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1º SIMULADO PRESENCIAL (RESPOSTA PADRÃO)

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1º SIMULADO – XXIII EXAME DE ORDEM 
DIREITO PENAL
ALUNO(A)__________________________________________________________________________________
 INSTRUÇÕES 
1) O simulado contém uma peça prática profissional, que vale 5 pontos e 4 questões discursivas, cada uma valendo 1,25 pontos;
2. As questões discursivas são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado. 
3. Durante a aplicação da prova não será permitido: 
a) qualquer tipo de comunicação entre os examinandos; 
b) levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala; 
c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, máquina fotográfica, controle de alarme de carro, etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou qualquer acessório de chapelaria, como chapéu, boné, gorro, etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha ou corretivo de qualquer espécie. 
4. Não será permitida a troca do caderno de textos definitivos por erro do examinando. 
5. O tempo disponível para esta prova será de 5 (cinco) horas, já incluído o tempo para preenchimento do caderno de textos definitivos. 
6. Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as respostas constantes do caderno de textos definitivos. 
7. Somente após decorridas duas horas do início da prova, você poderá retirar-se da sala de prova.
8. Quando terminar sua prova, entregue o caderno devidamente preenchido e assinado ao fiscal da sala. 
9. Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só poderão sair juntos, devendo obrigatoriamente testemunhar o lacre da embalagem de segurança pelo fiscal de aplicação, contendo os documentos que serão utilizados na correção das provas dos examinandos, assinando termo quanto a esse procedimento. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de presenciar o procedimento descrito, deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas. 
Boa prova!
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL - Leia com atenção o caso concreto a seguir: 
O Ministério Público ofereceu denúncia contra Xexelento Custódio, brasileiro, nascido no dia 15/04/1992 pela prática do delito de furto simples, oportunidade em que não ofereceu proposta de suspensão condicional do processo em razão de o acusado já ter sido condenado pela contravenção penal de vias de fato. Consta na denúncia que no dia 25/01/2013, por volta das 17h, no interior do Supermercado Extra, em Taguatinga, Xexelento teria subtraído alguns bens destinados a higiene pessoal, tais como, sabonete, creme dental, shampoo e condicionador. O crime foi descoberto porque no dia seguinte funcionários visualizaram nas imagens do circuito interno e perceberam o momento da subtração, tendo então comparecido à Delegacia de Polícia para registrar a ocorrência. Os objetos subtraídos foram avaliados em R$ R$ 60,00. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Taguatinga em 25/02/2017, oportunidade em que determinou a citação do acusado, tendo a diligência se realizado em 05.04.2017, quarta-feira, sendo que o respectivo mandado devidamente cumprido foi juntado aos autos no dia 12/04/2016. Xexelento procura você, na qualidade de advogado, solicitando o patrocínio da causa, e informando, ainda, que realmente já foi condenado pela contravenção penal de vias de fato, mas que a sua condenação se deu se deu em 04/03/2015. Redija a peça cabível para a defesa de Xexelento, alegando tudo o quanto for cabível em sua defesa, apresentando-a no último dia do prazo. (5,0 pontos)
RESPOSTA PADRÃO 
1 - Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, assinatura ) e endereçamento correto - 0 / 0,15 
2 - Indicação correta dos dispositivos legais que dão ensejo à resposta à acusação – arts. 396 e 396-A, do CPP (0,10)
3 – Último dia do prazo – 17/04/2017 - (0,25)
4 – Desenvolvimento jurídico acerca da possibilidade de concessão da suspensão condicional do processo, \uma vez que a pena mínima do crime não é superior a 01 ano e o acusado preenche os demais requisitos do art. 89, da Lei 9.099/95 (0,5), pois o fato de ter sido condenado pela contravenção penal não é óbice para o benefício (0,2) 
5 - Desenvolvimento jurídico acerca da ocorrência da prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato, pois o crime imputado ao acusado prescreve em 08 anos – art. 109, IV, do CP (0,3) . Porém, em razão de ser menor de 21 anos à época do fato, o prazo prescricional reduz-se pela metade (0,5), lapso temporal transcorrido entre a data do fato e o recebimento da denúncia, marco interruptivo da prescrição (art. 117,I, do CP), (0,4), razão pela qual o acusado deve ser absolvido sumariamente em razão da causa extintiva de punibilidade, conforme art. 397, IV, do CPP (0,3).
6 – Desenvolvimento jurídico acerca da aplicação do princípio da insignificância, que exclui a tipicidade material (0,5), pois estão presentes os seus requisitos objetivos, qual seja, Mínima ofensividade, Ausência de periculosidade, reduzido grau de reprovabilidade e inexpressividade da lesão jurídica (0,5), além de o acusado ser primário e de bons antecedentes (0,2) razão pela qual o acusado deve ser absolvido com base no art. 397, III, do CPP (0,3);
7 – Pedido de suspensão condicional do processo, com base no art. 89, da Lei 9.099/95 (0,2), absolvição sumária em razão da atipicidade material - art. 397, III, do CPP (0,2) e em razão da prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato - art. 397, IV (0,2)
8 – Indicação do rol de testemunhas – 0,2 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 2ª VARA CRIMINAL DE TAGUATINGA – DISTRITO FEDERAL
Proc. 
XEXELENTO CUSTÓDIO, já devidamente qualificado nos autos, com base nos arts. 396 e 396-A, ambos do CPP, vem a presença de Vossa Excelência apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, alegando para tanto os fatos e fundamentos a seguir delineados.
DOS FATOS
Xelelento Custódio foi denunciado pela prática do crime de furto simples por supostamente ter, no dia 25/05/2012, ter subtraídos gêneros de higienização pessoal do estabelecimento comercial Extra, situado em Taguatinga, cujos bens foram avaliados indiretamente em R$ 120,00.
Após o recebimento da denúncia, o réu foi devidamente citado.
DO DIREITO
PRELIMINAR
DA SUSPENSAO CONDICIONAL DO PROCESSO – ART. 89, DA Lei 9.099/95
Logo de início ressalta-se que o acusado faz jus ao benefício da suspensão condicional do processo, uma vez que não responde a outras ações penais e a pena mínima do crime que lhe foi imputado não é superior a 01 ano.
Salienta-se que o fato de o réu ter sido condenado anteriormente pela contravenção penal de vias de fato não é impeditivo para o benefício. Isso porque o dispositivo legal – art. 89, da Lei 9.099/95 – é bem claro que em vedar a suspensão condicional do processo somente para o acusado que já tenha sido condenado por CRIME anterior, não se podendo utilizar a analogia com o nítido propósito de prejudicar o réu.
MÉRITO
DA ABSOLVICAO SUMÁRIA EM RAZAO DA CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE DA PRESCRICAO – Arts. 397, IV, do CPP c/c art. 107, IV, do CP.
 De outro lado, deve-se observar a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato. Com efeito, o crime de furto simples tem a pena máxima fixada em 04 anos, prescrevendo, assim, em 08 anos, consoante dispõe o art. 109, IV, do CP. Como o acusado à época dos fatos era menor de 21 anos, o prazo prescricional reduz-se pela metade, nos termos do art. 115, do Estatuto Repressivo.
Dessa forma, fica claro que entre a data do fato – 25/01/2013, quando começa a correr o prazo prescricional, art. 111, do CP e a data do recebimento da denúncia, 25/02/2017, primeira causa interruptiva da prescrição – art. 117, I, do CP, já se passaram mais de 04 anos, estando caracterizada a causa extintiva depunibilidade prevista no art. 107, IV, do CP, razão pela qual a absolvição sumária é medida que se impõe, nos termos do art. 397, IV, do CPP.
DA ABSOLVICAO SUMÁRIA EM RAZAO DA ATIPICIDADE PELO PRINCÍCPIO DA INSIGNIFICANCIA – Arts. 397, III, do CPP.
Igualmente a pretensão punitiva do Estado não pode ser acolhida, pois muito embora seja formalmente típica a conduta imputada ao acusado, o certo é que não há que se falar em tipicidade material. Com efeito, a conduta do acusado é dotada de mínima ofensividade, não contendo nenhuma periculosidade, além de estar desprovida de qualquer reprovabilidade e a lesão jurídica ser ínfima.
De fato, o crime foi praticado sem violência ou grave ameaça, não havendo qualquer circunstância de agravamento do seu comportamento, além de que os bens subtraídos foram avaliados em apenas R$ 60,00, enquanto que a empresa vítima é um dos maiores aglomerados econômico de nosso país.
Ressalta-se que o fato de o réu ter sido condenado pela contravenção penal não caracteriza reincidência, pois o transito em julgado da sentença se deu após a prática do presente delito. Aliás, mesmo se a condenação tivesse ocorrido antes do fato em apuração, o réu seria considerado primário em razão do que dispõe o art. 63 do Código Penal e art. 7 da Lei de Contravencoes Penais.
Assim, por faltar um dos elementos do fato típico, o acusado deve ser absolvido sumariamente, com base no art. 397, III, do CPP.
Ante o exposto, requer:
a) a concessão da suspensão condicional do processo, nos moldes do art. 89, da Lei 9.099/95;
b) a absolvição sumária em razão da prescrição, nos termos do 397, IV;
c) a absolvição sumária em razão da atipicidade material da conduta do réu, com base no art. 397, III, do CPP.
d) por fim, não acolhendo as teses ora apresentadas, durante a instrução requer a produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente a oitiva das testemunhas, cujo rol se encontra logo abaixo.
Nestes termos, pede Deferimento,
Taguatinga/DF, 17/04/2017.
Advogado ...
ROL DE TESTEMUNHAS
1ª Testemunha (Qualificação e endereço)
2ª Testemunha (Qualificação e endereço)
1ª Questão: Mévio trabalha em Brasília, porém reside em Goiânia, onde tem conta bancária na Caixa Econômica Federal. No mês de abril de 2014, Mévio percebeu que houve um desfalque de R$ 5.000,00 em sua conta bancária. Após, comunicar o fato à respectiva agência, foi instaurado Inquérito Policial para apurar os fatos. Constatou-se, então, Tício retirou esse numerário, via internet, da conta de Mévio, tendo utilizado para tanto os dados relativos a número de conta, agência e senha bancária que obtivera ao acessar ilicitamente o computador do correntista Mévio. Ressalte-se que Tício sacou todo o dinheiro na Agência Bancária da Caixa Econômica Federal de Formosa.
Com base nesta situação hipotética, responda:
Qual o crime praticado por Tício? (0,50)
Qual o Juiz competente para processar o feito? (0,40)
Caso Tício seja, repare o dano até o recebimento da denúncia, qual será a consequência dessa providência? (0,35)
Resposta Padrão
A) A conduta de Tício se enquadra no tipo penal descrito no art. 155, §, 4º, inc. II, (furto mediante fraude) (0,3). Deve-se destacar que no furto mediante fraude o comportamento ardiloso, como regra, é utilizado para que seja facilitada a subtração pelo próprio agente dos bens pertencentes à vítima. Ao contrário, no crime de estelionato, o artifício, ardil, o engodo são utilizados pelo agente para que, induzindo ou mantendo a vítima em erro, ela própria possa entregar-lhe a vantagem indevida (0,2)
B) O crime de furto se consuma no momento em que o bem sai da posse da vítima e ingressa na esfera de disponibilidade do autor. Por força do art. 70, do Código de Processo Penal, a competência, em regra, é determinada pelo local da consumação do crime. Assim, no presente caso, como a conta bancária da vítima é situada em Goiânia (0,25), é neste local que deve ser processado, e por se tratar de uma empresa pública – caixa econômica federal – a competência é da Justiça Federal (0,15). Dessa forma, conclui-se que a competência para processar e julgar o caso narrado é da Justiça Federal de Goiânia.
C) Por se tratar de crime praticado sem violência ou grave ameaça, a reparação do dano, voluntariamente, antes do recebimento da denúncia, dá ensejo a causa especial de diminuição de pena (0,3), prevista no art. 16, do Código Penal (0,05).
2ª Questão: Tício, residente em Cuiabá/MT, empolgado com o dinheiro que recebeu de herança resolve abrir um estabelecimento comercial para vendas de roupas. Através de amigos tem conhecimento de que os preços das roupas adquiridas em Miami, Estados Unidos, ficam bem mais em conta, desde que não se pague a tributação quando entra no país. Então Tício resolve fazer uma viagem para referida cidade e de lá trás inúmeras peças de roupas, sem fazer a devida declaração, para o pagamento do imposto de importação. Entretanto, quando retornava para sua cidade, ao fazer uma conexão no Aeroporto Internacional de Brasília, os agentes de fiscalização apreendem todas as mercadorias de Tício que não haviam sido declaradas, sendo que foi apurado o valor de R$ 9.500,00 (nove mil e quinhentos reais) de imposto devido. 
Com base nas informações acima, responda fundamentadamente.
Indique o crime praticado por Tício e informe se há necessidade de constituição definitiva do débito tributário para a configuração do delito? (0,50)
Qual o Juiz competente para processar o feito? (0,25)
Caso Tício fosse denunciado, ao ser citado para responder à acusação, qual tese dever ser invocado a seu favor? (0,50)
A) Trata-se de crime de descaminho previsto no art. 334, do Código Penal (0,25), sendo que, por se tratar de crime formal, que se consuma com a simples entrada do produto sem o pagamento do imposto devido, não há necessidade, para a sua configuração, a constituição definitiva do débito fiscal, não se aplicando, neste caso, a súmula 24, do STF (0,25).
B) O Juiz competente é o Juiz Federal do local da apreensão das mercadorias, conforme prevê a Súmula 151, do STJ. Assim, a competência é da Justiça Federal do Distrito Federal.
C) Deve-se alegar que como o valor do imposto devido não ultrapassa o montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), aplica-se o princípio da insignificância, segundo entendimento do STJ, o qual afasta a tipicidade material da conduta (0,35) e por isso o réu deveria ser absolvido sumariamente com base no art. 397, III, do CPP (0,15).
3ª Questão: Aline está sendo processada criminalmente pela prática do delito de estelionato, que ocorreu no dia 15/02/2003. Recebida a denúncia no dia 10/04/2005, o Juiz determina a citação de Aline no endereço apontado na inicial acusatória. A diligência resta infrutífera, já que vizinhos informaram que Aline se mudou para Barcelona (Espanha) há aproximadamente dois meses, mas não souberam informar o endereço exato. O Juiz então determinou a sua citação por edital e como Aline não compareceu em Juízo e nem constituiu advogado, tendo o Juiz proferido decisão no dia 10/08/2007, suspendendo o processo e o prazo prescricional, oportunidade em que determinou a produção antecipada de provas testemunhais, sob a alegação de que o decurso do tempo faria com que as testemunhas se esquecessem dos fatos. Considerando os fatos narrados, responda de forma fundamentada às seguintes 
perguntas: 
A) Até quando o processo e o prazo prescricional ficarão suspensos? (0,50)
B) Quando ocorrerá a prescrição do crime imputado a Aline? (0,50)
C) A determinação do Juiz para antecipar a produção da prova testemunhal está correta? (0,25) 
Resposta Padrão
a) De acordo om entendimento majoritário da doutrina e jurisprudência na hipótese de aplicação do art. 366, do CPP, o processo e o prazo prescricional ficarão suspensos pelo mesmo período para ocorrer a prescrição pela pena em abstrato, conforme se infere da Súmula415, do STJ (0,10). Como o crime de estelionato tem a pena máxima de 05 anos, a prescrição ocorrerá em 12 anos, nos termos do art. 109, III, do CP (0,20) e tendo em vista que a decisão que suspendeu o processo e o prazo prescricional foi proferida em 10/08/2007, a suspensão perdurará até o dia 10/08/2019 (0,20).
b) Após a suspensão do processo e do prazo prescricional, este volta a fluir normalmente (01,). Acontece que entre o recebimento da denúncia – 10/04/2005 até a decisão que suspendeu o prazo prescricional – 10/08/07 – transcorreram 02 anos e 04 meses, restando, então, 09 anos e 08 meses para se verificar a prescrição (0,2), que ocorrerá no dia 09/04/2029 (0,2).
c) De acordo com o art. 366, do CPP, o Juiz quando determina a suspensão do processo e do prazo prescricional pode determinar a produção antecipada de provas. Entretanto, a alegação do simples transcurso de tempo não é motivação idônea para se fazer a antecipação da prova testemunhal, conforme sedimentado na Súmula 455, do STJ.
4ª Questão: Marcela moveu ação penal privada em face de Juliana e de Bruna, alegando ter sido vítima dos crimes de calúnia e difamação, cujos fatos ocorreram no dia 05/06/2015. A queixa-crime foi recebida no dia 05/07/2015, tendo o Juiz determinado a citação das rés, as quais apresentaram resposta à acusação. Por não vislumbrar as hipóteses de absolvição sumária, o Juiz designou audiência de instrução e julgamento, oportunidade em que Marcela decidiu desistir da ação em relação à Juliana, por ter reatado com esta os laços de amizade. Em relação a Bruna, porém, manifestou o interesse de prosseguir com a ação penal. Encerrada a instrução, devido ao adiantado da hora, o Juiz determinou que se desse vista dos autos às partes. No dia 28/04/2016, quinta-feira, foi disponibilizada no DJe publicação para a Defesa de Bruna para que tomasse as providências cabíveis.
Com base nas informações acima, responda fundamentadamente:
A) Indique a peça processual cabível e o último dia para a sua apresentação? (0,45)
B) Aponte os argumentos que devem ser alegados em favor de Bruna. (0,80). 
a) A Defesa de Bruna deve apresentar alegações finais, por memoriais (0,20), com base no art. 403, § 3º, do CPP, (0,05), datando a peça no dia 06/05/2016. (0,20)
b) Deve-se alegar em favor de Bruna que lhe seja estendido o perdão concedido a Juliana, isso porque em razão do princípio da indivisibilidade da ação penal privada previsto no art. 48, do CPP, a queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará o processo de todos (0,3), razão pela qual o perdão concedido a um dos querelados aproveita a todos os autores, nos exatos termos do art. 51, do mesmo Diploma Legal (0,3), devendo ocorrer a extinção da punibilidade, conforme art. 107, V, do CP (0,2).
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