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Facetas e Laminados

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LENTES DE CONTATO X FACETAS CERÂMICAS 
(Passos Clínicos)
Qual a diferença?
Os laminados convencionais (Facetas) estão indicados para corrigir dentes com alteração de cor, com malformações e alterações de forma. Todas estas indicações sugerem que os dentes sejam submetidos a um preparo dental para a confecção das restaurações. Já as restaurações “lentes de contato” possuem indicação mais limitada: apenas para correção de forma de dentes que precisam de pouco ou nenhum preparo. Como a espessura da restauração é muito pequena (inferior a 0,5mm), o resultado final é uma restauração de alta translucidez, e por este motivo não pode ser indicada para correção de dentes com nenhum tipo de alteração de cor. 
VANTAGENS DAS FACETAS CERÂMICAS
	Grande longevidade;
	Estabilidade físico-química;
	Excelente compatibilidade Biológica (baixo acúmulo de placa bacteriana);
	Coeficiente de expansão térmica semelhante ao das estruturas dentárias;
	Suficiente resistência à compressão e à Abrasão;
	Excelente reprodução das propriedades ópticas da estrutura dental, mais semelhantes aos tecidos dentários;
	Radiopacidade;
	Adesão ao agente cimentante e aos substrato dentário; 
	Estabilidade de cor (menos manchamento, efeitos deletério do álcool e outros solventes e medicações);
	Forte adesão (maior efetividade).
Lentes de Contato Dentais. O que são?
As lentes de contato dentais ou laminados ultrafinos são facetas ou lâminas cerâmicas muito finas e delgadas com espessuras diminutas, entre 0,3 a 0,5 mm que recobrem toda a face vestibular ou lingual/palatina dos dentes, podendo ser confeccionadas sem nenhum desgaste ou com mínimo desgaste de esmalte possível. São acrescentadas aos dentes com o intuito de modificar a sua forma.
Fragmentos Cerâmicos. O que são?
Fragmentos cerâmicos são restaurações cerâmicas parciais com término em parte de uma face dental, envolvendo parcialmente uma ou mais faces do dente.
INDICAÇÕES
Quando indicar facetas, lentes de contato e fragmentos cerâmicos?
Em situações que a posição dental possibilite acréscimo de material, pois mesmo que seja necessário o desgaste dental, esse deve ser pequeno, localizado e em esmalte.
	Aumento de Borda incisal
	Aumento de volume vestibular
	Fechamento ou redução de diastemas
	Dentes conoides
	Dentes mal posicionado
	Fraturas incisais
	Restabelecimento da guia canina
	Lesões cervicais não cariosas
	Restaurações oclusais para restabelecer a dimensão vertical do paciente
Obs: Facetas são mais espessas e bastante utilizadas para mascarar a cor em dentes escurecidos ou em dentes com má formação.
CONTRAINDICAÇÕES
Quando as facetas, lentes de contato dentais e fragmentos cerâmicos são contraindicados?
	Se não houver possibilidade de alcançar a forma desejada acrescentando material restaurador
	Se for preciso ter um amplo desgaste da estrutura dental para restabelecer a forma;
	Em dentes com perfil vestibular acentuado, pois o acréscimo de material a essas superfícies aumentaria demasiadamente o volume vestibular;
	Dentes escurecidos ou com restaurações amplas de resina composta, pois precisam ser preparados e proporcionar espessura de material cerâmico para mascarar o escurecimento dental ou restabelecer de forma adequada;
	Quando não existir a possibilidade de eixo de inserção favorável;
	Fechamento de diastemas em dentes triangulares, pois não tem eixo de inserção favorável, sendo necessário desgastes em esmalte ou dentina para inserção das restaurações cerâmicas.
Evitando Problemas
Para que as restaurações com lentes de contato e laminados cerâmicos possam ter maior durabilidade, é fundamental que o máximo de esmalte seja preservado, pois a adesão em esmalte e a menor flexão da estrutura dental, em razão da preservação de estruturas que proporcionam resistência mecânica ao dente, são os motivos que prolongam o tempo de sobrevida em boca.
Problemas devido a falta de domínio da técnica e dos materiais podem resultar em demasiadas fraturas e persistente inflamação gengival.
Problemas com forma e cor inadequadas, falta de ponto de contato, sobrecontorno e fraturas tardias podem surgir. E para solucionar esses erros é necessário remover as peças cerâmicas cimentadas ao dente, e o trabalho que inicialmente parecia conservador passa a ser invasivo, pois, por mais fina que seja a peça cerâmica, é impossível removê-la sem desgastar a estrutura dental subjacente.
Um bom planejamento auxiliado por protocolo fotográfico, modelo em gesso e enceramento diagnóstico são indispensáveis para evitar futuros problemas.
PLANEJAMENTO
Fotografia odontológica – Um Protocolo de Fotografia para planejamento auxilia na visualização das características iniciais do caso, como relação do arranjo dental com a face, inclinação do plano oclusal, cor e forma dos dentes.
Protocolo Fotográfico Necessário:
	Face (frontal);
	Sorriso (Lábios fechados, lábios em repouso, sorriso normal, sorriso mais forçado);
	Laterais (Sorrindo)
Equipamento Ideal Necessário:
	Máquina crop profissional DSLR com lente intercambiável (Ex: Nikon -3300, 5500, 7200 ou Canon – T3i, T5i, T6i, 70D);
	Lente Macro 100 mm (ou entre 85 a 105 mm); Obs: Lentes macro possuem uma proporção de 1:1 dando imagens de tamanho real e sem distorções, fornecendo o máximo de fidelização possível.
	Flash Circular (mais fácil de ser utilizado) ou Flash Twin (Flash duplo). Obs: de preferência o Twin.
Acessórios:
	Braço Dual articulado para flash Twin;
	SoftBox
	Espelhos metálicos ou Cristal (Nº5 e Nº2)
	Contrastes (Nº 5 pretos)
	Afastador em “C” ou em “V”.
Moldagem inicial – Feita com silicone de adição para obter o modelo de gesso para enceramento de diagnóstico. Os moldes de silicone de adição possibilitam modelos fiéis por até 7 dias e a confecção de vários modelos a partir de um mesmo molde, o que é muito importante para a confecção dessas restaurações. Obs: Não pode haver alterações dimensionais do molde, pois por menor que elas sejam, podem prejudicar o resultado que exige o máximo de precisão para o planejamento de restaurações tão finas.
Exemplo de Moldagem: Técnica de duplo passo – Primeiro colocamos o material de alta viscosidade e depois o material de baixa viscosidade sem fio de afastamento gengival.
Exemplos de Produtos: Silicone de adição Express XT da 3M, Virtual (Putty Base – Regular Set) da Ivoclar Vivadent.
Tempo de Presa: 5 minutos
Molde da arcada dentária do paciente Modelo de Gesso vazado pronto 
Enceramento Diagnóstico (Wax-up) – Geralmente é feito no laboratório, mas pode ser realizado pelo cirurgião-dentista. Torna possível o planejamento das pequenas restaurações cerâmicas. Deve ser feito pela técnica aditiva, em modelo de gesso, sem que qualquer desgaste seja feito, apenas acrescentando cera até a obtenção da forma dental desejada. A utilização de uma cera de cor diferente à do modelo de gesso auxilia na visualização. Ajuda na correção das ameias e do diastemas.
Quando executar o desgaste dental?
Sempre que possível o desgaste dental deverá ser evitado. O desgaste para facetas convencionais pode remover até um terço do volume total da coroa dental. Quanto maior a quantidade de tecido dental removido, menor é a resistência do dente. Porém algumas vezes, para dar forma adequada aos dentes, desgastes são necessários, principalmente para não deixar os dentes restaurados com sobrecontorno gengival.
O desgaste ou não da estrutura dental é orientado por três aspectos que devem ser avaliados com auxílio das fotografias iniciais e do enceramento de diagnóstico:
	Possibilidade de acréscimo de material: Devido a impossibilidade de acréscimo de material, existem situações em que o desgaste do modelo se faz necessário para obter a forma mais adequada no enceramento diagnóstico aditivo. Um enceramento preciso torna possível que o desgaste seja visualizado e planejado
	Eixo de inserção das peças – Nos modelos
inciais deve existir um eixo de inserção para lentes de contato dentais e fragmentos cerâmicos. Esse eixo é fundamental para ter um correto assentamento da peça sem que a área de cimento resinoso seja espessa. Muitas vezes o eixo mais adequado não é o incisovertical, comum nas coroas, mas um eixo axial em que a peça é posicionada pela lateral.
	Cor do remanescente – Necessidade ou não de mascarar a cor do substrato dental. Como as restaurações com lentes de contato dentais e fragmentos possuem uma espessura muito fina fica difícil mascarar grandes variações de cor. Por isso uma das contraindicações para restaurações sem preparo é quando a cor do remanescente é muito diferente da cor desejada. Em casos de elementos unitários, a cor do remanescente deve ser muito próxima à dos dentes vizinhos, caso haja a necessidade da mudança de cor em vários tons o técnico em prótese dentária terá espaço para confeccionar uma restauração capaz de mascarar o substrato dental. Nesses casos é indicado facetas convencionais ou coroas.
Pode-se afirmar que a diferença entre a lente de contato e o laminado convencional é a realização ou não de desgaste dentário?
Pelo que se encontra na literatura, pode-se afirmar que a necessidade ou não de preparo dental é uma das diferenças entre os dois tipos de restauração. E esse tema é objeto de muita discussão. Entretanto, vale ressaltar que a realização de pequenos desgastes em áreas de acúmulo de tensão, bem como a confecção de um limite ou término cervical são necessários nos casos das “lentes de contato”. Ou seja, sempre há necessidade de preparo, em maior ou menor quantidade. Além disso, existe uma diferença na espessura da peça cerâmica entre as duas restaurações: a lente de contato possui menos de 0,5mm de espessura, enquanto os laminados convencionais apresentam espessura média entre 0,5mm e 1,0mm.
PREPARO DENTÁRIO
Por que preparar?
Tão importante quanto saber o passo a passo da técnica de preparo para as facetas laminadas é a compreensão dos motivos de cada fase do preparo para se ter uma visão mais global que permita ao cirurgião dentista modular suas decisões em relação aos diferentes desafios encontrados em cada caso clínico que se apresentar
	Prover espaço para o material restaurador ( 0.3 – 0.8 mm) RESISTÊNCIA ESTRUTURAL
	Compensar má posicionamento dental (contorno do arco deficiente)
	Ampliar a superfície colagem (força de união) – (CANALETAS)
	Estabelecer eixo de inserção da peça e posicionamento final (ASSENTAMENTO)
	Melhorar anatomia das lentes (contorno cervical)
	Desenvolver uma transição suave entre o dente e a restauração (SAÚDE PERIODONTAL) -JUNÇÃO E/C
	Esconder a interface de cimentação e a estrutura dental inadequada (PROPRIEDADE ÓTICA DO MATERIAL)
	Características de Oclusão
Caracteristicas do Preparo:
- O preparo dentário pode não ser necessário, como no caso de dentes inclinados para lingual.
- Desgaste - de preferência deve-se limitar ao esmalte, podendo variar de 0,2 – 2,00 mm.
- Entretanto nem sempre é possível evitar a exposição dentinária o que dependerá de fatores como alinhamento do dente na arcada e o seu grau de escurecimento (dentes desvitalizados).
- A exposição dentinária não se constitui como um problema, graças aos adesivos de última geração que formam a camada hibrida com forças de adesão satisfatórias.
- Tentar manter o desgaste na espessura do esmalte que pode chegar a 0,6 mm. 
- É importante o conhecimento da espessura média de esmalte nos dentes anteriores. Sendo assim de maneira geral:
Borda incisal – cerca de 1,0 – 1,3 mm.
Terço médio – cerca de 0,8 mm
Região cervical – 0,4 – 0,6 mm
*Além das espessuras de esmalte em diferentes regiões do dente, o desgaste deve acompanhar as inclinações que vão guiar o posicionamento da fresa.
- O calibre das fresas pode servir de orientação para o grau de desgaste a ser realizado.
- Superfícies proximais- manter os pontos de contato.
- Terminação – chanfrado ao nível ou ligeiramente subgengival.
- Termino na borda incisal:
→ Término em lamina de faca: bisel no bordo incisal evitando-se a terminação em topo.
-Preparo mais conservador, boa resistência.
-Boa guia de inserção e assentamento da peça
- Término em overlap: estende-se até a superfície lingual envolvendo toda a borda incisal do dente, opção defendida pela maioria do autores.
→ Segundo Mezzomo, indica-se este tipo de preparo quando se quer aumentar o comprimento da coroa, aumentado assim a espessura do material do no bordo incisal, conferindo maior resistência durante os contatos excursivos além de aumentar a área de esmalte disponível. 
Sequência clínica do preparo:
- Delimitação periférica do preparo
- Canaleta orientadora na cervical supra gengival circundando toda a face vestibular do dente para mesial e distal sem romper os pontos de contato proximal, para facilitar a delimitação do chanfrado gengival
- Fresa: esférica – 1011, 1012, 1013 ou 1014.
- Canaletas geralmente em numero de 3, no sentido vertical ou horizontal, ou nos dois sentidos simultaneamente – tem a função de se estabelecer a extensão do desgaste a ser realizado.
- As canaletas devem levar em consideração a convexidade do dente. Devendo ser realizado em 3 planos:
Cervical
Médio 
Incisal
- Usaremos como exemplo o desgaste no sentido vertical
- Fresa: pontas tronco-cônicas de extremidade arredondada nº 2135
Complementação do desgaste vestibular
-União do sulcos de orientação com fresas tronco-cônicas de extremidade arredondada.
-Fresas 2135, 4138, 3227.
Extensão subgengival
Após a redução da superfície vestibular, fazer a extensão subgengival requerida, na grande maioria das situações, por razões estéticas.
Não é necessário o aprofundamento em mais de 2 mm o que levaria a dificuldades para controle de umidade no procedimento de cimentação e moldagem. 
MOCK-UP – PROVA DO PLANEJAMENTO EM BOCA
O mock-up é o ensaio restaurador intra-oral, realizado a partir do enceramento diagnóstico e tem como objetivo de simular previamente o plano de tratamento restaurador definido no enceramento. A técnica mais simples de mock-up é realizar uma restauração provisória com resina bis-acrílica, material autopolimerizável que não libera calor durante a polimerização.
Esse procedimento tem grande importância no tratamento com lentes de contato dentais e fragmentos cerâmicos, pois:
	Mostra ao paciente e ao Cirurgião-Dentista uma prévia do trabalho final (Restauração temporária/provisória). É um ensaio restaurador prévio de como ficarão as lentes de contato.
	Tem a função de averiguar se o planejamento foi corretamente realizado
	Serve como referência de desgaste, caso seja necessário
Como se faz o Mock-up?
	Devemos fazer uma muralha/matriz personalizada com silicone de adição (de alta e baixa viscosidade) em torno do modelo de gesso encerado para transferir a nova forma do enceramento para a boca. Ou seja, devemos confeccionar uma moldeira-guia a partir do modelo encerado. Esse novo molde deverá abranger detalhadamente todos os dentes encerados. Para termos estabilidade precisamos conter pelo menos um dente de cada lado em que não foi feito enceramento ou o palato caso todos os dentes tenham sido encerados. OBS: É recomendado utilizarmos um silicone de alta viscosidade, mais rígido, reembasando com silicone de baixa viscosidade, para copiar todos os detalhes do modelo encerado.
Moldagem do modelo encerado
2.A muralha/matriz ou moldeira-guia de silicone (molde a partir do modelo encerado) é preenchida com resina Bis-Acrílica (Protemp 4 da 3M) e levada à boca do paciente (previamente vaselinada) até se polimerizar e tomar presa em 3 minutos. 
3.Com um instrumental afiado removemos os excessos. Após a polimerização da resina, a moldeira é removida e o “mock-up” está pronto, se for necessário pode-se fazer o acabamento do material;
4.Visualização prévia e real de como ficarão as facetas finais e esperar a aprovação do paciente. Neste momento, paciente
e profissional podem avaliar todos os detalhes de como ficará a restauração definitiva.
OBS: É possível que o paciente fique com o ensaio restaurador em boca por alguns dias para avaliar a expectativa das restaurações definitivas. 
LIMPEZA MINUCIOSA
Devemos remover manchas e cálculos (tártaros), principalmente das áreas proximais e palatinas. Esse procedimento deve ser feito em uma consulta separada e anterior à da moldagem, pois um possível sangramento gengival pode prejudicar a moldagem e o molde.
TOMADA DE COR
O primeiro procedimento, logo que o paciente se senta na cadeira odontológica é realizar a tomada de cor para que os dentes não se desidratem. O uso de fotografias odontológicas torna-se fundamental.
A seleção das cores deverá ser feita com os dentes adequadamente limpos e sempre antes do isolamento do campo. O isolamento, especialmente com o dique de borracha, desidrata o dente, tornando-o mais claro e isso poderá atrapalhar na escolha correta.
A seleção de cor é mais bem executada sob luz natural. Mas no entanto, muitos profissionais trabalham à noite, em dias chuvosos ou em consultórios com iluminação inadequada, fica praticamente impossível realizar a escolha das cores sob condições ideais. Sendo assim , o cirurgião-dentista deverá treinar esta etapa sob as condições de iluminação disponíveis no seu consultório. É importante lembrar que devemos também evitar a incidência de luz do refletor diretamente sobre os dentes no momento da seleção de cores. Obs: Existem no mercado lâmpadas e lentes especiais para o processo de seleção de cores.
PREPARO
Remoção de convexidades, ângulos ou mínimas terminações para lentes de contato e fragmentos cerâmicos quando o planejamento indicar a necessidade do desgaste dental.
Veja algumas técnicas de preparo abaixo:
Visual – Demarcação das áreas dentais retentivas com lapiseira ou caneta. Essas áreas deverá ser removidas para o estabelecimento do eixo de inserção das restaurações cerâmicas.
Orientada pela guia de silicone – Remoção das retenções e a aferição dos espaços obtidos com o auxílio de guias de silicone baseadas no enceramento diagnóstico. As guias de silicone são confeccionadas e seccionadas nos sentidos horizontal e vertical auxiliando a aferição do volume preexistente.
Orientada pelo Mock-up – Remoção das convexidades é guiada por meio do mock-up realizado a partir do enceramento diagnóstico. Após a confecção  do mock-up em resina bis-acrílica pode ser utilizado para decidir se será realizada uma restauração parcial ou total da superfície vestibular. Caso se opte por uma restauração parcial, apenas os ângulos agudos serão removidos e um minichanfro pode ser ou não confeccionado. Caso a opção seja pelo recobrimento vestibular por meio de uma lente de contato dental, a convexidade deve ser removida com uma ponta diamantada de granulação fina.
Guias de Desgaste:  O Protético pode confeccionar guias de desgaste dental para serem utilizadas durante o desgaste em boca. O desgaste deverá ser feito com ponta diamantada, seguindo referência da guia fornecida pelo TPD.
MOLDAGEM
Essa moldagem deve ser realizada com Silicone de adição pois o ajuste de oclusão nos modelos de gesso é mais preciso, principalmente por se tratar de peças mais delicadas. Precisamos obter cópia precisa de toda a estrutura dentária e do tecido gengival.
Algumas Marcas: Silicone de adição Express XT da 3M, Virtual (Putty Base – Regular Set) da Ivoclar Vivadent.
Tempo de presa: Por volta de 5 minutos.
Devo usar ou não o fio afastador gengival?
O fio para afastamento gengival é necessário quando há termino cervical. Porém as lentes de contato dentais são facetas que se caracterizam por serem confeccionadas diretamente sobre o dente, sem a realização de preparo. Assim, o afastamento gengival altera a referência dos tecidos gengivais, podendo resultar em peças com sobrecontorno cervical, que consequentemente resultam em aspecto artificial e podem alterar o perfil natural do dente, ou mesmo causar retração gengival.
Para que isso não ocorra, o ideal é sempre realizar moldagem para “lentes de contato dentais” sem fio de afastamento gengival, mantendo a margem gengival na posição natural. O fio de afastamento gengival deve ser usado somente quando se pretende fechar diastemas e for necessário novo perfil de emergência.
ESCOLHA DO MATERIAL CERÂMICO
Cerâmicas à base de Leucita, dissilicato de lítio por meio de injeção ou CAD/CAM, ou por meio de cerâmicas feldspáticas sinterizadas sobre refratário.
Cerâmicas injetadas ou fresadas, na sua grande maioria em pequenas espessuras, são monocromáticas compostas por partículas de vidro. São mais translúcidas em pequenas espessuras.
Já as cerâmicas sobre refratário apresentam mais feldspato e quartzo em sua composição quando comparadas às cerâmicas injetadas. são mais estratificadas e proporcionam áreas opacas ou translúcidas mesmo em pequenas espessuras.
PROVA DAS PEÇAS
	Fazer profilaxia da estrutura dental: com taça de borracha ou escova de Robson e pedra pomes, principalmente  nas regiões proximais por serem um local de maior acúmulo de biofilme. Remover pedra pomes com jato de água e depois com jato de ar.
	Observar o eixo de inserção: Antes de levar as peças cerâmicas à boca observe o seu eixo de inserção no modelo de gesso e treine o movimento para que fiquem corretamente assentadas. Coloque a peça no dente natural sem fazer pressão sobre ela. Caso seja percebido alguma interferência durante o posicionamento, então remova a retenção no dente, mas nunca na região interna da cerâmica para não ocasionar trincas e fraturas na peça.
	Observar ponto de contato: Se o ponto de contato precisar de ajustes, devemos demarcar a região com carbono, inserir a peça em um troquel e ajustar com borrachas de granulação grossa de exacerapol.
Obs: A pasta de prova pode ser utilizada para corrigir pequenas variações de cor. Mas esta etapa deverá ser visualizada com muita atenção, pois as lentes de contato dentais são extremamente finas e a cor utilizada de maneira errada poderá prejudicar o resultado final. Por isso devemos dar prioridade e preferência a cores translúcidas de cimento (com Try-in transparente).
CIMENTAÇÃO DAS LENTES DE CONTATO
Cimentos resinosos fotopolimerizáveis são os escolhidos para a cimentação de restaurações com lentes de contato dentais.
Tratamento das Peças Cerâmica – Processo de Silanização (passo a passo)
	Isolamento absoluto – Para não haver contaminação de saliva na técnica adesiva.
	Prova da peça – uma por uma.
	Condicionamento com ácido fluorídrico a 5% por 20 segundos aplicação com pincel microbrush cuidadosamente impedindo que se formem bolhas internas sobre a área interna das peças de laminado cerâmico Emax. Ou condicionamento com ácido fluorídrico a 10% por 90 segundos em outras peças que não seja emax, por exemplo em uma coroa feldespática.
	Remoção do ácido fluorídrico com sugador cirúrgico;
	Lavagem com água corrente;
	Aplicação de ácido fosfórico 37% por 1 minuto com auxílio de um pincel microbrush para a remoção do “Debris” do condicionamento anterior (uma superfície branca e opaca);
	Lavagem com água corrente;
	Aplicação de uma fina camada de Silano por 20 segundos na superfície condicionada pelo ácido;
	Secagem;
	Aplicação de uma fina camada de adesivo Primer 20s + adesivo hidrofóbico (não polimerizar);
	Secagem (calor com fotopolimerizador ou secador de cabelo); obs: Podemos utilizar uma peneira de chá com uma gaze e a faceta por cima e secá-la com o secador. Dica do Dr. Kina.
	Inserção de cimento resinoso transparente na peça.
Obs: O sistema adesivo não deve ser fotopolimerizado antes da colocação da restauração sobre o dente. O protocolo de aplicação de ácido, silano e adesivo pode variar de material para material, por isso é bom antes se informar com antecedência os detalhes para cada sistema.
Tratamento do Esmalte (Passo a Passo)
		Inserção de fio de afastamento gengival
	Profilaxia com escova de Robson e pedra
pomes nas áreas vestibulares e proximais dos dentes envolvidos. Não utilize pasta profilática pois elas são gordurosas e podem interferir no ataque ataque ácido e consequentemente na adesão. Obs: se não houve preparo na estrutura dental e o laminado cerâmico for uma lente de contato seria necessário fazer uma Asperização (tornar áspero) as superfícies proximais com lixa diamantada;
	Condicionamento com gel de ácido fosfórico 37% por 30s em todos os dentes que irão receber as restaurações;
	Lavagem e secagem do esmalte condicionado;
	Aplicação de adesivo em todos os dentes condicionados;
	Secagem, evaporação do solvente com leves jatos de ar (não se deve polimerizar o adesivo);
	Inserção de cimento resinoso fotopolimerizável nas restaurações cerâmicas e posicionamento destas sobre a estrutura dental.
	Remoção dos excessos com o auxílio de um pincel kota 04 e com pequenas bolas de algodão
	Dá um tiro super rápido de luz fotopolimerizador (menos de 1 segundo) / dica do Dr. Archangelo
	Remoção dos excessos nas interproximais com fio dental e na cervical com bisturi lâmina 12;
	Fotopolimerização do conjunto adesivo/cimento resinosos com as restaurações com lentes de contato em posição por 30 segundos em cada face e fazendo movimentos circulares para distribuir bem a luz. Obs: O fotopolimerizador não pode ser qualquer um, ele tem que ter 1200mw de potência necessária para polimerizar adequadamente o cemento. Ex: bluephase da ivoclar ou Valu da ultradent;
	Remoção do fio de afastamento gengival;
	Remoção dos excessos com tira de lixa serrilhada TDV e fio dental;
	Remoção de excessos nas margens gengivais com lâmina de bisturi número 12.

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