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Aula_15_-_Contestação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JOÃO PESSOA DO ESTADO DA PARAÍBA.
Processo nº ...
ROGÉRIO, nacionalidade..., casado, profissão..., portador do RG... e CPF..., e VALÉRIA, nacionalidade..., casada, profissão..., portadora do RG... e CPF..., ambos residentes e domiciliados na Rua..., nº..., no bairro de..., João Pessoa/PA, CEP..., vem por meio de seu advogado legalmente habilitado, com base no art. 39, inciso I do Código de Processo Civil, no endereço profissional na Rua..., nº..., no bairro de..., Cidade/UF, CEP..., onde recebe intimações, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com base no art. 300 e seguintes do Código de Processo Civil, oferecer:
CONTESTAÇÃO COM PEDIDO CONTRAPOSTO,
a ação de ressarcimento por dano em prédio urbano pelo rito sumário, movida por LUIZ EDUARDO e sua esposa DIRCE, já devidamente qualificada nos autos do processo em epigrafe, pelas seguintes razões a seguir expostos.
DAS PRELIMINARES
 Da Carência de Ação por Ilegitimidade Passiva
Verifica-se que os danos causados no imóvel dos autores não foram devidos a reforma ocorrida no imóvel dos réus, e sim por problema de impermeabilização da cobertura do prédio, afetando assim não só o imóvel dos autores como também o dos réus. Os réus não têm legitimidade para figurar no polo passivo da presente relação processual, e sim o condomínio já que foi o responsável pelos danos, como preceitua o artigo 3º do Código de Processo Civil.
Art. 3º Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.
Desta forma com base nos artigos 301, inciso X, e 267 todos do Código de Processo Civil, requer a extinção do processo sem resolução do mérito.
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:
(...)
X - carência de ação;
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
(...)
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
Da Litispendência
Verifica-se ainda que os autores propuseram demanda idêntica a esta na 05° Vara Cível da Comarca da Capital do Estado da Paraíba. Constatando-se assim litispendência que é aquela demanda que possui a tríplice identidade de partes, pedido e causa de pedir, conforme o artigo 301, inciso V e §§ 1° e 3°, do Código de Processo Civil.
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:
(...)
V - litispendência;
(...)
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
(...)
§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso.
Neste caso ocorre deverá ocorrer a extinção do processo sem julgamento do mérito, nos termos do artigo 267, inciso V, do Código de Processo Civil.
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
(...)
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;
DA SINTESE DA INICIAL
Os autores e proprietários de um apartamento localizado em João Pessoa, Paraíba, afirmam que há seis meses o apartamento que fica acima foi adquirido pelos réus. Antes mesmo de se mudarem, os réus iniciaram obras no imóvel. Tais reformas provocaram infiltrações no teto do banheiro e no quarto do apartamento dos autores danificando inclusive um armário, sendo certo que o custo para a reparação dos danos causados no imóvel foi de R$ 12.000,00 (doze mil reais). 
Luiz Eduardo narra ainda que procurou Rogério solicitando providências para o conserto de seu imóvel. Ao entrar no apartamento dos réus, Luiz Eduardo constatou que fora instalada uma banheira de hidromassagem no banheiro e que evidentemente seria esta a causava os vazamentos. 
 DA VERDADE DOS FATOS
Rogério, também sofreu infiltrações em seu bem, inclusive nos mesmos cômodos narrados pelo autor, ciente que seus prejuízos somaram a quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Mas, com o intuito de sanar qualquer problema oriundo de seu imóvel no apartamento dos autores, Rogério contratou três engenheiros técnicos que afirmaram, conforme laudos, ser o problema fruto da cobertura do prédio onde foi construída pelo condomínio uma área de lazer com piscina, sauna e churrasqueira, uma vez que a piscina apresentava sérios problemas de impermeabilização. 
O síndico do prédio, ciente do ocorrido e de posse dos laudos técnicos, no intuito de evitar maiores danos, impermeabilizou a piscina, porém se eximiu da responsabilidade de ressarcir os autores e os réus do prejuízo sofrido nos imóveis.
DO PEDIDO CONTRAPOSTO
Rogério junto com sua esposa, conforme testemunhas, devido ao vazamento ocorrido no imóvel dos autores, sofreu constrangimento dentro do prédio por parte dos autores que proferiam sempre, na presença dos demais moradores, uma série de impropérios ao casal. Com base no artigo 186 do Código Civil Brasileiro, os autores cometeram ato ilícito.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
O Código Civil Brasileiro em seu artigo 927 dispõe que aquele que comete tais atos ilícitos fica obrigado a reparar os danos causados.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Diante dos fatos narrados requer indenização por danos morais no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais).
DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva, nos termos do art. 301, inciso X do CPC, a fim de extinguir o processo sem resolução do mérito com fundamento no art. 267, inciso VI do CPC;
em não sendo acolhida a preliminar acima suscitada, seja aceita a litispendência nos termos do art. 301, §§ 1º e 3º do CPC, a fim de extinguir o processo sem resolução do mérito com fundamento no art. 267, inciso V do CPC;
seja julgado procedente o pedido contraposto para condenar os autores a reparar o réu no valor de R$ R$30.000,00 (trinta mil reais), referentes aos danos por ele suportados com fundamento no art. 927, § único do CC;
a improcedência total dos pedidos autorais;
a condenação dos autores no pagamento dos ônus sucumbenciais com fundamento do art. 20 do CPC.
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 332 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, pericial e testemunhal.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local..., ... de ... de ...
Advogado
OAB/UF

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