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Pacto de Varsóvia vs CDC No dia a dia das companhias aéreas, não é incomum o alto número de demandas judiciais promovidas por clientes que tiveram cargas e bagagens extraviadas em voos nacionais e internacionais. Nesse último caso, por envolver questão de ordem cosmopolita, percebe-se que o Judiciário até pouco tempo era vacilante quanto ao tema. Não havia um posicionamento firme e consolidado nos Tribunais brasileiros quanto à aplicação de uma ou outra legislação para indenização decorrente de extravio de bagagem. Porém no dia 25/05/2017, conforme entendimento do STF, a decisão do Recurso Extraordinário nº 636.331, apreciando o tema 210 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário, para reduzir o valor da condenação por danos materiais, limitando-o ao patamar estabelecido no art. 22 da Convenção de Varsóvia, com as modificações efetuadas pelos acordos internacionais posteriores. Em seguida, o Tribunal fixou a seguinte tese: "Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor". Portanto podemos concluir que para os casos de extravios de cargas e bagagens em voos nacionais e internacionais a norma a ser aplicada sera o art. 22 da Convenção de Varsóvia e não mais o CDC como era aplicado até o posicionamento do STF.
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