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Revisão AV2 Psicopatologia

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Revisão AV2 – Psicopatologia
Descreva os principais espectros da esquizofrenia? 
O espectro da esquizofrenia (DSM V 2014) e outros transtornos psicóticos inclui esquizofrenia, outros transtornos psicóticos e transtornos (da personalidade) esquizotípica. Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir: Delírios; Alucinações; Pensamento (discurso) desorganizado; Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal incluindo catatonia; Sintomas negativos.
O termo "esquizofrenia" foi criado em 1911 pelo psiquiatra suíço Eugem Bleuler significando mente dividida. Ao propor esse termo, Bleuler quis ressaltar a dissociação percebida pelo paciente entre si mesmo e a pessoa que ocupa seu corpo. Hoje é o nome universalmente aceito para este transtorno mental psicótico, entretanto, no meio técnico e profissional se admite que o termo pode ser insuficiente para descrever a complexidade dessa doença.
Os sintomas característicos da Esquizofrenia podem ser agrupados, genericamente, em 2 tipos: 
Positivos: — Os sintomas positivos são os mais floridos e exuberantes, tais como as alucinações (mais frequentemente, as auditivas e visuais e, menos frequentes as táteis, e olfativas), os delírios (persecutórios, de grandeza, de ciúmes, somáticos, místicos, fantásticos, autorreferente), perturbações da forma e do curso do pensamento (como incoerência, prolixidade, desagregação), comportamento desorganizado, bizarro, agitação psicomotora e mesmo negligência dos cuidados pessoais.
Negativos: Os sintomas negativos são, geralmente, de déficits, ou seja, a pobreza do conteúdo do pensamento e da fala, embotamento ou rigidez afetiva, prejuízo do pragmatismo, incapacidade de sentir emoções, incapacidade de sentir prazer, isolamento social, diminuição de iniciativa e diminuição da vontade.
Alguns sintomas, embora não sejam específicos da Esquizofrenia, são de grande valor para o diagnóstico. 
audição dos próprios pensamentos (sob a forma de vozes) 
alucinações auditivas que comentam o comportamento do paciente 
alucinações somáticas 
sensação de ter os próprios pensamentos controlados 
irradiação destes pensamentos 
sensação de ter as ações controladas e influenciadas por alguma coisa do exterior. 
dar significado especial a algum evento corriqueiro
Delírios: Os delírios, sintoma carro chefe da Esquizofrenia, são crenças errôneas, habitualmente envolvendo a interpretação falsa de percepções ou experiências. Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas, como por exemplo, a perseguição (persecutórios), referenciais, somáticos, religiosos, ou grandiosos. Os delírios persecutórios são os mais comuns. Neles a pessoa acredita estar sendo atormentada, seguida, enganada, espionada ou ridicularizada. Os delírios de referência também são comuns; neles a pessoa crê que certos gestos, comentários, passagens de livros, um delírio e uma ideia vigorosamente mantida às vezes é difícil, e depende do grau de convicção com o qual a crença é mantida, apesar de evidências nitidamente contrárias.
Alucinações: As alucinações, outro sintoma típico (mas não exclusivo) da Esquizofrenia, podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial, ou seja, auditivas, visuais, olfativas, gustativas e táteis. As alucinações auditivas são, de longe, as mais comuns e características da Esquizofrenia, sendo geralmente experimentadas como vozes conhecidas ou estranhas, que são percebidas como distintas dos pensamentos da própria pessoa. O conteúdo pode ser bastante variável, embora as vozes pejorativas ou ameaçadoras sejam especialmente comuns. Certos tipos de alucinações auditivas, como por exemplo, ouvir duas ou mais vozes conversando entre si ou comentando os pensamentos ou o comportamento da pessoa, têm sido considerados particularmente característicos da Esquizofrenia.
No CID 10 (Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento) e no DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) estabelecem uma categoria que permitem enquadra determinados sintomas e características típicas da esquizofrenia. No Brasil utilizamos para fins clínicos e jurídicos a nomenclatura do CID 10. Nos transtornos esquizofrênicos os principais são: 
F.20.0 Esquizofrenia Paranoide; 
F.20.1 Esquizofrenia Hebefrênica; 
F 20.2 Esquizofrenia Catatônica;
F 20.5 Esquizofrenia Residual; 
F 20.9 Esquizofrenia não Específica.
Tipo Paranoide: É o tipo mais comum e é caracterizado pela presença central de delírios, normalmente com conteúdos persecutórios, autorreferentes, de ciúmes ou de mudanças corporais. A presença de alucinações principalmente auditivas também faz parte do quadro característico. A presença de prejuízos da volição e discurso, bem como os distúrbios do afeto e sintomas catatônicos mostram-se pouco proeminentes.
Tipo Desorganizado ou Hebefrênico: A característica marcante neste tipo é o prejuízo do pensamento e o comprometimento afetivo. O pensamento se mostra desorganizado com delírio pouco ou não estruturados com discurso fragmentado. Quanto ao afeto este encontra-se inapropriado e superficial com risos imotivados e comportamento pueril o bizarro. Normalmente o início da Esquizofrenia dá-se precocemente e a evolução é pior quando comparado ao tipo paranoide pela precoce e grave instalação de sintomas negativo.
Tipo Indiferenciado ou não específico: Enquadra-se quando não é possível a definição por não haver claro predomínio dos sintomas que delimitam os Tipos de Esquizofrenia. Tipo Residual: Consiste no estágio crônico da doença onde os sintomas positivos, que caracterizaram o diagnóstico de Esquizofrenia, estão ausentes ou diminuídos e os sintomas negativos prevalecem e se destacam.
Tipo Catatônico: A alteração marcante neste tipo diz respeito a psicomotricidade podendo apresentar períodos de mutismo, intenso negativismo, obediência automático e flexibilidade cérea, e em outro momento agitação e excitação chegando a um intenso estado de agitação e violência denominado FUROR CATATÔNICO. Os sintomas positivos como delírios e alucinações são ausentes ou com importância secundária.
Entre 1910 e 1920 praticamente não havia terapêutica para a esquizofrenia e que somente 20% dos pacientes, aproximadamente, apresentavam algum tipo de melhora. Em 1930 surge o primeiro tratamento biológico para essa psicose, a eletroconvulsoterapia. — Através desse tratamento foi possível alcançar pouco mais de 30% de resposta terapêutica. Mas foi somente nas décadas de 50 e 60 que chegam os primeiros antipsicóticos, chamados então de primeira geração, hoje conhecidos como "convencionais".
Descreva os principais transtornos de humor:
Os Transtornos do Humor estão divididos em Transtornos Depressivos (“depressão unipolar”), Transtornos Bipolares e dois transtornos baseados na etiologia – Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral e Transtorno do Humor Induzido por Substância.
•	Os Transtornos Depressivos (a saber, Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico e Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação) são diferenciados dos Transtornos Bipolares pelo fato de haver um histórico de jamais ter tido um Episódio Maníaco, Misto ou Hipomaníaco.
•	Os Transtornos Bipolares (a saber, Transtorno Bipolar I, Transtorno Bipolar II, Transtorno Ciclotímico e Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação) envolvem a presença (ou histórico) de Episódios Maníacos, Episódios Mistos ou Episódios Hipomaníacos, geralmente acompanhados pela presença (ou histórico) de Episódios Depressivos Maiores.
•	A euforia ou mania também se caracterizada por alterações no humor, na cognição, na psicomotricidade e nas funções vegetativas, porém com características opostas àquelas alterações observadas na depressão, ou seja, o paciente apresenta elevação do humor, aceleração da psicomotricidade, aumento de energia e ideias de grandeza, as quais podem ser até delirantes. 
As formas clínicas da euforia variam de acordo com a intensidade e o predomínio dos sintomas afetivos, das alterações psicomotorase da presença de sintomas psicóticos. Em sua forma clássica a mania se caracterizada por humor exageradamente expansivo (chamado de elação), aceleração no ritmo do pensamento, agitação psicomotora e pensamentos delirantes de grandiosidade. Dependendo da gravidade do Episódio Eufórico as ideias deliróides podem fazer confundir o quadro com um surto esquizofrênico.
•	Hipomania F.30.0: é um grau mais leve de mania, no qual	as anormalidades do humor e do comportamento são por demais persistentes e marcantes para serem incluídas sob ciclotimia, mas não são acompanhadas por alucinações ou delírios. Um período distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durante todo o tempo ao longo de um período mínimo de 4 dias, nitidamente diferente do humor habitual não-deprimido. Irritabilidade, comportamento presunçoso e grosseiro podem tomar lugar da sociabilidade eufórica mais usual. A concentração e atenção podem estar comprometidas, mas isto não evita o aparecimento de interesse em aventuras e atividades complementares novas ou gastos excessivos.
•	Transtorno Afetivo Bipolar F.31: é um grau mais leve de mania, no qual as anormalidades do humor e do comportamento são por demais persistentes e marcantes para serem incluídas sob ciclotimia, mas não são acompanhadas por alucinações ou delírios. Um período distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durante todo o tempo ao longo de um período mínimo de 4 dias, nitidamente diferente do humor habitual não-deprimido. Irritabilidade, comportamento presunçoso e grosseiro podem tomar lugar da sociabilidade eufórica mais usual. A concentração e atenção podem estar comprometidas, mas isto não evita o aparecimento de interesse em aventuras e atividades complementares novas ou gastos excessivos.
Este transtorno é caracterizado por episódios repetidos (isto é, pelo menos dois) nos quais o humor e os níveis de atividade do paciente estão perturbados, esta alteração consiste em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento de energia e atividade (mania ou hipomania) e em outras de um rebaixamento do humor e diminuição de energia e atividade (depressão). O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é também conhecido como Transtorno Bipolar do Humor (TBH) ou, antigamente, como Psicose Maníaco Depressiva (PMD). Trata-se de uma doença relacionada ao humor ou afeto e classificada no mesmo capítulo da Depressão e da Distimia. O TAB se caracteriza por alterações do humor, com episódios depressivos e maníacos ao longo da vida. É uma doença crônica, grave e de distribuição universal, acometendo cerca de 1,5% das pessoas em todo o mundo. 
•	Ciclotimia F34.0 – Uma instabilidade de humor, envolvendo numerosos períodos de depressão e elevação leves. Essa instabilidade usualmente se desenvolve no início da vida adulta e segue um curso crônico, embora às vezes o humor possa ser normal e estável por meses. As oscilações do humor são usualmente percebidas pelo indivíduo como não relacionadas a eventos do dia.
•	Distimia (ou mal humor) F.34.1: A característica essencial do Transtorno Distímico é um humor cronicamente	deprimido que ocorre na maior parte do dia, na maioria dos dias e por, pelo menos, 2 anos. Na Distimia as pessoas	se auto-definem como tristes ou "na fossa",	e geralmente são definidas pelos outros como mau humoradas, amargas, irônicas e implicantes.
Cite e explique os transtornos fóbicos ansiosos.
Transtornos Fóbico-Ansiosos compõem um grupo de transtornos nos quais uma ansiedade intensa é desencadeada por situações determinadas e que não representam algum perigo real. Por esse motivo estas situações fóbicas são evitadas ou suportadas com muito temor ou angústia. As preocupações da pessoa podem se manifestar com sintomas como palpitações, falta de ar, tremores, extremidades frias, etc., ou uma impressão de desmaio. Frequentemente este tipo de ansiedade se associa com medo de morrer, de vir a passar muito mal, de perder o autocontrole ou de ficar louco.
AGORAFOBIA F40.0 A característica essencial da Agorafobia é uma Ansiedade que aparece quando a pessoa se encontra em locais ou situações das quais sair dali (escapar) poderia ser difícil ou embaraçoso ou, na maioria das vezes, em situações nas quais um auxílio imediato pode ser difícil, caso a pessoa venha a passar mal. A Ansiedade agorafóbica pode ser, inclusive, antecipatória, ou seja, aparecer diante da simples possibilidade de ter que enfrentar determinadas situações. Essa Ansiedade antecipatória pode levar ao afastamento (fuga) dessas situações causadoras da fobia. Tais situações podem incluir: a) - estar sozinho fora de casa ou estar sozinho em casa; b) - estar em meio a uma multidão; c) - viajar de automóvel, ônibus ou avião; d) - estar em uma ponte ou lugar alto.
FOBIA SOCIAL F.40.1 A Fobia Social está centrada em torno de um medo de expor-se a outras pessoas e tem como consequência o afastamento e evitamento sociais. Esse tipo de fobia pode se referir a situações específicas, como comer ou falar em público, ou pode ser mais difusas, envolvendo quase todas as circunstâncias sociais fora do ambiente familiar. Entre as situações fóbicas sociais que resultam em evitação destaca-se o medo de humilhação e embaraço diante de outras pessoas, o medo de comer em público, falar em público, urinar em banheiro público e, muito frequentemente, de assinar cheques à vista de pessoas estranhas.
Também chamada de timidez patológica, este transtorno caracteriza-se por medo, ansiedade e grande timidez ao se expor a situações sociais. No mundo acadêmico, isso pode ser verificado quando as pessoas se negam a apresentar trabalhos ou participar de grupos para qualquer atividade, comprometendo assim seu desempenho. Muitos alunos preferem o ônus da reprovação a se expor diante de professores e colegas. A pessoa com fobia social apresenta manifestações somáticas, ao se ver exposta, tais como rubor facial, sudorese, tremor, coração acelerado, nervosismo.
FOBIA ESPECÍFICA F40.2 O tipo Específico (ou não generalizado) de fobia, é o mais conhecido entre as fobias e usualmente é restrito a poucas situações sociais. Normalmente os objetos de fobia na Fobia Específica são animais, não necessariamente peçonhentos e as situações são aquelas que dizem respeito ao escuro, à altura, ao abafamento de ambientes fechados, à água dos rios e mares.
Transtorno de Pânico F41.0 Períodos de ataques de pânico inesperados e repetidos seguidos de sintomas somáticos como sudorese, falta de ar, palpitações, tremores nas mãos, medo de enlouquecer ou de morrer. Uma das características que pode acompanhar o transtorno do pânico é a presença de agorafobia – medo de estar em lugares abertos ou cheios de gente.
O Transtorno do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos, e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.
Os portadores de Pânico costumam ter tendência a preocupação excessiva com problemas do cotidiano, têm um bom nível de criatividade, excessiva necessidade de estar no controle da situação, têm expectativas altas, pensamentos rígidos são competentes e confiáveis. Frequentemente esses pacientes têm tendência a subestimar suas necessidades físicas. Psicologicamente eles costumam reprimir alguns ou todos os sentimentos negativos, sendo os mais comuns o orgulho, a irritação e, principalmente, os conflitos íntimos.
Essa maneira da pessoa ser acaba por predispor a situações de estresse acentuado e isso pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do Pânico. Depois das primeiras crisesde Pânico, durante muito tempo os pacientes se recusam aceitar tratar-se de um transtorno psicoemocional. Normalmente costumam ser pessoas que não se veem sensíveis aos problemas da emoção, julgam-se perfeitamente controladas, dizem que já passaram por momentos de vida mais difíceis sem que nada lhes acontecesse, enfim, são pessoas que até então subestimavam aqueles que sofriam problemas psíquicos.
4. Qual a principal característica do TAG? 
Transtorno de Ansiedade Generalizada F 41.2 A característica essencial do Transtorno de Ansiedade Generalizada, segundo o DSM.V, é uma expectativa apreensiva ou preocupação excessiva, ocorrendo na maioria dos dias e com duração de, pelo menos, 6 meses. a Ansiedade tem uma ocorrência duas vezes maior no sexo feminino e se estima que até 5% da população geral tenha um distúrbio generalizado de Ansiedade. As teorias psicossociais sobre a gênese da Ansiedade são exaustivamente estudadas, não só pela medicina como também pela psicologia, pela sociologia, pela antropologia e pela filosofia. A pessoa portadora de Transtorno de Ansiedade Generalizada considera difícil controlar essa preocupação excessiva, a qual é acompanhadas de pelo menos três dos seguintes sintomas adicionais:
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6 meses, nos diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). 
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes sintomas, presentes na maioria dos dias nos últimos 6 meses. Nota: Apenas um item é exigido para crianças. (1) inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele (2) fatiga (3) dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente (4) irritabilidade (5) tensão muscular (6) perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). 
D. O foco da ansiedade ou preocupação não se refere a ter um Ataque de Pânico,ou ficar embaraçado em público (como na Fobia Social), ou ser contaminado (como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo). 
E. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. F. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).
5. Caracterize o TOC.
Transtorno obsessivo compulsivo F.42 Pensamentos repetitivos, intrusivos e sem sentido, que acometem a mente do indivíduo. Apresentam-se sob a forma de repetição de palavras e gestos, pensamentos, geralmente associados a ideias de limpeza, contaminação, segurança, agressão ou sexo. Estes comportamentos visam, na verdade, de forma inconsciente, evitar ou retardar um sofrimento ou situação temida.
1.- Transtorno Obsessivo-Compulsivo 
2.- Transtorno Dismórfico Corporal 
3.- Transtornos Alimentares 
3.1- Vigorexia 
3.2- Anorexia 
3.3- Bulimia 
3.4- Comer Compulsivo 
4.- outros Transtorno do Controle dos Impulsos
4.1- Tricotilomania 
4.2- Transtorno de Tique 
4.3- Síndrome de Toureute 
4.4- Sexo Compulsivo 
4.5- Jogo Compulsivo 
4.6- Piromania 
4.7- Compulsão para Compras 
4.8- Compulsão à Internet
As características essenciais do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) são obsessões ou compulsões recorrentes e suficientemente graves para consumirem tempo ou causar sofrimento acentuado à pessoa. Leigamente, diz-se que a pessoa tem várias manias esquisitas ou estranhas mas, normalmente, o próprio portador de TOC sabe que suas manias, obsessões e/ou compulsões são excessivas ou irracionais.
Predominantemente pensamentos obsessivos F42.0 - Obsessões são pensamentos ou ideias (p. ex. dúvidas), impulsos, imagens, cenas, enfim, são atitudes mentais que invadem a consciência de forma involuntária, repetitiva, persistente e normalmente absurdas. Essas idéias obsessivas são ou não seguidas de rituais destinados a neutralizálos, as compulsões. Os pensamentos obsessivos são experimentados como intrusivos, inapropriados ou estranhos pelo próprio paciente, o que acaba causando mais ansiedade e desconforto emocional. A pessoa tenta resistir a esses pensamentos, ignorá-los ou suprimilos com ações ou com outros pensamentos, mas sempre, o próprio paciente reconhece tudo isso como produto de sua mente e não como se fossem originados de fora (como ocorre na esquizofrenia).
Predominantemente atos compulsivos F42.1 - Compulsões são comportamentos repetitivos (ex. lavar as mãos, fazer verificações, fechar portas 4 vezes), ou atos mentais (rezar, contar, repetir palavras ou frases) que a pessoa é levada a executar em resposta a uma obsessão ou em virtude de regras (auto impostas) que devem ser seguidas rigidamente. Os comportamentos ou atitudes mentais compulsivas são destinadas a prevenir ou reduzir o desconforto gerado pela obsessão, ou prevenir alguma situação ou evento temidos. Como dissemos, o próprio paciente percebe que essas atitudes não possuem uma conexão realística ou direta com o que pretendem evitar, ou que são claramente excessivas, mas essa crítica não é suficiente para inibir a compulsão.
6. Quais os principais aspectos do transtorno de stress pós traumático.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático F43.1 O conceito do Transtorno do Estresse Pós traumático foi desenvolvido a partir de 1980 através das classificações internacionais CID.10 e DSM.IV, as quais permitiram unificar uma série de categorias de transtornos emocionais reativos a acontecimentos traumáticos e anteriormente dispersos e vagos na classificação psiquiátrica. Por conceito o evento traumático ou trauma seria um estressor catastrófico diferente da experiência humana habitual. Esta distinção entre eventos traumáticos e outros estressores se baseou na suposição de que, embora a maioria dos indivíduos tenha a capacidade de enfrentar os estresses comuns, as capacidades adaptativas são insuficientes quando o agente estressor é demasiadamente traumáticos.
A força das lembranças traumáticas e persistentes: Após estupro, guerra, acidentes, catástrofes.... Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) Pode acometer 1 em cada 10 pessoas.
A força das lembranças traumáticas e persistentes: Características do TEPT Pensamentos indesejáveis frequentes e recorrentes relacionados ao trauma, incluindo pesadelos, pensamentos intrusivos e flashbacks.
Associação com hormônios liberados durante o estresse. 
A memória fica super consolidada.
Amígdala – memória emocional / Hipervigilância
7. Descreva os transtornos dissociativos. 
Transtorno dissociativo (ou conversivos) F44 - Transtornos dissociativos atingem, de alguma forma, praticamente toda a população mundial. Por muitas vezes manifestarem-se de forma efêmera, são esquecidos ou desconsiderados. No entanto, quando os sintomas agravam-se, há a recorrência à ajuda psicológica ou psiquiátrica. O transtorno causa a perda de habilidades táteis, psíquicas e neurais, como a memória, capacidades motoras e até personalidade. As causas são similares às do Transtorno de estresse pós-traumático, como por exemplo, uma vez provado que os transtornos não são causados por traumas físicos, muitas vezes os pacientes recusam em dizer o motivo ou um trauma que levou-os à sua condição, o que dificulta o diagnóstico pelos psicólogos e psiquiatras, que necessitam de ajuda para obtê-lo.
Amnésia dissociativa F44.0 - O principal aspecto é a perda da memória, usualmente para eventos recentes importantes, graves o suficiente para serem tomados como simples esquecimento. Na maioria das vezes o paciente sabe que perdeu parte da memória, alguns se aborrecem com isso, outros ficam indiferentes e despreocupados. Os adultos jovens, os adolescentes e as mulheres são os mais acometidos por esse problema. Há técnicas como a hipnose ou outras formas de relaxamento que permitem ao profissional experiente penetrar naparte "esquecida" da mente do paciente e fazê-lo contar o que houve. Em certos casos, psicoterapias podem também fazer com que o paciente se conscientize do que presenciou.
Fuga Dissociativa F44.1 - Na fuga dissociativa o indivíduo repentinamente perde todas suas recordações, inclusive de sua própria identidade. Inesperadamente essa pessoa muda-se de localidade, de cidade ou de estado, assumindo uma outra identidade, função e vida por vários dias. Durante esse período não se lembra nada de sua vida passada nem tem consciência de que se esqueceu de algo. Durante esse período seu comportamento é compatível com as normas sociais de maneira que ninguém percebe algo errado naquela pessoa, exceto por ser um forasteiro. As memórias ficam, às vezes, salvas no inconsciente, podendo ser trazidas à tona por meio de terapia ou hipnose.
Estupor Dissociativo F44.2 - O comportamento do indivíduo preenche os critérios para estupor, mas o exame e a investigação não revelam evidência de causa física. Em adição, assim como outros transtornos dissociativos, há evidências positiva de causação psicogênica na forma de eventos estressantes recentes. O estupor é um diagnóstico com base em uma diminuição extrema ou ausência de movimentos voluntários e de responsividade normal a estímulos externos.
8. Conceitue o transtorno de transe e possessão.
Transtorno de transe e possessão F44.3 - A CID.10 (Classificação Internacional das Doenças) rotula, sob o código F44.3, o chamado Estado de Transe e de Possessão. Trata-se de um transtorno caracterizado por uma perda transitória da consciência da própria identidade, associada a uma conservação perfeita da consciência do meio ambiente. Devem ser incluídos nesse diagnóstico somente os estados de transe involuntários e não desejados, excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural ou religioso do sujeito.
9. Caracterize o transtorno de personalidade múltipla.
Transtorno de Personalidade Múltipla F44.81 - Ao contrário do que poderia parecer, este transtorno nada tem a ver com os transtornos de personalidade, está classificado entre os transtornos dissociativos porque existem várias personalidades dentro de uma só pessoa e essas personalidades não são necessariamente patológicas. No transtorno de personalidade não há amnésias, mas uma conduta rotineiramente inadaptada socialmente.
O aspecto essencial da personalidade múltipla é a existência de duas ou mais personalidades distintas dentro de um indivíduo, com apenas uma delas evidenciando-se a cada momento. Cada personalidade é completa, com suas próprias memórias, comportamento e gostos de forma bastante elaborada e complexa. As personalidades são bastante independentes umas das outras sendo possível inclusive terem comportamentos opostos, por exemplo, uma sendo sexualmente promíscua e outra recatada. Em alguns casos há completo bloqueio de memória entre as personalidades, noutros casos há conhecimento podendo gerar rivalidades ou fraternidades.
O observador externo que só conheça uma das personalidades não notará nada de anormal com esta pessoa. As personalidades podem ser do sexo oposto, ter idades diferentes e até de outras raças. O primeiro episódio de mudança de personalidade pode ser precedido de um evento forte como uma tragédia. Com o passar do tempo essa pessoa pode continuar tendo as "viradas" na personalidade sem fatores precipitantes. A mudança de uma personalidade para outra pode ser súbita ou ocorrer numa espécie de período confusional transitório, pode acontecer durante uma sessão de relaxamento ou de psicoterapia. Nada se sabe a respeito das causas desse transtorno, mas admite-se que é mais frequente do que se suspeitava antigamente. Atualmente as psicoterapias são as únicas formas de abordagem dos casos. Não há uma medicação eficaz.
10. Qual a diferença entre o transtorno de somatização e o hipocondríaco? 
Transtornos Somatoformes F45 - O aspecto principal dos transtornos somatoformes é a apresentação repetida de sintomas físicos juntamente com solicitações persistentes de investigações médicas, apesar de repetidos achados negativos. Pode acontecer também da pessoa ter uma doença física fundamentada, mas com queixas exageradas que não justificam o problema que têm. Esses casos com certeza são mais complicados e confundem os médicos. Observa-se também uma forte recusa por parte do paciente de admitir que seu problema seja psicológico, mesmo quando há um evento estressante na sua vida. Estes pacientes tendem a trocar de médico constantemente, possuem intermináveis listas de exames e medicações; suas histórias são tão longas quanto complicadas. Transtornos de personalidade podem estar associados.
Esse transtorno caracteriza-se por múltiplas, recorrentes, frequentes, mutáveis e prolongadas queixas de sintomas físicos sem uma base médica constatável. A principal diferença entre esse transtorno e a hipocondria é a atitude do paciente. Na hipocondria o paciente revela uma intensa preocupação e sofrimento com algum problema sério; na somatização o paciente queixa-se de seus sintomas, mas não possui a mesma crença e temor do hipocondríaco. Antes dos pacientes com somatizações procurarem um psiquiatra eles passam anos mudando de clínicos, procurando diversos médicos e fazendo vários exames. Qualquer área do corpo pode estar afetada, mas as queixas mais comuns estão centralizadas no tubo digestivo com dores, eructações, regurgitações, vômitos e náuseas; queixas dermatológicas e sexuais.
Transtorno Hipocondríaco F45.2 - É a crença persistente na presença de pelo menos uma doença física grave, progressiva, com sintomas determinados, ainda que os exames laboratoriais e consultas com vários médicos assegurem que nada exista. Muitas pessoas quando passam por uma doença grave e se restabelecem ficam sensibilizadas com o que aconteceu, preocupam-se demais. Contudo, nesses casos, se uma consulta ou novo exame descartarem o recrudescimento da doença e o paciente tranquilizar-se, não havia hipocondria. Os hipocondríacos normalmente sentem-se injustiçados e incompreendidos pelos médicos e parentes que não acreditam em suas queixas: eles levam seus argumentos a sério e irritam-se com o descaso. Por outro lado resistem em ir ao psiquiatra sentindo-se até ofendidos com tal sugestão, quando não há suficiente diálogo com o clínico.
11. Descreva os principais transtornos alimentares. 
Transtornos Alimentares F50 - Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades. Os principais tipos de Transtornos Alimentares são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa. Essas duas patologias são intimamente relacionadas por representarem alguns sintomas em comum: uma ideia prevalente envolvendo a preocupação excessiva com o peso, uma representação alterada da forma corporal e um medo patológico de engordar. Em ambos os quadros os pacientes estabelecem um julgamento de si mesmos indevidamente baseado na forma física, a qual frequentemente percebem de forma distorcida.
Anorexia Nervosa F50.0 - As características essenciais da Anorexia Nervosa são a recusa do paciente a manter um peso corporal na faixa normal mínima associado à um temor intenso de ganhar peso. Na realidade, tratase de uma perturbação significativa na percepção do esquema corporal, ou seja, da autopercepção da forma e/ou do tamanho do corpo e, assim sendo, a recusa alimentar é apenas uma consequência dessa distorção doentia do esquema corporal.
Bulimia Nervosa F50.2 - As características essenciais da Bulimia Nervosa consistem em compulsões periódicas e métodos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso. Além disso, a auto avaliação dos pacientes com Bulimia Nervosa é excessivamente influenciada pela forma e peso do corpo, tal como ocorre na Anorexia Nervosa. Para qualificar o transtorno, a compulsão periódica e os comportamentos compensatórios inadequados devem ocorrer, em média, pelo menos duas vezes por semana por3 meses.
12. Explique os principais transtornos de personalidade. 
Transtornos específicos de personalidade F60 - Um transtorno específico de personalidade é uma perturbação grave da constituição caracterológica e das tendências comportamentais do indivíduo, usualmente envolvendo várias áreas da personalidade e quase sempre associado á considerável ruptura pessoal e social. Pessoas explosivas, teatrais, sistemáticas, meticulosas, obsessivas, cismadas, muito emotivas e outros tipos difíceis de conviver sugerem, intuitivamente para todos nós, tratar-se de uma maneira de SER assim e não de ESTAR assim.
Transtorno de Personalidade Paranóide F60.0 - O Transtorno Paranóide da Personalidade, como todos os outros tipos de transtornos da personalidade, independe da cultura e do grupo social que o indivíduo se insere, envolve um estilo global de pensar, sentir ou relacionar com a realidade e com os outros. Caracteriza uma maneira de ser do indivíduo, o qual geralmente concorda com essa sua forma de ser (egosintônica).
Transtorno de Personalidade Esquizóide F60.1 - Os traços esquizóides de personalidade se revelam desde a infância e os indivíduos são solitários, estranhos, têm poucos amigos ou até nenhum; são excêntricos, pouco simpáticos, por vezes sisudos e nutrem pouco ou nenhum afeto, assim como respeito pelos outros. A pessoa esquizóide nos dá a impressão de desinteresse, reserva e falta de envolvimento com os acontecimentos cotidianos e com as preocupações alheias. Normalmente ela tem pouca necessidade de vínculos emocionais e em adequar-se às normas e regras gerais.
Transtorno de Personalidade Antissocial F60.2 - Antes de falar sobre esse tipo de transtorno da personalidade convém esclarecer que os termos Sociopata, Psicopata, Personalidade Psicopática, Personalidade Antissocial ou Dissocial são considerados sinônimos. A característica essencial desse transtorno da personalidade é uma inclinação natural e persistente de desrespeito e violação aos direitos dos outros, iniciando-se na infância ou começo da adolescência e continuando indefinidamente na idade adulta.
O engodo e a manipulação são aspectos centrais desse transtorno da personalidade e, além da violação dos direitos básicos ou sentimentos dos outros, também há contravenção de normas ou regras sociais importantes. Na prática essas pessoas podem mentir repetidamente, usar nomes falsos, ludibriar ou fingir. Há também um padrão de impulsividade e explosividade com tendência à irritabilidade e/ou agressividade. Também se observa um fracasso em planejar o futuro, sendo as decisões tomadas ao sabor do momento, de maneira impensada e sem considerar as conseqüências para si mesmo ou para outros.
As características mais marcantes e causadoras de maior impacto social são as seguintes: Sedução e manipulação. Embora não seja uma regra absoluta os psicopatas serem encantadores, é expressivo o grupo deles que utilizam o encanto pessoal e a capacidade de manipulação de pessoas como meio de sobrevivência social. Através do encanto superficial o psicopata acaba usando as pessoas certas e na medida de suas utilidades, descartando-as depois. Mentiras sistemáticas e comportamento fantasioso. A personalidade anti-social utiliza a mentira como ferramenta de trabalho. Normalmente a pessoa com esse transtorno está tão habilitada e habituada a mentir que é difícil perceber quando mente. Ela é capaz de mentir olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada. Essa frieza ao mentir é a responsável pela sistemática capacidade para ludibriar as máquinas detectoras de mentira.
Ausência de Sentimentos Afetuosos. Desde criança se observa na pessoa psicopata um acentuado desapego aos sentimentos e um caráter marcado pelo fingimento. A pessoa sociopata não manifesta nenhuma sensibilidade por nada, normalmente mantendo-se indiferente. Elas têm grande dificuldade para entender os sentimentos dos outros, mas, por outro lado, podem fingir magistralmente esses sentimentos quando socialmente desejável. Amoralidade. Os psicopatas têm grande insensibilidade moral, faltando-lhes totalmente juízo e consciência morais, bem como noção de ética.
Impulsividade e Incorrigibilidade. A ausência de sentimentos éticos e altruístas, unidos à falta de sentimentos morais, impulsiona o psicopata a cometer brutalidades, crueldades e crimes. A pessoa psicopata nunca aceita os benefícios da reeducação, da advertência e da correção, mas podem disfarçar durante algum tempo seu caráter torpe e antissocial. Falta de Adaptação Social. Desde criança a pessoa antissocial manifesta certa crueldade e tendência a atividades delituosas, como por exemplo, o maltrato aos animais, às pessoas mais novas, mentiras continuadas, fugas, etc. A adaptação interpessoal também fica comprometida, tendo em vista a tendência acentuada do psicopata ao egocentrismo e egoísmo.
Transtorno de Personalidade Emocional Instável F60.3 - Na CID-10 o Transtorno Explosivo da Personalidade aparece como Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável e no DSM.V como Transtorno Explosivo Intermitente. Alguns autores preferem denominar esse tipo de personalidade como Síndrome de Descontrole Episódico. Aqui, a característica marcante é a tendência para agir impulsivamente e desprezando as eventuais consequências do ato impulsivo, junto com esse tipo de comportamento existe instabilidade afetiva. É um transtorno que se caracteriza por episódios de completo fracasso em resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões ou destruição de propriedades.
Transtorno de Personalidade Emocional Instável Tipo Bordeline F60.31 - Indivíduos instáveis em suas emoções e muito impulsivos, com esforços incríveis para evitar abandono (até tentativas de suicídio). Têm rompantes de raiva inadequada. As pessoas a sua volta são consideradas ótimas, mas frente a recusas tornam-se péssimas rapidamente, sendo desconsideradas as qualidades anteriormente valorizadas. Costumam apresentar uma hiper reatividade afetiva, em que as situações boas são ótimas ou excelentes, e as ruins ou desfavoráveis são péssimas ou catastróficas.
Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão comportamental de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afetos. O Borderline também está sujeito a exuberantes manifestações de instabilidade afetiva, oscilando bruscamente entre emoções como o amor e ódio, entre a indiferença ou apatia e o entusiasmo exagerado, alegria efusiva e tristeza profunda. A vida conjugal com essas pessoas pode ser muito problemática, pois, ao mesmo tempo em que se apegam ao outro e se confessam dependentes e carentes desse outro, de repente, são capazes de maltratá-lo cruelmente. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline se esforçam freneticamente para evitarem um abandono, seja um abandono real ou imaginado. A perspectiva da separação, perda ou rejeição podem ocasionar profundas alterações na auto-imagem, afeto, cognição e no comportamento.
O Borderline vive exigindo apoio, afeto e amor continuadamente. Sem isso, aflora o temor à solidão ou a incapacidade de ficar só, em presença de si mesmo. A inconstância do Borderline se observa também em relação ao juízo que tem de si mesmo e de sua vida. Ele pode ter súbitas mudanças de opiniões e planos acerca de sua carreira, sua identidade sexual, seus valores e mesmo sobre os tipos de amigo ideal. Também se sabe que o Transtorno da Personalidade Borderline é cerca de cinco vezes mais frequente entre parentes biológicos em primeiro grau também com o transtorno do que na população geral.
Transtorno de Personalidade Histriônica F60.4 A pessoa com transtorno histriônico tem como traço básico da personalidade uma desadaptação às possibilidades existenciais normais, reagindo sempre com um exagero, com um faz-de-conta para os outros e para si mesma. As vivências da personalidade histriônica são sempre teatrais, seja na vida de relação, seja consigo mesma. Seus relacionamentos são mais dramáticos, há mais ciúme, mais inveja, mais mágoa, mais atração, maissedução... Seus sintomas são mais exuberantes, suas queixas mais contundentes, sua sensibilidade mais exaltada.
Transtorno de Personalidade Anancástica F60.5 - Há, neste transtorno da personalidade, um padrão generalizado de perfeccionismo e inflexibilidade. Trata-se da personalidade obsessivo-compulsiva e as pessoas assim se preocupam com a observância das normas, das regras, com a organização das coisas e com os detalhes do cotidiano. Normalmente essas pessoas são escravizadas pelo simétrico, pela limpeza e pela ordem das coisas, desde a arrumação de seus pertences pessoais, como guarda-roupas, gavetas, mesas, até a organização extremamente cuidadosa de coisas relacionadas à ocupação e profissão. As pessoas portadoras do transtorno anancástico da personalidade sofrem com tudo que contraria suas próprias regras, determinações e manias, por isso são exigentes e inflexíveis consigo próprias e com os que lhes são mais próximo.
13. Descreva os principais transtornos de hábitos e impulsos. 
Transtornos de hábitos e Impulsos F63 - Esta categoria inclui certos transtornos de comportamento não classificáveis sob outras rubricas. Eles são caracterizados por atos repetidos que não tem nenhuma motivação racional clara e que geralmente prejudicam os interesses do próprio paciente e aqueles de outras pessoas. O paciente relata que o comportamento está associado a impulsos que não podem ser controlados.
Jogo Patológico F63.0 - O Transtorno de Jogo Patológico vem ganhando importância crescente, proporcional à sua prevalência que vem aumentado em diferentes países, principalmente DEVIDO à maior disponibilidade de jogos de azar. Além de apostas tradicionais como loterias, corridas de cavalos e jogos de carta, novos jogos têm sido introduzidos no mercado como casas de bingo, jogos eletrônicos e mesmo através da Internet.
Transtorno de Dependência de Internet (Dependência Digital) DSM V Apêndice: De acordo com Azevedo (2016) o transtorno de dependência digital apresenta duas características distintas: inabilidade social e ansiedade. A inabilidade social relaciona-se a dificuldades quanto a comunicação face a face, seja por prejuízos inerentes a verbalização e/ou a diminuição da capacidade do reconhecimento das emoções presentes na linguagem não verbal, levando a uma menor habilidade de interação e menor estabelecimento de vínculo nas relações presenciais.
A ansiedade é marcada por uma preocupação constante e excessiva em que o sujeito considera que suas relações serão prejudicadas caso não esteja conectado, levando a uma apreensão ou medo constante, podendo desenvolver alterações fisiológicas como agitações motoras, irritabilidade, tensão muscular, sudorese, fadiga, insônia entre outras. As diretrizes diagnósticas devem levar em consideração a prevalência de sintomas específicos nos últimos 4 a 6 meses relacionados a prejuízos funcionais, sociais, trabalhistas, acadêmicos entre outros.
Piromania F63.1 - O indivíduo com piromania experimenta uma forte excitação nos momentos que antecedem o ato de incendiar um objeto, demonstra uma fascinação pelo fogo, curiosidade e atração pelas circunstâncias relacionadas ao fogo. Para realizar esse diagnóstico deve ser descartado outros motivos de incêndio como motivações monetárias, político-ideológicas, expressão de raiva. Ao contrário a motivação deve ser prazer e busca de gratificação. Pode também ter interesse anormal por carros e equipamentos de bombeiro.
Roubo Patológico F63.2 - A cleptomania é uma doença psiquiátrica crônica caracterizada pela necessidade impulsiva de furtar objetos. No DSM.V, classificação de doenças mentais norte americana, tratase de um fracasso recorrente em resistir a impulsos de furtar objetos, embora esses sejam desnecessários para o uso pessoal ou por seu valor monetário. A cleptomania faz parte dos Transtornos no Controle dos Impulsos.
Tricotilomania F63.3 - A tricotilomania é um distúrbio do controle dos impulsos caracterizado pela crônica tendência a puxar ou arrancar os próprios cabelos. Tem sido caracterizada como um transtorno do espectro do transtorno obsessivo compulsivo. O alvo é direcionado para qualquer tipo de “pelo do corpo” e geralmente há mais de um foco, como por exemplo cabelos e sobrancelhas. O início pode ocorrer na infância ou adolescência e continuar ao longo da vida. Ansiedade e depressão frequentemente acompanham o quadro.
14. Explique o transtorno de identidade do gênero infantil. 
Transtorno de identidade de gênero infantil F64.2 - Transtorno de identidade de gênero infantil é um diagnóstico formal usado por psicólogos e médicos para descrever as crianças que sofrem descontentamento com seu sexo biológico e/ou gênero atribuído. É entre 5 a 30 vezes mais diagnosticado no sexo biológico masculino do que no feminino. Transtorno que usualmente primeiro se manifesta no início da infância (e sempre bem antes da puberdade), caracterizado por um persistente em intenso sofrimento com relação a pertencer a um dado gênero, junto com o desejo de ser (ou a insistência de que se é) do outro gênero. Há uma preocupação persistente com a roupa e as atividades do gênero oposto e repúdio do próprio sexo. O diagnóstico requer uma profunda perturbação de identidade sexual normal; não é suficiente que uma menina seja levada ou traquinas ou que o menino tenha uma atitude afeminada.
15. Descreva os transtornos de preferência sexualidade.
Transtornos de preferência sexual F65 - As Parafilias são fantasias sexualmente excitantes, são desejos sexuais fortes ou, ainda, comportamentos envolvendo objetos não-humanos, sempre recorrentes e intensos. Essas parafilias podem causar sofrimento e humilhação ao paciente, a seu parceiro(a), filhos, familiares, bem como envolvimentos policiais e judiciais. Atualmente, entretanto, os sintomas das parafilias podem envolver outros padrões culturalmente questionáveis, como é o caso da masturbação repetitiva, pornografia pela Internet, hipersexualidade, etc.
Fetichismo F65.0 - Dependência de alguns objetos inanimados como estímulo para excitação sexuais. Uso, ou fantasias de uso, de objetos inanimados com a finalidade de estímulo para a realização sexual; muitas vezes os objetos são extensões do corpo humano, como por exemplo, meias ou luvas. Os objetosfetiche variam em sua importância para o indivíduo.
Exibicionismo F65.2 - Uma tendência recorrente ou persistente a expor a genitália a estranhos ou pessoas em lugares públicos. Exposição da genitália a estranhos, com o intuito de chocar. Geralmente é um homem heterossexual, muitas vezes casado e com uma vida sexual ativa.
Voyeurismo F65.3 - Ato de observar, sem a anuência ou consentimento, uma pessoa despir-se, ou em atividade sexual. Geralmente é acompanhada de masturbação. Atitudes esparsas de voyeurismo na adolescência é comum e não deve ser considerada anormal. O uso de filmes ou revistas pornográficas para a excitação sexual, também não deve ser considerado patológico ou voyeur, tendo em vista que são confeccionados para esta finalidade.
Pedofilia F65.4 - Preferência sexual por crianças pré-puberes ou no início da puberdade. Alguns autores estabelecem uma idade máxima de treze anos para a caracterização de pedofilia. O interesse pode ser por meninas, meninos, ou ambos. Se o comportamento é estabelecido por outra criança, ou um adolescente, deve-se tomar muito cuidado para estabelecer este diagnóstico, pois pode se tratar de um acontecimento isolado. As vezes este quadro também pode ser caracterizado como incestuoso.
Sadomasoquismo F65.5 - Alguns autores dividem em quadro separados, sadismo e masoquismo, outros não. Envolve submissão e/ou inflição de dor, humilhação ou sofrimento. O sufocamento como forma de aumentar o prazer pode ser incluído como um comportamento sadomasoquista.

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