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Portfólio UTA Estatísitca e Lógica FASE II TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO DE DEFICIENTES VISUAIS NA ESCOLA

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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO 
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TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO DE DEFICIENTES VISUAIS NA ESCOLA
Débora da Silva – RU: 1238684
Polo: Piracicaba – SP
Data: 13/09/2017
 
 Aluna Pamela Cristina de Souza – por Débora da Silva
No Brasil segundo dados do Censo 2008/2009, feito pelo Inep/MEC, mais de 55 mil alunos têm deficiência visual no país. Desse total, 51.311 são chamados alunos com baixa visão e 4.604 são cegos. Para estudar, seja na escola regular ou na escola especial eles contam com um grande aliado: a informática. São softwares desenvolvidos justamente para atender à realidade desse público, o que facilita e muito o aprendizado e a inclusão desses alunos. 
A tecnologia a serviço da inclusão foi adaptada à informática para o deficiente visual e existem três tipos de programas: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os digitalizadores de texto. O leitor como o próprio nome sugere, que lêem tudo o que está na tela do computador, seja texto, Access, Power point, linguagem de programação, e-mail, MSN, etc. Por isso, são ideais para os cegos totais. Os ampliadores são bons para os chamados baixa visão. Como o programa amplia os ícones, as imagens, as letras e cria contrastes, facilita a leitura de quem tem a patologia da baixa visão, ou seja, não é totalmente cego. Já os digitalizadores transformam textos em sons. “Todos são muito bons, mas cada um atende a uma realidade específica. E um complementa o outro. Por isso, é comum usarmos mais de um programa, por exemplo, o DOSVOX e do NVDA.”
Os dois programas podem ser baixados gratuitamente pela internet. O DOSVOX, inclusive, foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ). Existem outros muito bons como: o JAWS e o Virtual Vision, mas têm o inconveniente de serem pagos. São todos leitores. Na linha de ampliadores, existem o Magic e o Zoom Text, também pagos. Já o Openbook é um digitalizador de texto.
Através desta pesquisa foi elaborada uma entrevista com a aluna PAMELA CRISTINA DE SOUZA – com idade de 23 anos, do curso de Administração da ETEC – GUSTAVO TEIXEIRA em São Pedro – SP. Uma aluna aplicada, inteligente e trabalha no Colégio Poli Brasil, exercendo a função de operadora de telemarketing, também situado em São Pedro – SP.
A aluna Pamela é deficiente visual desde nascença, não existe um diagnóstico para doença, ela é totalmente cega.
No curso de administração ela utiliza um notebook com leitor de tela Virtual Vision, este programa não é gratuíto precisa de uma licença para ser utilizado ou ser pago. O processo é feito mediante apertar as teclas e ele vai dando os comandos para entrar nos documentos, Word, Excell e também internet. Particularmente a aluna não utiliza o DOSVOX e o NVDA, porque não se adaptou. O Jaws lê mais coisas na tela do que os outros programas, tipo: gráficos, imagens e etc. 
No trabalho na função de operadora de telemarketing ela utiliza planilhas no Excell com leitor de tela Virtual Vision.
Na utilização do celular ela usa o Talkback um apps para androide que vem nas configurações e acessibilidade. Com o toque dos dedos ele vai dando os comandos, o Talkback tem diferentes gestos de comandos, por exemplo, para desinstalar um aplicativo para cada celular existe um gesto.
A utilização do Talks disponibilizado pela marca NOKIA realmente facilita a vida dos usuários deficientes visuais quanto ao uso de um aparelho celular. Foi comentado pela aluna entrevistada que na ausência deste aparelho tornam-se “duplamente” cegos. Também se verificou que há o desconhecimento quanto à utilização do celular no acesso à Internet, por receio de cometerem erros e consumirem créditos, aumentando assim os custos na utilização, o que evidencia a falta de esclarecimento e treinamento desta funcionalidade. 
A análise dos resultados permitiu identificar as limitações e impedimentos aos quais os usuários deficientes visuais estão submetidos quanto à usabilidade e acessibilidade de redes sociais online e celulares, o que fornece uma base de dados consistente na proposta de adequações dos mesmos, no intuito de fomentar a inclusão digital destas pessoas. Constatou-se que as dificuldades no cadastro nas redes poderiam ser minimizadas caso houvesse a opção de se declarar a deficiência e o tipo desta e, a partir daí, o sistema reconheceria essa informação e disponibilizaria uma interface apropriada ao tipo de deficiência, reduzindo a poluição de anúncios comerciais, adaptando o esquema de cores, no caso do daltonismo, e o tamanho dos componentes na tela para os de baixa visão. Observa-se também a necessidade de simplificações desde o cadastro, no acesso (login no sistema) bem como na navegação, pois quanto menos ações forem necessárias para uma simples alteração de senha, por exemplo, melhor será para os usuários deficientes. Em suma, a pesquisa demonstrou que é fundamental que se respeite a diversidade humana, com todas as suas potencialidades e limitações. Neste sentido, a sociedade ao promover uma inovação tecnológica, quer seja voltada ao entretenimento ou uso comercial, deve levar em consideração a pluralidade de usuários, não privilegiando apenas os considerados “normais”, pois este termo é equivocado considerando que não existem pessoas “anormais”, apenas diferentes e com totais possibilidades de aprendizado e crescimento.
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