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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA/ES.
ANTÔNIO, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliado na, Vila Velha/ES e MARIA, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliada na, Vila Velha/ES, vêm, por seu advogado (endereço, art. 39, I do CPC), com fundamento no art. 274 do CPC, ajuizar
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Em face de JAIR, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliado na, Vitória/ES; FLÁVIA, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliada na, Vitória/ES; e JOAQUIM, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliado na, Vitória/ES, expondo e requerendo o que segue.
DOS FATOS
Os ora autores, Antônio e Maria, são irmãos de Joaquim e, todos os mencionados, são filhos de Jair e Flávia.
Em 20 (vinte) de dezembro de 2013 (dois mil e treze), por meio de Escritura de Compra e Venda lavrada no Cartório de Ofício de Notas da Comarca de Vitória/ES, com devida transcrição no respectivo Registro Geral de Imóveis, foi realizado um negócio jurídico de compra e venda de bem imóvel, este situado em Vitória/ES. O contrato foi celebrado entre os réus da presente ação, situação em que Jair e Flávia venderam o bem a Joaquim. 
Ambos os autores se sentiram lesados, já que não foram consultados a respeito da alienação do bem imóvel, ou seja, não houve a anuência deles, a fim de que fosse consolidado o negócio. 
Faz-se necessário salientar que o negócio jurídico celebrado à escusa dos autores, além de ilegal, torna-se duvidoso, podendo ser interpretado como uma maneira ardilosa dos réus de desejarem manipular os bens da legítima. 
Fato é que o negócio jurídico em questão promoveu uma redução da legítima dos autores em detrimento do irmão mais novo, o ora réu Joaquim, julgado menos favorecido por seus pais e réus desta ação. 
A redução de legítima é notadamente vislumbrada no valor do contrato, de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), considerado muito inferior ao valor de mercado do imóvel, que conforme avaliação à época da negociação era de aproximadamente R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais).
DOS FUNDAMENTOS
É de suma importância frisar que, para que um ato jurídico seja válido, este deve preencher os requisitos elencados no art. 104 do Código Civil Brasileiro de 2002, quais sejam:
“Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinável ou determinado;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.”
	
Por ter sido realizado de forma defesa em lei, ou seja, ter-se utilizado de um procedimento vedado pelas normais civis, é nítido que o negócio jurídico do referido caso concreto feriu o art. 104, III do Código Civil Brasileiro de 2002. 
Ademais, faz-se necessário aduzir que, quando o negócio jurídico se der entre ascendente e descendente, havendo outros destes, devem expressamente anuir, juntamente com o cônjuge do alienante. A ausência do mencionado consentimento expresso torna o negócio jurídico anulável, conforme entendimento do art. 496 do Código Civil Brasileiro de 2002:
“Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.”
Sendo assim, conforme os fatos narrados e o direito invocado, é notório que a movimentação dos réus causou prejuízo aos autores, já que efetuaram a venda do imóvel sem a anuência destes e a um valor inferior ao real, quando fora celebrado o contrato. Logo, deve este negócio ser anulado.
DOS PEDIDOS
	Face ao exposto, requerem a Vossa Excelência:
	1 – A citação dos réus para apresentarem defesa no prazo legal, sob pena de confissão e revelia se assim não fizerem.
	2 – Que seja julgado procedente o pedido para anulação do negócio jurídico celebrado entre os réus.
	3 – Seja determinada a expedição de ofício ao Cartório de Ofício de Notas da Comarca de Vitória/ES, para que seja retificado o Registro do Imóvel.
	4 – Que seja julgado procedente o pedido para condenar os réus ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
	Requerem provar o alegado por todo o meio de provas em direito admitidas, especialmente a prova documental.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se a causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Vitória/ES, XX de XXXXXXXX de XXXX.
Advogado
OAB/XX

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