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Contrato de Safra

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Introdução ao Contrato de Safra: 
Trataremos sobre os aspectos gerais do contrato de safra, enquadrados na lei 5.889/73 e no decreto 73.626/79. Primeiramente, precisamos recordar que se trata do trabalho exercido em propriedade rural ou prédio rústico à pessoa física ou jurídica que explore atividade agro-econômica. 
O trabalho rural possui características próprias, uma das mais importantes é a temporariedade. Essa peculiaridade é respeitada e reconhecida pela lei, tanto que se estabeleceu o contrato de safra para regular esse tipo de relação empregatícia, pois a duração depende de variações estacionais das atividades agrárias, sendo as tarefas normalmente executadas no período entre o plantio e a colheita.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é aplicada de modo subsidiário já que existe uma legislação específica para tal. Assim constitui-se o contrato de safra para o desenvolvimento de atividades agrícolas de natureza temporária por pequenos prazos. 
2. CONCEITO 
O Contrato de Safra é uma modalidade do contrato de trabalho por prazo determinado, ficando seu término vinculado ao fim do plantio ou da colheita. Não há como prever com precisão a data de seu encerramento, já que depende das condições climáticas para o cumprimento do serviço. Por isso, deve constar no contrato as etapas para as quais o colaborador está sendo contratado, por exemplo: colheita de laranja; plantio de grama, preparação da terra, o seu cultivo e a respectiva colheita.
3. DURAÇÃO
A duração máxima do contrato de safra pode ser de até dois anos, conforme artigo 445 da CLT. Todavia, é de relevância frisar que dificilmente a duração do contrato de trabalho será superior a 03 meses.
4. EMPREGADO SAFRISTA 
O Ministério do Trabalho e Emprego define este trabalhador como: 
“O safrista, ou safreiro, é empregado porque presta trabalho não-eventual com pessoalidade e subordinação, mediante salário”.
O decreto 73.626/79 dispõe em seu artigo 19:
“Considera-se safreiro ou safrista o trabalhador que se obriga à prestação de serviços mediante contrato de safra”.
 Parágrafo único. Contrato de safra é aquele que tenha sua duração dependente de variações estacionais das atividades agrárias, assim entendidas as tarefas normalmente executadas no período compreendido entre o preparo do solo para o cultivo e a colheita.
4.1 ANOTAÇÃO NA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL DO EMPREGADO SAFRISTA
As condições especiais devem ser anotadas na CTPS do empregado. Nos termos do artigo 29 da CLT, dessa forma, o contrato de Safra, que é um contrato de trabalho diferenciado com prazo pré-estabelecido, deve, imprescindivelmente, ser anotado na CTPS do empregado.
5. DIREITOS DO TRABALHADOR SAFRISTA	
Durante a vigência do contrato, o safrista além do registro obrigatório em sua CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), tem garantido todos os direitos trabalhistas e previdênciários.
Diretos trabalhistas: Salário de no mínimo, o piso salarial estabelecido em convenção trabalhista, ou se não existir, o valor do salário mínimo vigente; 13º Salário; Férias, acrescidas de 1/3 conforme a Constituição Federal de 1988; FGTS; Horas extras, com acréscimo de, se não existir valor estabelecido em convenção trabalhista, no mínimo 50% (cinquenta) por cento sobre a hora normal; Licença paternidade; Adicional de periculosidade ou de insalubridade, conforme o caso; Adicional noturno. O adicional noturno rural é de no mínimo 25% (vinte e cinco) por cento sobre a hora diurna.
Direitos previdenciários Do Segurado Safrista: Aposentadoria por invalidez; Aposentadoria por idade ao completar 60 (sessenta) anos de idade para o homem e 55 (cinquenta e cinco) anos para as mulheres; Aposentadoria por tempo de contribuição; Auxílio doença; Salário família; Salário maternidade: Auxílio acidente; e Reabilitação profissional; 
Dos dependentes (conforme estabelece a legislação) Pensão por morte do segurado; Auxílio reclusão; Reabilitação profissional.
6. Prorrogação Sem Previsão
É da natureza do contrato de safra que ele se encerre com o fim da mesma, portanto ele não pode ser prorrogado . Havendo renovação de mais de dois contratos, por um período ininterrupto, este poderá ser considerado contrato de trabalho por tempo indeterminado.
“CLT, ART. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos”.
Jurisprudência sobre prorrogação do Contrato de Safra:
CONTRATO POR SAFRA. O contrato a termo constitui uma exceção ao princípio da continuidade da relação trabalhista, sendo permitido apenas nas hipóteses previstas no § 2º do artigo 443 da CLT e, agora, da Lei nº 9.601/98 as quais não se evidenciam no caso dos autos. O marco final do contrato de safra é o término da própria safra. Desnatura-se, portanto, quando prorrogado sucessivamente, inclusive no período de entressafra. Ac. 00064.732/98-3 RO, Juiz Relator Fabiano de Castilhos Bertoluci - 4ª Turma - Julg.: 04.07.2001 - Publ. DOE-RS: 13.08.2001
7. RESCISÃO DE CONTRATO
 
A rescisão pode advir por iniciativa do empregado ou do empregador, sendo, sem justa causa, por justa causa ou rescisão indireta, ao final, deve ser efetuado o pagamento das verbas rescisórias cabidas. 
O artigo 14, da lei nº 5.889/1973, previa que a título de indenização do tempo de serviço, seria devida ao safrista, ao término do contrato, o valor correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 dias. Mas em 1988, com a instituição da Constituição Federal, que em seu artigo 7º, III, estendeu aos trabalhadores rurais o regime do FGTS, têm-se entendido que essa indenização foi substituída pelo saque dos depósitos do FGTS.
7.1 Término De Contrato
A rescisão pode ser por término de contrato, ou seja, na data prevista para o limite da duração do contrato, o empregador ou empregado comunica que não deseja continuar mais com a relação de trabalho, dando-se, assim, então, a rescisão pelo término de contrato de trabalho.

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