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ANHANGUERA EDUCACIONAL FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JARAGUÁ DO SUL CURSO: PEDAGOGIA – EAD DISCIPLINAS: DIDÁTICA, LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS, PSICOLOGIAS DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM, REDES SOCIAIS E COMUNICA- ÇÃO, RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE. DANIELA APARECIDA DECHAMPS – RA: 3505240664 LUANA RAFAELA BRUNS – RA: 9328717438 PRISCILA BELARMINO ARNOLD – RA: 8135391713 THARINY AMANDA ZAPELLA – RA: 3092268032 VANESSA DIAS GARCIA – RA: 6001006623 TUTORA EAD: MARIA EUGÊNIA MARANHO DE AGUIAR LIBRAS EM SALA DE AULA JARAGUÁ DO SUL NOVEMBRO DE 2016 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3 2. O INTÉRPRETE DE LIBRAS...........................................................................4 3. MUDANÇA COMPORTAMETAL.....................................................................8 4. EDUCAÇÃO BILÍNGUE..................................................................................10 5. TRABALHANDO LIBRAS EM SALA DE AULA............................................12 6. CONCLUSÃO..................................................................................................14 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................15 3 INTRODUÇÃO Portadores de deficiências ou não, todos por direito, devem ter acesso ao trabalho, saúde, lazer e demais recursos que lhe são necessários no desenvolvimento e con- vívio social, inclusive e especialmente o direito à educação. Mas os surdos, muitas vezes são julgados incapazes de realizarem algumas atividades. Eles são então ex- cluídos da sociedade e têm seus direitos, inclusive o da educação, desrespeitados. Sendo assim, é de fundamental importância discutir sobre a aprendizagem de alu- nos com deficiência auditiva no ensino regular. A inclusão desses alunos surdos deve ocorrer para garantir oportunidades para os mesmos iguais aos dos alunos ouvintes, ainda que existam dificuldades. A presença de um aluno surdo em sala requer mudanças e adaptações no sistema educacional, novas estratégias, formas de ensino e métodos adequados à forma de aprendiza- gem deste aluno. Muitos profissionais da educação não estão preparados ou desco- nhecem a Língua Brasileira de Sinais. Sendo assim, não conseguem manter um diá- logo com os alunos. Mediante a esta realidade e as grandes dificuldades encontradas, qual é a metodo- logia que vem sendo utilizada em sala de aula na educação de alunos surdos? Nesta pesquisa serão tratados temas como a importância da inclusão dos deficien- tes auditivos na escola regular, e uma análise sobre as estratégias pedagógicas pa- ra a melhoria de aprendizagem e comportamento dos alunos surdos em sala de au- la. 4 O INTÉRPRETE DE LIBRAS Nos tempos de hoje, vemos o maior espaço que o tradutor e intérprete de Libras es- tão ganhando no cenário da educação brasileira, em especial depois da Lei nº 10.436 de 24 de Abril de 2002 e do Decreto nº 5.626 de 22 de Dezembro de 2005, que regularizaram a Língua Brasileira de Sinais como a segunda língua oficial do país. Com isso, se tornam obrigatórias as políticas de inclusão de surdos e o uso da Língua Brasileira de Sinais em todas as áreas sociais e da educação, em todas as modalidades e níveis de ensino existentes. As mesmas leis, principalmente o Decre- to nº 5.626,12/05, deram ênfase ao papel deste profissional como uma garantia de fazer acontecerem propostas de inclusão do surdo que estão previstas nas leis. As- sim, a atuação do profissional intérprete é muito importante para o desenvolvimento do surdo e da sociedade. Porém, com esses novos recursos de inclusão nasceram novas necessidades que foram muito além de apenas disseminar a LIBRAS e formar intérpretes. Pois a oficialização da mesma, no ano de 2002, afirmou com certeza que o sujeito surdo será participativo com seus deveres e direitos próprios defendi- dos por lei e marcou o surgimento legal de um mercado de trabalho que precisa de tradutor e intérprete de Libras que se expande a nível nacional. Isso não quer dizer que antes disso os órgãos competentes não se esforçavam para promover a inclu- são de surdos e que não existiam profissionais já atuantes no Brasil, é confirmada a presença de intérpretes em trabalhos religiosos em meados dos anos 80 e nesta mesma época FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos) promoveu o Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais com o objetivo de promover a interação entre alguns intérpretes do Brasil e a avaliação da ética deste profissional. O foco deste trabalho não é abordar uma corrente do tempo para esse profissional e sim, fazer uma reflexão sobre os anseios, as inquietações e os desafios desse pro- fissional nesse período que se sucedeu à homologação da lei federal que reconhe- ceu a língua brasileira de sinais como língua oficial das comunidades surdas e que representou um passo importante "no processo de reconhecimento e formação do profissional intérprete da língua de sinais no Brasil, bem como, a abertura de várias oportunidades no mercado de trabalho que são respaldadas pela questão legal." (QUADROS, 2004 p. 15). Com as comunidades surdas se relacionando cada vez mais e de forma mais pre- 5 sente com as comunidades ouvintes, as expectativas de atuação do intérprete de Libras vem crescendo e, como consequência, a demanda por esse tipo de profissio- nal e sua melhor formação e capacitação à medida que o sujeito surdo passa a inte- ragir com grupos, com tipos de informações e de conhecimentos que antes não ti- nham acesso por causa das barreiras de linguagem estabelecidas tanto pelo desco- nhecimento da Língua de Sinais pelas pessoas que não são surdas, quanto pela ausência do intérprete. Com isso, o profissional intérprete tem que atuar em quaisquer espaços onde estive- rem surdos presentes para possibilitar o acesso à informação e à cidadania estabe- lecida por lei. Todavia, este trabalho visa dar ênfase ao campo que define e resume toda a proposta e finalidade da lei nº 10.436,04/02 e o decreto nº 5.626,12/05, a sa- ber, o campo da educação. Neste caso, temos que destacar a presença obrigatória do profissional intérprete nas instituições públicas estaduais, federais e privadas de ensino superior a fim de ga- rantir aos alunos surdos o acesso à comunicação, à informação e à educação. Sen- do assim, vários surdos tomaram iniciativa para começarem a cursar ensino superior sabendo que vão ter a assistência necessária para sua formação. A partir disso, surgiram novas necessidades, entre elas: preparação e qualificação dos intérpretes de Libras, preparação e qualificação dos intérpretes de Libras, fornecimento de ma- teriais para uma boa formação e cada vez mais conhecimento sobre a sua profissão, incluindo vários recursos, entre eles tecnologia. Na verdade, para muitas instituições de ensino superior receber um aluno surdo tem sido um fato novo e inédito, nesses casos geralmente gerando um desafio para a instituição, por geralmente estar despreparada para esse tipo de aluno e faltando profissionais de educação com capacitação em Língua de Sinais, cometendo o erro de garantir que o problema será resolvido só contratando um profissional. Assim, muitos professores que recebem um aluno surdo e que tem a presença de um intér- prete na sala de aula acabam achandoque não estão lá para exercer outra função, transferindo para o intérprete a responsabilidade do ensino, não sabendo que na verdade, sua atribuição é de ser o intermediário entre o professor e o aluno tornando possível o entendimento dos dois. E não esquecer que a responsabilidade de ensi- nar é do professor. É nítido que não se pode jogar para as instituições de ensino su- perior toda a responsabilidade de ter as melhores condições para um bom aprovei- tamento do aluno surdo. Garante sim, de acordo com a lei, incluir a Libras como dis- 6 ciplina nas grades curriculares dos cursos de licenciatura. Outro “problema” externo ao intérprete é o que se encontra no próprio surdo, não o de caráter econômico, cultural ou social, mas sim, no que diz respeito à sua forma- ção nos ensino fundamental e médio. Tendo em mente que as propostas de escolas bilíngues para surdos no Brasil seguem o modelo de surdos inclusos em salas de maioria ouvintes. Esse modelo requer que existam na sala dois professores, um ou- vinte e outro surdo, ou um professor ouvinte e um intérprete. Mas com a falta de formação desses profissionais, na maioria das vezes ficam em sala um professor ouvinte e um intérprete, apenas. Nesse caso, o aprendizado do surdo é mais demo- rado, porque requer mais atenção do que os alunos ouvintes, sendo assim podem atrapalhar na aula e até na sua formação. Assim, quando esse aluno surdo começar a estudar no ensino superior ele será pre- judicado na questão do raciocínio do conteúdo, mesmo que o intérprete faça uma tradução ótima e fiel dos conteúdos passados pelo professor, pois o mesmo tem uma dificuldade nos conteúdos básicos do ensino médio, não conseguindo acompa- nhar os demais, e não reconhecendo alguns conceitos, cálculos e termos que o pro- fessor espera que seus alunos já dominem principalmente na área das ciências exa- tas. Existem ainda não fazem parte do sujeito intérprete e do sujeito surdo, são as barrei- ras encontradas nos discursos a serem interpretados. Segundo Quadros (2004 p. 27, 28): Intérprete de Língua de Sinais é o profissional que domina a língua de sinais e a lín- gua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função de intérprete (...) precisa ter qualificação específica para atuar como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação. O profissional intérprete também deve ter formação específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação). Ainda que o intérprete conclua seu trabalho com sucesso, existem palavras e gestos que não tem significado, pois a comunidade dos surdos não consegue interpretar ou não conhece. Tendo então dificuldade de explicar aos surdos, palavras que para os ouvintes são fáceis de entender, mas para os que não ouvem não tem tradução. Como exemplo: digamos que um surdo de determinada comunidade seja o primeiro a se matricular em um curso superior de física. Por mais que ela já tenha estudado determinados sinais de física básica e aprendido junto com os demais surdos, no 7 entanto, sendo ele o primeiro de sua comunidade a cursar física no ensino superior, em determinado momento ele vai se deparar palavras e conceitos de física bastante complexos e totalmente desconhecidos por ele e por todos os outros surdos de sua comunidade, isso inclui os ouvintes usuários da LIBRAS, pois àquela palavra ou vo- cabulário até então não fazia parte do convívio daquela comunidade, assim ele terá que criar soluções para resolver essa barreira talvez criando um novo vocabulário de sinais para a sua nova jornada. Em outro caso, o exemplo para os movimentos linguísticos em decorrência de novas necessidades, destaca-se a tecnologia. O avanço da tecnologia tem incluído a cria- ção de novos termos tanto nas línguas orais como nas línguas de sinais. A cada dia aparecem novas máquinas, novos softwares e novos equipamentos e componentes eletrônicos para ajudar. Por fim, temos os limites e desafios que o intérprete encontra em sua própria atua- ção como profissional. São os limites e desafios impostos pela sua formação. O de- creto de 2005 deixa claro que a formação de tradutor e intérprete de Libras deve efe- tivar-se por meio de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras e infelizmente, na maior parte do Brasil as Universidades ainda não oferecem essa formação correta para o profissional intérprete de libras. Portanto, a profissão de intérprete de Libras, agora oficializada por lei, é fascinante e instiga àqueles que querem seguir essa carreira, trazendo junto muitas dúvidas próprias e específicas com perspectivas de buscar novos conhecimentos, melhores condições de formação e mais qualidade, reconhecimento e valorização e, acima de tudo, a realização e satisfação profissional comum em qualquer área de atuação profissional. 8 MUDANÇA COMPORTAMENTAL Watson postulando o comportamento como objeto da Psicologia, dava a esta ciência a consistência que os psicólogos da época vinham buscando um objeto observável e mensurável, cujos experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes condições e sujeitos. Essas características foram importantes para que a Psicologia alcançasse o status da ciência, rompendo definitivamente com sua tradição filosófica. Watson também defendia uma perspectiva funcionalista para a Psicologia, isto é, o compor- tamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio. Certos es- tímulos levam o organismo a dar determinadas respostas e isso ocorre porque os organismos se ajustam aos seus ambientes por meio de equipamentos hereditários e pela formação de Hábitos. O intérprete, dentro da sala de aula atua como canal comunicativo entre o aluno surdo e o professor ouvinte. Além disso, esse profissional realiza as traduções entre os que compartilham línguas e culturas diferentes. Em sala de aula, o intérprete pre- cisa ter a consciência de que ele não assume o papel do professor regente e em situações relacionadas com o ensino-aprendizagem do aluno surdo, precisa reme- ter-se ao professor, cumprindo com excelência a mediação comunicativa em sala de aula. É necessário que os professores e/ou profissionais de educação tenham com- preensão do que estão tratando e sobre o que estão falando, para que se tenha uma efetiva inclusão destes alunos Surdos em uma turma de ensino regular. Devendo ser levado em conta que as experiências visuais dos alunos Surdos não são as mesmas dos ouvintes, uma vez que os alunos Surdos privilegiam mais o canal visual e os alunos ouvintes o auditivo. Para que o aluno Surdo possa ter sucesso em sua vida escolar, faz-se necessário que o professor regente tenha conhecimento acerca das singularidades linguísticas e culturais desse aluno. Na inclusão, parte-se do pressuposto que todos os alunos precisam ter acesso aos conhecimentos de igual modo. Lacerda (2006) aponta que a inclusão escolar é um processo dinâmico e gradual, que toma diversas formas a partir da necessidade dos alunos. Nesse sentido, o professor é responsável por in- centivar e mediar à construção do conhecimento através da interação com o aluno Surdo e seus colegas. Temos como objetivo ressaltar a importância das aulas de reforço durante o período em que os alunos não estão em sala de aula no ensino regular, num horário diferen- 9 ciado e combinado anteriormente. Nessas aulas de reforço, o professor e o intérpre- te usarão métodos diferenciados de ensino, como: brincadeiras, músicas, teatros, oficinas, pintura. Para que o surdo sinta que pode fazer as mesmas atividades do que as crianças ouvintes,podendo assim participar do ensino regular sem nenhuma restrição. 10 EDUCAÇÃO BILÍNGUE Esta lauda tem por finalidade mostrar a seriedade de proporcionar um anexo de en- saios sobre a educação bilíngue para pessoas com deficiência auditiva. Tendo como um tema não somente argumentado em linguística educacional, mas também a simi- lar em rede mais expansiva, mais ampla, a prática com outras zonas de conheci- mento, como a pedagogia e a antropologia. Com o propósito de que pudéssemos definir um campo de confrontação dos vários enunciados envolvidos em sua mani- festação. Nosso estudo está estruturado em duas partes, englobando a primeira par- te dois ensaios envolvidos a analise e criticas das bases epistemológicas, sobre as quais continua ajustada a indispensável manifestação sobre a surdez aos surdos. Neste ensejo histórico e suas irrupções axiológicas relacionadas às identidades, di- versidades surdas e ao ensino bilíngue de um modo geral. Complementando a con- vergência teórica focamos nosso olhar na segunda sessão do trabalho as interpreta- ções metodológicas do ensinamento de português como mais uma língua aos sur- dos. Esta complementação serve para melhorar o desenvolvimento do surdo fazen- do uma abordagem de sua origem e destacando a importância do ensino de ambas as línguas na escola, como forma de superar algumas contradições identificadas e fornecer caminhos alternativos as praticas vigentes. Neste campo, procuramos ajuntamentos entre os entendimentos de língua, identida- de e subjetividade, a partir da ajuda teórica iniciante apresentada com base em HALL (2000). Uma vez que o ensino bilíngue para surdos, na compreensão aqui assumida, envol- ve tarefas com a modalidade composição da língua portuguesa. • IDENTIDADES SURDAS: Que se destacam na militância pelo explicito, que tem consciência de ser absolutamente diferente e de precisar implicações e solução to- talmente visuais; • IDENTIDADES SURDAS HIBRIDAS: Pessoas que nasceram com audição ,mas ficaram surdas por algum motivo e portanto conheceram experiência auditiva e o português como primeira língua. • IDENTIDADES SURDAS DE TRANSIÇÃO: Surdos designados na prova ouvinte para a sociedade sucedem a des-ouvintização, mas continuaram com implicações da feição da identidade anterior; 11 • IDENTIDADES SURDAS INCOMPLETAS: Surdos que habitam sob os domínios de um sistema de ideias ouvinte e recusam o perfil surdo; e as identidades surdas flutu- antes – manifestam os surdos conscientes ou não de sua condição, que querem ou- vir a todo custo, desprezando a cultura e a comunidade surda; não conseguem inte- grar-se aos ouvintes por falta de comunicação oral e nem aos surdos por falta da língua de sinais (PERLIN, 1998, P 62-66). Retomando nosso raciocínio inicial sobre os inúmeros variáveis presentes no discur- so corrente sobre o ensino do português como segunda língua para estudantes sur- dos, concentramos nossa analise nas questões teórico-metodológicas envolvidas no ensino/aprendizagem de uma língua. Avaliamos adequado, além disso, de adensar as altercações citas sobre o ensino de português para surdos expandir o nosso olhar para a diferença que tem sido instiga- do a termo no meio educacional, em inclusão as versas de ensino de língua mater- na, como forma de situar essa analise no completo geral da educação. • CONTRADIÇÕES NO ENSINO DE PORTUGUÊS: Proporciona-nos uma sopese acertada e motivada da origem discursiva sobre a norma linguística e de como a es- cola ocupa o papel de uma instituição reprodutora da ordem social vigente á medida que se torna o difundo privilegiado para uma regulação linguística, que tenha como meta o linguajar das classes sociais superiores que em principio, em nossa socieda- de deve ser a base para a norma padrão (SILVA, 2000 p 10). 12 TRABALHANDO LIBRAS EM SALA DE AULA Muitos professores não possuem capacitação nenhuma em LIBRAS, e necessitam de uma preparação para receber de forma adequada esses alunos surdos em sala regular de ensino. O bilinguismo é a tendência educacional adequada a escolariza- ção de pessoas surdas. Assim, se torna acessível a Língua de Sinais no contexto escolar de alunos surdos, visando a atender às suas necessidades linguísticas, o que irá possibilitar a compreensão da Língua Portuguesa. Pesquisas e vivencias mostram que tornar uma escola bilíngue é a melhor maneira de alfabetizar o aluno com surdez, fazendo da LIBRAS uma mediadora no ensino da Língua Portuguesa. Como acontece com outras línguas, para o ensino de Libras, a metodologia do pro- fessor deve estar focada no contexto de vida do aluno, para que o seu desenvolvi- mento linguístico seja mais significativo, respeitando-se o conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua de Sinais e o estágio de desenvolvimento da língua em que o aluno se encontra. A aprendizagem simultânea das duas línguas promove o desenvolvimento cognitivo e social do aluno. Para garantir o desempenho do aluno em sala de aula o professor deve seguir al- gumas orientações: Averiguar qual o tipo de linguagem que o aluno utiliza, para facilitar o diálogo entre docente e aluno. Nunca falar de costas ou escrevendo na lousa, pois para o aluno é complica- do copiar o conteúdo e olhar para o interprete. Realizar aulas usando recursos gráficos e visuais como: cartazes, gravuras, fotos e outros. Inclui-lo sempre em trabalhos em equipes. Respeitar a forma de escrita do aluno, pois possui um entendimento diferen- ciado da Língua Portuguesa. Ao falar direciona-se ao aluno surdo e não ao interprete. Utilizar recursos visuais sempre que possível, pois a visão é o canal de co- municação destes sujeitos. Possibilitar ao aluno o material das aulas antecipadamente, para que o mes- mo possa se organizar e familiarizar com o conteúdo. Utilizar as tecnologias de informação de comunicação para a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa. 13 Aprofundar os conteúdos relacionados à Língua Portuguesa, principalmente sobre a escrita. Utilizar materiais Bilíngues Mostrar-se interessado na dificuldade do aluno surdo, mas jamais facilitar o ensino a este aluno. Sem desrespeitar as necessidades do aluno, trata-lo como igual aos outros. Caso não entender o que o aluno disser, peça para que ele repita. Deixar o aluno escolher o seu lugar em sala de aula, pois a influencia da luz, do tamanho da letra e etc. Sempre que trabalhar com filmes e vídeos, certifica-se de que há a tradução de um interprete ou legenda com tamanho e cor adequada. 14 CONCLUSÃO A Constituição da Federativa do Brasil garante a todos os cidadãos brasileiros o di- reito à alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, ir e vir, entre outros. A inclusão vem sendo discutida em todas as áreas, com o objetivo de garantir os direitos citados acima aos deficientes. Não se pode falar de inclusão sem falar em igualdade, isso significa oferecer possibilidades e meios para que todos tenham oportunidades de exercer seus direitos. Sabe-se que os deficientes auditivos, assim como os com outras deficiências ainda encontram muitos obstáculos: no trânsito, nas escolas, órgãos públicos, etc. O que além de constranger, os restringe de muitas ações em sua comunidade. No caso dos surdos, já contamos com a lei n°10.436 de 24 de abril de 2002 e dodecreto n°5.626 de 22 de dezembro de 2005 que regularizam a Língua Brasileira de Sinais como segunda língua oficial de nosso país. Não existem profissionais suficientes para garantir esse direito, assim como forma- ções qualificadas para esta função. No entanto, como segunda língua oficial do país, LIBRAS deveria fazer parte de todos os currículos de ensino aprendizagem, para que os deficientes auditivos possam comunicar-se em qualquer lugar e com qual- quer pessoa. Conhecer a língua de sinais e observar vários itens necessários como: falar sempre voltado ao surdo, o uso de imagens, de tecnologia e outros por todos facilitará a aprendizagem e a comunicação, garantindo assim sua participação na vida em soci- edade com autonomia. O ideal ainda está distante da realidade, mas para que ele se realize é necessário além das leis e políticas públicas, ações e atitudes de todos. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ana Merces Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira, Psicologi- as - uma introdução ao estudo de psicologia. Disponível em: https://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/608163/mod_resource/content/1/Livro%2 0-%20Psicologias%20-%20Bock%20-%20Fu Dalcides Dos Santos Aniceto Junior, O interprete educacional de libras. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/o-interprete-educacional-de-libras-desafios-e- perspectivas/46242/ IHA Informa, Orientações sobre a prática pedagógica e o ensino voltado para o alu- no surdo. Disponível em: https://ihainforma.files.wordpress.com/2010/08/orientacoes-sobre-a-pratica- pedagogica-e-o-ensino-voltado-para-o-aluno-surdo.pdf Sueli de Fátima Fernandes, Educação Bilíngue para surdos. Disponível em: http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/24287/T%20- %20FERNANDES,%20SUELI%20DE%20FATIMA%20.pdf?sequence=1
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