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Resumo de Economia

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Noções Gerais de Economia e a evolução do Pensamento Econômico
Definição de Economia:
Economia é a ciência social que estuda como o individuo e a sociedade escolhe empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribui-los entre as varias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.
Os problemas econômicos fundamentais surgem através da escassez dos recursos ou fatores de produção, associados as necessidades ilimitadas do homem (O que e quanto produzir, como produzir, pra quem produzir, lei da escassez).
LEI DA ESCASSEZ: implica que nem todos os objetivos e necessidades da sociedade podem ser atingidos ao mesmo tempo; escolhas e decisões são necessárias em prol de um bem em detrimento de outros.
Escassez – problemas fundamentais econômicos:
Em função da escassez dos fatores de produção, ou seja, recursos produtivos como terra, trabalho e capital, a sociedade devera decidir os produtos a serem produzidos e definir as respectivas quantidades. Ressaltasse que os produtores escolherão métodos eficientes ao menor custo possível.
Economias centralizadas e economias de mercado:
ECONOMIAS CENTRALIZADAS (SOCIALISTA): As dificuldades fundamentais econômicas são dirimidas por um órgão central de planejamento, e os fatores de produção são propriedades do governo. Os problemas mais graves dessas economias são: o subemprego, o maciço emprego informal, o racionamento, a burocracia e a escassez de bens de consumo.
ECONOMIAS DE MERCADO (CAPITALISTA): As dificuldades fundamentais econômicas são resolvidas pelo mecanismo de preço e de livre-comércio e orientadas pelas forças de mercado, predominando a livre-iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. Os problemas mais graves dessas economias são: o desemprego, a inflação e as injustas desigualdades econômicas. 
Sistemas Econômicos: Os elementos que constituem um sistema econômico são...
 Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção.
Complexo de unidade de produção (constituído pelas empresas).
Conjunto de instituições politicas, jurídicas, econômicas e sociais.
Produção econômica:
Bens e serviços de consumo.
Bens e serviços intermediários. 
Bens de capital.
Composição do sistema econômico:
Setor primário.
Setor secundário.
Setor terciário. 
Os fluxos do sistema econômico: Durante o processo de produção, as unidades produtoras remuneram os fatores de produção por elas empregados e pagam...
Salario ao seus trabalhadores.
Aluguel pelas instalações que ocupam.
Juros pelos financiamentos obtidos e distribuem lucros aos seus proprietários.
 Portanto, pode-se dizer que, em um sistema econômico existem dois fluxos...
FLUXO REAL: Formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico (produto) => oferta da economia, ou seja, tudo aquilo que foi produzido está a disposição dos consumidores.
FLUXO NOMINAL OU MONETARIO: Formado pelo pagamento que os fatores de produção recebem durante o processo produtivo (renda) => demanda ou procura da economia, ou seja, aquilo que as pessoas procuram pra satisfazer suas necessidades e desejos.
A circulação no sistema econômico: 
Consiste no permanente transito dos fluxos real e monetário, tanto no sentido do mercado, quanto no sentido contrário.
No sistema econômico, toda renda recebida pelos proprietários dos fatores de produção é gasta em bens e serviços de consumo e toda a produção das empresas é vendida, não havendo formação de estoques.
A ação do Governo na Economia: 
FUNÇÃO ALOCATIVA: Refere-se à alocação de recursos visando à oferta de bens públicos, bem-estar social e infraestrutura.
FUNÇÃO DISTRIBUITIVA: É a distribuição de renda e da riqueza nacional por meio das transferências de recursos as parcelas carentes da população (Ex: Bolsa Família).
FUNÇÃO ESTABILIZADORA: É a aplicação de politicas publicas visando à geração de empregos, ao desenvolvimento social e à convivência pacifica entre os cidadãos.
FUNÇÃO REGULADORA: O governo regula a atividade econômica utilizando-se de leis e dispositivos administrativos visando otimizar o uso de recursos em favor do bem comum.
Microeconomia
Teoria da Produção:
Fatores da Produção:
São todos e quaisquer recursos voltados para a obtenção de um produto final. Esses produtos podem ser um bem tangível (uma mercadoria) ou intangível (serviço).
Fatores fixos e Variáveis de Produção:
FATORES FIXOS: são aqueles que não têm mudança de valor no caso de maximização ou diminuição da produção. Independem, assim, do nível de produção. São ligados à estrutura. Exemplo: alugueis salários, segurança, etc.
FATORES VARIÁVEIS: são todos aqueles que variam em proporção ao nível de atividade. Exemplo: matéria, comissões, energia, etc.
Quando transformamos uma matéria, agregamos valor a ela, a isso, damos o nome de valor agregado. Exemplo: um pedaço de tecido foi cortado e costurado, tornando-se uma camisa. Ao trabalho realizado, damos o nome de valor agregado.
Eficiência Técnica e Eficiência Econômica: 
TECNOLOGIA: é o conhecimento acumulado e sua forma de aplicação em relação a algo.
EFICIENCIA TÉCNICA: consiste em obter mesma quantidade de um produto utilizando menor quantidade dos fatores de produção.
EFICIENCIA ECONOMICA: consiste em obter a mesma quantidade de produto que outros métodos, ao menor custo possível.
 Teoria dos Custos:
Custo de Oportunidade:
Consiste em tudo que renunciamos para desenvolver outra coisa. Ela pode ser social, econômico, etc. Exemplo: para assistir a um filme no cinema, meu custo de oportunidade foi deixar de ir ao teatro, pois a apresentação da peça aconteceu no mesmo horário.
Custo Fixo:
São aqueles que temos independentemente do numero de unidades produzidas no período, como: as instalações, maquinários, equipamentos, seguro, etc.
Custo Variável:
É a soma de todos os fatores variáveis, que mudam de acordo com o aumento da produção, como: as matérias, energia, mão de obra, etc.
Ponto de equilíbrio:
Os custos fixos fazem com que a empresa tenha que ter um preço de venda e uma quantidade comercializada mínima que permita que ela consiga pegar seus custos, ou seja, o ponto de equilíbrio ocorre quando a quantidade demandada for a mesma que a quantidade ofertada. 
Oferta e Demanda: 
A oferta e a demanda descrevem o comportamento dos consumidores representando, assim, suas compras de bens e serviços em determinados períodos.
Quanto maior o preço, menor a quantidade procurada.
INFLUENCIA NA PROCURA: o preço, a renda, tamanho do mercado, preço e disponibilidade dos bens substitutos, assim como os gostos dos consumidores.
Quanto menor o preço, menor a quantidade que os vendedores estão dispostos a oferecer.
Estrutura de Mercado
Mercado:
Mercado pode ser definido como o encontro da oferta com a demanda por bens e serviços em uma economia. É o lugar para onde convergem a procura e a oferta de um bem e onde se determina o preço pelo qual esse bem será vendido e a respectiva quantidade.
PREÇO DE EQUILÍBRIO OU PREÇO DE MERCADO: É aquele que iguala à procura, ou seja, o preço pelo qual os bens serão vendidos.
Estrutura de Mercado:
Diante das características dos bens ou serviços produzidos, as industrias podem estar organizadas entre si de varias formas, essas formas que caracterizam a organização de industrias denominamos estruturas de mercado.
Os mercados podem ser classificados em:
Concorrência Perfeita: Mercado em que existe um grande número de empresas oferecendo o mesmo igual aos olhos dos consumidores. Exemplo: Produtos Agrícolas.
Monopólio Puro: Mercado em que existe apenas uma empresa oferecendo um bem, para o qual não existem substitutos satisfatórios. Exemplo: Abastecimento de água de uma cidade.
Oligopólio: Mercado em que existe um número de empresas pequeno o suficiente para que as ações de uma afetem as outras. Essas empresas produzem bens diferenciados, mas substituíveis entre si. Exemplo: Automóveis, eletrodomésticos.
Concorrência Monopolística: Mercado em que há um número razoável de empresas produzindoum mesmo bem. Exemplo: Fábricas de roupas de moda.
Mercado de Recursos:
Quando recursos humanos, financeiros e de capital são ofertados e procurados, pode-se dizer que há um mercado de recursos.
MERCADO DE FATORES: É onde ocorre a remuneração dos fatores de produção.
No mercado de recursos, transacionam-se fatores de produção. O mercado de fatores é caracterizado como mercado derivado do de produtos.
Mercado de Produtos:
Quando há procura por bens primários ou industrializados, e quando há procura por serviços como transportes, comunicações, seguros e hotelarias. Assim, no mercado de produtos, transacionam-se bens e serviços.
Estrutura de Mercado de Fatores de Produção:
As estruturas de mercado dependem de três fatores, são eles:
Números de empresas que compõem o mercado;
Tipo do produto;
Se existe ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.
As estruturas no mercado de fatores são:
INSUMOS: Tudo que é consumido em um processo.
DIRETOS: Matéria prima.
INDIRETOS: Mão de obra, energia, etc.
CONCORRENCIA PERFEITA NO MERCADO DE FATORES: É um mercado onde existe uma oferta abundante do fator de produção (exemplo: mão de ora não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande numero, não tem condição de obter preços mais elevados por seus serviços.
A Propaganda e os Tipos de Mercado:
PROPAGANDA: Recurso utilizado pelas empresas para divulgar seus produtos e realçar suas qualidades com os consumidores, visando, com isso, diferencia-los dos produtos de outra empresa.
Objetivo: aumentar as vendas da empresa, atraindo os consumidores dos produtos concorrentes, e/ou aumentando o mercado ao atrair novos consumidores para o produto.
Introdução à Macroeconomia
Macroeconomia:
A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, como: renda e produtos nacionais; nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de cambio.
Trata fundamentalmente do desemprego e da inflação, que são problemas de curto prazo ou conjunturais.
Os objetivos da politica macroeconômica são: alto nível de emprego; estabilidade de preços, distribuição de renda socialmente justa e crescimento econômico.
Alto Nível de Emprego.
Estabilidade de Preços:
INFLAÇÃO: aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços.
A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição de renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos.
Distribuição de Renda Socialmente Justa:
Os críticos do “Milagre Econômico” argumentaram que a concentração de renda no pais piorou entre os anos 1967 e 1973 em virtude de uma politica deliberada do governo de primeiro crescer para depois distribuir (Teoria do Bolo).
O que ocorreu é que a renda media per capita de todas as classes aumentou, mas a renda das classes mais ricas aumentou mais que a renda das classes mais pobres. A renda dos pobres aumentou, melhorou seu padrão de vida no período, mas a participação deles na renda do país diminui.
Crescimento Econômico:
Crescimento econômico refere-se ao crescimento da renda nacional per capita, ou seja, em colocar a disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional.
Instrumento de Politica Macroeconômica:
A politica macroeconômica envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e despesas planejadas (demanda agregada), com o objetivo de permitir que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e com uma distribuição de renda justa.
Política Fiscal: Refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para arrecadar tributos (política tributária) e controlar suas despesas (política de gastos).
Se o objetivo é reduzir a taxa de inflação... as medidas adotadas são: diminuição de gastos públicos e/ou o aumento de carga tributaria (o que inibe o consumo, diminuindo gastos da coletividade)
Se o objetivo é maior crescimento e emprego... os instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada.
Toda politica tributaria deve obedecer o principio da anterioridade, segundo o qual, a implantação de uma medida só pode ocorrer a partir do ano seguinte ao da sua aprovação pelo Congresso Nacional.
Política Monetária: Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos. 
Se o objetivo é o controle da inflação... a medida apropriada seria diminuir o estoque monetário da economia.
Se a meta é o crescimento econômico... a medida adotada seria o aumento do estoque monetário.
Uma vantagem da política monetária sobre a fiscal é que a primeira pode ser implementada logo após sua aprovação, dado que depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias, enquanto a implementação de políticas fiscais depende de votação no Congresso e deve obedecer ao principio da anterioridade, o que aumenta a defasagem entre a tomada de decisões e a implementação das medidas fiscais.
Política Cambial e Comercial:
POLÍTICA CAMBIAL: Refere-se à atuação do governo sobre a taxa de câmbio.
POLÍTICA COMERCIAL: Diz respeito aos instrumentos de incentivos às exportações e/ou ao estimulo e desestimulo às importações, ou seja, refere-se a estímulos fiscais e creditícios, às exportações e ao controle das importações.
Política de Rendas: Refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda (salários, alugueis), com o controle e congelamento de preços, geralmente, são utilizadas como politica de combate à inflação.
Estágios de Desenvolvimento:
SOCIEDADE TRADICIONAL: De modo geral, é predominante agraria, com pouca tecnologia e baixa renda per capita.
PRÉ-REQUISITOS PARA A ARRANCADA: Ocorre um aumento da taxa de acumulação de capital em relação à taxa de crescimento demográfico e uma melhoria no grau de qualificação da mão de obra habilitada para a produção especializada em grande escala. Ocorre também, um aumento da produtividade agrícola, o que permite criar um excedente de recursos que vai financiar a expansão industrial. São feitos grandes investimentos em infraestrutura básica.
ARRANCADA: Nessa fase, o processo de crescimento continuo se institucionaliza na sociedade. Ela é definida a partir das seguintes mudanças...
A taxa de investimento liquida se eleva de 5% para mais de 10% da renda nacional.
Surgem novos segmentos industriais, de rápido crescimento, associados, principalmente, a bens de consumo duráveis (televisores, geladeiras, etc...).
Emerge uma estrutura política social e institucional, que é bastante favorável ao crescimento sustentável.
Dura cerca de 20 anos.
CRESCIMENTO AUTOSSUSTENTAVEL: Leva cerca de 40 anos. Em seu transcurso, a economia demonstra que tem a habilidade tecnológica e empresarial para produzir qualquer coisa que decida produzir.
IDADE DO CONSUMO DE MASSA: Os setores líderes se voltam para a produção de bens e consumos duráveis de alta tecnologia e serviços. A renda ascende a níveis em que os principais objetivos de consumo dos trabalhadores não são mais a alimentação básica e a moradia, mas sim, automóveis, computadores, etc. Além disso, a economia, com seu processo político, expressa um desejo de destinar recursos ao bem-estar e à seguridade social.
Introdução à Teoria Monetária
Relação de troca necessária para o funcionamento de um sistema de escambo:
ESCAMBO: Simples troca de mercadoria por mercadoria, sem que houvesse equivalência de valor.
Em uma economia de escambo, em razão da sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. São as macro mercadorias, aceitas por todos. Assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar o valor. Como por exemplo, o gado bovino e o sal.
Percebeu-se que as diversas mercadorias utilizadas, por não serem fracionáveis e serem altamente perecíveis, não permitem o acumulo de riqueza.
Os metais se tornaram o principalpadrão de valor, pois são divisíveis, raros, de fácil transporte e apresenta possibilidade de entesouramento. 
Para exercer o controle sobre os metais em circulação, sob forma de moeda, os governantes monopolizaram, ou seja, tornaram-se os únicos com poder de cunhá-las, dando origem à moeda metálica. Esse procedimento tornou mais ágil as operações comerciais, desobrigando a pesagem e permitindo a pronta identificação da quantidade de metal oferecida para negociação.
Principais metais empregados: ouro e prata.
A moeda-papel: Surgiu durante a Idade Média, quando, os comerciantes e a população passam a deixar sob a guarda de ourives suas moedas, e estes, como garantia, entregavam recibos. Esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem à moeda de papel.
Moeda escritural: É o nome que se dá ao uso dos depósitos bancários como meio de pagamento. É representada pelos depósitos à vista nas instituições financeiras monetárias (bancos) e que se encontrem à livre disposição dos seus depositantes. Fazem parte dos meios de pagamento da economia e permitem a realização de transações sem necessidades da utilização de moeda.
Importância da moeda: Sua existência possibilita a separação entre a propriedade e as pessoas e permitem a propriedade impessoal, anônima e móvel. Os preços mais importantes da economia são expressos em moeda.
Função de intermediaria de trocas.
Função de medida de valor.
Função de reserva de valor.
Função liberatória: tem o poder de saldar dívidas, de liquidar débitos, de livrar o seu detentor de uma situação passiva.
Função padrão de pagamentos diferidos (adiados, futuros).
Função instrumento de poder.
Características da moeda:
Indestrutibilidade e inalterabilidade.
Homogeneidade.
Divisibilidade.
Transferibilidade.
Facilidade de manuseio e transporte.
Banco Central (BC):
Bancos centrais são instituições responsáveis pela regulação do volume de dinheiro e de crédito de um país. Tem como objetivo assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional. Além disso, a maior parte dos bancos centrais também tem como missão promover a eficiência e o desenvolvimento do sistema financeiro de um país.
São duas as justificativas para a existência de um banco central:
Macroeconômica: referente às politicas monetárias e cambiais.
Microeconômica: propicia a estabilidade do sistema financeiro.
FUNÇOES DO BANCO CENTRAL:
Monopólio de emissão de moeda: ser emissor de cédulas e moedas, devendo manter em circulação somente a quantidade de dinheiro necessário ao desenvolvimento do pais.
Banco dos Bancos: realiza empréstimos ao membros do sistema financeiro a fim de regular a liquidez ou mesmo evitar falências que poderiam causar uma reação em cadeia de falências bancarias. Além disso, mantem os depósitos compulsórios dos bancos comerciais, regulando a multiplicação da moeda escritural no mercado.
Banqueiro do governo: o Banco Central tem como função constitucional receber em deposito as disponibilidades de caixa da União. Também como banqueiro do governo, cabe ao BCB atuar, em nome do Tesouro Nacional, nos leiloes de títulos públicos federais.
Superintendente do sistema financeiro: fiscalizar o funcionamento de todas as instituições financeiras do pais.
Executor da politica monetária: inserir ou retirar moeda do mercado, regula as taxas de juros.
Executor da politica cambial: atuar no mercado de cambio, comparando e vendendo moedas estrangeiras, com o objetivo de manter estável esse mercado.
Depositário das reservas internacionais: atuar em nome do governo, cuidando das reservas internacionais, efetuando o pagamento das dívidas e recebendo o dinheiro de empréstimos concedidos por bancos estrangeiros.
Assessor econômico do governo: aconselhar o governo em suas decisões sobre politica econômica.
Política monetária: determina a evolução dos meios de pagamento e controla o processo de criação da moeda e do credito. 
Controle das emissões.
Depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias.
Operações com mercado aberto: abrangem as operações de compra e venda de títulos públicos ou obrigações do governo.
Operações de redesconto: consistem na liberação de recursos pelo BC aos bancos comerciais.
Juros elevados no Brasil: As principais causas das elevadas taxas de juros no Brasil são...
A proporção de depósitos que os bancos devem manter como reserva obrigatória, em comparação com o restante do mundo.
O setor financeiro é um dos mais tributados do país.
A inadimplência local é elevada.
A taxa de juros básica, a taxa Selic remunera a maior parte dos títulos públicos e é utilizada como principal instrumento da politica monetária.
Os desequilíbrios fiscais, provocados por elevados déficits públicos, pressionam o aumento da inflação. Para manter os preços estabilizados, o BC vê-se obrigado a controlar a demanda por meio da elevação da taxa de juros Selic.
Inflação
Entendendo o que é inflação:
INFLAÇÃO: É o aumento sistemático dos preços diminuindo o poder de compra do dinheiro. A simples oscilação não necessariamente configura o fenômeno econômico denominado inflação. 
INFLAÇÃO DE CUSTOS: Quando ocorre o aumento contínuo dos principais custos de produção, especialmente das taxas de juros, de câmbio, de salários ou preços de importações.
INFLAÇÃO DE DEMANDA: Quando ocorre um aumento generalizado da renda dos agentes econômicos, numa velocidade maior do que a expansão da capacidade produtiva da economia.
INFLAÇÃO DE PAPEL-MOEDA OU DE CAUSAS MONETÁRIAS: ocorre quando há emissão da moeda acima da capacidade de expansão da economia. Havendo mais moeda do que oferta de produtos, a moeda perde valor, mais dinheiro é necessário para compra da mesma quantidade de produto.
INFLAÇÃO INERCIAL: É um processo inflacionário muito intenso gerado pelo reajuste praticamente pleno de preços, de acordo com a inflação observada no período imediatamente anterior. Boa parte da inflação ocorrida nos governos Sarney e Collor tinha origem inercial.
Principais Índices da inflação:
ÍNDICE GERAL DE PREÇOS (IGP): É medido pela FGV, e registra a inflação de preços de produtos e serviços, é usado para reajustes de tarifas públicas, contrato de aluguel e planos e seguro de saúde. Cabe ressaltar que abrande toda população, sem restrição de nível de renda. Ele é composto por três índices...
IPA: Pesquisado nas capitais onde haja indústrias.
IPC: É o calculo da variação de preços de produtos e serviços, e é composto por oito grupos: habitação, alimentação, transporte, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas.
INCC: Apresentam relatórios a construção civil, e contem três grupos: materiais, serviços e mão de obra.
ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA): É medida pelo IBGE, criada com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comercio para o púbico final. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do pais. O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. 
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC): É medido pelo IBGE, e é obtido a partir dos Índices de Preços ao Consumidor regionais e tem como objetivo oferecer a variação os preços no mercado varejista, mostrando assim o aumento do custo de vida da população. 
Os planos econômicos à inflação:
Plano Cruzado: 1986.
Plano Bresser: 1987.
Plano Verão: 1989.
Plano Collor: 1990.
Plano Collor II: 1991.
ITAMAR FRANCO => PLANO REAL: O Programa de Ação Imediata apontou as seguintes necessidades...
Corte de gastos públicos – de aproximadamente 6 bilhões de dólares no orçamento de 1993, em todos os ministérios.
Recuperação da Receita – através do combate a evasão fiscal, inclusive das grandes empresas.
Austeridade no relacionamento com Estados e Municípios – através do corte de repasses inconstitucionais, forçando Estados e Municípios a equilibrarem seus gastos através de cortes.
Ajustes nos Bancos Estaduais – em alguns casos, através da intervenção do Banco Central, buscando cortesde gastos e punindo irregularidades com a Lei do Colarinho Branco.
Redefinição das funções dos Bancos Federais – buscando o enxugamento da estrutura, evitar a concorrência recíproca e predatória, e punir irregularidades através da Lei do Colarinho Branco.
 Privatizações - De empresas dos setores siderúrgicos, petroquímico e de fertilizantes, por entender que as empresas públicas estarem reféns de interesses corporativos, políticos e econômicos.
A segunda etapa do Plano, a criação da URV ocorreu em 27 de maio de 1994, inicialmente convertendo os salários e os benefícios previdenciários, promovendo a neutralidade distributiva.
No dia 30 de junho de 1994, foi editada a Medida Provisória que implementou a nova moeda, o Real. Essa era a terceira fase do plano.
Todo o programa tinha como base as políticas cambial e monetária. A política monetária foi utilizada como instrumento de controle dos meios de pagamentos (saldo da balança comercial, de capital e de serviços), enquanto a política cambial regulou as relações comerciais do país com os demais países do mundo.
Foi estabelecida a paridade nos valores de reais e dólares, defendida através da política de intervenção, na qual o governo promoveu a venda de dólares e o aumento das taxas de juros nos momentos de pressão econômica.
O capital especulativo internacional foi atraído pelas altas taxas de juros, o que aumentou as reservas cambiais, mas causou certa dependência da política cambial a esses investimentos não confiáveis em caso de oscilações econômicas.
Regime de metas para inflação: É um regime monetário no qual o BC se compromete a atuar de forma a garantir que a inflação esteja em linha com uma meta preestabelecida, anunciada publicamente.
Conhecimento público de metas numéricas de médio-prazo para a inflação.
Comprometimento institucional com a estabilidade de preços como objetivo primordial da política monetária.
Estratégia de atuação pautada pela transparência para comunicar claramente o publico sobre os planos, objetivos e razoes que justificam as decisões de politica monetária.
Mecanismos para tornar as autoridades monetárias responsáveis pelo cumprimento das metas para a inflação. Portanto, o regime de metas para a inflação envolve mais do que o anuncio publico de metas numéricas para a inflação. A transparência e a prestação de contas regulares à sociedade e a seus representantes são elementos essenciais desse regime.
Economia Brasileira Contemporânea 
Introdução:
O SETOR DO TURISMO: vem mostrando estabilidade no Brasil, mesmo em meio à crise.
OS RECURSOS HÍDRICOS: o Brasil tem a maior rede do mundo, a produção de energia pelas usinas hidrelétricas é uma das maiores do planeta. O Brasil possui a principal usina em produção de energia, Itapu, mas paga altas taxas pela utilização da energia ao Paraguai em virtude de acordos realizados no passado.
Os impostos e a carga tributária no Brasil são considerados altos pela mídia, por alguns críticos e pela população que paga caro por um serviço de menor qualidade do que aquele que é esperado. Essa carga “não é a mais alta do mundo”. Ela é a 32ª entre 178 países. O repasse do dinheiro para a população, os benefícios e os serviços públicos são realizados muitas vezes de modo precário. O país, embora não tenha “a maior carga tributária”, encontra-se na última posição em um ranking de 30 países quando consideramos a conversão de impostos em bem-estar. 
Digressão Histórica:;
Dos primeiros séculos até 1945:
A economia brasileira foi altamente explorada.
Inicialmente, pau-brasil era extraído e, posteriormente, se deu o plantio da cana-de-açúcar em propriedades chamadas de latifúndios, onde não havia o trabalho assalariado, e a mão de obra era sempre escrava. Depois veio o algodão, o fumo e, mais tarde, o café. Até então, a produção de açúcar e, em seguida, a mineração foram as principais atividades econômicas.
Com a produção de açúcar pelas Antilhas, a lucratividade começou a cair, e a indústria açucareira entrou em decadência. No século XVII, o foco da colônia se voltou para a mineração, concentrando-se na Serra da Mantiqueira (Minas Gerais), no sul de Goiás e na região de Cuiabá. Toda a produção era novamente voltada ao mercado externo, necessitando menos investimento em relação à indústria açucareira.
A extração do ouro atingiu o seu auge em 1760 e, depois, iniciou-se o processo de decadência do negócio. A mineração deu lugar à atividade de subsistência. Desse período até 1850, a economia ficou estagnada; os preços do algodão e da cana permaneceram baixos; a demanda pelo ouro continuou em queda.
A Inglaterra ganha o privilégio de comercializar com o Brasil, e a colônia encarou isso como um limite. Consequentemente, o Brasil separou-se de Portugal no ano de 1822, negociando agora diretamente com o país inglês. Com o café e o comércio exterior, a economia iniciou sua recuperação a partir da segunda metade do século XIX. A renda da economia cresceu cinco vezes a uma taxa anual de 3,5% em média. A mão de obra escrava passou a diminuir e, como a população nordestina migrava para a Amazônia, os cafeicultores buscaram trabalhadores na Europa. Assim, foi introduzido o trabalho assalariado no Brasil. Entre 1870 e 1900, ocorreu o maior fluxo migratório da Itália para o Brasil, fato dado após a unificação daquele país e o desenvolvimento de nova tecnologia agrícola, que dependia de menor número de trabalhadores.
A Proclamação da República, em 1889, deu aos recém-nascidos estados da federação maior autonomia. Os cafeicultores passaram a ter influência na política econômica, protegendo os lucros da empresa do café das variações de preço internacional. Com esse modelo, a produção do café aumenta vertiginosamente até a chegada da crise de 1929, que estagnou a demanda. A solução apontada para resolver a questão entre os anos de 1931 a 1939 foi colher o café e depois queimá-lo. Um terço da produção foi comprada pelo governo para tais fins. Com essas medidas, o Brasil foi menos atingido pela Grande Depressão, e a indústria brasileira chegou a se expandir.
Após a Segunda Guerra Mundial:
Todos os setores da economia brasileira aumentaram as importações entre os anos de 1945 e 1947. As metalúrgicas e indústrias mecânicas foram as maiores responsáveis por esse acréscimo.
Para não prejudicar a importação de máquinas, o governo resolveu restringir as importações (em vez de desvalorizar o câmbio).
Buscando não prejudicar exportações, o governo permitiu a existência do câmbio paralelo — embora elas tenham permanecido fixas e valorizadas durante os anos de 1947 até 1953. A indústria ficou livre para crescer apoiada pelo protecionismo cambial e sem competição externa. Por outro lado, como o câmbio estava valorizado, o principal foco era o mercado interno. Nesse momento, o déficit não era compensado.
Durante os anos de 1953 e 1954, o governo Vargas ampliou os gastos em infraestrutura, que foi financiada com expansão de base monetária. Com contribuição de capital internacional, foi criado pelo governo financiamentos internos voltados aos investimentos em infraestrutura, necessários após o crescimento da indústria dado entre os anos de 1951 e 1955.
Podendo importar bens de capital (máquinas e matérias), a indústria brasileira se desenvolveu, ampliou a capacidade de produção e modernizou-se entre 1947 e 1955. Ao fim desse período, a indústria de bens intermediários já estava praticamente fixada.
Plano de Metas (1956-1961):
Governo Kubistchek => com olhar voltado à expansão e diversificação da indústria (“50 anos em 5”)
O Governo e o capital internacional passaram a ter soberania na industrialização, e os investimentos governamentais na infraestrutura voltaram-se aos setores de energia, transporte, comunicação e insumos, este último com a finalidade de fornecer a baixos preços, aço e outras matérias para indústria automobilística.
LEI DO PRODUTO SIMILAR NACIONAL: atraiu muitas indústrias, geração de renda, emprego e também inflação. Acumulando déficits comerciais e dívida externa, a balança de pagamentosficou deficitária nos anos de 1958 a 1961. Ocorreu a desaceleração da economia e os investimentos em bens de capital passaram a sofrer degradação. Novos financiamentos não ocorreram e o crescimento diminuiu fortemente. A inflação ganhou força, trazendo descontrole para a Economia.
Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social (1963-1965):
Política voltada ao combate da inflação, que chegou a 78,4% em 1963, objetivando o crescimento do PIB em 7%. Foi a primeira vez no Brasil que se iniciou um plano de distribuição da renda.
O plano buscava substituir as importações gradualmente, acreditando que a disparada dos preços era devida somente aos desiquilíbrios estruturais da economia brasileira, esquecendo-se do efeito do ágio cambial sobre tais preços.
O Plano Trienal fracassou pelas seguintes razões:
Curto espaço de tempo.
Utilização de informações e estatísticas não confiáveis.
Falta de experiência brasileira com esse tipo de plano.
Desconhecimento dos efeitos das políticas adotadas.
O plano foi importante para melhorar os esforços de planejamento do Brasil. João Goulart, desesperadamente, passou a usar decretos-lei voltados a nacionalizar empresas privadas de petróleo. Também buscou desapropriar áreas para suposta reforma agrária. As classes média e alta, desgastadas pela condição econômica ruim, se revoltaram o que estimulou a derrubada do governo.
O Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG, 1964-1966):
Desenvolvido em meio à ditadura.
O plano não possuía interesse de favorecer as classes mais desfavorecidas da sociedade brasileira; estas estavam impedidas de protestar contra qualquer ato do governo.
O plano nasceu objetivando atender a cinco pontos:
Combate à inflação.
Ampliar investimentos estatais em infraestrutura.
Reformular o Sistema Financeiro Nacional.
Diminuir as desigualdades regionais entre Norte e Sul.
Atrair investimentos internacionais.
I Plano Nacional de Desenvolvimento (1972-1974):
Possuía meta voltada a crescimento econômico de 8% ao ano, inflação anual menor que 20% e aumento de US$ 100 milhões em reservas cambiais. O plano articulou empresas estatais, bancos e instituições públicas na elaboração de políticas setoriais. Com isso, visava criar infraestrutura base para o desenvolvimento do Brasil nas próximas décadas, dando atenção ao transporte, telecomunicações, ciência e tecnologia, indústria naval, petroquímica e siderúrgica.
Destacaram-se obras como a hidrelétrica de Itaipu, a Ponte Rio-Niterói e a rodovia Transamazônica, ainda inacabada.
Nos anos iniciais, as metas foram atingidas com crescimento que chegou a quase 14% e inflação abaixo de 20%, mas a crise do petróleo (1974) interrompeu o processo. Então, o general Ernesto Geisel, que sucedeu a Médici, lançou o II PND.
II Plano Nacional de Desenvolvimento (1975-1979):
Buscava como fim um ajuste estrutural da economia brasileira, estimulando a produção de insumos básicos, alimentos, bens de capital e energia.
Esse foi mais relevante que o primeiro, uma vez que se deu como resposta à crise econômica decorrente do choque do petróleo, no fim do “milagre econômico brasileiro”.
Provavelmente foi o mais amplo programa de intervenção estatal na economia brasileira. O plano firmou-se politicamente graças ao capital financeiro nacional e às oligarquias tradicionais, mas aumentou a dívida externa do Brasil.
O Brasil era altamente dependente do petróleo internacional e uma das frentes do PND era a redução dessa dependência árabe, investindo em pesquisa, exploração e refinamento de e investimentos em fontes alternativas de energia, como o álcool e energia nuclear. Também buscou dominar o ciclo produtivo industrial investindo na produção dos insumos básicos e dos bens de capital.
Plano Cruzado (1986):
Deu-se como um conjunto de medidas econômicas do governo de José Sarney .
Naquele momento, o Brasil vivia o fim da Ditadura Militar. 
Destacaram-se:
Congelamento de preços de bens e serviços.
Congelamento da Taxa de Câmbio por um ano.
 Reforma monetária. Mil unidades de cruzeiro passaram a valer um cruzado.
Substituição da Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional (ORTN) pela obrigação do Tesouro Nacional (OTN), cujo valor foi congelado por um ano.
Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses.
Criação de uma espécie de seguro-desemprego.
Os reajustes salariais passaram a ser realizados por um dispositivo chamado “gatilho salarial” ou “seguro-inflação”, com reajuste sempre que a inflação alcançasse 20%.
O Plano fracassou e gerou ações judiciais nas quais cidadãos comuns exigiram dos bancos e governos a reparação das perdas monetárias. O Plano também deteriorou a balança de pagamentos, trazendo queda nas reservas internacionais. O Brasil precisou decretar moratória da dívida externa no ano de 1987.
Plano Cruzado II (1986):
Foi um pacote fiscal que promoveu escape para toda a inflação contida durante o congelamento de preços do plano anterior. Objetivava controlar o déficit fiscal pelo aumento da receita tributária.
Foram medidas importantes:
Liberação dos preços dos produtos e serviços.
Reajuste dos aluguéis a ser negociado entre proprietários e inquilinos.
Alteração do cálculo da inflação, que passaria a ter como base os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos.
Aumento de impostos sobre bebidas e cigarros.
 Aumento das tarifas de serviços públicos.
 Aumento da carga fiscal.
 Reindexação da economia.
Plano Bresser (1987):
O governo José Sarney se encontrava em meio à inflação alta e grande déficit público (o governo estava gastando mais do que arrecadava).
 O Plano Bresser foi um plano de emergência no qual se instituiu o congelamento dos preços, dos salários e dos aluguéis.
Como o objetivo era diminuir o gasto público, medidas foram tomadas: 
Eliminação do gatilho salarial (que era uma espécie de seguro-desemprego criado no Plano Cruzado).
Elevação de tributos, eliminação do subsídio do trigo e postergação das obras de grande porte, como o trem-bala de São Paulo ao Rio de Janeiro, a Ferrovia Norte-Sul e o polo petroquímico do Rio. 
Retomaram-se as negociações com o FMI, dando-se o término da moratória.
A inflação manteve-se alta.
Plano Verão (1989):
Buscando resolver as perdas ocorridas em função da alta inflação, promulgou uma lei que alterava o índice de rendimento da poupança, congelando os preços e salários. Foi criada uma nova moeda, o Cruzado Novo, inicialmente atrelado ao valor do Dólar. Novamente ocorreram desajustes nas cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a mais de 20%, gerando inúmeros processos.
 Foram as principais medidas:
Aumento dos juros.
Redução de gastos públicos.
 Congelamento de preços (novamente).
 Aumento dos preços administrados pelo governo.
 Reforma monetária: corte de três zeros e indexação ao Dólar.
Subindexação dos salários por meio da URP (consequente redução do valor da dívida pública).
Subindexação dos contratos financeiros (consequente redução do valor da dívida pública).
Plano Brasil Novo/ Plano Collor (1990):
Foi colocado em execução um dia após sua posse e foi caracterizado como plano radical voltado a estabilizar a inflação. Ocorreram medidas voltadas à reforma do comércio internacional e à Política Industrial de Privatização, intitulada como Programa Nacional de Desestatização (PND).
As medidas incluíram:
Confisco dos fundos de curto prazo e overnight (no período, havia inflação alta, e os depósitos com rendimento noturno eram permitidos também para pessoas físicas), com permissão de saque de 20% ou NCZ$ 25 mil, descontando 8% de tributos.
b) Confisco da caderneta de poupança (com saques limitados a NCZ$ 50 mil por 18 meses com correção de 6% ao ano).
 O Cruzado Novo foi substituído pelo Cruzeiro.
 Substituição da moeda corrente: o Cruzado Novo pelo Cruzeiro à razão de NCz$ 1.000,00 = Cr$ 1,00.
Criação do IOF, (Imposto sobre as Operações Financeiras).
 Congelamento de preços e salários.
Eliminação de incentivos fiscais de importações, exportações, agricultura,da indústria de computadores.
 Criação de um imposto sobre as grandes fortunas.
Aumento de preços dos serviços públicos (energia, gás, serviços postais, etc.).
Liberação do câmbio.
 Extinção de vários institutos governamentais.
Em período posterior ao plano, o governo promoveu a abertura comercial para os veículos importados.
Na sequência desse plano, veio o Plano Collor II, que incluiu outros congelamentos de preços, promoveu ajustes fiscais e alteração no overnight. O plano conseguiu conter a inflação por um curto período de tempo. Ainda no governo Collor, o país teve o Plano Marcílio, criado pelo ministro Marcílio Marques Moreira, que substituiu a ministra Zélia. O plano combinou altas taxas de juros e uma política fiscal de restrições. Os preços foram liberados, e as reservas internas foram garantidas pelo FMI por meio de um empréstimo de US$2 bilhões. A inflação continuou em alta, mesmo com o início do Plano Real.
Plano Real (1994):
Foi o mais bem-sucedido de todos os planos econômicos brasileiros para o combate da inflação. O plano foi iniciado no governo do presidente Itamar Franco.
Planejado em etapas, o plano trouxe melhorias à inflação elevada, substituindo a antiga moeda pelo Real. Não ocorreram congelamentos de preços, confiscos ou condições artificiais de controle temporário. Foi adotada uma política de restrição de crédito e da moeda, buscando crescimento econômico e viabilizando a retomada do crescimento e distribuição da renda.
O plano organizou-se em 3 fases: 
PRIMEIRA: equilíbrio das contas públicas, redução de despesas e aumento de receitas.
SEGUNDA: desenvolvimento da URV, buscando preservar o poder de compra do consumidor.
TERCEIRA: lançamento do padrão monetário de nome Real.
Como medidas, são destaques:
Desindexação da economia, buscando interromper o círculo vicioso de corrigir valores futuros pela inflação passada.
 Privatização, uma vez que a iniciativa privada tem condições diferentes de gestão.
 Equilíbrio fiscal.
 Abertura econômica.
 Contingenciamento cambial, mantendo o Dólar valorizado.
 Políticas monetárias restritivas.
Economia e Direito
Conceito de Direito: Direito é um conjunto de normas ou instrumento da Justiça, que está presente na nossa vida em sociedade e também regula a economia dela, pelo menos tenta regular o mercado e adequá-lo aos ditames da justiça social e do bem comum, como está previsto na nossa Constituição Federal. 
Direito Público e Direito Privado:
DIREITO PÚBLICO: É caracterizado pela presença do Estado na relação jurídica formada entre duas partes. O foco são os interesses públicos, difusos e coletivos. São exemplos o direito constitucional, penal, tributário, eleitoral, econômico, etc. (Direito objetivo – normas agendi)
DIREITO PRIVADO: Regula e disciplina os interesses individuais, atua na ordem privada, se interessa pela manifestação de vontade dos indivíduos e as consequências jurídicas dela. Nesse ramo de classificação do direito, as partes têm mais liberdades nas escolhas de quais obrigações vao assumir ou não umas perante as outras. É o caso do direito civil e empresarial. (Direito subjetivo – facultas agendi) 
Direito Econômico e sua relação com a economia:
A economia de um país deve servir ao interesse social, diminuindo as desigualdades entre seus cidadãos. A politica econômica estatal deve guiar o desenvolvimento da nação e, para isso, precisa ter metas legais, estabelecidas na lei, para que o governante, chefe da nação e sua equipe não percam o rumo.
Não é compatível com o sistema jurídico adotado no Brasil que a Economia se desenvolva se crie, se invista sozinha, sem parâmetros. 
A relação entre Direito Econômico e Economia está no fato de que aquele norteia toda a economia do país em suas políticas estatais, no regramento das atividades econômicos realizadas pelos particulares ou pelo Estado e, ainda, guiando sempre no sentido do interesse social e na realização da justiça social.
Objeto do Direito Econômico: O Direito Econômico procura manter as condições de concorrência do mercado, incentivar setores da economia e, ainda, controlar as variáveis macroeconômicas como as taxas de juros, taxa de cambio, nível de investimento e nível de empregos e salários. Exemplo: lei da concorrência, leis que fixam o salario mínimo, leis de crimes contra o sistema financeiro, etc.
Princípios gerais do Direito Econômico:
No Direito, os princípios aparecem coo comandos gerais que norteiam a feitura das normas. Os princípios servem de inspiração para a produção legislativa e antecedem a produção das normas.
Princípio da Economicidade: endereçado ao Estado, que deve, ao tomar suas decisões políticas, orientar o mercado, priorizar as condutas que impliquem menor custo social e alcançar metas com apenas os gastos necessários, sem onerar excessivamente o erário e a sociedade.
Princípio da Eficiência: Rege as ações da Administração pública. Significa que o Estado tem de pautar sua conduta com fim de viabilizar e maximizar a produção de resultados da atividade econômica. As políticas e metas do Estado precisam ser eficientes, ou seja, que possam efetivamente atender às necessidades da sociedade e, consequentemente, garantindo o êxito da ordem econômica.
Princípio da Generalidade: também conhecido como princípio da impessoalidade ou universalidade. De acordo com este princípio todos os usuários que satisfaçam as condições legais fazem jus à prestação do serviço, sem qualquer discriminação, privilégio, ou abusos de qualquer ordem. O serviço público deve ser estendido ao maior número possível de interessados, sendo que todos devem ser tratados isonomicamente.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
VI - defesa do meio ambiente;
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - propriedade privada;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - função social da propriedade;
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.

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