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ANTROPOLOGIA AULA 7 Email:profcamilaarruda@gmail.com Cultura Jurídica A cultura jurídica pode ter como objetivo geral “conhecer o modo como se produzem, reproduzem, circulam e modificam as ideias, significados, interpretações e discursos que populações urbanas podem ter em relação ao direito.” A cultura jurídica, nas populações urbanas, resulta de uma contínua luta entre diferentes significados do jurídico, que circulam na cidade, em vez de um sistema integrado de atitude e opiniões, em relação ao direito estatal. A cultura jurídica tem sido um marco da definição prévia quando se entende o que é direito e o que é cultura. O conceito serve para delimitar o conjunto de atitudes, expressões e modos de argumentação dos operadores judiciais. Alguns autores consideram as culturas jurídicas, entre populações latino-americanas, podem ser idealistas, paternalistas, legalistas e fortemente formalistas. Para Combe (2001:363), a cultura jurídica “deve ser novamente reconceituada como atividade de luta e não como uma coisa, como práticas significativas em conflito mais do que sistemas integrados de significados.” Para Claudett (2001:363), considera-se a cultura como fenômeno local, faz-se necessário trabalhar com três ideias de análises: Definir os traços centrais que dão identidade ao espaço local onde se reproduz a cultura jurídica; 2. Identificar quais são as representações, ideias e discursos, que acerca do “direito” e do “jurídico”, portam e manejam os diferentes atores que interatuam e se relacionam no interior do espaço local; 3. Estabelecer as jurisdições internacionais, locais, para que possam ser consideradas propriamente jurídicas ou não, nas quais se produzem, reproduzem e circulam ideias, representações e discursos sobre o direito”. Devemos analisar a questão da definição dada à cultura jurídica entre as populações de um determinado lugar. Ao analisar a maneira como se vêm, entendendo a presença do direito formal e o direito informal. Nas cidades encontramos os dois tipos: Formal – que dá sustento e significado às práticas que se encontram dentro das cidades; 2. Informal – que se caracteriza por aqueles que moram nas periferias das cidades. Conclui-se que a cultura jurídica, entre determinadas sociedades, pode apresentar diferentes marcos a partis dos quais a população define o que é lei e se relaciona com as instituições, sejam estatais ou não, devendo falar sobre uma cultura jurídica ou concluindo que há diferentes marcos culturais. Pluralismo Jurídico O Pluralismo jurídico, surgiu nas décadas de 70 e 80, aparece como corrente particular da Antropologia Jurídica, quando cientistas sociais consideram importante refletir sobre as implicações sociais e políticas da pluralidade de ordens jurídicas existentes nas sociedades. Para Moore (2002:153), o pluralismo jurídico “trata um interação de diferentes sistemas jurídicos no mesmo campo social”. Há duas versões em relação ao Pluralismo Jurídico: Clássico-que se refere à situação histórica resultante do colonialismo; b) Novo Pluralismo Jurídico Legal – que diz respeito a toda forma de regulamentação vigente em qualquer sociedade. O conceito de campo social semi autônomo dá uma visão da pluralidade de direitos em sociedades complexas, demonstrando que os sistemas sociais geram seus próprios regulamentos por meio de regras, costumes e símbolos. Ciências Jurídicas Hans Kelsen (1934) eleva o positivismo jurídico ao seu patamar mais alto. Publicou a Teoria pura do Direito, onde retomou a tese do positivismo jurídico do século XIX. a teoria pura do direito elege a autonomia da ciência jurídica como o problema fundamental da sua tese e confere-lhe método e objeto próprios, capazes de assegurar ao jurista o conhecimento específico do direito. Estabeleceu o princípio metodológico, o princípio da pureza, com o qual se pretende reduzir a complexidade do objeto do direito ao afastar o da ciência jurídica as ingerências intrusas, potencialmente perturbadoras. Para se garantir a racionalidade da ordem jurídica, tem-se na Teoria pura a noção de norma hipotética fundamental, no sentido de primeira norma transcendental. A norma hipotética fundamental é composta pela norma principal, que no Brasil é formado pelo conjunto normativo da Constituição Federal. A norma é válida se for editada pela autoridade competente e possuir o mínimo de eficácia. Essa estrutura possibilita ao jurista organizar o sistema dinâmico de normas relacionando-as a partir das regras de competência, reguladoras da produção da norma. O sistema estático relaciona as normas a partir do conteúdo. A norma emanada daquele que tem competência para editá-la deve manter conteúdo compatível com a norma que lhe é superior. Dessa forma a norma sempre se fundamenta em uma outra que lhe é superior, no que tange a competência e ao conteúdo. O direito é, desse modo, uma ordem coativa, um conjunto de normas que prescrevem sanções. A conduta contrária a norma é considerada ilícita e a conduta em conformidade com a norma é considerado dever jurídico. Diversidade cultural A Diversidade Cultural apresenta grande variedade de culturas antropológicas. O termo diversidade diz respeito a grande variedade e a convivência de ideias diferentes, situações ou ambientes. A diversidade está ligada ao conceito de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão que eu fazem dela heterogênea e variada. Podemos descrever os seguintes exemplos: Linguagens – “Sem linguagem não há homem e sem homem não há linguagem” (Ulmann, 1991:118). Fala articulada, capacidade de expressão, aprendizado imediato e a transmissão dos conhecimentos adquiridos evidenciam que a linguagem é o grande fator adaptativo, próprio e natural dos homens. A linguagem, como capacidade exclusiva do homem não condicionada biologicamente, mas aprendida, permite a ordenação e exteriorização das ideias, pensamentos, conceitos e valores próprios codificados conforme a particular visão de mundo de cada grupo humano. É um fenômeno cultural por excelência, sempre adequado para satisfazer as necessidades adaptativas da cultura, determinando a configuração se seus padrões culturais, portanto, a própria cultura. A linguagem não é um mecanismo instintivo e biológico. Os seres humanos têm, necessariamente, de aprender a língua e, consequentemente, a cultura da qual fazem parte. Trata-se do instrumento fundamental para o ingresso em uma cultura. A aquisição de uma linguagem processa-se de forma natural, ouvindo a fala dos membros do grupo, assimilando os sons e seus diferentes significados. 2. Costumes – O costume é inerente a cada uma das instituições. Há costumes familiares, religiosos, econômicos e políticos. 3. Religião – A religião é um aspecto universal da cultura e, juntamente com a magia, tem despertado o interesse de vários cientistas, desde o século passado. As normas religiosas de comportamento baseiam-se nas incertezas da vida e variam muito de uma sociedade para a outra. Por meio de cultos e rituais, públicos e privados, os homens tentam conquistar ou dominar, pela oração, oferendas, sacrifícios, cantos, danças, etc., a área do universo não submetida à tecnologia. Segundo Edward Taylor a religião é a “crença em seres espirituais.” As crenças em poderes sobrenaturais ou misteriosos estão sempre associadas a sentimentos de respeito e veneração, expressos em atividades públicas ou não. Os antropólogos, de uma forma geral, concordam que a religião é formada por um sistema de crenças e práticas e que todas as sociedades possuem a sua “visão do universo”. Os rituais exercidos nas religiões apresentam um comportamento tradicional e revela, implícita ou explicitamente, crenças, ideias, atitudes e sentimentos das pessoas que praticam. 4. Artes – A arte é uma das características universais da cultura. Acha-se presente em todos os agrupamentos humanos, mesmo os mais simples e isolados. As atividades artísticas distinguem-se dos demais aspectos da cultura pelo sua componente estético, que proporciona satisfação e prazer não só ao artista produtor da obra de arte, mas também aos que a observam e apreciam. Toda manifestação do impulso criador da beleza e do prazer é esteticamente válida e merece ser chamada de arte. Darcy Ribeiro (1980:257) considera “arte ou atividade artística todo produto de uma preocupação estética, de uma vontade de beleza, quando resulta numa obra de alta perfeição técnica.” Toda a obra de arte pode ser observada e estudada sob duplo aspecto: Descritivo: quando considerada em relação a determinado tempo e espaço, identificada e caracteriza em seus antecedentes e de acordo com as influências internas e externas que produziram. Simbólico: quando, ao se projetar no tempo, adquire sentido. A obra artística reflete sempre a realidade na momento em que é criada, mas o seu sentido nem sempre performance o mesmo: acha-se sempre enriquecida, ganhando nova dimensão quando submetida a outros observadores. A arte destina-se a transmitir uma mensagem simbólica. Sendo um dos aspectos da cultura, a arte deve ser estudada e compreendida em termos de sua posição no contexto cultural global. Isso é válido tanto para a arte primitiva quanto para as artes das modernas civilizações. Tipos de manifestações artísticas: Artes gráficas: desenho, gravura, pintura; Artes plásticas: entalhe, baixo e alto-relevo, escultura; Outras: arquitetura, música, dança, narração, canto, poesia, representação. Aspectos culturais da formação do povo brasileiro Influências da Cultura Indígena Brasileira: Vocabulário; Comidas; Hábitos de higiene; Folclore. 2. Influências da Cultura Afro Brasileira: Vocabulário; Comidas; Religiosidade; Musical; Instrumentos; Danças; 3. Influências da Cultura Europeia: Língua Portuguesa; Costumes; Religião católica; Festas (carnaval, São João, Festa de Reis etc.); Culinária; Arte; Folclore; Musical. Matéria das Avaliações A2 – AULAS 5,6 e 7 Exercícios de revisão da aula 8 A3 – TODA A MATÉRIA
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