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Aula 5 Intervenção de terceiros

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AULA 4
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO 
 - simples
	
	(
	(- Assistência
	
	( - Voluntária
	( - litisconsorcial
	
	(
	(- AMICUS CURIAE
	Intervenção de Terceiros
	(
	
	(- Denunciação da lide
	(conforme a iniciativa)
	(
	
	(
	
	(- Provocada
	
	(- desconsideração da personalidade jurídica
	
	(
	
	(- Chamamento ao processo
I – Conceito: é o instrumento processual utilizado por um terceiro para ingressar no processo alheio que esteja em curso.
Termo “terceiro”: quer dizer estranho à relação processual estabelecida entre autor e réu.
OBS: o terceiro quando admitido na demanda alheia, passa a ocupar uma posição distinta da dos demais litigantes.
	
	A intervenção voluntária (ou espontânea) ocorre quando a iniciativa é do terceiro, como na oposição e assistência. A provocada é precedida por citação promovida pela parte primitiva (denunciação da lide, chamamento ao processo).
1. Assistência
Art. 119. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la.
Como saber se há interesse jurídico? A resposta deverá ser positiva para as três perguntas a seguir:
 o terceiro tem relação com uma das partes do processo principal?
a relação do terceiro é diferente da relação discutida no processo principal?
o resultado da ação principal influenciará na relação com o terceiro?
4. Denunciação da lide
 Art. 125.  É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
É um meio de trazer terceiro ao processo para assegurar futuro direito de regresso. Na legislação francesa chama-se exception de garante; na doutrina italiana, chiamata in garantia e, no Código antigo, de 39, ‘chamamento à garantia’.
	
	A primeira hipótese se refere ao chamamento do alienante, quando o adquirente a título oneroso sofre reivindicação da coisa negociada por parte de terceiro. A convocação se faz para que o denunciado venha garantir ao denunciante o exercício dos direitos que lhe advém da evicção: 
Art. 128.  Feita a denunciação pelo réu:
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado;
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Há relação de prejudicialidade entre a ação principal e a ação de denunciação da lide. Quando:
Art. 129.  Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide.
Parágrafo único.  Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.
		
	O juiz pode rejeitar liminarmente a denunciação, caso entenda não preencher, em tese, as condições de cabimento. Tal decisão é interlocutória, e desafia impugnação mediante agravo de instrumento.
	
5. Chamamento ao processo
Art. 130.  É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
A finalidade do chamamento ao processo é permitir ao réu obter, desde logo título executivo contra o devedor ou co-devedor solidário, tornando-os também réus na ação.
Distingue-se da denunciação da lide porque não visa um direito regressivo, mas trazer ao processo co-devedores – ou seja, os “chamados” devem ao credor comum, não ao “chamante”. Ademais, na denunciação, o terceiro é trazido para ser condenado em ação regressiva como devedor da parte que denunciou. A denunciação provoca, pois, a criação de uma “segunda” relação jurídica processual, correspondente à ação de regresso; já o chamamento provoca apenas a inserção dos chamados no pólo passivo (litisconsorte passivo) da relação processual existente.
Assim, se o credor promove a ação contra o fiador, poderá este chamar ao processo o devedor afiançado; na hipótese de, ambos condenados, o fiador pagar a dívida, poderá ele reaver a quantia paga executando o chamado nos mesmos autos, com a vantagem de o afiançado não poder opor, ao fiador exeqüente, eventuais defesas de direito material oponíveis contra o devedor. Mas, se a ação de cobrança for ajuizada contra o devedor principal, não poderá este chamar ao processo seu fiador, pois a relação de direito material não lhe autoriza qualquer pretensão de regresso contra o fiador.
Exercício
JOSÉ ANILTON MACÁRIO DA SILVA ajuizou ação de obrigação de fazer em desfavor de ESAVE VEÍCULOS LTDA, objetivando a condenação da requerida na obrigação de transferir para nome de terceiro o veículo que lhe vendeu, bem assim, a condenação da ré em pagar todos os encargos incidentes sobre o bem a contar da sua entrega e, por fim, reparação por dano moral, ao fundamento de que o autor teve o seu nome inscrito em dívida ativa por não pagamento de tributo relativo ao veículo, depois da sua tradição. 
A ré contestou e arguiu sua ilegitimidade passiva pois, alienou o veículo para a pessoa de Luiz David de Souza em 02/2016, em nome de quem foi emitido o DUT do veículo e para o nome de quem deve ser transferido os tributos relativos ao veículo após a sua venda por parte do autor. A ré alega também à necessidade de trazer ao processo o terceiro adquirente do veículo, em caso de ser condenada.
Qual a intervenção de terceiro que poderia ser suscitada no caso hipotético apresentado? Justifique.
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