderência inflexível a rotina e rituais c) Maneirismos motores repetitivos e estereotipados d) Preocupação persistente com partes de objetos B) Atrasos ou funções anormais em pelo menos 1 das áreas acima presente antes dos 3 anos C) esse distúrbio não pode ser melhor explicado por um diagnóstico de síndrome de Rett ou transtorno desintegrativo da infância. O diagnóstico requer uma apreciação clínica cuidadosa. A avaliação de indivíduos autistas requer uma equipe multidisciplinar e o uso de escalas objetivas. Tratamento: o manejo do autista requer uma intervenção multidisciplinar. O uso de medicamentos é incipiente. Neurolépticos (haloperidol), têm sido as drogas mais usadas para o tratamento de distúrbios comportamentais em autistas. No entanto, seu uso é limitado em processos crônicos devido aos seus efeitoscolaterais. Antipsicóticos atípicos também parecem ter efeito positivo em “sintomas alvo” (irritabilidade, agressividade e hiperatividade). Síndrome de Asperger: quadro clínico reconhecido antes dos 24 meses, maior ocorrência no sexo masculino, inteligência próxima da normalidade, déficit na sociabilidade, interesses específicos e circunscritos com história familiar de problemas similares e baixa associação com quadros convulsivos. Síndrome de Rett: maior ocorrência no sexo feminino, sendo reconhecido entre 5 e 30 meses e apresentando marcado déficit no desenvolvimento, com desaceleração do crescimento craniano, retardo intelectual marcado e forte associação com quadros convulsivos. Transtornos de Humor: Três grandes grupos de sintomas estão alterados nas síndromes depressiva e maníaca: afeto, cognição e percepção, atividade e comportamento. Destes é o afeto (humor) talvez o menos variável nos estados depressivos. Cognição e percepção mudam profundamente, bem como a atividade e o comportamento. Afeto: Os estados mórbidos do humor são caracterizados pelos seguintes aspectos: (1) quando a intensidade é exagerada e está fora das proporções esperadas; (2) não respondem ao apaziguamento; (3) são mantidos por maior tempo do que o esperado; (4) tem efeito sobre o estado mental global, sendo o julgamento seriamente influenciado pelo humor; (5) são inadequados para a circunstância, assim: apatia, anedonia, insensibilidade para eventos agradáveis, hipersensibilidade para eventos desagradáveis, alegria excessiva. Cognição e Percepção: Virtualmente toda a atividade mental está de forma marcadamente diminuída na depressão e aumentada na mania. Por definição, quando pacientes com depressão e mania apresentam obscurecimento da consciência, delírios e alucinações, fala-se que esses apresentam depressão com psicose ou mania com psicose. No entanto, pensamentos suicidas, ruminações mórbidas e pensamentos hipocondríacos são comuns nos estados depressivos. No estado maníaco, são características a onipotência no pensamento e a grandiosidade. Atividade e comportamento: O pensamento e a expressão verbal, a atividade e o comportamento estão quase sempre lentificados na depressão. Fadiga, falta de atividade (adinamia), prejuízo na vontade de querer (avolia), e profundas alterações nos padrões de sono e alimentação podem estar presentes na síndrome depressiva. Na síndrome maníaca, há aceleração de todas as funções, o pensamento e a expressão verbal, a atividade e o comportamento estão acelerados. Síndrome Depressiva Estados depressivos caracterizados por uma lentificação e diminuição em quase todos os aspectos das emoções e do comportamento: velocidade do pensamento e fala, energia, sexualidade e habilidade para sentir prazer. A severidade da doença varia amplamente. O humor é usualmente desolado, pessimista e desesperado. Acompanha um profundo senso de futilidade, muitas vezes precedido pela crença de que a habilidade de experimentar prazer definitivamente se foi. O mundo físico e o emocional são experimentados como monocromáticos, como sombras cinzas e negras. Aumento da irritabilidade, raiva, idéias, turbulência emocional e ansiedade estão muitas vezes correlacionadas ao humor depressivo. Os sintomas podem variar desde uma leve diminuição da atividade física e mental, com pequenas distorções cognitivas e da percepção, ao profundo estupor depressivo, delírios, alucinações e obscurecimento da consciência. Síndrome Maníaca Estados maníacos se caracterizam tipicamente por humor elevado, fala abundante e rápida, pensamentos acelerados, nível de atividades física e mental elevado, mais energia (com uma correspondente diminuição da necessidade de sono), irritabilidade, aumento da sensibilidade e sexualidade, paranóia e impulsividade. No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4a edição - DSM IV (Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders) da Associação Americana de Psiquiatria - as síndromes de alteração do Humor são classificadas assim: EPISÓDIOS DE HUMOR 1. Episódio Depressivo Maior - um período mínimo de 2 semanas, durante as quais há um humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes o humor pode ser irritável ao invés de triste. O indivíduo também deve apresentar quatro sintomas adicionais extraídos de uma lista que inclui: alterações no apetite ou no peso, no sono e na atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões; pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio. Os sintomas devem persistir na maior parte dos dias, praticamente todos os dias. O episódio deve ser acompanhado por sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. O episódio não deve decorrer dos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso ou um medicamento. Também não deve decorrer de uma condição médica geral e nem ser melhor explicado por luto. 2. Episódio Maníaco - É definido por um período distinto, durante o qual existe um humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável. Este período de humor anormal deve durar pelo menos uma semana (ou menos se a hospitalização for exigida). A perturbação do humor deve ser acompanhada por pelo menos 3 sintomas adicionais de uma lista que inclui: auto-estima inflada ou grandiosidade, necessidade de sono diminuída, pressão por falar, fuga de idéias, distratibilidade, maior envolvimento em atividade dirigidas a objetivos ou agitação psicomotora, e envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para conseqüências dolorosas. Se humor irritável, pelo menos 4 dos sintomas adicionais devem estar presentes. Os sintomas não satisfazem os critérios para um episódio misto, que se caracteriza pelos sintomas tanto de um episódio maníaco quanto de um episódio depressivo maior, ocorrendo quase todos os dias, por pelo menos uma semana. A perturbação deve ser suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo ou para exigir hospitalização, ou é marcada pela presença de aspectos psicóticos. O episódio não deve decorrer dos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso, um medicamento, outros tratamentos somáticos para a depressão ou exposição a toxina. Também não deve decorrer de uma condição médica geral. MANIA • Elevação do humor • Atividade aumentada • Idéias megalomaníacas • Paciente otimista, bem-estar contagiante. Outros, irritados e raivosos. Redução do sono. • Breves episódios de depressão são comuns. • 1. Fala rápida. Fuga de idéias. • 2. Idéias megalomaníacas • 3. Delírio de grandeza • 4. Delírios persecutórios • 5. Insight comprometido • 6. A maioria dos pacientes pode exercer algum controle sobre seus sintomas, principalmente quando a necessidade de tratamento é colocada. Necessidade de outros informantes. Episódio Misto - Satisfazem-se os critérios para episódio maníaco e depressivo quase todos os dias, por no mínimo uma semana. A perturbação deve ser suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo ou para exigir hospitalização, ou é marcada pela presença de aspectos psicóticos. O episódio não deve decorrer dos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso ou um medicamento ou decorrer de uma condição médica geral. 1. Sintomas depressivos e maníacos às vezes ocorrem na mesma hora. Os pacientes que estão muito ativos ou falantes podem estar vivenciando pensamentos depressivosprofundos. 2. O paciente pode também permanecer poucas horas deprimido e retornar rapidamente ao estado maníaco. 4. Episódio Hipomaníaco - É definido como um período distinto, durante o qual existe um humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável, com duração mínima de 4 dias. A perturbação do humor deve ser acompanhada por pelo menos 3 sintomas adicionais de uma lista que inclui: auto-estima inflada ou grandiosidade, necessidade de sono diminuída, pressão por falar, fuga de idéias, distratibilidade, maior envolvimento em atividade dirigidas a objetivos ou agitação psicomotora, e envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para conseqüências dolorosas. Se o humor é irritável, pelo menos 4 dos sintomas adicionais devem estar presentes. Comparado com um episódio maníaco, um episódio hipomaníaco não é suficientemente severo para causar prejuízo acentuado no funcionamento social, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo ou para exigir hospitalização e não existem aspectos psicóticos. O episódio não deve decorrer dos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso ou um medicamento ou decorrer de uma condição médica geral. TRANSTORNOS DEPRESSIVOS 1. Transtorno Depressivo Maior - um ou mais episódios depressivos maiores (2 semanas de humor deprimido ou perda de interesse, acompanhada por pelo menos quatro sintomas adicionais de depressão). 2. Transtorno Distímico - pelo menos 2 anos de humor deprimido na maior parte do tempo, acompanhado de sintomas adicionais de depressão, que não satisfazem os critérios para um episódio depressivo maior. 3. Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação - não satisfaz critérios para transtorno depressivo maior, transtorno distímico, transtorno de ajustamento com humor deprimido ou transtorno de ajustamento misto de ansiedade e depressão. TRANSTORNOS BIPOLARES: caracterizados pela alternância de estados depressivos com maníacos. Geralmente inicia-se em torno dos 20 a 30 anos, mas pode começar mesmo após os 70 anos. Seu início pode ser por qualquer uma das fases (maníaca ou depressiva), gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos. Não se observa diferenças significativas entre os gêneros no transtorno bipolar de tipo I, atingindo praticamente na mesma proporção mulheres (1,7%) e homens (1,8%). 1. Transtorno Bipolar I - um ou mais episódios maníacos ou mistos, geralmente acompanhados por episódios depressivos maiores. Critérios Diagnósticos para Transtorno Bipolar I, Episódio Maníaco Único A. Presença de apenas um Episódio Maníaco e ausência de qualquer Episódio Depressivo Maior no passado. Nota: A recorrência é definida como uma mudança na polaridade a partir da depressão ou um intervalo de pelo menos 2 meses sem sintomas maníacos. B. O Episódio Maníaco não é melhor explicado por Transtorno Esquizoafetivo nem está sobreposto a Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno Psicótico Sem Outra Especificação. Especificar se: Misto: se os sintomas satisfazem os critérios para um Episódio Misto Especificar (para episódio atual ou mais recente): Especificadores de Gravidade/Psicótico/de Remissão. Com Características Catatônicas. Com Início no Pós-Parto 2. Transtorno Bipolar II - um ou mais episódios depressivos maiores, acompanhado por pelo menos um episódio hipomaníaco. Critérios Diagnósticos para Transtorno Bipolar II A. Presença (ou história) de um ou mais Episódios Depressivos Maiores B. Presença (ou história) de pelo menos um Episódio Hipomaníaco C. Jamais houve um Episódio Maníaco ou um Episódio Misto D. Os sintomas de humor nos Critérios A e B não são melhor explicados por Transtorno Esquizoafetivo nem estão sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno Psicótico Sem Outra Especificação. E. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Especificar episódio atual ou mais recente: Hipomaníaco: se atualmente (ou mais recentemente) em um Episódio Hipomaníaco. Depressivo: se atualmente (ou mais recentemente) em um Episódio Depressivo Maior Especificar (para Episódio Depressivo Maior atual ou mais recente apenas se este for o tipo mais recente de episódio de humor): Especificadores de Gravidade/Psicótico/de Remissão Nota: Os códigos do quinto dígito especificados em Critérios para Especificadores de Gravidade / Psicótico / de Remissão para Episódio Depressivo Maior atual não podem ser usados aqui, pois o código para o Transtorno Bipolar II já usa o quinto dígito. Crônico. Com Características Catatônicas. Com Características Melancólicas. Com Características Atípicas. Com Início no Pós-Parto Especificar: Especificadores de Curso Longitudinal (Com ou Sem Recuperação Entre Episódios). Com Padrão Sazonal (aplica-se apenas ao padrão de Episódios Depressivos Maiores). Com Ciclagem Rápida 3. Transtorno Ciclotímico - pelo menos 2 anos com numerosos períodos de sintomas hipomaníacos, que não satisfazem critérios para um episódio maníaco, e numerosos períodos de sintomas depressivos, que não satisfazem critérios para um episódio depressivo maior. 4. Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação - não satisfazem critérios para qualquer transtorno bipolar específico OUTROS TRANSTORNOS DO HUMOR 1. Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral 2. Transtorno do Humor Induzido por Substância 3. Transtorno do Humor Sem Outra Especificação Transtorno de personalidade Borderline: pacientes com tal situação situam-se no limite entre a neurose e a psicose e se caracteriza por afetos, humor, comportamento, relações objetais e auto-imagem extraordinariamente instáveis. Epidemiologia: Acredita-se que esse transtorno esteja presente em cerca de 1 a 2% da população e que sejam 2x mais comuns em mulheres do que em homens. Diagnóstico: de acordo com o DSM-IV-TR, o diagnóstico pode ser feito desde o início da vida adulta. Características clínicas: os indivíduos afetados quase sempre parecem estar em estado de crise. São comuns a oscilação de humor. Podem ser querelantes em um momento, depressivos no seguinte e mais tarde queixar-se que não tem sentimentos. Podem ter episódios psicóticos de curta duração (surtos micropsicóticos), em vez de surtos plenos, e os sintomas psicóticos são quase sempre circunscritos, fugazes e duvidosos. O comportamento do paciente com esse transtorno é altamente imprevisível, e suas realizações raramente estão no nível de suas habilidades. Fármacos Os benzodiazepínicos são capazes de estimular no cérebro os mecanismos que normalmente equilibram estados de tensão e ansiedade. Ultimamente as pesquisas têm indicado a existência de receptores específicos para os Benzodiazepínicos no Sistema Nervoso Central (SNC), sugerindo a existência de substâncias endógenas (produzidas pelo próprio organismo) muito parecidas com os benzodiazepínicos. Tais substâncias seriam uma espécie de "benzodiazepínicos naturais", ou mais precisamente, de "ansiolíticos naturais". Aparentemente o efeito ansiolítico dos Benzodiazepínicos está relacionado com um sistema de neurotransmissores chamado gabaminérgico do Sistema Límbico. O ácido gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor com função inibitória, capaz de atenuar as reações serotoninérgicas responsáveis pela ansiedade. Os Benzodiazepínicos seriam, assim, agonistas (simuladores) deste sistema agindo nos receptores gabaminérgicos. Assim, quando, devido às tensões do dia-a-dia ou por causas mais sérias, determinadas áreas do cérebro funcionam exageradamente, resultando num estado de ansiedade,os benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, isto é, inibem os mecanismos que estavam funcionando demais e a pessoa fica mais tranqüila e menos responsiva aos estímulos externos. Como conseqüência desta ação, os ansiolíticos produzem uma depressão da atividade do nosso cérebro que se caracteriza por: 1) diminuição de ansiedade; 2) indução de sono; 3) relaxamento muscular; 4) redução do estado de alerta. É importante notar que os efeitos dos benzodiazepínicos podem ser fortemente aumentados pelo álcool, e a mistura álcool + benzodiazepínico pode ser prejudicial. Os Benzodiazepínicos são utilizados nas mais variadas formas de ansiedade e, infelizmente, sua indicação não tem obedecido, desejavelmente, determinadas regras básicas. Os Benzodiazepínicos são ansiolíticos e nada mais que isso, não são antineuróticos, antipsicóticos ou antiinsônia, como podem estar pensando muitos clínicos e pacientes. Naturalmente podemos nos valer dos Benzodiazepínicos como coadjuvantes do tratamento psiquiátrico, quando a causa básica da ansiedade ainda não estiver sendo prontamente resolvida. Efeitos Colaterais Do ponto de vista orgânico, os benzodiazepínicos são bastante seguros, pois são necessárias altas doses (20 a 40 vezes mais altas que as habituais) para trazer efeitos mais graves. Nessas doses pode haver hipotonia muscular, dificuldade grande para ficar de pé e andar, a hipotensão, perda da consciência (desmaio). Com doses maiores a pessoa pode entrar em coma e morrer. O principal efeito colateral dos ansiolíticos benzodiazepínicos é a sedação e sonolência, variável de indivíduo para indivíduo e de acordo com a dose do medicamento. ALPRAZOLAM (FRONTAL/TRANQUINAL/APRAZ/ALTROX) Indicações Alprazolam é indicado no tratamento de estados de ansiedade. Alprazolam não deve ser administrado a pacientes com sintomas psicóticos. Os sintomas de ansiedade podem variavelmente incluir: ansiedade, tensão, medo, apreensão, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e/ou hiperatividade neurovegetativa, resultando em manifestações somáticas variadas. Alprazolam também é indicado no tratamento dos estados de ansiedade associados com outras manifestações como a abstinência do álcool.A eficácia de Alprazolam para uso prolongado excedendo a 6 meses não foi estabelecida por ensaios clínicos sistemáticos. O médico deve periodicamente reavaliar a utilidade do medicamento para o paciente individual. Precauções Alprazolam não é recomendado para ser administrado a pacientes cujo principal diagnóstico seja a psicose. Indivíduos com tendência para o abuso de drogas, tais como alcoolatras e toxicomanos, devem ser cuidadosamente observados enquanto receberem benzodiazepinas, por causa de sua predisposição para o hábito e dependência. A exemplo de outras drogas que atuam sobre o sistema nervoso central, os pacientes sob terapia com Alprazolam devem ser advertidos para não operar veículos motorizados ou maquinaria perigosa até que se tenha certeza de que não experimentam sonolência ou tontura enquanto recebem este medicamento. A dosagem de Alprazolam deve ser gradualmente reduzida, visto que a suspensão abrupta de qualquer agente ansiolítico pode resultar em sintomas similares aos mesmos sintomas que são objeto do tratamento. Os sinais e sintomas de suspensão abrupta podem incluir: ansiedade, agitação, irritabilidade, tensão, insônia e, ocasionalmente, convulsões. Deve-se tomar as precauções usuais no tratamento de pacientes com função renal ou hepática prejudicada. não foram estabelecidas segurança e eficácia de Alprazolam em pacientes com menos de 18 anos. Interações medicamentosas: as benzodiazepinas, incluindo Alprazolam, produzem efeitos depressores do sistema nervoso central quando co-administrados com drogas tais como barbitúricos, álcool ou anti-histamínicos ou outros benzodiazepínicos. Carcinogênese: nenhuma evidência de potencial carcinogênico foi observada em camundongos durante um estudo de 24 meses com Alprazolam. Uso durante a gravidez: em vários estudos foi sugerido um risco de malformações congênitas associadas com tranqüilizantes menores durante o primeiro trimestre de gravidez. Em vista de o uso destas drogas se constituir raramente em um caso de urgência, a administração de Alprazolam durante a gravidez deve sempre ser evitada. Deve-se considerar a possibilidade de a paciente potencialmente fértil estar grávida na época da instituição da terapia. A paciente deve ser advertida para, no caso de gravidez, contatar seu médico acerca de sua decisão em descontinuar o tratamento com a droga. Uso durante a amamentação: como regra geral, amamentação não deve ser efetuada quando a paciente estiver recebendo o medicamento, pois muitas drogas são excretadas no leite humano. Efeitos Colaterais Os efeitos colaterais, se ocorrerem, são geralmente observados no início da terapia e desaparecem, usualmente, com a continuação do tratamento ou redução da dosagem. O efeito colateral mais comum verificado com Alprazolam foi a sonolência. Os efeitos colaterais menos freqüentes foram, aturdimento, visão turva, desordens de coordenação, vários sintomas gastrintestinais e manifestações neurovegetativas. A exemplo de outras benzodiazepinas, reações paradoxais como estimulação, agitação, dificuldades de concentração, confusão, alucinações ou outros efeitos adversos de comportamento podem se apresentar em raras ocasiões e ao acaso. Pode ainda ocorrer prurido, incontinência ou retenção urinária, alterações de libido e irregularidades menstruais. BENZODIAZEPÍNICOS 1961- Diazepam: Valium® Triazolam: Halcion® Lorazepam: Lorium® , Lorax® Nitrazepam: Sonebom®, Sonetrat® Midazolam: Dormonid® Alprazolam : Frontal®, Apraz® Clonazepam : Rivotril®, Clonotril® EFEITOS FARMACOTERAPÊUTICOS Redução da ansiedade Redução da agressividade Sedação Indução do sono (manutenção) Redução do tonus muscular Efeito anticonvulsivante Outros efeitos RESPIRAÇÃO: doses hipnóticas s/efeito Cuidados em crianças e hepatopatias. CARDIOVASCULAR:doses pré-anestésicas diminuem PA e aumentam débito cardíaco. TRATO DIGESTIVO: diminuem secreção. FARMACOCINÉTICA X CLASSIFICAÇÃO Bem absorvidos por via oral, pico de concentração plasmática : 1 hora Variam duração do efeito em função do metabólito formado: longa duração : (60 horas) - diazepam média duração :( 20 horas) – alprazolam curta duração : ( 6horas) - midazolam MECANISMO DE AÇÃO Atuam em sítios alostéricos ( unidade alfa ) dos receptores GABA-A no SNC, facilitando abertura de canais de ions Cl- (inibitórios) Não atuam na ausência de GABA Variantes(BZ1;BZ2;BZ6) da unidade alfa do receptor seriam responsáveis pelos diferentes efeitos dos BDZ (ansiolítico, anticonvulsivante). PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS BENZODIAZEPÍNICOS: tolerância e dependência , sedação , ataxia , ressaca, amnésia. BARBITÚRICOS: tolerância e dependência, depressão respiratória; sedação, ressaca, privação de sono REM. RISPERIDONA Indicação: ● - tratamento de sintomas psicóticos, / ● - tratamento das psicoses (perda do teste de realidade com delíruios e alucinações). / ● - melhora a ansiedade, a tensão e o estado mental alterado por distúrbios mentais. / ● - alivia outros sintomas afetivos associados à esquizofrenia, tais como depressão, sentimento de culpa e ansiedade. / ● - adolescentes acima de 15 anos e adulto. Contra indicação: ● pacientes alérgicos ao princípio ativo da medicação. / ● - Não deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação. Mecanismo de ação: - O mecanismo de ação da risperidona é desconhecido, embora se acredite que sua atividade é devida a um bloqueio combinado (antagonista) dos receptores
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