Buscar

MICROBIOLOGIA 14 Virologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
1
FAMENE
NETTO, Arlindo Ugulino.
MICROBIOLOGIA
VIROLOGIA
(Professora Socorro Vieira)
Virologia € o estudo dos vrus de suas propriedades. Vrus s‚o os menores agentes infecciosos que se tƒm 
registros, apresentando di„metro que varia de 20 a 300 ηm, contendo RNA ou DNA como genoma. Por n‚o ter bateria 
enzim†tica ou organelas pr‡prias, replicam-se apenas em c€lulas vivas, parasitando-as em nvel gen€tico.
PROPRIEDADES GERAIS DOS VRUS
Os vrus n‚o possuem uma organizaˆ‚o t‚o complexa quanto a de c€lulas, tendo de fato uma estrutura bastante 
simples. Apresentam apenas um capsídeo protéico revestindo seu material gen€tico e, em alguns casos, de uma 
membrana lipoprot€ica, denominada envelope ou envoltório. Essa simplicidade morfol‡gica faz com que o vrus sejam 
incapazes de crescimento independente em meio artificial, podendo replicar apenas em c€lulas animais, vegetais ou 
microrganismos. Vrus s‚o, portanto, parasitas obrigat‡rios do interior celular e isso significa que eles somente se 
reproduzem pela invas‚o e possess‚o do controle da maquinaria de auto-reproduˆ‚o celular.
MORFOLOGIA VIRAL
 Ácido nucléico: o vrus cont€m em geral, apenas um tipo de †cido nucleico, DNA ou RNA, que € o portador das 
informaˆ‰es gen€ticas para sua propagaˆ‚o. Esse material gen€tico pode apresentar-se de variadas formas nos 
vrus: DNA de fita simples (ssDNA), DNA de fita dupla (dsDNA), RNA de fita simples (ssRNA) e RNA de fita 
dupla (dsRNA).
 Capsídeo (cápside): capa prot€ica que protege o 
genoma viral. O agrupamento das protenas virais d† 
ao capsdeo sua simetria caracterstica, normalmente 
icosa€drica ou helicoidal. O genoma em conjunto com 
o capsdeo constitui o nucleocapsídeo. O capsdeo 
viral tem que ser formado de subunidades identicas, 
chamadas protômeros, que se agrupam formando 
subunidades maiores, os capsômeros. Š esta capa 
prot€ica que d† formato aos vrus quando s‚o 
observados pela microscopia eletr‹nica.
 Envelope: al€m do material gen€tico (MG) e do 
capsdeo, alguns vrus possuem estruturas complexas 
de membrana envolvendo o nucleocapsdeo. O 
envelope viral consiste em uma bicamada lipdica com 
protenas, em geral glicoprotenas, ebebidas nesta. A 
membrana lipdica provƒm da c€lula hospedeira, muito 
embora as protenas sejam codificadas 
exclusivamente pelos vrus.
OBS: Vírion € a unidade infecciosa inteira do vrus, sendo constituido de cerne de †cido nucl€ico (DNA ou RNA), 
inv‡lucro prot€ico (nucleocapsdeo). Nesta forma, o vrus € capaz de replicar-se no interior da c€lula. Por€m, muitas 
vezes, encontramos vírus defeituoso (defectivo), os quais apresentam faltas com relaˆ‚o Œs estruturas de sua capa 
prot€ica (como antgenos), deixando-o, muitas vezes, sem a capacidade de infecˆ‚o.
CULTURA E ENSAIOS DOS VÍRUS
A cultura e ensaios dos vrus s‚o realizados de maneira completamente diferente das bact€rias. Um meio ideal 
para o crescimento viral n‚o se d† apenas por carboidratos e protenas, mas necessitam de uma cultura de c€lulas que 
sirvam como hospedeiras. O crescimento dos vrus se d† em culturas de c€lulas (como culturas de linf‡citos). Al€m 
disso, os vrus crescem eficazmente em ovos embrionados, sendo seu uso ideal para a confecˆ‚o de vacinas anti-virais.
Š muito comum, em laborat‡rios, o crescimento viral induzido em animais para o estudo das doenˆas virais e 
oncogƒnese viral.
Vale salientar que os vrus s‚o perigosos pat‡genos humanos e, portanto, devem ser seguidas Œ risca, nesses 
laborat‡rios, as condiˆ‰es de biosseguranˆa para que n‚o haja riscos de infecˆ‚o. A contaminaˆ‚o pode ser dar por 
meio de aeross‡is, ingest‚o, via a pele e via ocular.
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
2
DETECÇÃO DAS CÉLULAS INFECTADAS POR VÍRUS
O desenvolvimento viral apresenta efeitos citopáticos, causando lise ou necrose celular. Há também a formação 
de corpúsculos de inclusão, localizados dentro do citoplasma celular infectado, sendo um sítio específico para o 
desenvolvimento intracelular de vírions.
Seu principal efeito patogênico é a lesão cromossômica, agindo em nível do núcleo, realizando uma
desorganização do cariótipo.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS VÍRUS
1. Proteínas Virais
 Facilitar a transferência do ácido nucléico viral de uma célula para outra.
 Proteção do genoma contra a inativação por nucleases.
 Enzimas: RNA-polimerase (responsável por sintetizar o RNA viral) / transcriptase reversa (responsável por 
realizar uma síntese inversa de DNA: formar DNA a partir de RNA).
2. Lipídeos Virais: responsáveis por fornecer estabilidade às proteínas virais, funcionando como um envoltório.
3. Genoma viral: os vírus contém um único tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA. O genoma pode consistir em 
filamento único ou duplo, circular ou linear. A estrutura do genoma viral serve para a classificação dos vírus em 
famílias.
CLASSIFICA‚ƒO DOS VRUS
CERNE DE ÁCIDO 
NUCLÉICO
SIMETRIA DO 
CAPSÍDEO
VÍRION: COM ENVOLTÓRIO OU 
DESNUDO
FAMÍLIA VIRAL
DNA Icosaédrico Desnudo Papovaviridae
(papilomavírus)
DNA Icosaédrico Com envoltório Herpesviridae (herpes)
RNA Icosaédrico Desnudo Picornaviridae (febre 
aftosa)
RNA Complexa Com envoltório Retroviridae (HIV)
RNA Helicoidal Com envoltório Rhabdoviridae (raiva)
Viroídes (RNA) Desnudo Doenças em vegetais
REPLICA‚ƒO VIRAL
Embora os vírus sejam diferentes no número de genes que 
contêm, o genoma viral deve codificar para três tipos de funções 
expressas pelas proteínas que sintetizam. Estas funções são: alterar a 
estrutura e/ou função da célula infectada, promover a replicação do 
genoma viral e promover a formação de novas partículas virais.
Para que ocorra a replicação dos vírus é necessária a síntese 
de proteínas virais pela maquinaria de síntese da célula hospedeira.
Essa replicação apresenta três etapas gerais:
 Fixação, penetração e desnudamento: após a ligação 
irreversível do vírus a superfície da célula susceptível o 
próximo passo da infecção leva à entrada na célula de parte 
ou de todo vírion e na liberação do material genômico viral.
Existem quatro mecanismos básicos pelos quais os vírus 
podem penetrar nas células: injeção do ácido nucléico; 
endocitose; fusão do envelope viral; translocação.
 Expressão de genomas e síntese dos componentes virais: esta infecção viral leva à produção de centenas ou 
milhares novas partículas virais por célula infectada. A essência deste tipo de multiplicação viral é dupla: 
replicação do ácido nucléico viral e produção de cápsides para conter esse ácido nucléico. 
 Morfogênese e liberação: alguns vírus são liberados por lise da célula hospedeira. Os vírus envelopados 
adquirem o envelope durante o brotamento através da membrana celular.
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
3
HIST„RIA NATURAL (ECOLOGIA) & MODOS DE TRANSMISSƒO DOS VRUS
A transmiss‚o pode ser direta (pessoa a pessoa), sendo esta a forma mais comum. Este contato pode se d† 
pelos seguintes meios: perdigotos ou aeross‡is infectados, via oral-fecal, contato sexual ou sangue contaminado.
A transmiss‚o pode se dar ainda quando o homem se comporta como hospedeiro acidental em face de uma 
transmiss‚o animal a animal. O contato pode se dar por interm€dio de mordidas (como a transmiss‚o do vrus da raiva) 
ou por transmiss‚o por um vetor artr‡pode (humano – artr‡pode – humano).
PATOG…NESE DA INFEC‚ƒO VIRAL
A patogƒnese representa as fases de ataque ao hospedeiro, que ser† dividida nas seguintes etapas:
 Fases de Penetração: etapa em que o vrus ganha o organismo do hospedeiro, podendo ser utilizadas, como 
porta de entrada, as seguintes estruturas: pele, via respirat‡ria, tubo digestivo, trato geniturin†rio e conjuntiva.
 Disseminação: a distribuiˆ‚o do agente patogƒnico se d† pelas vias linf†ticas, sangŽneaou nervosa, se 
disseminando para diversos tecidos, desencadeando uma viremia.
 Período de incubação: este perodo € vari†vel de acordo com a afinidade viral pela sua porta de entrada: vrus 
associados ao sistema respirat‡rio e digestivo tƒm um perodo de incubaˆ‚o que dura cerca de 3 a 10 dias, 
equando que a disseminaˆ‚o neural dura cerca de 20 dias. H† tamb€m os chamados vírus lentos, que tƒm 
cerca de 20 anos de incubaˆ‚o.
 Ciclo infeccioso: Durante o ciclo infeccioso viral, toda a maquinaria da c€lula hospedeira € utilizada para uma 
nica finalidade: fabricar novos capsdeos para englobar novos materiais gen€ticos virais que vir‚o a formar 
novos vrus, disseminando cada vez mais a infecˆ‚o.
 Fase de manifestação dos sintomas: as manifestaˆ‰es das infecˆ‰es virais pode se enquadrar nas seguintes 
caractersticas:
 Infecˆ‰es inaparentes: o hospedeiro sofre todo o ciclo infeccioso, mas n‚o desenvolve nenhum sinal ou 
sintoma da doenˆa. No entanto, mesmo sem desenvolver manifestaˆ‰es clnicas, o indivduo infectado pode 
transmitir o agente infeccioso para outras pessoas.
 Infecˆ‰es persistentes: s‚o aquelas infecˆ‰es que, mesmo tratadas, persistem e retornam com freqŽƒncia. 
Isso acontece devido a um mecanismo de ciclos freqŽentes realizados por um grupo especfico de vrus.
 Infecˆ‰es latentes: o indivduo apresenta vrus nos tecidos, mas este pat‡geno n‚o realiza seu ciclo 
infeccioso. Isso faz com que o indivduo n‚o manifeste sinais ou sintomas.
 Infecˆ‰es tumorigƒnicas: vrus associados Œ formaˆ‚o de tumores (como o vrus da hepatite B e o HPV).
MECANISMOS DE DEFESA DO HOSPEDEIRO
A imunidade primeiramente ativada frente a 
uma infecˆ‚o viral se d† por meio da resposta 
inata, sendo ela menos especfica; que € logo 
depois seguida de uma resposta da imunidade 
adquirida, a qual apresenta como caractersticas 
gerais a especificidade, especializaˆ‚o e mem‡ria.
Esta imunidade adquirida € dividida em dois tipos 
de respostas: celular e humoral (nesta haver† a 
produˆ‚o de anticorpos IgA, que combate os mais 
diferentes agentes infecciosos virais, estando ela 
presente em todos os tipos de mucosa).
Na imunidade inata, por interm€dio da 
liberaˆ‚o de interferon-1, ocorre a aˆ‚o das c€lulas 
NK (natural killers), que s‚o tipos diferenciados de 
linf‡citos da resposta imune inata que atacam as 
c€lulas infectadas com esses vrus. J† a resposta 
imune adquirida € mediada por Linf‡citos T 
citot‡xicos (CD8) e IgA (sintetizada pelos linf‡citos 
B diferenciados em plasm‡citos).
Por€m, assim como nosso organismo 
elabora mecanismos de defesa contra as infecˆ‰es 
virais, estes micropat‡genos tamb€m desenvolvem 
seus meios de evas‚o aos mecanismos efetores da 
imunidade, causando les‚o tecidual produzida pela 
resposta do pr‡prio hospedeiro.
A replicaˆ‚o viral causa morte das c€lulas infectadas (inclusive das c€lulas de defesa) devido ao efeito citop†tico 
dos vrus, realizando a chamada infecˆ‚o ltica. A les‚o tecidual (como a que ocorre na hepatite) desencadeia a 
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
4
formação de complexos antígeno-anticopos que, se não retirados imediatamente da corrente sanguínea, geram a 
vasculite sistêmica, que é um efeito tardio e nocivo da resposta imune do hospedeiro.
MECANISMOS VIRAIS PARA EVASÃO DO SISTEMA IMUNE
 Variação antigênica: mecanismo pelo qual o vírus altera sua configuração antigênica e mascara a sua afinidade 
aos mecanismos de defesa do hospedeiro. Essa variação antigênica se dá por comandos do próprio genoma 
viral: tanto vírus de RNA quanto de DNA modificam o seu alvo de ação (Ex: influenza, HIV).
 Inibição do processamento do antígeno: inibindo o reconhecimento do mesmo por anticorpos (Ex: herpes 
simples).
 Infecção de células imunocompetentes: mecanismos pelos quais os vírus atacam e destroem as próprias células 
de defesa do hospedeiro, desencadeando uma imunosupressão severa (Ex: HIV).
DIAGN„STICO LABORATORIAL DAS INFEC‚†ES VIRAIS
Para o diagnóstico laboratorial de infecções virais, visando a descoberta do tipo de vírus que acomete o 
hospedeiro, podem ser realizados métodos para estudo da ação dos vírus sobre culturas celulares, métodos para estudo 
de partículas virais purificadas ou métodos que permitem o estudo morfológico de partículas virais por meio da
microscopia eletrônica.
As técnicas utilizadas para tais fins são métodos sorológico como a fixação do complemento, inibição da 
hemaglutinação, gel-eletroforese e radioimunoensaio, sendo elas técnicas específicas para o diagnóstico de doenças 
virais.
EPIDEMIOLOGIA E PROFILAXIA DAS INFEC‚†ES VIRAIS
O homem funciona como perfeito reservatório clínico (como no caso da varíola humana, em que há 
manifestação dos sintomas) ou mero portador (como no caso da poliomielite ou hepatites virais, em que o indivíduo 
geralmente não manifesta sintomas, mas podem contaminar outros indivíduos com esses agentes etiológicos).
Os artrópodes, quando funcionam como vetores para a transmissão viral, podem transmitir os vírus de geração 
em geração, ou seja, para os seus próprios ovos. Um exemplo prático da contaminação através de ovos infectados de
carrapatos é o arbovírus que produz as encefalites.
PROFILAXIA
A principal profilaxia para alguns tipos de infecções virais é o uso de vacinas, que podem ser do tipoinativadas
(com os vírus inativados, como no caso da influenza ou da raiva), que são vacinas polivalentes (que induzem a produção 
de anticorpos IgG e IgM). As desvantagens dessas vacinas é a possível reversão do quadro, sendo necessária as doses 
vacinais múltiplas; ausência de IgA; ou a administração de doses elevadas de antígenos.
Pode ser feito ainda o uso de vacinas atenuadas (como as utilizadas para a poliomielite, rubéola, sarampo, 
caxumba e febre amarela). A dose vacinal é única, com exceção da vacina para poliomielite. Estas vacinas induzem a 
produção de anticorpos IgG, IgM e IgA. Há interferência na replicação de vírus não atenuado. As desvantagens são: 
possibilidades da reversão a atenuação, possibilidade de disseminação natural, elevada labilidade e inativação por 
anticorpos específicos existentes.
A quimioterapia antiviral busca inibir a penetração dos vírus (amantadina), inibição da tradução (ribavirina e 
metisazona) e inibição da replicação (idoxuridina, aciclovir e azidotimidina).
VIROSES
RUBÉOLA
Seu agente etiológico pertence a familia Togaviridae, do gênero Rubivirus. A rubéola é uma doença causada 
pelo vírus da rubéola e transmitida por via respiratória. É uma doença geralmente benigna, mas que pode causar 
malformações no embrião em infecções de mulheres grávidas. A rubéola é um dos cinco exantemas (doenças com 
marcas vermelhas na pele) da infância. Os outros são: o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a roséola.
A rubéola pode se manifestar na forma pós-natal. A transmissão é por contacto direto, secreções ou pelo ar. O 
vírus multiplica-se na faringe e nos órgãos linfáticos e depois se dissemina pelo sangue (disseminação hematogênica) 
até a pele, onde causará erupções ruborosas características. O período de incubação é de duas a três semanas; 
transmissível até 2 meses após a infecção.
A rubéola congênita também é um grave quadro médico. O vírus da rubéola só é realmente perigoso quando a 
infecção ocorre durante a gravidez, com invasão da placenta e infecção do embrião, especialmente durante os primeiros 
três meses de gestação. Nessas circunstâncias, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e 
malformações congênitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental, defeitos
dentários ou espinha bífida). Uma infecção nos primeiros três meses da gravidez pelo vírus da rubéola é suficiente para 
a indicação de aborto voluntário da gravidez.
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA– MEDICINA P3 – 2008.2
5
A infecção, geralmente, tem evolução benigna e em metade dos casos não produz qualquer manifestação 
clínica. As manifestações mais comuns são febre baixa (até 38°C), aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, 
hipertrofia ganglionar retro-ocular e suboccipital, manchas (máculas) cor-de-rosa (exantemas) cutâneas, inicialmente no 
rosto e que evoluem rapidamente em direção aos pés e em geral desaparecem em menos de 5 dias. Outros sintomas 
são a vermelhidão (inflamação) dos olhos (sem perigo), dor muscular das articulações, de cabeça e dos testículos, pele 
seca e congestão nasal com espirros.
HERPES SIMPLES
Tem como agente etiológico o vírus da familia Herpesviridae, do gênero Simplexvirus, que também apresenta 
como ácido nucleico o DNA. A herpes é uma doença viral recorrente, geralmente benigna, causada pelos vírus Herpes 
simplex 1 (HSV-1) e 2 (HSV-2), que afeta principalmente a mucosa da boca ou região genital, mas pode causar graves 
complicações neurológicas.
HSV são dois vírus da família dos Herpesvirus, com genoma de DNA bicatenar (dupla hélice) que se multiplicam 
no núcleo da célula-hóspede, produzindo cerca de 90 proteínas víricas em grandes quantidades. Têm nucleocapsídeo
de simetria icosaédrica e envelope bilipídico. Têm a propriedade de infectar alguns tipos de células de forma lítica 
(destrutiva) e outras de forma latente (hibernante). Os HSV1 e 2 são líticos nas células epiteliais e nos fibroblastos, e 
latentes nos neurônios, onde são reativados em alturas de fragilidade do indivíduo, como stress, febre, irradiação solar 
excessiva, trauma ou terapia com glucocorticóides (corticosteróides).
 O HSV-1 tem maior afinidade pela pele e mucosas, principalmente lábios, mas podem realizar uma via 
hematogênica e alcançar as células nervosas. Desse modo, podem causar cegueira corneal ou uma encefalite 
fatal.
 O HSV-2 tem características de maior virulência e infecciosidade para a mucosa genital, como vulvovaginites 
herpética e herpes neo-natal (que é transmitido durante o momento do parto).
A produção de proteínas víricas pelas células tomadas pelo vírus têm três fases: na primeira produzem-se as 
proteínas envolvidas na replicação do seu genoma e essa replicação ocorre. Na segunda há produção de proteínas 
reguladoras víricas que regulam o metabolismo da célula para maximizar o número de virions produzíveis; e na terceira 
há produção das proteínas do nucleocapsídeo e construção das novas unidades virais, após o qual a célula é destruída 
pela grande quantidade de vírus que é fabricada.
Após infecção da mucosa, o vírus multiplica-se produzindo os característicos exantemas (manchas vermelhas 
inflamatórias) e vesículas (bolhas) dolorosas (causadas talvez mais pela resposta destrutiva necessária do sistema 
imunitário à invasão). As vesículas contêm líquido muito rico em virions e a sua ruptura junto à mucosa de outro 
indivíduo é uma forma de transmissão (contudo também existe vírus nas secreções vaginais e do pênis ou na saliva).
Este fato remete o caso em que a transmissão dessa patologia não acontece em períodos de latência, porém, há relatos 
na literatura em que a herpes genital foi transmitida por portadores assintomáticos.
Essas vesículas desaparecem e reaparecem sem deixar quaisquer marcas ou cicatrizes. É possivel que ambos 
os vírus e ambas as formas coexistam num só indivíduo. Os episódios agudos secundários são sempre de menor 
intensidade que o inicial (devido aos linfócitos memória), contudo a doença permanece para toda a vida, ainda que os 
episódios se tornem menos freqüentes. Muitas infecções e recorrências são assintomáticas.
ENTERITE VIRAL
É um quadro causado pelo Rotavirus, um vírus de RNA encapsulado que causa diarreia em lactentes. Os 
rotavirus invadem e destroem células epiteliais, diminuindo a absorção de sódio e água, gerando a diarreia. A profilaxia 
para este tipo de virose é de cunho higiênico: diminuir a exposição a resíduos sanitários e insetos, bebida potável limpa, 
lavagem das mãos e cozimento adequado dos alimentos.
VIROSES HEPÁTICAS
 Hepatite A: é uma doença aguda do fígado
, causada pelo vírus da Hepatite A (HAV 
Familia: Picornaviridae; Gênero: 
Hepatovírus), geralmente de curso benigno.
O vírus da Hepatite A é de RNA unicatenar 
(simples) positivo (é usado diretamente 
como mRNA na síntese proteica). Tem 
capsídeo icosaédrico, mas não possui 
envelope. O vírus é muito resistente a 
condições externas adversas (sobrevivendo 
em temperaturas relativamente altas, como 
a 60oC por 30min). A transmissão se dá via 
oral-fecal, sendo mais freqüente em 
crianças e adolescentes. O período de 
incubação dura cerca de um mês. No 
intestino infecta os enterócitos da mucosa
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
6
onde se multiplica. Daí dissemina-se pelo sangue, e depois infecta principalmente as células para as quais 
mostra a preferência, os hepatócitos do fígado. Este tropismo é devido à abundância nessas células dos 
receptores membranares a que o vírus se liga durante a invasão. Os vírions produzidos são secretados nos 
canais biliares e daí migra para o duodeno, sendo expelidos nas fezes. Os sintomas são tantos devidos aos 
danos do vírus como à reação destrutiva para as células infectadas pelo sistema imunitário. Mais da metade dos 
doentes poderão ser assimtomáticos, particularmente crianças. Surgem geralmente de forma abrupta febre, dor
abdominal, náuseas, alguma diarreia que se mantém durante cerca de um mês. Mais de metade dos doentes 
desenvolve então icterícia. Em 99% dos casos segue-se a recuperação e cura sem problemas.
 Hepatite B: é uma doença infecciosa frequentemente crónica causada pelo vírus da Hepatite B (HBV  Família: 
Hepadnaviridae; Gênero: Orthohepadnavirus). É transmitida sexualmente, por agulhas infectadas, transfusão 
sanguíena e pode progredir para cirrose hepática ou cancro do fígado (hepatocarcinoma). O vírus da hepatite D
é um vírus que só ataca células já infectadas pelo HBV piorando o prognóstico dos doentes com hepatite B 
crônica. Como complicação mais grave desse quadro, é a origem do carcinoma hepatocelular.
O medicamento utilizado para o tratamento é a ribavirina e vidarabina. A profilaxia consiste no reconhecimento 
de indíviduos infectados; eliminação de sangue e plasma de doadores infectados pela pesquisa HbsAg (antígeno 
contra o vírus da hepatite B); vacinação a partir de antígenos do vírus da Hepatite B por meio da técnica de DNA 
recombinante (vacina de DNA).
 Hepatite C: é uma doença viral do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV  Família: Flaviviridae; 
Gênero: Hepacivirus). A hepatite C pode ser considerada a mais temida e perigosa de todas as hepatites virais, 
devido à inexistência de vacina e limitações do tratamento, e à sua alta tendência para a cronicidade que 
complica eventualmente em cirrose hepática mortal. O vírus da hepatite C é um RNA-vírus flavivirus, um dos 
poucos dessa família (que inclui os vírus da dengue, febre amarela e Nilo ocidental) que não é transmitido por 
artrópodes. A transmissão deste vírus é feita por via parentérica (por transfusão sanguínea). Ele é capaz de 
sobreviver em temperaturas de 100oC por 2 minutos.
Em 85% dos casos, incluindo quase todas as crianças, a 
hepatite inicial pode ser assintomática ou leve. O sistema 
imunitário não responde eficazmente ao vírus, e o resultado 
é cronicidade em 80% dos casos. Destes, 40% progridem 
rapidamente para cirrose e morte; 25% progridem 
lentamente com cirrose e morte ao fim de 10 anos; e outros 
35% após 20 anos. O cancro do fígado surge em mais 5% 
após 30 anos. Os restantes tornam-se portadores a longo 
prazo, infecciosos. A incidência de hepatite C pôde ser 
reduzida pelo rastreamento adequado de doadores de 
sangue nas últimas décadas. Hoje, apenas 5% dos novoscasos são adquiridos dessa forma. A melhor forma de 
prevenção reside no combate ao uso de drogas 
endovenosas. Há evidências de que o tratamento da 
hepatite C reduz o risco de surgimento do hepatocarcinoma.
 Hepatite E: é uma doença hepática que não se cronifica. Etiologicamente causada por um RNA-vírus. 
Considera-se como uma hepatite benigna e auto-limitada (quando não ligada à gravidez). A transmissão é oral-
fecal: a contaminação geralmente se dá através da água contaminada. Por causa disso, os surtos se 
desencadeiam após longos períodos de fortes chuvas, em que há a contaminação de água de poço e de 
reservatórios por esgoto. A transmissão pessoa a pessoa não é tão eficiente como na hepatite A. O vírus sofre 
replicação no fígado, intestino e ducto biliar. Ocorre degradação das partículas virais por proteases (culminando 
na pequena presença dessas partículas nas fezes), mas o indivíduo continua sendo um portador. Como 
manifestações clínicas, apresenta formas subclínicas até infecções fulminantes. O prognostico é, na maioria, 
benigno, mas apresenta pior prognóstico em gestantes com quadros fulminantes, com mortalidade de 
aproximadamente 20%.
 Hepatite D (Hepatite pelo agente delta): é uma forma grave e recentemente descrita de hepatite, em que 
ocorre uma superinfecção de portadores crônicos de vírus da hepatite B ou co-infecção de pacientes pelo agente 
delta (sozinho, este não é capaz de produzir a infecção, mas deve se associar ao HBV para gerar essa 
superinfecção). A hepatite freqüentemente é fulminante em casos de infecção pelo VHD e é caracterizada por 
alta mortalidade.
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) 
é o conjunto de sintomas e infecções em seres humanos resultantes do dano específico do sistema imunológico
ocasionado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH, ou HIV segundo a terminologia anglo-saxónica). O alvo 
principal são os linfócitos T CD4+ (Linfócitos T auxiliares), fundamentais para a coordenação das defesas do 
organismo. Assim que o número destes linfócitos diminui abaixo de certo nível (o centro de controle de doenças dos 
Estados Unidos da América define este nível como 200 por mm³), o colapso do sistema imune é possível, abrindo 
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
7
caminho a doenças oportunistas e tumores que podem matar o paciente. Existem tratamentos para a SIDA/AIDS e o HIV 
que diminuem a progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida.
Os aspectos clínicos da doença provem dos seguintes sinais: imunodepressão profunda, infecções oportunistas, 
perda de peso e degeneração do sistema nervoso central.
O HIV é um retrovírus, ou seja é um vírus com genoma
de RNA, que infecta as células e, através da sua enzima
transcriptase reversa, produz uma cópia do seu genoma em 
DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano, 
localizado no núcleo da célula infectada. O HIV reconhece a 
proteína de membrana CD4, presente nos linfócitos T4 e 
macrófagos, e pode ter receptores para outros dois tipos de 
moléculas presentes na membrana celular de células 
humanas: o CCR5 e o CXCR4. 
O HIV também é classificado como um lentivírus (que 
podem passar anos para iniciar o desenvolvimento da 
infecção). Há dois subtipos de vírus HIV, o HIV-1 que causa a 
SIDA/AIDS típica, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que 
causa uma doença em tudo semelhante, mais frequente na 
África Ocidental, e também existente em Portugal. O fato do 
HIV ser altamente mutagênico faz com que uma forma possa 
se converter na outra durante uma mesma infecção.
A partícula infecciosa destes vírus é caracterizada por duas fitas de RNA (capaz de sintetizar proteínas virais 
específicas), presença de envelope de bicamada fosfolipídica e de proteínas de membrana. As sequências gênicas 
codificadas por este vírus fazem parte do genoma LTRs (long terminal repeats), sendo eles os genes gag e os genes 
env, que são genes regulatórios.
O ciclo de vida do HIV inicia com a sua 
presença no sangue, sêmen ou fluidos 
corporais do indivíduo infectado. O contato 
sexual ou picada de agulha contaminada faz 
com que este vírus seja disseminado com 
bastante facilidade. A manifestação da doença 
é caracterizada quando o vírion HIV 
estabelece ligações ao LT CD4 e as 
quimiocinas, por meio de uma fusão da 
membrana do HIV com a membrana da célula, 
sendo esta fusão auxiliada por duas proteínas 
virais: a gp41 e a gp120. A partir do momento 
que o RNA viral (pró-vírus) é integrado ao 
genoma da célula hospedeira, temos então o 
início da síntese de DNA pró-víral por meio da 
transcriptase reversa. Este DNA gerado passa 
a se integrar cada vez mais ao genoma da 
célula. Um fato interessante é que a liberação 
de citocinas por células de defesa, quando o 
HIV está implantado, aumenta a ativação 
deste vírus, facilitando a sua transcrição e o 
transporte dos RNAs para o citoplasma.
O LT CD4+ não é o principal responsável por destruir microrganismos invasores, mas é o responsável por ativar 
Linfócitos B (que se diferenciam em plasmócitos e produzem anticorpos) e ativar os próprios LT CD8+ (citotóxicos). Uma 
vez infectado e inativado, o LT CD4+ fica incapaz de realizar as suas funções básicas, desencadeando um déficit 
imunológico grave ao hospedeiro. A doença se manifesta nas seguintes fases:
 1ª Fase: o início é caracterizado por uma infecção aguda, em que há a disseminação da infecção, 
desencadeando respostas humorais e celulares aos antígenos virais.
 2ª Fase: o vírus é seqüestrado para órgãos linfóides como o baço e linfonodos, onde haverá a sua multiplicação, 
iniciando o declínio de células T CD4+, diminuindo os seus níveis circulantes no sangue. Nesta fase, que dura 
vários anos, o portador é soropositivo, mas não desenvolveu ainda SIDA/AIDS, pois não há sintomas, e o 
portador pode transmitir o vírus a outros sem saber. Os níveis de T CD4+ diminuem lentamente e ao mesmo 
tempo diminui a resposta imunitária contra o vírus HIV, aumentando lentamente o seu número, devido à perda 
da coordenação dos T CD4+ sobre os eficazes T CD8+ e linfócitos B (linfócitos produtores de anticorpo).
 Progressão crônica: há uma produção crônica de citocinas e a resposta a infecção microbiana gera, cada vez 
mais, a destruição dos tecidos linfóides.
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
8
 Doença do HIV (fase final): é a forma final e fatal, 
propriamente dita, da AIDS. Ocorre destruição 
completa dos tecidos linfóides, fazendo com que o 
nível sanguíneo de células T CD4+ caia para baixo do 
nível crítico de 200 células/mm³, caracterizando, 
então, a AIDS. Começam a surgir cansaço, tosse, 
perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios 
linfáticos e suores noturnos, devidos às doenças 
oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis 
jiroveci, os linfomas, infecção dos olhos por 
citomegalovírus, demência e o sarcoma de Kaposi. Ao 
fim de alguns meses ou anos advém inevitavelmente a 
morte.
Estima-se que mais de 15 000 pessoas sejam 
infectadas por dia em todo o mundo (dados de 1999); 33 
milhões estão atualmente infectadas, e 3 milhões morrem a 
cada ano. A esmagadora maioria dos casos ocorre na África, 
onde a principal forma de transmissão é o sexo heterossexual, 
e o uso de prostitutas. A transmissão se dá por fluidos 
corporais de origem sanguínea, tais como sêmen e secreções 
vaginais. O HIV não é transmitido por toque casual, espirros, 
tosse, picadas de insetos, água de piscinas, ou objetos 
tocados por soropositivos. O convívio social, portanto, não 
está associado a transmissão do vírus. Um dos problemas 
mais graves para a saúde pública é a trasnmissão vertical (da 
mãe para o filhoatravés do útero ou pelo leite materno).
O diagnóstico ideal para o HIV é a técnica de PCR 
para detecção do vírus. O diagnóstico da infecção pelo HIV é 
naturalmente realizado por sorologia, ou seja detecção dos 
anticorpos produzidos contra o vírus com um teste ELISA. 
Eles são sempre os primeiros a serem efetuados, contudo dão 
resultados positivos falsos, por vezes. Por isso é efetuado nos 
casos positivos um teste, muito mais específico e caro, de 
Western Blot, para confirmar antes de se informar o paciente. 
Eles não detectam a presença do vírus nos indivíduos 
recentemente infectados.
Quanto ao tratamento, faz-se uso de AZT (azido-desoxitimidina), que foi a primeira droga de grande eficiência no 
combate à infecção. Esta droga é quase sempre associada a outras drogas anti-virais, que geralmente agem como 
inibidores da enzima transcriptase reversa que o vírus usa para se reproduzir e que não existem nas células humanas: 
nevirapina, delavirdina, efavirenz, etc. A combinação de drogas é indicada para pacientes sintomáticos infectados pelo 
HIV e assintomáticos com contagem de linfócitos T CD4 abaixo de 200/mm3.
Como não há cura ou vacina, a prevenção tem um aspecto fundamental, nomeadamente práticas de sexo 
seguro como o uso de preservativo (ou "camisinha") e programas de troca de seringas nos toxicodependentes.

Outros materiais